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III – ESTRUTURA

E DINÂMICA DA
GEOSFERA

1. Métodos para o estudo do interior da


geosfera
Porque se manifestam, por vezes tão 1.Placa Americana,

violentamente as ilhas açorianas?


Euroasiática e
Africana.

2.As ilhas localizadas


a oeste do rifte
médio-Atlântico
(Corvo e Flores)
encontram-se a
divergir das restantes
ilhas, que se
localizam a Este do
rifte.

3.Ocorre vulcanismo
à superfície das ilhas,
bem como
vulcanismo
submarino.

4.As ilhas encontram-


se localizadas ao
longo das principais
falhas e fracturas
presentes na região.
Ao longo das falhas
ocorre a ascensão de
magma, que origina
os aparelhos
vulcânicos cuja
actividade está na
base da formação
das ilhas do
arquipélago.
Ponto triplo
Métodos para o estudo
do interior da geosfera

Diretos Indiretos

Os dados obtidos são


essencialmente de natureza
Baseiam-se na recolha
geofísica e fornecem
e análise de elementos
a maioria das informações
e no seu estudo direto,
referentes à estrutura
como por exemplo
interna da Terra,
o estudo das rochas
principalmente as
propriedades das camadas
mais internas.
Métodos diretos

• Sondagens
• Minas/escavações
• Afloramentos superficiais
• Vulcanismo – materiais emitidos
durante a atividade vulcânica (magmas
e xenólitos)
Estudo de rochas
superficiais
– em trabalho de campo
e laboratorial

Exploração de jazigos
minerais em profundidade
e à superfície;
Mina (de cobre) a céu aberto em Utah
(EUA)

Pedreira de extracção de mármore


em Vila Viçosa (Alentejo, Portugal)
Sondagens Ultraprofundas;

Sondagens em
terra

Tarolos ou
carotes de sondagem

Sondagens no oceano
FUROS ULTRAPROFUNDOS - ultrapassam os 1500 m de profundidade

A maior perfuração - 1970 – Península de Kola


Obtêm-se cilindros de material rochoso, as carotes,
que permitem o estudo das rochas e as suas
propriedades;

É o meio mais eficaz de verificar os modelos sobre a


estrutura terrestre;

Permitem retirar colunas de rochas relativas a milhões


de anos de história;
Mapa da variação do fluxo geotérmico da geosfera a uma profundidade de 90km
FLUXO TÉRMICO – quantidade de calor proveniente do subsolo ,que se liberta numa
determinada unidade de tempo, por unidade de superfície
Os materiais recolhidos
permitiram determinar mais de
metade da história da Terra (2500
a 2700 M. anos ),
Detectar a presença de água
fortemente mineralizada circulando
a pressões 3000 bares nas fissuras
das rochas;
Entre os 6000 metros e os
11000 metros foram encontrados
gases tais como hidrogénio, hélio,
dióxido de carbono, metano e
outros hidrocarbonetos;
A temperatura era cerca de
230ºC
Nos oceanos Pacífico Central
Out. 1991
Atingiu os 2000 m de profundidade

Problema:

Aumento da temperatura em profundidade

Este aumento de temperatura torna a geosfera inviolável,


a partir de certa profundidade. Porquê ?
Magmas da crosta e do manto vêm à superfície “mostrando”
os seus constituintes e também os dos fragmentos
arrastados de regiões profundas (xenólitos);

Materiais oriundos de profundidades que podem atingir


100 a 150 Km;
“Janelas” para o interior da Terra;
Estudar as características destes magmas

Temperatura
Inferir condições do ambiente
em que foram gerados Pressão
Composição do manto
XENÓLITOS
VULCANISMO

Basalto
Peridotito (o magma que lhe
(rocha do deu origem arrastou
manto) fragmentos do
manto)
A – o magma pode transportar B – Afloramento de basaltos com encraves
fragmentos do manto (verdes) de peridotito, rocha do manto.

