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Forças Intermoleculares

Professor Valentim Nunes, Departamento de


Engenharia Química e do Ambiente
email: valentim@ipt.pt
Gabinete: J207 – Campus de Tomar
Web: http://www.docentes.ipt.pt/valentim/ensino/

Novembro de 2010
Forças Intermoleculares

A teoria cinética de gases permite explicar o comportamento dos


gases (moléculas em movimento caótico e constante..). Nos
líquidos e sólidos as moléculas estão mais próximas e sujeitas a
forças atractivas mais fortes.

As forças atractivas entre moléculas são designadas por forças


intermoleculares. São estas forças que asseguram a existência de
estados condensados da matéria: os líquidos e sólidos.
Transições de Fase
As temperaturas de ebulição e temperaturas de fusão reflectem
geralmente a intensidade das forças intermoleculares. A
intensidade das forças intermoleculares em diferentes substâncias
varia numa larga faixa, mas elas são muito mais fracas que ligações
iónicas ou covalentes
Consideremos uma dada porção de gelo (água no estado sólido)
que é aquecido. À temperatura de 0 °C o gelo vai fundir, a
temperatura constante, até toda a água passar ao estado líquido.
Se continuarmos a aquecer a água, a temperatura vai subir
gradualmente, até atingir 100 °C, temperatura à qual a água entra
em ebulição. Em todo este processo apenas ocorrem
transformações físicas, pois a identidade das moléculas não foi
alterada, isto é, não foram quebradas ligações químicas.
van der Waals
Forças Existem
Forças intermoleculares entre Exemplos
de Van Dipolo-dipolo Moléculas HCl ;
der polares CH3CH2OH
(Forças de Keesom)
Waals
Moléculas
Dipolo permanente- polares
dipolo induzido com HCl + N2
(Forças de Debye) moléculas
apolares
Forças de dispersão Todos os
de London tipos de
moléculas
Forças dipolo-dipolo

As ligações dipolo-dipolo ocorrem entre moléculas polares, e têm


origem na atracção entre pólos opostos de moléculas adjacentes.
Quanto maior o momento dipolar ( ) e menor o tamanho das
moléculas maior é a força de ligação.

+ - + -
X Y ......... X Y

Ligação dipolo-dipolo
Forças dipolo-dipolo induzido

As forças dipolo-dipolo induzido são devidas à acção de uma


molécula polar sobre uma molécula apolar. A distribuição
electrónica desta última vai ser distorcida por acção da força
exercida pela molécula polar, induzindo-lhe um dipolo
instantâneo. Quanto maior o número de electrões numa
molécula maior a polarizabilidade, e mais facilmente é induzido
um dipolo. A polarizabilidade é uma medida da facilidade com
que a distribuição electrónica de um átomo neutro ou molécula
pode ser distorcida.
+ - + - + -

Dipolo 1 Molécula Dipolo


Dipolo 1
apolar induzido
Forças de dispersão de London
O metano, CH4, e o azoto, N2, são exemplos de moléculas apolares,
que são gases à temperatura e pressão ambiente. Contudo estes
gases podem ser liquefeitos. O tipo de ligação que ocorre entre as
moléculas apolares é designado por ligações de London.

+ - + - + -
Dipolo Molécula Dipolo
instantâneo apolar induzido

As ligações de London têm origem em assimetrias momentâneas


nas nuvens electrónicas das moléculas, que actuam como dipolos
fracos instantâneos.
Forças de London e massa molar
As forças de London podem ser mais fortes do que as dipolo-dipolo
em moléculas com grandes nuvens electrónicas. Com efeito, as
forças de London são tanto mais fortes quanto maior a nuvem
electrónica, ou seja, quanto maior a polarizabilidade.
Ligação de hidrogénio

A ligação de hidrogénio é um tipo


especial de ligação dipolo-dipolo e
ocorre entre um átomo de hidrogénio e
átomos bastante electronegativos,
como o O, N ou F.
Estrutura da água
Este tipo de ligação ocorre por
exemplo entre as moléculas de
água unidas entre si no estado
sólido ou líquido.

