Vous êtes sur la page 1sur 26

- Psicopatologia

PSICOPATIA:
Transtorno de personalidade
Antissocial (CID – 10)
Goiânia
Outubro de 2016
Contexto Histórico

Etimologia (Grega):
PSYKHÉ PATHÓS

Alma Doença
Contexto Histórico

 Philipe Pinel identificou o transtorno


ainda no século XIX;
 Percebeu que as cognições não eram
afetadas;
 atualmente prevalece a idéia de que a
psicopatia tem uma origem bio-psico-
social.
Contexto Histórico
 O conceito e nomeclatura só se
estabeleceram de fato a partir do
trabalho de Hervey Cleckley em
1941 chamado The Mask of Sanity
(a máscara da sanidade).

A psicopatia é um estado mental patológico


caracterizado por desvios, principalmente, de caráter,
que desencadeiam comportamentos antissociais.
Etiologia:
- Manifestação entre o fim da infância e o início da
adolescência;
- No entanto a causa do transtorno de personalidade
antissocial não foi completamente identificada;
- Atualmente prevalece a
idéia de que a psicopatia tem
uma origem bio-psico-social;
- 1% a 2% da população
mundial é psicopata.
Sinais e sintomas
CID - 10
a) Indiferença insensível pelos sentimentos alheios;

b) Atitude flagrante e persistente de irresponsabilidade e

desrespeito por normas, regras e obrigações sociais;

c) Incapacidade de manter relacionamentos, embora não

haja dificuldade em estabelecê-los;


CID - 10
d) Muito baixa tolerância à frustração e um baixo limiar para
descarga de agressão, incluindo violência;

e) Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a


experiência, particularmente punição;

f) Propensão marcante para culpar os outros ou para


oferecer racionalizações plausíveis para o comportamento
que o levou a conflito com a sociedade;

-> IRRITABILIDADE PERSISTENTE


Teorias
PSICANÁLISE
De acordo com a teoria de Freud ->
carecem de ansiedade e culpa devido
a um superego mal desenvolvido;

Os indivíduos com esse


transtorno estão fixados
em estágios iniciais do
desenvolvimento.
Teoria Cognitiva Comportamental: Modo de esquema de
Young – origem na criança, quando abusada, extremamente
assustada, negligenciada em um mundo malévolo.
Sociopatia -> (fatores sociais como responsáveis)

Teoria Behaviorista: Déficit no condicionamento clássico;


Condicionamento de evitação.

Neurologia: Explicação fisiológica - anomalias no


eletroencefalograma;
- O sistema orbito frontal não funciona, ou possui um
funcionamento muito baixo (responsável pelas emoções
nobres do ser humano).
Níveis de Psicopatia
• LEVE: Os famosos “depois te pago”

• MODERADO: desfalque em empresas;


esquemas de corrupção; lideranças religiosas

• GRAVE: Atos brutais (assassinatos, torturas, etc.)


Tipos de Psicopatia
• Psicopatia carente de princípios:
Falta nesses psicopatas, o superego. Essa falta e responsável
pelo seus relacionamentos inescrupulosos, amorais, desleais e
exploradores.

• Psicopata malévolo:
São particularmente vingativos e hostis. Seus impulsos são
descarregados num desafio maligno e destrutivo da vida social
convencional.
Tipos
• Psicopata dissimulado:
Seu comportamento se caracteriza por um forte disfarce de
amizade e sociabilidade. É muito sedutor está sempre em busca
de atenção e excitação, permeado por um comportamento
muito sedutor.
• Psicopata ambicioso:
São motivados por um desejo o retribuição, de compensar-se
pelo que tem sido despojado pelo destino, através de atos de
roubo ou destruição, e se compensam a si mesmo pelo vazio de
suas vidas, sem importar-lhes as violações que comentam a
ordem social.
Tipos
• Psicopata explosivo:
Diferencia-se dos outros variantes pela emergência súbita e
imprevista de hostilidade.
CID - 10
CID 10 : F60 - TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DA PERSONALIDADE

F60.2 – PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

Inclui: Personalidade Exclui: transtorno


(transtorno da): (de) (da):
· Amoral · Conduta (F91)
· Anti-social · Personalidade do tipo
· Associal instabilidade emocional (F60.3)
· Psicopática
· Sociopática
Diagnóstico
Critérios diagnósticos do DSM-5
Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde
os 15 anos de idade, conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes:
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais, repetição de
atos que constituem motivos de detenção.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos ou
de trapaça para ganho ou prazer pessoal.
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou


agressões físicas.
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.

