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HIDRÁULICA

UNIDADE 9. HIDROMETRIA

PROF. DR. ELIEZER SANTURBANO GERVÁSIO


ENGENHARIA DE ÁGUA NA AGRICULTURA
CEAGRO - UNIVASF
HIDROMETRIA DE CONDUTOS FORÇADOS
HIDROMETRIA DE VELOCIDADE
1. Tubo de Pitot: é uma aparelho destinado à medição da velocidade,
que pode ser empregado para determinar a distribuição das velocidades
no interior da canalização, e a partir daí, obtém-se a vazão.

Adotando-se o ponto (1) muito


próximo de (2), as perdas entre
eles serão desprezíveis e a
aplicação da equação de energia
reduz-se a : H1 = H2

v12 P1 v 22 P2
  z1    z2 z1  z2 e v 2  0 (ponto de estagnação)
2g  2g 

v12 P2  P1 2g P2  P1 
 v1 
2g  
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A disposição mais usual para medição com o tubo de Pitot está indicada
na figura abaixo, onde foi utilizado um manômetro em U.
O ramo da esquerda, sendo tangente
às trajetórias, medirá a “pressão
estática” do fluido, enquanto o ramo
da direita medirá a mesma pressão
acrescida do efeito dinâmico ou
choque devido à incidência das
partículas, que será chamada
“pressão dinâmica”.

A equação manométrica aplicada entre (1) e (2) resulta em:

P1  mh  h  P2

P2  P1  m   
  1 h v1  2g  m  1 h
      
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 
v1  2g  m  1 h
  

A equação acima permite, conhecidos os fluidos, determinar a


velocidade do ponto onde o tubo de Pitot está instalado. Com o tubo de
Pitot é possível medir a velocidade em diversos pontos da seção para
construir o diagrama de velocidades.
É possível então, lembrando que:
Q   vdA
A
obter a vazão pela utilização do
tubo de Pitot.

 m 
Na realidade existe uma perda. Assim: 1
v  c 2g   1 h onde c é um
  
coeficiente de correção que depende do aparelho (normalmente c  0,8).

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HIDROMETRIA DE VAZÃO
1. Sistemas deprimogênios: consistem em medidores diferenciais, ou
seja, são dispositivos dotados de redução na seção de escoamento de
uma tubulação de modo a produzir uma diferença de pressão, em
conseqüência do aumento da velocidade. Medindo-se a queda de
pressão, pode-se determinar a velocidade e, daí, a vazão. Os principais
aparelhos deprimogênios são: orifício de bordo delgado ou diafragma,
venturímetro e bocal convergente.

1.1 Orifício de bordo delgado ou diafragma

 P1  P2 
Q  kA 0 2g  
 γ 
CD
k
4
D 
1  CD2  0 
 D1 
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A variável k é um admensional que depende do número de Reynolds de
aproximação, isto é, calculado com a velocidade de aproximação e da
relação D0/D1.

Tais são normalizados e a figura abaixo mostra o diagrama de k em


função de Re e D0/D1 para orifícios do tipo daquele indicado na própria
figura.

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1.2 Venturímetro ou Tubo Venturi

CA 2  P  P2 
Q 2g  1 
 D2 
4
 γ 
1  
 1
D

No caso do venturímetro, o coeficiente C depende também do Re e de


D2/D1; no entanto, a sua variação é pequena, podendo em geral ser
adotado 0,95 e 0,99, sendo os valores mais altos para os maiores
diâmetros e os mais baixos para os menores.

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1.3 Bocal convergente

 P  P2 
Q  kA 2 2g  1 
 γ 

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2. Sistemas não deprimogênios:
2.1 Rotâmetro
Rotâmetro é um tubo graduado no qual se localiza um elemento
flutuante com ranhuras helicoidais, de forma que a rotação resultante
faça com que se mantenha no centro do tubo. Dependendo da vazão, o
flutuante irá se localizar numa certa posição que na escala corresponde
a uma vazão predeterminada.

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3. Medidores especiais:
3.1 Medidor tipo rotor magnético
É um sistema composto por um sensor e uma unidade eletrônica.
O sensor, que possui em sua extremidade um rotor, mede a velocidade
de escoamento do fluxo no interior do tubo. Uma vez determinada a
velocidade e conhecendo-se a secção transversal da tubulação, chega-
se ao valor da vazão. Este cálculo é efetuado pela unidade eletrônica
(que pode ser integral ou remota) ao qual o sensor está conectado, de
onde é possível obter informações como vazão instantânea, totalização
e acesso aos parâmetros de configuração.

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3.2 Medidor eletromagnético
Um condutor elétrico, neste caso o meio eletricamente condutivo, passa
através de um campo magnético. A tensão U induzida neste meio é
diretamente proporcional à velocidade média do fluxo v. A indução
magnética B (intensidade de campo magnético) e a distância entre
eletrodos D (diâmetro nominal do tubo) são constantes.