A ligação de hidrogénio é a mais


forte de todas as interacções
intermoleculares. Os compostos
que apresentam ligações deste tipo
têm pontos de fusão e ebulição
mais elevados do que seria de
esperar, com base no tamanho das
moléculas.
Pontos de ebulição
Densidade da água
Propriedades dos Líquidos – Tensão superficial

A tensão superficial de um líquido, , é a quantidade de energia


necessária para aumentar a área de superfície de um líquido, de
uma unidade. As unidades de  são o N m-1. Forças
intermoleculares fortes originam tensão superficial elevada.
Propriedades dos Líquidos – viscosidade

A viscosidade de um fluido, , é uma medida da resistência que esse


fluido oferece ao escoamento. As unidades S.I. de  são o Pa.s.
Forças intermoleculares fortes originam viscosidade elevada.
Propriedades dos Líquidos – Pressão de vapor

H vap
Clausius-Clapeyron: ln p   C
RT
Variação com a temperatura
Ponto de ebulição normal
O ponto de ebulição é a temperatura à qual a pressão de vapor
(equilíbrio) de um líquido iguala a pressão exterior. O ponto de
ebulição normal é a temperatura a que um líquido ferve quando a
pressão exterior é igual a 1 atm.
Exemplo de cálculo
A pressão de vapor do etilenoglicol é 14.9 mmHg a 373 K e 49.1
mmHg a 398 K. Calcular o calor molar de vaporização do
etilenoglicol.
Aplicando a equação de Clausius – Clapeyron às duas temperaturas
e subtraindo termo a termo obtemos:
p2 H vap  1 1 
ln    
p1 R  T2 T1 
49.1 H vap  1 1 
ln    
14.9 8.314  398 373 
H vap  59.0 kJ/mol
Sólidos
Os sólidos podem ser divididos em duas categorias: sólidos
cristalinos e sólidos amorfos.

Um sólido cristalino tem uma ordenação molecular rígida que se


estende a longa distância. Num sólido cristalino, os átomos, as
moléculas ou os iões ocupam posições específicas. Um sólido
amorfo não possuí um arranjo molecular bem definido nem uma
ordem molecular a longa distância.
Células unitárias

Ponto de rede: átomos,


moléculas ou iões.
Redes de Bravais
Células cúbicas
Relações geométricas

Relação entre o raio atómico e o comprimento de aresta em


três células unitárias diferentes:
Exemplo de cálculo
Quando a prata cristaliza, forma células cúbica de face
centrada. O comprimento de aresta é 409 pm. Calcular a
densidade da prata.
V  a 3  409 pm   6.83 10 23 cm3
3

Existem quatro átomos por célula unitária numa célula cúbica


de faces centradas.
107.9 g 1 mol de Ag  22
m  4 átomos de Ag    7.17  10 g
1 mol de Ag 6.022 10 átomos de Ag
23

m 7.17 1022 g
d   10.5 g.cm -3

V 6.83 1023 cm3


Tipos de cristais
Cristais iónicos
• Pontos de rede ocupados por catiões e aniões
• Forças electrostáticas mantêm o cristal coeso
• Duros, brilhantes, e com elevado ponto de fusão
• Maus condutores de calor e electricidade

CsCl ZnS CaF2


Cristais covalentes
• Pontos de rede ocupados por átomos
• Ligações covalentes mantêm o cristal coeso
• Duros e com elevado ponto de fusão
• Maus condutores de calor e electricidade
Cristais moleculares
• Pontos de rede ocupados por moléculas
• Forças intermoleculares mantêm o cristal coeso
• Macios e com baixo ponto de fusão
• Maus condutores de calor e electricidade
Certas substâncias, numa faixa de temperatura imediatamente
acima dos seus pontos de fusão, exibem propriedades de líquido
(movimento, escoamento, sem padrão de ordenamento) e sólido
(elevada ordenação, rigidez), simultaneamente. São denominadas
cristais líquidos.
Cristais metálicos
• Pontos de rede ocupados por átomos metálicos
• Ligações metálicas mantêm o cristal coeso
• Macios ou duros e com pontos de fusão altos e baixo
• Bons condutores de calor e electricidade

