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Regulação e Gestão dos

Serviços Públicos

- Prof. Claudio Burian Wanderley -


Questões fundamentais básicas:
• Como gerir uma organização?
• Qual a relação entre este gerenciamento e a
organização dos mercados?
• Qual seria o melhor relacionamento com os
empregados?
• Qual seria o melhor relacionamento com os
fornecedores?
• Como se daria este gerenciamento no governo?
• Organizações públicas seriam diferentes? Por
que existiriam organizações públicas?
• O governo deve buscar produzir o que
precisa ou pode comprar no mercado isto?
• Qual seria o relacionamento ótimo das
organizações públicas com os fornecedores
e com os empregados?
• É preferível o governo implementar alguma
coisa ou incentivar as empresas privadas a
fazê-lo?
• Afinal, qual o papel do governo e das
atividades regulatórias?
• Mais ainda, o que é regulação?
• Quando é necessário regulação?
• Como é o desenho ótimo de uma atividade
regulatória?
• Quais são os problemas envolvidos no processo
regulatório?
• Quais são os principais riscos relativos à
regulação?
• Por fim, qual o papel nisto tudo de organizações
voluntárias (ONG’s e OSCIP’s)?
• Qual é a economia política da regulação (quem
ganha e quem perde com esta)?
Propósito desta cadeira: buscar responder
(ao menos em parte) estas questões:

• Questões básicas de gerenciamento interno e


externo das firmas.
• Interrelação entre a estrutura dos mercados e
as estruturas organizacionais das firmas.
• Papel do governo.
• Questões básicas do gerenciamento público
(positivo e normativo).
• Estruturas regulatórias (positivo e normativo).
Sociedade: Junção de indivíduos com
conjuntos de informações distintos,
capacidades distintas e recursos distintos.
• Como coordená-los na produção?
• Como distribuir os bens produzidos?
• Como garantir que esta coordenação não
falhe?
• Qual é o resultado final disto?
Questões são complexas e não triviais.
• Risco de falha nesta coordenação:
Aumenta com a necessidade de maior
coordenação.
Ex: Trânsito.
Desemprego involuntário.

• Vida em sociedade: Benefícios da


coordenação social devem ser maiores
que seus malefícios.
• Divisão do trabalho e trocas em uma
sociedade: Problema de coordenação
social e não torneio onde se elimina
participantes.
• Trocas são jogo de soma positiva e não
soma zero (para alguém ganhar em uma
troca, não necessariamente outros têm
que perder).
• Fundamental existência de vantagens
comparativas e não absolutas entre
participantes.
• Sociedade simples, com dois agentes (João e
José), somente um fator de produção (trabalho)
e dois bens de consumo, paca e abacate.
Tempo necessário (em horas)
Caça de uma paca Colher 1 kg de abacate
João 2 4
José 1 3

