Vous êtes sur la page 1sur 27

Exemplo:

Episódio depressivo

1
Episódio depressivo
1. O que “o problema nos fala”?
1. Ator 1: Discurso da literatura médica
2. Ator 2 : Idéias sobre o tema entre técnicos:
1. Médicos, Enfermeiros e auxiliares;
2. agentes de saúde, etc.
3. Ator 3: movimento de saúde
4. Ator 4: Educação, Justiça, S. social etc.
– Grupos organizados na região
– Grupos formados na sala de espera
– Gerente
2
Discurso da literatura médica
Depressão é mais comum em:
Isolamento Social
Pessoas divorciadas ou separadas, vivendo sozinhas;
Falta de esposo(a) e falta de uma pessoa confidente.
Viuvez recente - alta ocorrência.
Quanto maior o número de pessoas que moram no
domicílio, menor a chance de apresentar depressão.
Depressão pós-parto - Quanto menor a percepção de
suporte social do marido, maior a prevalência.
Maior em comunidades urbanas

O suporte social e ausência de conflitos graves agentes


altamente protetores.

3
Discurso da literatura médica
Depressão é mais comum em:
Desempregados
– De forma consistente, o desemprego associa-se à maior
ocorrência de depressão,mesmo quando outros fatores
sóciodemográficos são considerados
– Situação econômica inativa
Sexo
– Duas vezes mais em mulheres do que em
homens (DSM IV)
– Mulheres solteiras menos suscetíveis à depressão do que casadas.
– Com os homens ocorre a situação oposta
Escolaridade – mais freqüente em baixa escolaridade
– a fração etiológica encontrada para educação foi superior a 50%

Renda – mais freqüente em baixa renda


4
Discurso da literatura médica
Depressão é mais comum em:
Faixa etária:
– Jovens (50% antes dos 40 anos)
– idosos (prevalência varia de 25 a 50%)
moradores em bairros mais pobres, migrantes,
divorciados;
condições precárias de moradia,
doenças físicas crônicas e incapacidades
funcionais
gênero feminino, baixa renda, baixa escolaridade

5
EPISÓDIO DEPRESSIVO MODERADO/GRAVE
Indicadores benignos
– solidas amizades na adolescência
– funcionamento familiar estável
– funcionamento social sólido 5 anos antes da crise
Indicadores mal prognóstico
– Transtorno distímico
– Abuso de álcool e outras substâncias
– Transtornos de ansiedade
– Internação por episodio anterior
– Homens mais propensos a comprometimento
crônico.
– kaplan

6
Relações entre estresse
ansiedade e depressão
No estresse, quando algo em nós analisa
a situação e a considera ameaçadora
(vivência de desespero ou desamparo) o
organismo responde liberando os
hormônios adrenocorticotróficos
(ACTH - CRH).
Estes estão alterados nas situações de
estresse agudo e crônico.

7
No Cérebro
O stress agudo e crônico altera também os
glicocorticóides que regulam a expressão gênica
neuronal alterando a síntese protéica no hipocampo
levando a atrofia de dendritos em especial no
hipocampo.
Altera-se a memória e a cognição; em alguns casos
morte neuronal, o que pode estar relacionado à
redução do hipocampo, em certos indivíduos, com
depressão.
Este mecanismo que está relacionado ao
aparecimento dos quadros depressivos

8
O que a “Depressão” fala?

Pergunta-se:
Quais as condições materiais que
dão suporte e determinação para que
a configuração do que é classificado
como depressão possa sustentar-se?

9
“Depressão é expressão de que formas
de vida, que modos de existência?

Quais as contradições presentes no


coletivamente chamado “saudável” que o
Transtorno Depressivo aponta?
O que é configurado como “problema” é
problema para que forma de vida?

10
Olhar através da “depressão”
Abrir as contradições materiais, locais,
das formas de vida (“saudáveis”) que
engendram, suportam e constituem o que
é descrito como problema.
Abrir possibilidades de rever as formas
hegemônicas dominantes do “saudável”;
“depressão”, no indivíduo, problematiza o
que parece ser “saúde” para o coletivo

11
Quais são as condições
materiais de vida que não param
de produzir “depressão”?

Uma possibilidade é que estaria


relacionado com as condição que
não param de produzir vivências
de desespero e desamparo!