6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma


conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a
ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas.
Harvey Cleckley (1941) - 16 características que definem/compõem o perfil do psicopata:
1. Charme Superficial e boa inteligência
2. Egocentrismo patológico e incapacidade de amar
3. Falsidade e falta de sinceridade
4. Ausência de remorso ou vergonha
5. Deficiência geral nas principais reações afetivas
6. Falta de respostas nas relações interpessoais
7. Vida sexual e interpessoal triviais e pobremente integradas
8. Fracasso em seguir um plano de vida
9. Julgamento pobre e falha em aprender com a experiência
10. Não confiável
11. Perda especifica de insight
12. comportamento inconveniente, extravagante, absurdo, fantástico, ao fazer uso de bebidas alcoólicas
e, às vezes, mesmo sem usá-las
13. Ausência de alucinações e outros sinais de pensamento irracional
14. Ausência de nervosismo
15. Comportamento fantástico e desagradável
16. Tentativa de suicídio raramente concretizadas
Robert Hare criador do PCL-R (Psychopathy Checklist Revised):
Fator 1 Fator 2

Lábia/charme superficial; Necessidade de estimulação/tendência ao tédio


Estilo de vida parasitário
Superestima
Mentira patológica Descontroles comportamentais
Transtornos de conduta na infância
Vigarice/manipulação
Ausência de metas realistas e de longo prazo
Ausência de remorso ou culpa Impulsividade
Insensibilidade afetivo-emocional Irresponsabilidade
Indiferença/falta de empatia Delinquência juvenil
Falha em aceitar responsabilidade por seus atos Revogação da liberação condicional
Diagnóstico
Três características são também pontuadas no protocolo,
porém não se encaixam nos fatores citados:
1) Promiscuidade sexual;
2) Relacionamentos conjugais de curta duração
3) Versatilidade criminal
Outro instrumento utilizado para complementar o PCL-R é o
Rorschach.
Tratamento
- Não há comprovação científica de que seja
hereditário;
- Prejuízo na região orbitofrontal (responsável pelas
emoções nobres - São 100% razão)
- Experiências com chips na área cerebral prejudicada;
- Não é doença, trata-se de um distúrbio de
personalidade;
- Aprende com o castigo, se isso vai prejudicá-lo;
porém não aprende com o castigo se é certo ou
errado.
Psicopatia x Psicose

 A psicopatia pode ser primária ou secundária


(CLECKLEY)

• Dependência química (Córtex Frontal e pré-frontal)


• Esquizofrenia
Prognóstico
Complicações possíveis
Comportamento sexual arriscado, que pode levar a
contaminação por doenças como DSTs;
Transtornos por uso de álcool e abuso de outras substâncias;
Transtornos depressivos;
Problemas com apostas;
Problemas com a polícia;
Dificuldade em relacionamentos;
Transtorno de somatização e queixas físicas múltiplas;
Morte prematura, resultante de seu comportamento violento.
E a Justiça?
- No Canadá existe legislação para isolar psicopatas;
- O Tribunal Brasileiro não está preparado para lidar
com isso, pois:
A vítima é colocada em confronto com seu
agressor;
a inserção desses criminosos ocorre na esfera da
semi-imputabilidade, versada no artigo 26, parágrafo
único do Código Penal;
A redação do artigo 26 do Código
penal, diz que:
“É isento de pena o agente que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardo, era
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.”
“Se a existência precede a
essência, o homem é responsável
pelo que é.”
Jean-Paul Sartre

Obrigado!
Exercício de Fixação
1. Quais são os sinais e sintomas do transtorno de
personalidade antissocial?
2. Porque a Psicopatia não é considerada como transtorno
mental?
3. Os indivíduos com transtorno da personalidade anti-social
(TPAS) podem ser tratados com psicoterapias?
4. Sabendo que um psicótico pode ter um comportamento
antissocial, o que o diferencia de um psicopata?
5. Cite 4 critérios segundo o DSM 5 para identificar a
psicopatia?
Referências bibliográficas
KAPLAN, H.; SADOCK, B.; GREBB, J. Compêndio de Psiquiatria: ciência, comportamento e psiquiatria clínica, transtorno da
personalidade antissocial. 9 a. Edição, Porto Alegre: Artes Médicas,. 1997.

CID-10 – Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições clínicas e Diretrizes Diagnósticas –
Organização Mundial da Saúde, trad. Dorgival Caetano, Porto Alegre: Artmed, 1993.

TOBLER, G. C. Empório do Direito. Psicopatia: uma grave doença ou apenas o desejo consciente de provocar o mal? Santa Catarina,
2013. Disponível em: <http://emporiododireito.com.br/psicopatia-uma-grave-doenca-ou-apenas-o-desejo-consciente-de-provocar-
o-mal-2/>. Acesso em: 12 out 2016.

BECK, A. T.; FREEDMAN, A.; DAVIS, D. D. Terapia cognitivas dos transtornos da personalidade. 2ª edição, Porto Alegre; Artmed,
2005.

VADE MECUM SARAIVA – Obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e
Fabiana Dias da Rocha – 21ª edição - São Paulo: Saraiva, 2016, p.529.

COSTA, Janelise Bergamaschi Paziani; VALERIO, Nelson Iguimar. Antisocial personality disorder and substance use disorder:
characterization, comorbidities and challenges in treatment. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 16, n. 1, p. 119-132, jun. 2008 .
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2008000100010&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 19 set. 2016.

HUSS, Matthew T. Psicologia Forense Pesquisa, prática clínica e aplicações, Porto Alegre: Artmed, 2011.

Vous aimerez peut-être aussi