O magma, ao movimentar-se, arranca e incorpora fragmentos de rochas


do manto e da crosta. Esses fragmentos são transportados e ficam incluídos na
rocha magmática após solidificação, constituindo xenólitos ou encraves. Estes
encraves podem ser provenientes de profundidades de cerca de 200km, ou
mesmo mais.
Métodos indiretos
Planetologia
Astrogeologia
Métodos geofísicos
 Geomagnetismo
 Gravimetria
 Geotermia
 Densidade e massa volúmica
 Sismologia
Determinadas técnicas aplicadas no estudo de outros
planetas podem ser usadas no estudo da Terra;

Massa da Diâmetro Volume


Terra do planeta

Aplicando Densidade
leis físicas
Aplica princípios e métodos geológicos a um plano
muito vasto:
Estudo dos meteoritos

PERMITE CONFRONTAR A COMPOSIÇÃO E NATUREZA DESTES COM


AS DIFERENTES ZONAS QUE CONSTITUEM O INTERIOR DA TERRA

TAMBÉM PERMITEM RECONSTITUIR OS PRIMEIROS ESTÁDIOS DE


FORMAÇÃO DA TERRA
Hipóteses explicativas para a formação da Lua

A origem da Lua tem sido um assunto de acesa discussão no seio da


comunidade científica. Foram elaboradas diversas teorias, sendo a mais
aceite actualmente a da ejecção colisional.
Ciência que combina os princípios da física e da
matemática com o uso de instrumentos de
medição muito precisos.

Determinar as propriedades
físicas da Terra
A Terra tem um campo magnético invisível, que é responsável pela
orientação da agulha magnética da bússola;

As linhas de força do campo magnético passam


através do planeta e estendem-se de uma pólo
magnético para o outro;
A existência do campo magnético apoia:

Modelo atualmente aceite


sobre a estrutura do globo
terrestre; Fornece informações sobre
o passado da Terra;
Campo magnético terrestre
A magnetosfera protege a Terra dos raios cósmicos nocivos:
Radiações ionizantes e ventos solares.
São manifestações geomagnéticas;
Acontecem porque nem todas as partículas (electrões) do vento solar são
deflectidas pela magnetosfera e entrando na atmosfera produzem luz.
Geomagnetismo

Dínamo produzindo uma corrente


eléctrica

Produz-se devido
aos movimentos
produzidos pelo
núcleo externo

Campo Magnético Terrestre


Campo magnético terrestre - geomagnetismo

Basalto
- rocha rica em minerais ferromagnesianos;
- durante o arrefecimento do magma que a originou formaram-se cristais que ficaram
magnetizados instantaneamente quando a temperatura desceu abaixo de um
determinado valor (ponto de curie);
- estes minerais funcionam como ímans “fósseis”, porque a sua polaridade é idêntica à
do campo magnético terrestre na altura da sua formação;
- os minerais conservam a sua polaridade, desde que não sofram temperaturas acima
do ponto de Curie (580ºC).
Campo magnético terrestre - geomagnetismo
O estudo das propriedades magnéticas de lavas solidificadas, nomeadamente de
amostras de basalto, retiradas dos fundos oceânicos, mostram que o campo
magnético experimentou inversões várias vezes, ou seja, o pólo magnético que
estava próximo do Pólo Norte geográfico moveu-se para uma posição próxima do
Pólo Sul e vice-versa.

Polaridade normal: polaridade remanescente nas rochas idêntica à actual.

Polaridade inversa: polaridade remanescente nas rochas oposta à actual.


Campo magnético terrestre - geomagnetismo

Sedimentação
dos minerais
magnetizados

Orientação da polaridade dos minerais ferromagnéticos de acordo com o


campo magnético vigente no momento da sua formação.
Direcção do campo
magnético terrestre

Magnetite

Partículas
magnetizadas
no oceano Partículas magnetizadas nos sedimentos

Orientação da polaridade dos minerais ferromagnéticos de acordo com o


campo magnético vigente no momento da sua génese.
Campo magnético terrestre - geomagnetismo
O estudo dos fundos
oceânicos mostra
que as inversões
magnéticas são
simétricas de um e
do outro lado do rifte
( a lava oriunda do
manto solidifica ao
chegar à superfície,
originando basalto
cujos cristais se
magnetizam de
acordo com a
polaridade do campo
magnético terrestre
nesse momento).