_
U  kB vD

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3.3 Medidor ultra-sônico

Este instrumento foi desenvolvido para a medição de vazão de líquidos limpos


em tubulações fechadas sem que ocorra qualquer contato físico entre o
medidor e o meio medido.

A medição é baseada no princípio de tempo de trânsito: dois transdutores que


são acoplados na parede externa do tubo emitem e recebem pulsos de ultra-
som. O tempo de trajeto destes pulsos são analisados por um circuito
eletrônico microprocessado que efetuará o cálculo da vazão instantânea.

A instalação é efetuada de modo fácil


e simples, uma vez que dispensa
qualquer tipo de serviço na tubulação
como seccionamento ou furação.
Podem ser utilizados em tubulações
de diferentes materiais como aço
carbono, ferro fundido, aço inox, PE,
vidro, entre outros, cobrindo
diâmetros de até 5.000 mm.
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HIDROMETRIA DE CONDUTOS LIVRES
1. Vertedor: é uma estrutura (simples abertura) disposta transversalmente ao
canal e sobre a qual a água escoa. Alguns autores o consideram como um
orifício sem o bordo superior. São utilizados na medição de vazão de canais
naturais e artificiais.

Partes de um vertedor:

- Soleira ou crista: borda horizontal (L  3H)


- Face: borda vertical
- Altura da soleira (P): P  3H (mínimo de 20 a 30 cm)
- Carga do vertedor (H): 5 cm < H < 60 cm

OBS: Devido à depressão da lâmina vertente junto ao vertedor, a carga H deve


ser medida a montante, a uma distância aproximadamente igual ou superior a
5H.

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Classificação dos vertedores:

- Forma:
- simples: retangulares, triangulares, trapezoidais, etc;
- compostos: seções combinadas

À esquerda, um vertedor de
forma simples (retangular)
utilizado para medir grandes
vazões.
À direita, um vertedor de
seção composta (retangular
na parte superior e triangular
em baixo). A forma triangular
é apropriada para medir
vazões pequenas com
precisão.

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Classificação dos vertedores:

-Altura relativa da soleira:


- completas ou livres: P > P’
- incompletas ou afogadas : P < P’

D ≥ 5.H

H
h

p’

Soleira livre
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Classificação dos vertedores:

-Natureza da parede:
- parede delgada (chapa metálica ou madeira chanfrada): a lâmina
vertente toca um único ponto da soleira
- parede espessa: espessura > 0,66H

Soleira

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Classificação dos vertedores:

- Largura relativa:
- sem contração: L = B
- com contrações: L < B ( 1 ou 2 contrações)

Sem contração Com 2 contrações laterais


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Vantagens dos vertedores:

- Simplicidade construtiva e operacional;


- Precisão adequada quando operado dentro das recomendações (erro <
5%);
- Durabilidade.

Desvantagens dos vertedores:

- Elevada perda de carga e elevação do nível d´água à montante;


- Decantação de material em suspensão à sua montante, com alteração
das condições de escoamento;
- Erosão à sua jusante pela queda da lâmina vertente.

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VERTEDORES RETANGULARES

Existem diversas fórmulas para cálculo da vazão em vertedores retangulares. A


mais usual é a de Francis (Cd = 0,62):

Q  1,838L H3 Vertedor sem contração

em que:
Q = vazão, m3/s
L = largura da soleira, m
H = carga sobre o vertedor, m

Q  1,838 L  0,1H H3 Vertedor com 1 contração

Q  1,838 L  0,2H H3 Vertedor com 2 contrações

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VERTEDOR TRAPEZOIDAL DE CIPOLLETTI
Para compensar a redução de vazão produzida pelas contrações laterais,
Cipolletti propôs um modelo de vertedor de forma trapezoidal com a seguinte
forma:

A inclinação das faces deve ser 1:4


(1 na horizontal para 4 na vertical),
pois deste modo a vazão através das
partes triangulares acrescentadas
compensa o decréscimo de vazão
provocado pelas contrações laterais.

Para o vertedor Cipolletti pode ser aplicada a fórmula de Francis sem a


correção para o comprimento da soleira.

Q  1,861L H3
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VERTEDOR TRIANGULAR
Muito utilizado para vazões reduzidas (maior precisão). Na prática,
somente são empregados os que têm forma isósceles, com ângulo de
90º.

5
Q  1,4H 2 Fórmula de Thompson

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VERTEDOR CIRCULAR

Embora pouco empregado, apresenta a vantagem de dispensar o


nivelamento da soleira.