Núcleo e camadas
internas

Electrões livres
(móveis)
Sólidos amorfos
Os sólidos amorfos não possuem um arranjo tridimensional
regular, contrariamente aos cristais. Alguns exemplos deste tipo
de sólidos são os vidros e os polímeros.
Enquanto nos cristais as propriedades físicas apresentam
descontinuidades na temperatura de fusão, para os sólidos
amorfos não existe uma temperatura de fusão, mas sim uma
sucessão de estados de fluidez variável, e que depende da
temperatura e da ‘história térmica’ da substância, isto é, da forma
como os aquecimentos e arrefecimentos foram feitos. A
temperatura à qual o material se torna rígido designa-se por
temperatura de transição vítrea, Tg
Vidros

Um vidro é um produto transparente resultante da fusão de


materiais inorgânicos que arrefeceu até atingir um estado rígido
mas sem cristalização.
Nome Composição Propriedades e Utilização
Quartzo puro SiO2 100% Coeficiente de expansão térmica baixo
Transparente a vários 
Pesquisa óptica
Vidro Pyrex SiO2 , 60 – 80% Coeficiente de expansão térmica baixo
B2O3, 10 – 25% Transparente no visível, IV mas não no UV.
Al2O3, vestígios Materiais de laboratório, material de
cozinha,…
Vidro “normal” SiO2 , 75% Reactivo; Sujeito a choques térmicos.
Na2O, 15% Absorve radiação UV.
CaO, 10% Janelas, garrafas, etc..
Quartzo

quartzo cristalino vidro de quartzo


(SiO2) não cristalino
Polímeros

Dá-se o nome de polímeros a substâncias com cadeias


moleculares extremamente longas. Estas podem ter até centenas
de milhar de unidades de massa molecular, e são por isso
designadas por macromoléculas.
Os polímeros podem ser divididos em duas classes: naturais ou
sintéticos. Alguns exemplos de polímeros naturais são as
proteínas, ácidos nucleicos, polisacarídeos, como a celulose, e
borracha natural.
Polímeros sintéticos
Monómero Polímero
Fórmula Nome Nome e fórmula Aplicações
etileno Polietileno Tubos de plástico
Garrafas
Isoladores, ……
propileno Polipropileno Embalagens
Garrafas,….

Cloreto de vinilo Cloreto de polivinilo Tubos


(PVC) Material de construção
Roupas, …..
Tetrafluoro- TEFLON Utensílios de cozinha
etileno Isoladores eléctricos
Material de laboratório
Estireno Poliestireno Contentores
Isoladores térmicos,…..
Controlo estereoquímico
Um desenvolvimento importante na utilização dos polímeros é o
controlo estereoquímico. O propileno, por exemplo, pode
polimerizar em qualquer dos três arranjos seguintes: isotáctico, em
que todos os grupos metilo, CH3, apresentam a mesma orientação
relativa; sindiotáctico em que os grupos metilo se orientam
alternadamente para trás e para diante do perfil da cadeia, e
atáctico, em que os grupos se distribuem ao acaso.
Elastómeros
Alguns polímeros exibem elasticidade, ou seja, a capacidade de se
alongarem sob acção de uma força, regressando à forma inicial
quando cessa a acção dessa força. São designados por elastómeros.
Um exemplo é a borracha vulcanizada.
Diagramas de fases da água

A mesma substância pode existir


nos diferentes estados de
agregação, sólido, líquido ou
gasoso, consoante as condições
de pressão e temperatura

Um diagrama de fases sumaria as


condições às quais uma substância
ocorre como um sólido, líquido ou
gás.
Diagrama de fases do CO2
Análise térmica

As temperaturas de fusão e ebulição de uma substância podem


ser obtidas através de uma técnica designada por análise
térmica
sublimação
condensação solidificação
Mudanças de fase

evaporação fusão
sublimação

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