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1) O documento descreve depósitos de ouro porfirítico no Brasil, incluindo suas características geológicas e exemplos nas regiões de Tapajós e Alta Floresta em Mato Grosso e no depósito de Serrinha também em Mato Grosso. 2) Discute o depósito de Cumaru no Pará e seus principais minerais associados. 3) Fornece detalhes sobre os usos econômicos e industriais do ouro.
1) O documento descreve depósitos de ouro porfirítico no Brasil, incluindo suas características geológicas e exemplos nas regiões de Tapajós e Alta Floresta em Mato Grosso e no depósito de Serrinha também em Mato Grosso. 2) Discute o depósito de Cumaru no Pará e seus principais minerais associados. 3) Fornece detalhes sobre os usos econômicos e industriais do ouro.
1) O documento descreve depósitos de ouro porfirítico no Brasil, incluindo suas características geológicas e exemplos nas regiões de Tapajós e Alta Floresta em Mato Grosso e no depósito de Serrinha também em Mato Grosso. 2) Discute o depósito de Cumaru no Pará e seus principais minerais associados. 3) Fornece detalhes sobre os usos econômicos e industriais do ouro.
BÁRBARA ARAÚJO VIEIRA FELIPE CABRAL GUSTAVO AMORA LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA MARTINS MARIA EDUARDA D’ CARLOS BELO O ouro porfirítico ocorre em ambientes plutônios hidrotermais profundos, geralmente a mais de 2km da superfície;
Na primeira fase da vida de uma intrusão plutônica, a
tendência é a maior parte da pluma hidrotermal situar-se fora da intrusão. Os depósitos são formados dentro da pluma hidrotermal, porém fora da intrusão (depósitos periféricos);
Com o tempo a intrusão cristaliza-se em direção ao
núcleo;
Em fase de avançada cristalização, a maior parte da pluma
hidrotermal estará dentro da intrusão. Serão depósitos apicais disseminados e intraplutônicos; Origina-se depósitos com minerais cristalizados na parte apical da intrusão e/ou nas rochas encaixantes;
As características dos depósitos apicais disseminados
mudam conforme a composição da rocha intrusiva e, em menor proporção com a composição da rocha encaixante;
Em ambientes de arcos de ilha, geralmente associados a
granitos básicos, formam-se depósitos com Cu-Au (Porphyry Cu-Au), de Cu-Au-Mo e de Au somente (Porphyry gold only). 1) Regiões de Tapajós e Alta Floresta - MT Situam-se na região central do Brasil;
Tapajós e Alta Floresta tem geologias semelhantes devidos
aos eventos termo- tectônicos de vulcanismos, ocorridos entre 1760 a 2000 Ma. nas intrusões graníticas Paruari, Maloquinha e em uma série de biotita-monzogranitos;
A existência de uma extensa cobertura vulcânica ácida e
intermediária, pontilhada por intrusões graníticas contemporâneas, formam as condições necessárias à gênese dos depósitos vulcanogênicos “epitermais” e de depósitos apicais disseminados com ouro. Consideram-se que os depósitos de ouro de Tapajós e Alta Floresta sejam “orogênicos” ou apicais disseminados, e podem ser separados em quatro categorias: ◦ Orogênicos em turbiditos; ◦ Orogênicos, filoneanos, relacionados a rochas magmáticas com alterações carbonatadas nas encaixantes; ◦ Floneanos plutogênicos periféricos; ◦ Plutogênicos apicais disseminados. A Figura 1 mostra que os veios de quartzo e stockworks com ouro relacionam-se espacialmente, em sua maioria, a biotita- monzogranitos.
Figura 1 - Modelo esquemático do depósito de ouro V3, da região de Tapajós
(Jacobi, 1999). A Figura 2 considera que as intrusões dos granitos Maloquinha tenham sido responsáveis pela mineralização em ouro. E que a maior parte dos depósitos está associada aos granitos Parauari, em Tapajós, e aos biotita- monzogranitos, em Alta Floresta.
Figura 2: Modelo esquemático de formação do Au porfirítico (Robert, 1996).
Essa região foi uma das principais produtoras de ouro do país entre o período de 1980 e 1998, de onde se extraíram quase 125 toneladas do metal, principalmente por meio de garimpos. Garimpo próximo à cidade de Peixoto de Azevedo – MT. 2) Depósito de Serrinha – MT Localiza-se no extremo norte do estado de mato grosso, na província aurífera Juruena;
Associa-se ao maciço granítico Matupá (Granito Matupá),
inserido no domínio geológico Ventuaro-Tapajós;
Granito Matupá: único corpo granítico, isotrópico, rosa,
textura equigranular a porfirítica, granulação média a grossa, classificado como biotita monzogranito. Localização: Estado do Mato Grosso, associado ao Maciço Granítico Matupá Mineração no Depósito Serrinha: ◦ Disseminada; ◦ Sem a presença de veios de quartzo; ◦ Associação de pirita, sericita, clorita e/ou albita; ◦ O minério possui baixos teores de Ag, Cu, Pt, Pd, Te, Mo, Bi e Sn; ◦ O Au encontra-se na forma nativa, sempre associado à pirita; ◦ A diluição e/ou a desmistura do fluido salino podem ter ocasionado a deposição da segunda geração de Au. Vista parcial da área de aluvião Ouro em fratura de pirita. minerada por garimpeiros em Serrinha. 3) Depósito de Cumaru – PA Situa-se na província de Carajás-PA;
É hospedado em cúpulas de granitóides arqueanos
(Granidoritos Cumaru);
O depósito Cumaru é representado por um sistema de filões
bem desenvolvido, concordante, com falhas e fraturas que possibilitou a migração dos fluidos, depositando o minério aurífero em veios de quartzo;
O tipo de alteração hidrotermal dominante no depósito se
relaciona com rochas constituidas por sericita, quartzo, pirita, albita, calcita, etc. Garimpo próximo a cidade de Redenção-PA Maiores depósitos de ouro porfirítico do mundo (2009): Como paragênese deste tipo de depósito de ouro, pode se citar o cobre e prata como principais minerais sendo seguidos de depósitos férricos.
Lembrando que também pode se encontrar juntamente
ao ouro: chumbo, pirita, sericita, clorita e albita. Fotografias: o metal aparece na forma de um ácido, o cloroaúrico (HAuCl4);
Economia: o ouro é altamente empregado como reserva
monetária, como garantia do papel-moeda em circulação, além de atuar na cobertura de pagamentos a outros países quando ocorrem diferenças nas balanças comerciais;
Tecnologia: aplicado em satélites artificiais e em janelas
de grandes edifícios comerciais, sob a forma de finas películas, pois este metal é responsável pela reflexão de mais de 98% da radiação infra – vermelha incidente; Joalheria: utilizado na forma de liga, associado a outros metais, como cobre e prata; Decoração: o ouro na forma coloidal é aplicado na pintura de peças de cerâmica; Próteses dentárias: devido à resistência à corrosão e a maleabilidade do metal, este e alguns de seus derivados são utilizados na fabricação deste tipo de prótese; Indústria: catalisador (acelerador de reações químicas); Medicina: utiliza-se em cirurgias, uma vez que malhas de finíssimos fios de ouro são colocadas para reparar vaso. Microscopia: revestimento de materiais biológicos.