Q  1,518D 0,693
H 1,807

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VERTEDORES AFOGADOS

Quando o nível da água à jusante é superior ao da soleira. Neste caso, a


vazão diminui à medida que aumenta a submergência. A vazão é
calculada com base nas fórmulas para vertedores livres, aplicando-se
um coeficiente de redução.

Coeficientes de redução da vazão em função da submergência (h/H).


h/H Coeficiente h/H Coeficiente
0 1,000 0,5 0,937
0,1 0,991 0,6 0,907
0,2 0,983 0,7 0,856
0,3 0,972 0,8 0,778
0,4 0,956 0,9 0,621

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2. Medidores de regime crítico: tais medidores podem consistir num
simples estrangulamento adequado da seção, no rebaixamento ou
elevação do fundo, ou ainda, numa combinação conveniente dessas
singularidades capaz de ocasionar o regime crítico de escoamento
(medidor Parshall e calhas WSC flume).
2.1 Medidor Parshall

Composto por três seções:

- Seção convergente e fundo nivelado


- Seção estrangulada (paredes paralelas)
com declive no fundo
- Seção divergente e fundo em aclive

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Tamanhos:

- designados pela largura da garganta (W) em polegadas (Ex: um


medidor com largura W = 3” tem o tamanho 3.
- medidores (1 a 3”): utilizado para pequenas vazões (0,3 a 15 L/s);
- medidores (3” a 8 pés): para canais e pequenos rios (15 a mais de
8000 L/s);
- seção estrangulada (paredes paralelas) com declive no fundo;
- seção divergente e fundo em aclive.

Vantagens do medidor Parshall:

- facilidade de realização da medida;


- baixo custo de execução;
- uma só medição para obtenção da vazão;
- não há formação de depósitos de materiais em suspensão;
- pode ser construído de diversos materiais.

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Condições de descarga:

O funcionamento pode ser livre ou afogado.

- livre: sempre que possível, deve-se trabalhar com esta condição,


pois é necessária uma única medição do nível de água (y1) para
obtenção do valor da vazão;

- afogado: o nível de jusante é elevado o suficiente para influenciar e


retardar o escoamento através do medidor. Neste caso, deve-se
também medir y2. Para y2/y1 até 0,6 (medidores Parshall de 1”, 3”, 6”,
ou 9”) e até 0,7 (medidores de 1 a 8 pés), o escoamento é considerado
livre. Acima desses valores, o medidor trabalhará afogado, e, a vazão
será menor. Na prática, a relação y2/y1 não deve passar de 0,95, pois
acima deste valor não se pode contar com a precisão desejada.

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Fórmulas e Tabelas:

Por meio de experiências, comprovou-se que a vazão obtida nesses medidores,


pode ser representada pela equação:

Q  KHn
em que:
Q = vazão, m3/s
H = carga sobre o vertedor, m
K e n = coeficiente para cada medidor (tabelado: Azevedo Neto p.455)

3
Azevedo Neto apresenta uma fórmula única: Q  2,2WH 2

onde: W = largura da garganta, m.

Se o escoamento for afogado Q’ = Q - Q onde Q é a redução da vazão devido


ao afogamento (Q é obtido em ábacos: Azevedo Neto, p.462).

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3. Molinetes: são aparelhos constituídos de palhetas, hélices ou
conchas móveis, as quais, impulsionadas pelo líquido, dão um número
de rotações proporcional à velocidade da corrente.

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4. ADCP: O Acoustic Doppler Current ProfiIer ou Perfilador Doppler-Acústico
de Corrente, utiliza o efeito Doppler para medir as velocidades das partículas
das correntes de água a diferentes profundidades e determinar a vazão em
seções transversais de rios, através do somatório de sucessivos perfis de
corrente obtidos em tempo real.

O ADCP, é constituído por sensores que, alternadamente, assumem as funções


de emissor e receptor de pulsos sonoros. Na função emissor, os sensores
emitem pulsos acústicos que percorrem a coluna d'água, subseqüentemente,
formando feixes sonoros.

As partículas de sedimentos transportadas pela corrente de água, sujeitas aos


feixes sonoros, refletem os pulsos que retornam para o instrumento. Este, agora
com os sensores na função receptor, registra o eco.

Os diferentes tempos de retorno dos pulsos acústicos e as diferenças nas


freqüências dos mesmos permitem ao aparelho discretizar a seção em várias
células de profundidade e, em cada uma delas, medir as componentes das
velocidades das respectivas linhas de corrente. O cálculo da vazão é obtido
através de integração dos perfis de velocidade e da seção de medida.
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O perfil do leito do rio é levantado em função da intensidade e freqüência
características do eco refletido em sua superfície. A figura abaixo mostra
os principais aspectos de uma seção medida com o ADCP, onde os perfis
de velocidade são dados em escala colorida e o leito do rio é
determinado por uma linha contínua.

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