Quando ocorre uma


inversão magnética o
basalto formado
durante esse episódio
regista essa inversão.
Anomalias Magnéticas
A existência de campo magnético terrestre apoia o modelo:

Composição do Características físicas


núcleo terrestre do núcleo terrestre
(ferro) (núcleo externo
líquido)
O paleomagnetismo fornece inúmeras informações sobre
o passado da Terra;

Inversões da Hipótese da Posição dos Determinar a latitude


polaridade do deriva continentes geográfica que a rocha
campo magnético continental relativamente ocupava no momento
aos pólos da sua formação
magnéticos
Qualquer corpo situado à superfície da Terra experimenta
uma força (F) de atracção para o centro da Terra.

Segundo a lei da atracção universal de Newton


é dada por uma expressão matemática:
Massa do corpo

F= G m. M Massa da Terra

R2
Raio terrestre
Constante de
Gravitação
determinada
em laboratório
A força de gravidade pode ser determinada com aparelhos chamados
GRAVÍMETROS

g= 4/3 G ₶ r d

g- acelaração da gravidade
G- constante gravitacional
r- raio terrestre
d- densidade

A força da
gravidade é
maior.

A força da
gravidade é
O raio terrestre equatorial é maior menor.
21 Km do que o raio polar.

151-152
Para compararmos a força da gravidade em diferentes
pontos da Terra é necessário introduzir correcções relativas
a diferentes parâmetros.

151-152
Latitude
Altitude
Presença de acidentes topográficos
Após a introdução destas correcções seria de esperar que a força gravítica
fosse igual em toda a superfície terrestre, como se ela fosse regular. Mas
tal não acontece…
Por convenção, considera-se que o valor normal da força gravítica, ao nível
médio das águas do mar, é zero. As anomalias gravimétricas acima e abaixo
de zero são, respectivamente, positivas ou negativas.

Positiva
Anomalias gravimétricas
Negativa
Menor força
Maior força da
da gravidade
gravidade

Doma de
Sal-gema

O doma de sal-gema tem uma densidade inferior às rochas onde se


encontra, verificando-se uma anomalia gravimétrica negativa.
Uma intrusão magmática em
rochas sedimentares
provoca uma anomalia
gravimétrica positiva, pois
as rochas sedimentares são
menos densas que as da
intrusão magmática.
Detecta materiais de Permite determinar a
diferentes densidades presença
de filões, líquidos ou fluidos

Partículas magnetizadas nos sedimentos

Ao nível das cadeias montanhosas não


existem anomalias gravimétricas ou elas
são negativas
Princípio
da
Isostasia

O iceberg e o navio flutuam porque o volume De igual forma, o volume


submerso é mais leve que o volume de água relativamente leve da Crosta
deslocado. Continental, projetado no Manto,
permite a“flutuação “
da montanha
O que provoca o movimento ascendente e
descendente das rochas na Terra?
• “Uplift” (levantamento) – movimento ascendente das rochas.
• Subsidência – movimento descendente das rochas.
- Variações na densidade.
- Variações na espessura da crusta.

O que provoca as variações na densidade das rochas?


• Aquecimento – a rocha expande-se e torna-se menos densa.
• Arrefecimento – a rocha contrai-se e torna-se mais densa.
• Estas variações na densidade causam uma flutuação da litosfera na
astenosfera, subindo ou descendo.

O que causa as variações na espessura da crusta?


• Colisão de placas tectónicas
• Encurtamento e espessamento da crusta na zona de
colissão.
• Cavalgamento de uma placa sobre outra.
Isostasia

litosfera continental
litosfera oceânica litosfera oceânica

Rochas na superfície terrestre

Astenosfera
Isostasia
A crusta “carregada” com rochas, aumenta a sua
espessura.

A rocha superficial é enterrada.


Um novo equilibrio isostático é alcançado.

As rochas superficiais encontram-se agora no interior da Terra.


Erosão da topografia terrestre.
A crusta ressalta para um novo equilíbrio isostático.
Depois de enterradas profundamente as rochas
superficiais atingem novamente a superfície
terrestre.

Ressalto
1. Quanto mais denso o
substrato, maior a
gravidade registada à
superfície.
2. .

