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Entorses e Luxações

Prof. Dr. Vilson Ulian


DCEC-Departamento de cirurgia e
especialidades cirúrgicas
Contusão, Entorse e Sub-luxação
Contusão
Impacto direto nas partes moles
superficiais, músculos, cápsulas ou
ligamentos articulares.

Entorse
Trauma indireto sobre uma
articulação, ultrapassando sua
amplitude, com distensão ou ruptura
dos ligamentos e da cápsula articular.

Subluxação
Perda parcial e permanente do
contato das duas superfícies
articulares.
Entorse - Conceito
• Entorse constitui a separação momentânea das
superfícies ósseas articulares, provocando o
estiramento ou rompimento dos ligamentos sem
deslocar os ossos.

• É mais comum nos MMII (joelho e tornozelo).

Tortora GJ, 2002


Fisiopatologia

• Principal mecanismo causador:

Trauma indireto – Torcional, forçando a articulação

acometida além de sua amplitude normal de

movimento.
Fisiopatologia
Clínica
 Dor local imediata e mais intensa à movimentação

 Ruptura dos vasos sangüíneos, aumento de volume,

equimoses e hematomas

 Aumento da temperatura local

 Dificuldade para movimentar

ou apoiar o membro acometido


Atendimento Pré-Hospitalar
 Evitar movimentar a região acometida.

 Aplicar compressas de gelo, evitar compressas quentes.

 Imobilizar a articulação acometida.

 Colocar o acidentado em repouso, membro elevado.

 Evitar friccionar, massagear ou mobilizar a articulação afetada.


Atendimento Hospitalar

• Avaliação clínica - Anamnese. exame físico (testes ligamentares)

• Avaliação radiográfica – Afastar luxação, fratura.

• Classificação da lesão.

• Instituição do tratamento.

• Orientação ao paciente.
Classificação
• Tipo I - Lesão intersticial: Pouco ou nenhum edema; mínima dor

ou sensibilidade localizada.

• Tipo II - Ruptura parcial sem instabilidade: Maior edema; dor


moderada a severa; limitação da mobilidade e/ou para carga.

• Tipo III - Ruptura completa do ligamento envolvido: estalido


audível seguido de dor severa; perda da mobilidade articular;
deformidade; incapacidade para carga.
Entorse tipo I
• Estiramento dos ligamentos
Entorse tipo II
• Ruptura parcial dos ligamentos
Entorse tipo III
• Ruptura completa dos ligamentos
Clínica

• Conservador – PRICE
Fisioterapia

• Cirúrgico – Lesões Grau III (instabilidade, atletas)


Procedimento PRICE

P - Proteção
R - Repouso
I - Gelo
C - Compresssão
E - Elevação
P — Proteção

• Imobilização da articulação afetada.

• Favorece a melhor cicatrização de partes moles.

• Indicada nas lesões grau III ou c/ maior sintomatologia.


R — Repouso

• Repouso da articulação afetada; evitar carga.

• Previne edema da extremidade afetada.

• Muletas podem ser usadas para lesões nos MMII.


G — Gelo

• Reduz dor, edema e espasmo


muscular.

• Aplicar na área lesada por 20 a 30


minutos cada 2 a 3 horas.

• Aplicar gelo nas primeiras 24 - 48


horas ou até o edema cessar; então
aplicar calor.
G — Gelo

NÃO USAR:

• Distúrbios circulatórios

• Alergia ao frio

• Aplicação prolongada sobre nervos superficiais


C — Compressão

 Aplicar bandagem elástica


na área lesada, de distal
para proximal, em espiral.

 Deve ser mantida nas


primeiras 18 a 24 horas.

 Remover à noite.
E — Elevação

• Elevar o membro acometido acima do nível do


coração.

• Elevar nas primeiras 24 horas.

• NÃO ELEVAR se há suspeita de uma fratura, a menos


que o membro esteja imobilizado.
Entorses do Tornozelo
• Alta incidência (1:10000 indivíduos/dia).

• Lesões mais comuns no esporte (25%).

• Afetam a estabilidade (propriocepção) causando


sensação de insegurança.

