A Imaginação

(…) a imaginação como fundamento de toda atividade criadora

se manifesta decididamente em todos os aspectos da vida
cultural, fazendo possível a criação artística, científica e
técnica. Neste sentido, absolutamente tudo o que nos rodeia
tem sido feito pela mão do homem, todo o mundo da cultura,
ao contrário do mundo da natureza, é produto da imaginação
e da criação humana baseada nessa imaginação (Vigotski,
1999, p.7).

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 A Imaginação
Atividade exclusivamente humana.
Vigotski, apresenta duas atividades
1º REPRODUTORA
 estreita relação com a memória
 o Homem reproduz condutas já formadas e criadas
anteriormente ou revive marcas de impressões anteriores

2º COMBINADORA OU CRIADORA
 criação de novas imagens ou ações
 criação de imagens que tem como base experiências
anteriores.

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 A Imaginação

• 4 formas de relação entre imaginação e realidade

1º Toda a criação da imaginação se estrutura de elementos
tomados da realidade e que se conservam da experiência
anterior do homem;
2ª A relação se produz entre o produto final da fantasia e
algum fenômeno complexo da realidade;
3ª Relação emocional;
4ª A construção da fantasia pode apresentar-se como algo
substancialmente novo.

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 A Imaginação

“O que a criança vê ou escuta se constitui como os primeiros

pontos de apoio para sua futura criação, ele acumula
material com o qual depois estrutura sua fantasia,
posteriormente continua um complexo processo de
transformação deste material.” (Vigotski, 1999, p,35)

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 A Imaginação

 Em cada período do desenvolvimento infantil a imaginação

criadora trabalha de maneira singular e própria
precisamente de acordo com o grau de desenvolvimento que
está a criança.
 O processo de criação da criança é diferente do adulto.
 A imaginação da criança é menos complexa que a imaginação
do adulto, a imaginação se desenvolve junto com o processo
de desenvolvimento da criança, alcançando sua maturidade
só na idade adulta.
 A imaginação do adulto é mais rica por ter acumulado mais
experiência que a criança, porém esta controla menos a
fantasia que o adulto

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 A Imaginação

“Em toda a educação da criança a formação da imaginação tem

não só uma importância particular de exercício e
desenvolvimento de uma determinada função mas, tem uma
importância geral que se reflete em toda a conduta do
Homem.” (Vigotski, 1999, p.57)

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 A compreensão narrativa

A narrativa chega cedo à vida da criança, já em seus

primeiros dias de vida.
E a narrativa chega através da conversa do adulto que
conta ao bebê o que fez e aconteceu, familiarizando-o
com os ritmos do relato e com o que eles significam. A
intensidade desse contato, é claro, varia com o grau de
fragilidade social e psicológica do contexto e mesmo
com as diferenças individuais e culturais. Mas a
criança que tiver contato com a linguagem terá
também contato com a narrativa - ainda que esta não
seja destinada a ela, que não venha acompanhada do
olhar e do calor do Outro.

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 As histórias podem ser

• Contos tradicionais que introduzem as crianças em outras

culturas e outras eras, muitas vezes em lugares e tempos
remotos;
• Contos tradicionas, ligados à cultura ou às culturas das
crianças ouvintes;
• Histórias que viajam pelo mundo de boca em boca, desde
longas piadas e lendas urbanas;
• Narrativas semi-inventadas, baseadas em mateiral não
ficcional, que possa menriquecer o aprendizado em História,
Geografia, Religião, Artes – especialmente Literatura – e
mesmo Ciência. (...)

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 As histórias podem ser

• Narrativas pessoais ou anedotas, muitas vezes de origem

familiar ou local, (...)
• Histórias que as crianças contam umas às outras uma
história puxa a outra, e os contadores adultos devem estar
preparados para se tornarem ouvintes.

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 As histórias podem:

• Ensinar às crianças sobre sua própria cultura;

• Promover a relação emotiva entre professor e aluno;
• Promover a criação conjunta de imagens, entre narrador e
ouvinte;
• Proporciona uma experiência estética e interpessoal entre
o narrador e os ouvintes
• A criança contadora aprende a se expressar para ser
compreendida pelos outros
• Aprende a sequencia narrativa.

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