• Pode-se pensar também em termos de


preferências distintas (João é indiferente entre
passar uma hora caçando pacas ou 3 horas
colhendo abacates. Já José é indiferente entre
aquela hora e duas horas colhendo abacates).
• Existirá trocas? Estas poderão melhorar a
situação de ambos os agentes? SIM!!!!!!!!
Preço em pacas
Caça de uma paca Colher um abacate
João 1 2
José 1 3
Preço em abacates
Caça de uma paca Colher um abacate
João 0.5 1
José 0.33 1
• Preço final e distribuição do excedente definidos
por barganha (impossível ser previsto nesta
situação) – também definidos pela estrutura
institucional.
• Eficiência das trocas: Todos os ganhos
provenientes destas efetivamente
apropriados por alguém (neste caso, pode
ser só João colhendo abacates e só José
caçando pacas).
• Coordenação das trocas: Pode ser
descentralizada (João e José negociando
livremente entre si) ou centralizada (algum
comitê gestor determinando o que cada um
produziria e consumiria – pense em um tabu
religiosos que determina o que João e José
devem fazer).
Coordenação social - Diversos mecanismos
possíveis entre dois extremos (mecanismos
reais existentes se situam entre estes dois
extremos):
• Coordenação totalmente descentralizada:
Pessoas trocariam e contratariam entre si sem
intervenção de algum mecanismo central.
• Coordenação totalmente centralizada: Um
mecanismo central determina o que as pessoas
farão, como farão e como o produto será
distribuído.
• Entretanto, ambos os mecanismos podem
falhar (existência de falhas de coordenação
social observadas em diversas sociedades).
• Sociedades que não conseguem se
coordenar tendem a apresentar falhas de
coordenação tanto centralizada quanto
descentralizada.
• Observação empírica mostra, portanto, que
onde o mercado não funciona, o governo
tende a não funcionar e vice-versa. Gera
correlações poderosas entre variáveis sem
nenhuma causalidade efetiva!!!!
Recapitulando:
• Trocas voluntárias aumentam o bem-estar social (ambos
os lados podem melhorar).
• Eficiência se refere à efetiva implementação de todas as
trocas capazes de aumentar o bem-estar social.
• Caso observemos qualquer sociedade, notar-se-á um
grande conjunto de arcabouços contratuais alternativos
que implementam diferentes trocas (as trocas livres de
mercado seriam apenas um destes mecanismos).
• Infelizmente, um grande conjunto destas trocas não se
realizam – eficiência máxima é impossível de ser
alcançada.
• Diferentes sociedades apresentariam diferentes
arcabouços contratuais e diferentes resultados sociais.
• Exemplo visto: Suponha que José, ao ir ao mercado
trocar seus produtos com João, pode ser assaltado.
• Mesmo melhorando com a troca, é possível que
José não saia de casa devido ao risco de assalto
(este risco pode, inclusive, inviabilizar a própria
produção de José).
• Pode-se pensar na existência de mercado privado
de segurança. Assim, se os ganhos da troca mais
que compensarem os custos da segurança privada,
estas ocorrerão.
• Entretanto, é bem possível que este mercado não
exista. É possível não se conseguir distinguir
pessoas honestas de desonestas. Contratação de
seguranças pode significar a contratação de cavalo
de Tróia (de potenciais bandidos).
Alternativas possíveis:
• Estado implementa políticas de segurança para
minimizar os riscos privados.
• João e José fazem acordo entre si, dividem a
mesma propriedade, vivem conjuntamente e
determinam regras de trabalho e distribuição do
produto social. Isto equivale a uma alocação
centralizada não estatal (sem participação do
governo). Note a grande equivalência deste
mecanismo com as sociedades tradicionais
clãnicas (baseadas em clãs). Note também a
grande equivalência disto com uma organização
privada qualquer.
Questão importante deste exemplo:
• Inevitabilidade da perda de eficiência.
• Impossível a ocorrência de máxima
eficiência (first best). Busca-se a eficiência
possível (second best).
• Relações entre agentes buscarão melhor
combinação entre eficiência e risco.
• Como agentes mentem, fingem ser o que
não são e não cumprem contratos, estes,
por si só, não resolvem estes problemas.
O mesmo pode ser dito em relação ao setor
público:
• No exemplo das trocas, segurança pública
permitida pelo governo aumenta bem-estar da
sociedade.
• Entretanto, caso a sociedade não controle o
governo, este pode usar seu monopólio da
violência para achacar os cidadãos.
• Eventualmente, nesta situação, o melhor (do
ponto de vista social) é não permitir o setor
público atuar nesta área – Caso hipotético, NÃO
É A SITUAÇÃO BRASILEIRA!!!!!
Exemplos podem ser muitos:
• Determinadas políticas podem ser úteis em uma
situação ideal.
• Governo utiliza esta desculpa para promover os
interesses de grupos privados específicos.
• Exemplos destes casos em políticas de
subsídios de crédito, proteção à competição
externa para grupos específicos, entre outros.
• Estrutura organizacional do governo pode
permitir que somente as melhores políticas, do
ponto de vista social, sejam implementadas.
Questões básicas:
• Inexistência de mercados completos e contratos
completos.
• Impossível alocação eficiente via mercados na
inexistência destes.
• Relações alternativas entre agentes (contratos
formais e informais alternativos) buscam suprir
esta falha.
• Governos tem interesses próprios e não são
perfeitamente controlados pela sociedade.
• Torna sem sentido dicotomia mercado (alocação
descentralizada) x governo (alocação
centralizada).
Complexidade da coordenação social:
• Pessoas agem sob incentivos.
• Informação é imperfeita, assimétrica e não
revelada.
Instituições: Regras do jogo social.
• Determinam estrutura de incentivos sobre as
pessoas.
• Determinam importância relativa dos diversos
mecanismos de coordenação existentes (estes
seriam complementares e não contraditórios).
• Determinam resultado final do jogo social
(diferentes instituições geram diferentes
resultados sociais).
• Questão básica: Discussão é técnica e não
ideológica.
• Faz-se necessário intervenção estatal em
muitos campos de forma a aumentar o bem-
estar social.
• Apesar destas intervenções, muitas vezes,
serem similares, haverá situações onde
determinada intervenção é ótima e em outras,
esta será contra-producente.
• Fundamental entender as regras de
funcionamento de cada sociedade específica
para definir mecanismos eficientes de
intervenção estatal para cada momento histórico
específico.
Quatro blocos básicos da disciplina:

• Teoria dos jogos e comportamento


estratégico.
• Contratos e gestão privada.
• Contratos e gestão pública.
• Regulação.
Programa básico
• Primeira parte:
Revisão funcionamento e falhas de
mercado.
Visão tradicional da regulação.
Estrutura organizacional das firmas.
Organizações públicas.
• Segunda parte:
Teoria dos jogos.
Teoria contratual.
• Terceira parte:

Regulação e gestão pública a luz da teoria


contratual.
Tópicos diversos relativos a gestão
pública (inovações, PPP’s, etc).
Distribuição de pontos
• Primeira prova: 35 pontos.
• Atividades didáticas em sala: 25 pontos
 Dentro destas, duplas de alunos deverão
apresentar um artigo científico em sala (em
inglês) de forma sucinta ao longo do semestre.
• Segunda prova: 10 pontos.
• Atividade final: 30 pontos.
 Apresentação, por grupo de alunos, de
ambiente regulatório de um setor específico (20
pontos). Presença na apresentação dos outros
grupos (10 pontos).

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