• 20-40% das lesões cursam com sintomatologia


posteriormente.

• Dois tipos: Lateral (mais comum) e medial.


Lesão Ligamentar Lateral

Patologia:
• Mecanismo - inversão e flexão plantar.
• Ligamento fíbulo-talar anterior mais lesado.
• Lesões isoladas do fíbulo-calcâneo e fíbulo-talar posterior
são raras, costumam estar associadas a lesões do fíbulo-talar
anterior.

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico clínico:

• História clínica

• Dor e edema

• Grau de mobilidade diminuído

• Gaveta anterior – sinal da sucção

• Inversão do calcâneo

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico clínico:

• História clínica

• Dor e edema

• Grau de mobilidade diminuído

• Gaveta anterior – sinal da sucção

• Inversão do calcâneo
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico clínico:

• História clínica

• Dor e edema

• Grau de mobilidade diminuído

• Gaveta anterior – sinal da sucção

• Inversão do calcâneo
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico radiográfico:

• AP, perfil, AP c/ rotação interna

• Inclinação talar – 15°

• Gaveta anterior – 5mm

• US

• RNM

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico radiográfico:

• AP, perfil, AP c/ rotação interna

• Inclinação talar – 15°

• Gaveta anterior – 5mm

• US

• RNM
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico radiográfico:

• AP, perfil, AP c/ rotação interna

• Inclinação talar – 15°

• Gaveta anterior – 5mm

• US

• RNM
Lesão Ligamentar Lateral

Diagnóstico radiográfico:

• AP, perfil, AP c/ rotação interna

• Inclinação talar – 15°

• Gaveta anterior – 5mm

• US

• RNM
Lesão Ligamentar Medial
Patologia:

• Lesões isoladas são raras

• Requer força considerável para lesar

• Mecanismo em eversão forçada

• Maioria são lesões parciais

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesão Ligamentar Medial

Diagnóstico clínico:

• História clínica
• Dor localizada
• Defeito palpável abaixo do maléolo
• Estresse em valgo

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesão Ligamentar Medial

Diagnóstico clínico:

• História clínica
• Dor localizada
• Defeito palpável abaixo do maléolo
• Estresse em valgo
Lesão Ligamentar Medial

Diagnóstico clínico:

• História clínica
• Dor localizada
• Defeito palpável abaixo do maléolo
• Estresse em valgo
Lesão Ligamentar Medial
Diagnóstico radiológico:

• Radiografias com estresse em valgo


• RNM
• Artro-ressonância

Mann, RA; Coughlin, MJ: Athletic injuries to the soft tissues of the foot and ankle. Surgery of the Foot and Ankle. 8th ed. 2007.
Lesões Ligamentares do Tornozelo
Tratamento conservador:

• Principal método de tratamento


• Atletas – bons e excelentes
resultados
• Imobilização por 6 semanas
• Tratamento funcional – PRICE
• Carga precoce – quando tolerado

.
Lesão ligamentar lateral
Tratamento cirúrgico:

• Raras indicações
• Lesões abertas
• Luxação franca
• Fratura por avulsão
• Reconstrução anatômica

-
Lesão ligamentar medial

Tratamento cirúrgico:

• Valgo persistente
• Espaço livre medial irredutível
• Lesões associadas
• Reconstrução anatômica

.
Luxação - Conceito
Emergência ortopédica caracterizada pela perda
total do contato entre duas superfícies
articulares de modo súbito e, na maioria das
vezes, permanente, associada à ruptura da
cápsula articular e freqüentemente à ruptura
ligamentar.
Conceito

Glenóide
LUXAÇÃO

Espinha da
Escápula Úmero

P Glenóide A
Ruptura da Cápsula

Cabeça do úmero deslocada


anteriormente
Conceito
Porquê é considerada emergência?

• Dor evidente, lancinante, excruciante

• Risco de dano vascular

• Risco de dano neurológico

• Risco de necrose epifisária por déficit na perfusão


Fisiopatologia

• Principais mecanismos causadores:

1º) Trauma direto – Ação contundente.