12
sujeito moderno
Tem como ideais os princípios de
autodeterminação, independência e liberdade
em relação à necessidade, natureza, religião e
tradição.
O sujeito moderno é, entre outras coisas, uma idéia
que aparece na tentativa de separar o pensar sobre
as coisas (representação) das coisas em si (Res
cógito/ Res extensa).

13
sujeito moderno
visto como forma de vida que se pauta no uso
do pensar por representação estaria ligado à :
Forma de dominação da natureza externa e
interna.
Na representação o sujeito é senhor, reina
como mestre;
Imagina assim resolver o conflito entre
sujeito e natureza dando ao sujeito a posição
de autodeterminação.
falta crítica às idéias de unidade, identidade,
diferença.
14
Desamparo e desencantamento

Há um diagnóstico de época apontado por


Weber vinculando os processos de
desencantamento do mundo e de
autonomização das esferas de valores.

15
Desamparo e desencantamento
Freud
– a experiência de desencantamento do mundo
estaria na constituição da consciência
própria à nossa era.
– desamparo é compreendido enquanto
resultado do sentimento de desintegração da
possibilidade de apreensão do sentido como
totalidade de relações e de ruptura de um
pensamento da participação entre homem e
natureza
16
Freud em
Luto e melancolia
Diz que nos processos melancólicos
(depressivos) :
o ódio entra em ação nesse objeto
substitutivo (o ego, ou o Eu que funciona no padrão
de unidade e identificação) dele abusando,
degradando-o, fazendo-o sofrer e tirando
satisfação sádica de seu sofrimento

17
T. Adorno
Dialética do Esclarecimento

Poderíamos pensar na depressão como


uma revolta (ódio) contra o padrão de
identidade e unificação imposto pelo
esclarecimento à multiplicidade da vida.
Interversão do esclarecimento em
dominação.
“Depressão” , devolvida à contradição
material que a suporta, apresentaria a
crítica a “forma mercadoria”.
18
Se colocarmos em constelação
os dados da epidemiologia,
neurobiologia, psicologia e
reflexão filosófica o que temos?

19
“Doença”
para Canguilhem e Hillman

Uma forma de vida que estabilizou-se


totalitariamente.
Forma única de vida dominando
ditatorialmente um território.
Que funciona como norma única.
Forma hegemônicas que não para de
produzir “doença”

20
“Doença”
para Canguilhem e Hillman

Quando se é conduzido por um único


ideal, uma única idéia, emoção etc.
É não poder ter margem de tolerância a
infidelidade (instabilidade) do meio.
A impossibilidade de transcender a
determinações imediatas das percepções
do meio social.
Doença é total absorção ao meio

21
Não seriam as formas de vida
conduzidas, totalitariamente pelas
normas do sujeito moderno, absorvidas
completamente por este, sem
possibilidade de transcender estas
determinações, que estariam mais
marcadas pela vivência do abandono e
desamparo dando o suporte material
para a depressão?

22
Os achados da epidemiologia
apontavam maior prevalência
ligados à:

Isolamento social
Desemprego
Baixa escolaridade
Baixa renda

23
Estes dados podem estar falando do
segmento que mais se identificou com
o padrão “normal” (autonomia,
autodeterminação) hegemônico e
totalitário.

24
Para além do isolamento literal que
as situações suscitam,
o desespero e o desamparo podem
ser expressões da frustração em
relação aos ideal de autonomia
com os quais as formas de vida
poderiam estar absorvidas!

25
A “depressão” pode estar
questionando a forma saudável
que hegemonicamente
considera que ideal é :
Ser autônomo, independente, etc.
Resolver as coisas sozinho.
Enfrentar as dificuldades sozinho.
Self-made-man

26
Lidar com a depressão
territorializada seria:
Interferir com as condições materiais,
naquele território, que dão suporte,
condições e fomentam ao surgimento de
configurações depressivas.
Devolver as contradições para o território
vivo

27

Vous aimerez peut-être aussi