qual Deus é infinitamente reto em Si mesmo [...] é a
perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra toda violação da Sua santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é Santo” (Berkhof)
“Justo és, ó Senhor,
e retos são os teus juízos” (Sl 119.137) A justiça em Deus é algo intrínseco e inerente, pelo que faz parte de sua própria essência e natureza. Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo e o que se conforma ao seu caráter moral é justo.
Jó 40.8; Dt 4.8 e 32.4; Sl 36.5,6
DEUS, O JUIZ “A indiferença moral seria a imperfeição divina, e não a perfeição [...] A prova final de que Deus é o ser moralmente perfeito, que não fica indiferente às questões do que é certo ou errado, é o fato de ele ter se comprometido pessoalmente a julgar o mundo” (J.I.Packer) Gn 18.25; Sl 82.8; Hb 12.23; Ec 11.9 e 12.14 CARACTERÍSTICAS DO JUIZ Possui autoridade suprema: Como Criador, tem o direito de criar leis e tratar–nos de acordo com nossas atitudes. Vale frisarmos que não haverá corte de apelo diante do Tribunal (Is 33.22 ; Tg 4.12). Identifica-se com o bom e certo: Deus ama a justiça e a honestidade, sentindo repulsa e ódio por todo tipo iniqüidade (Sl 45.6,7; Sl 5.5 e 11.5; Ml 2.16). Nosso Juiz também é onisciente e onipotente, de forma que possui sabedoria para discernir a verdade e poder para executar sua sentença. CARACTERÍSTICAS DO JUÍZO A retribuição é o centro da justiça demonstrada pela natureza de Deus, o qual julgará os seres humanos “de acordo com o que tenham feito” (Mt 16.27; Ap 20.12 e Rm 2.6-11).
Todavia não devemos esquecer do ensinamento de
Rm 6.23, segundo o qual a salvação é dádiva e a condenação é salário. Isso porque só faz o bem aquele que é dotado por Deus para isso (Fp 2.12,13). A LEI DE DEUS Para compreendermos a justiça de Deus é necessário entendermos a natureza de Sua Lei. A leis humanas são satisfeitas com atos externos, enquanto a Lei de Deus exige que sejam obedecidas de coração e com prazer, por isso é chamada de Espiritual e a Lei Real é o Amor (Rm 7.14 e 13.8-10; Tg 2.8). Ver tb. Rm 2.3,22,23; Mt.5,28 A LEI DE DEUS “Pela lei é adquirido o conhecimento do pecado, pelo conhecimento do pecado, porém, a humildade; e pela humildade, a graça. Desta forma, a obra estranha de Deus se realiza, fazendo um pecador para torná-lo justo”(Lutero)
Nesse mesmo sentido, Rm 3.20 e 11.32.
A LEI DE DEUS Devido ao rigor dessa Lei, somente alguém regenerado, alcançado pela graça pode cumpri- la (Jo 3.5,6 e Rm 8.7,8; Ef 2.10). E, sendo por graça, todo mérito e motivo de orgulho está excluído totalmente (Rm 11.6 e 3.27). A JUSTIÇA ALHEIA “Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.16,17) “Pela fé em Cristo, portanto, a justiça de Cristo se torna nossa justiça, e, com ela, é nosso tudo que é de Cristo, sim, ele próprio torna-se nosso, Por essa razão, o apóstolo a chama ‘justiça de Deus’”(Lutero) Ver tb. Rm 3.21s. Como podemos perceber, às vezes o apostolo Paulo usa o termo justiça no sentido de justificação, ou seja, o ato de Deus tornar-se justificador daquele que, a despeito de ser pecador, tem fé em Cristo (1Co 1.30; Rm 3.20,21). A IRA DE DEUS “A ira de Deus é a Sua eterna ojeriza por toda injustiça. É o desprazer e a indignação da divina eqüidade contra o mal. É a santidade de Deus posta em ação contra o pecado” (A.W.Pink)
Rm 1.18 e 2.5,6; Jo 3.36; Mt 3.7; Ap 6.16,17
A IRA DE DEUS “Assim, o amor divino, como a Bíblia o vê, nunca leva Deus a agir insensata, impulsiva e imoralmente, como seu correlato humano muito frequentemente nos leva. Do mesmo modo, a ira de Deus na Bíblia jamais é caprichosa, auto- indulgente, irritável e moralmente ignóbil, como em geral é a ira humana. Ao contrário, a ira de Deus é a reação justa e necessária à perversidade moral. Deus só ira quando a situação o exige” (J.I.Packer) JESUS E A IRA DE DEUS