2º) Trauma indireto – Trauma torcional.


Avaliação Radiográfica
Diagnóstico

• História - Mecanismo do trauma, antecedentes.

• Exame físico - Deformidade anatômica visível, dor,


edema, espasmo muscular, crepitação e equimose
(concomitância de fratura).

• Importante! - Avaliação neurovascular distal à


articulação afetada.
Diagnóstico
É importante diferenciar! Hiperfrouxidão / Ehlers Danlos
Primeiro Atendimento
• Atenção! Jamais reduzir luxação s/ radiografia prévia!
• Aplicar gelo sobre a articulação afetada.
• Imobilizar a articulação na posição em que ela se encontra.
• Procurar tratamento ortopédico imediato.
Diagnóstico - Imaginologia

• Radiografias - Incidências necessárias ao diagnóstico.


• TC - Complementação da avaliação nas fraturas-luxações
(mandatória na luxação traumática do quadril).
• RNM - Complementação da avaliação na suspeita de
associação c/ lesão das partes moles.
Tratamento
• Objetivo: Restabelecer a congruência articular!

• Iniciado após adequada avaliação por imagens.

• Redução da luxação (mecanismo inverso ao que a originou).

• Imobilização.

• Imagens de controle pós-redução/tratamento definitivo.

• Orientações ao paciente.

• Período variável de manutenção de imobilização/reabilitação.


Luxação Gleno-Umeral Anterior
Avaliação Radiográfica - Ombro
Avaliação Radiográfica - Ombro
Outros achados: LESÃODEDEHILL
LESÃO BANKART
SACHS

Lesão de Hill-Sachs: fratura por


compressão da margem
póstero-lateral da cabeça
umeral.
Lesão de Bankart: Avulsão
cápsulo-labral do rebordo
inferior da glenóide.
Avaliação Radiográfica - Ombro
Luxação Posterior de Ombro:

AP CORRIGIDO AXILAR PERFIL DE ESCÁPULA

ATENÇÃO NOS QUADROS CONVULSIVOS! – SUSPEITAR!


Manobras de Redução
• Mais de 25 técnicas descritas.
• Não existe uma técnica melhor que a outra.
• Atenção! Orientar o paciente sobre o procedimento!
• Metódos de preparo utilizados:
– Nenhum
– Lidocaína Intrarticular.
– Sedação venosa.
– Bloqueio supraclavicular.
– Bloqueio supraescapular.

Miller et al, J Bone Joint Surg (2002)


Manobra de Hipócrates
• Método predominante por
2000 anos.

• Envolve tração e força de


alavanca.

• A planta do pé é posicionada
contra a cabeça umeral na
axila.

• Aplica-se tração longitudinal


ao membro luxado.
Manobra de Stimson
• Paciente em decúbito ventral, na maca.

• O braço é dependurado fora da maca.

• Aplica-se peso de ap. 4,5 Kg (10 Lb) ao


punho do paciente, aguardando auto-
redução .

• É comum associar medicamentos que


facilitem o relaxamento do membro.
Manobra de Tração e Contratração

• Paciente em posição supina.

• Braço posicionado em abdução.

• Aplica-se tração ao braço


luxado.

• O assistente aplica contra-


tração com uma faixa presa à
cintura.
Tratamento Conservador

• Objetivos: Permitir a cicatrização de partes moles,


maximizar a força muscular e minimizar a recorrência.

• Tratamento de escolha na luxação inicial anterior


aguda traumática do ombro.

• Consiste de período de imobilização, programa de


reabilitação e restrição às atividades vigorosas por
limitado período de tempo.
Tratamento Conservador
(Imobilização)

Itoi, J Bone Joint Surg (2007)


Hovelius , J Bone Joint Surg (2008)
Tratamento Conservador
(Reabilitação)
Tratamento Cirúrgico
Aberto Artroscópico
Complicações

Luxação recidivante ( + freqüente): 80% < 20a


60% 20 – 40a
15% > 40a
Lesão arterial: Lesão da Art. Axilar
Lesão nervosa: Lesão dos Nn. Axilar e Musculocutâneo.

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