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ADRIELE INACIO
DOUTORANDA EM SERVIÇO SOCIAL – UFSC
ASSISTENTE SOCIAL DA DEFENSORIA PÚBLICA DO PARANÁ
– SEDE GUARAPUAVA
MISOGINIA
OBJETIVOS
Geral:
Analisar a questão da violência doméstica e seus elementos
históricos, sociais, econômicos, políticos e culturais que constituem
ESPECÍFICOS
Refletir sobre a misoginia e a disseminam enquanto prática social.
Identificar as situações de violência doméstica e a atuação das
equipes multiprofissionais
Mensurar o trabalho em rede e estratégias para a superação de
violência doméstica.
MISOGINIA
SIGNIFICA ETIMOLOGICAMENTE - "MISOGINIA"
SURGIU A PARTIR DO GREGO MISOGYNIA, OU
SEJA, A UNIÃO DAS PARTÍCULAS MISEÓ, QUE
SIGNIFICA "ÓDIO", E GYNÉ, QUE SE TRADUZ PARA
"MULHER". UM INDIVÍDUO QUE PRATICA A
MISOGINIA É CONSIDERADO MISÓGINO.
FENÔMENO MISOGINIA NÃO É
NOVO
Para entender o fenômeno em questão, devemos colocar-nos na
Idade da Pedra, quando a diferenciação de gênero começa a
estabelecer atribuições às características do sexo masculino de
tenacidade, coragem, honestidade, força, qualidades de
liderança e capacidade de trabalhar e fazer vida pública.
A mulher era vista como alguém que só poderia lidar com o
acolhimento de crianças e trabalho doméstico.
ENGELS - A origem da família, da propriedade
privada e do Estado
- EX: FEMINICÍDIO
HISTÓRICO
“Ninguém nasce
mulher, torna-se
mulher”
HISTÓRICO
VIVÊNCIA 1
Emma Goldman (27/06/1869 – 14/05/1940) nascida em
Kovno/Lituânia, emigrou para os EUA em 1885 Goldman tornou-se uma
renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos
anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas
sociais e a luta sindical. Goldman foi presa várias vezes por "incentivar
motins", contra o serviço militar obrigatório e distribuir informações
sobre contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal anarquista
Mother Earth. Apoiou e participou da Revolução Bolchevique, mas
expressou sua oposição ao uso de violência dos sovietes e à repressão das
vozes independentes e escreveu o livro Minha Desilusão na Rússia
O Código Civil de 1916, no que se refere aos direitos femininos, representou o reco-
nhecimento e legitimação dos privilégios masculinos; aqueles direitos de fato consistiam
na organização coercitiva da dominação do homem na família e na sociedade. Através
dele regulou-se e limitou-se o acesso das mulheres ao trabalho e à propriedade.
VIVÊNCIA 2
Violência
Doméstica e
Familiar
Necessidade de uma lei só para mulheres?
O que mudou com a lei?
A violência aumentou ou diminuiu?
Constitucionalidade da lei.
Aplicabilidade da lei.
E o nosso trabalho mudou neste 10 anos?
Tipos de violência previstos.
Propostas de mudança na lei.
2015 - Feminicídio
A indenização foi recomendada ao Brasil pela Comissão de Direitos
Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A OEA
entendeu que a demora de 19 anos no andamento do processo contra
o ex-marido de Maria da Penha violou os direitos humanos.
FUNDAMENTOS DA LEI MARIA DA PENHA
http://www.geledes.org.br/o-que-e-ser-menina-no-brasil-desigualdade-de-genero-desde-
infancia/
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A cada 15 segundos uma mulher agredida no Brasil!
2009
A cada 24 segundos uma mulher agredida no Brasil,
ou seja, 5 mulheres a cada 2 minutos. 2010
FEMINICÍDIO
50,3% dos homicídios de mulheres no Brasil são cometidos por familiares,
desse total, 33,2% são parceiros ou ex-parceiros.
13 mulheres assassinadas por dia. Dessas, 07 são por
maridos/naorados/ex.
D
O
M
É
S
T
I
C
A
Elas acreditam
que:
As crises de ciúme
e sentimento de
posse significam
que ele a ama;
Eles pensam que: São responsáveis
Têm o direito de pelos problemas
decidir determinadas da relação;
coisas pela Não podem
namorada; recusar ter
Que o respeito relações sexuais
impõe-se; quando ele
Ser masculino é ser deseja.
agressivo e usar a
força.
Ciclo da violência no casal
Caderno de Atenção Básica MS: Violência Intra familiar 2002
Mulher é agredida pelo esposo e filho denuncia
violência em rede social
Mulher é agredida e tem cabelo
A boleira Fabiane Boldrini teve o nariz fraturado pelo sargento do exército Joel
Jorge após pedir o divórcio raspado pelo marido durante cárcere
privado
Para denunciar um caso de agressão emdentro
ocorrido SP da própria casa, um garoto
carioca publicou uma foto da mãe com o rosto ensanguentado na rede social
Uma mulher teve o cabelo raspado e sofreu
Facebook. Segundo a postagem, que foi ao ar no domingo (27), o autor da
agressão é o esposo da vítima.
diversas agressões físicas enquanto esteve
mantida
A boleira Fabiane Boldrini, 34 anos, teve em cárcere
o nariz privado
fraturado pelo próprio
pelo sargento marido
do exército
em
Joel Jorge, 43, porque ela teria na cidade
pedido de Guarulhos,
o divórcio. em Sãomais
O post já coleciona Paulo. De
de 4,5
mil compartilhamentos acordo com a TV Globo, a vítima foi mantida
presaisso
“Por mais que ele tente se explicar, dentro dafez
que ele própria
não temcasa por doisEla
justificativa. dias. O
é vitima
dele por muitos anos. Ele fraturou o nariz
casal haviadela com um soco
terminado porque ela disse que
o relacionamento
não queria mais viver com ele,recentemente;
aguentando tudo. E antesteria
o crime que sido
pensem que elapelo
motivado fez
alguma coisa de errado, ela não fez nada para merecer isso. Eu sou testemunha,
fato de ele não aceitar a separação.
então eu peço que compartilhem para que a justiça seja feita. Agressão contra
mulher é covardia! Isso aconteceu há três semanas atrás!”, desabafou o garoto.
Em resposta publicada também pelas redes sociais, o sargento se desculpou e
disse que agrediu a esposa porque foi mordido por ela. "Errei quando bati, após ser
mordido pela mesma, que publicou no Face de seu filho as fotos que aí estão.
Usando o Face de uma criança devia postar no dela. Não usar uma criança.
Sempre serei um pai, não adianta querer me fazer parecer esse monstro", disse
Jorge.
Casados há 16 anos, Fabiane disse afirmou que decidiu postar a imagem da
HOMEM ESFAQUEIA EX-NAMORADA E ESPANCA BEBÊS GÊMEOS ATÉ A MORTE
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE AGOSTO DE 2016
Ciclo da mudança
Determinação
Pré-Ponderação
Década de 90
Organismos de
Problema de Saúde
Saúde PERCEBEM
Pública
Nº de vítimas
Sequelas
Assistência Problema Social
PERCEBEM
Social
Datasenado 2015
•A assistência à mulher em situação de
violência doméstica e familiar será
prestada de forma articulada e conforme
os princípios e as diretrizes previstos na Lei
Orgânica da Assistência Social, no Sistema
Único de Saúde, no Sistema Único de
Segurança Pública, entre outras normas e
políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso.
INSTRUMENTO DE NOTIFICAÇÃO
A notificação compulsória deverá ser realizada
obrigatoriamente diante da suspeita ou confirmação da
violência, pelos serviços de saúde públicos e ou privados,
também pelos responsáveis por estabelecimentos públicos
ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de
serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e
instituições de pesquisa, bem como qualquer cidadão que
deles tenha conhecimento ou ainda pelo responsável pelo
serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao
paciente.
PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014
SERVIÇOSNÃO
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE
ESPECIALIZADOS DE ATENDIMENTO À MULHER
ATENDIMENTO À MULHER São aqueles que atendem exclusivamente
Geralmente esses serviços são a mulheres e que possuem expertise no que
tange a violência de gênero, como:
porta de entrada da mulher na
Centro de Atendimento à Mulher em
rede:
Situação de Violência;
•Hospitais Gerais Casas Abrigos;
Unidades de Saúde, Casas de Passagem (abrigos provisórios);
Serviços de Atenção Básica Delegacias Especializadas no Atendimento à
Mulher;
Programas de Saúde da Família
Núcleo da Mulher nas Defensorias Públicas;
UPAS
Promotorias Especializadas;
Delegacias não Especializadas Juizados Especiais de Violência Doméstica e
Polícia Militar e Federal Familiar contra a Mulher;
Guardas Municipais Serviços de Saúde de Referência de
Centros de Referência de Atendimento da Violência Doméstica e Sexual;
Assistência Social Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180;
Centros Especializados de Ouvidorias da Mulher da Secretaria de
Assistência Social (CRAS e Políticas para Mulheres;
CREAS) Postos de Atendimento Humanizado nos
Ministério Público Aeroportos (tráfico de pessoas);
Defensorias Públicas, IML, entre Núcleos de Atendimento à Mulher nos
outros. Serviços de Apoio ao Migrante
A técnica de atendimento às vítimas de
violência depende da fase em que a mulher se
encontra e da integração dos profissionais com a
mulher a ser atendida.
Presença de lesões e
doenças sexualmente
transmissíveis (DST) em
genitália e boca; Relato de tentativa ou
Ausência de planejamento tendência ao suicídio
familiar e gravidez
indesejadas; Comportamento
Ferimentos físicos durante a autodestrutivo com uso de
gravidez; álcool e drogas;
• Baixa estima;
2 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
3 VIOLÊNCIA SEXUAL
4 VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
5 VIOLÊNCIA MORAL
QUALQUER CONDUTA QUE OFENDA SUA INTEGRIDADE
OU SAÚDE CORPORAL
Tapas
Empurrões
Chutes
Bofetadas
Tentativa de asfixia
Tentativas de homicídios
Puxões de cabelo
Beliscões
Mordidas
Queimaduras
Espancamentos
Ferimentos com faca ou arma de fogo
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Qualquer conduta que cause dano emocional e
diminuição da auto-estima; que lhe prejudique e
perturbe o pleno desenvolvimento; que vise degradar
ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões.
FONTE: CE/SMS
VIOLÊNCIA MORAL
ENTENDIDO COMO QUALQUER CONDUTA DE INJÚRIA, DIFAMAÇÃO
OU CALÚNIA
reter ou furtar
objetos pessoais,
instrumentos de
trabalho,
documentos, bens
ou recursos
econômicos.
Disque Idoso
0800-410001
disqueidoso@setp.pr.gov
.br
ESTABELECER UM FLUXO DE
ATENDIMENTO NO MUNÍCIPIO NO
ATENDIMENTOA VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
ESTABELECER UMA REDE DE
ATENÇÃO E ENFRENTAMENTO A
VIOlÊNCIA CONTRA A MULHER