3. O gráfico B.
4. Como as regiões
continentais são mais
espessas e menos
densas, possuem um
anomalia gravimétrica
negativa, enquanto
que a crusta oceânica
é mais densa e
menos espessa (o
limite do manto
superior mais denso
encontra-se mais
próximo da
superfície),
contribuindo para a
existência de
anomalias gravíticas
positivas.
5. A gravimetria permite
detectar a presença
de corpos rochosos
em profundidade que,
por apresentarem
maior densidade do
que as rochas
envolventes, podem
indicar a presença de
corpos minerais ricos
em metais.
Mapa da variação do fluxo geotérmico da geosfera a uma profundidade de 90km
FLUXO TÉRMICO – quantidade de calor proveniente do subsolo ,que se liberta numa
determinada unidade de tempo, por unidade de superfície
Subida da temperatura com a profundidade;
Atividade vulcânica;

Correntes de convecção no manto;


A Terra é uma gigantesca máquina térmica.

Três principais origens:

O calor remanescente da origem do planeta;

A desintegração progressiva dos elementos radioativos;

Compressão gravitacional:
Aumento de pressão com a profundidade.
É a taxa de variação da
temperatura com a
profundidade.

Aumento da temperatura
por quilómetro de
profundidade.

http://www.netxplica.com/exercicios/
geo10/gradiente.geotermico.htm
Como varia a temperatura da Terra com o aumento
da profundidade?
A variação do gradiente geotérmico não se mantém constante para
grandes profundidades, pois se tal acontecesse a Terra atingiria no
seu interior temperaturas de muitos milhares de graus, o que
provocaria a fusão de todos os materiais. (...)
Corresponde ao número de metros que é necessário
aprofundar para que a temperatura aumente 1º C.

Diminui com a profundidade

Em 1Km aumenta 20ºC Em 1Km aumenta 10ºC


na crosta continental. no manto superior.
Unidade
Valor
Definição Em que é
expresso
médio
Nº de metros, em
Grau profundidade, para
m/ºC 33m/ºC
uma aumento de 1ºC
geotérmico na temperatura
Taxa de aumento
Gradiente da temperatura
ºC/m 0,030ºC/m
com o aumento da
geotérmico profundidade
Gradiente Grau
Geotérmico Geotérmico
(30ºC/1km) (33m/1ºC)

Na Crosta 20ºC/1km 50m/1ºC

No Manto
10ºC/1km 100m/1ºC
Superior
Quantidade de calor que é libertado, vindo do interior da Terra, por unidade
de superfície e por unidade de tempo
O fluxo térmico varia de local para local. Há regiões onde o fluxo de calor é
significativamente diferente da média. Nas cristas das dorsais encontram-se
valores elevados do fluxo térmico que chegam a ser superiores a dez vezes a
média oceânica. Pelo contrário, nas zonas das fossas oceânicas o fluxo de calor
é muito inferior à média. Tais factos devem-se à subida de material magmático
pelas zonas dos riftes e à descida de material frio nas zonas de convergência de
placas litosféricas (zonas de subducção)
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A massa volúmica global da Terra – 5,5 g/cm3


Rochas da superfície são muito menos densas
apresentando uma massa volúmica de 2.8 g/cm3

Devem existir
materiais de
densidade
muito superior no
interior do planeta.

Variação da densidade com a profundidade


Baseiam-se nas propriedades
elétricas das rochas

Isto é:

Baseiam-se na
capacidade/incapacidade de
conduzirem a corrente elétrica.

Capacidade = condutividade
Incapacidade = resistividade

FATORES INFLUENCIADORES:
• Presença de água favorece a
condutividade CROSTA
• Constituição das rochas
• Temperatura Crosta – boa condutora
Até aos 100Km – condutividade diminui
Até aos 800Km – aumenta;
Depois dos 800Km – diminui.
O estudo do comportamento das ondas sísmicas que se propagam
através do Globo.
Tem contribuído muito
para o conhecimento do
interior da Terra.
Num planeta hipoteticamente homogéneo

Ondas sísmicas com


velocidade constante e
trajectórias rectilíneas.

Tal não se verifica!!


Terra real

A velocidade de
propagação aumenta,
mas não uniformemente.

Ondas são desviadas


ou deixam de propagar-se.
Propagação das ondas sísmicas
A estrutura interna da Terra não é homogénea.

A composição e as propriedades
físicas dos materiais no interior
do globo terrestre variam
com a profundidade.

O contributo da sismologia é uma mais valia para o


conhecimento da estrutura interna da Terra.
RESUMINDO:
• Os Açores reúnem um conjunto de características que os tornam um local privilegiado
para os estudos de vulcanologia, sismologia, geotermia e tectónica;
• O interior da Terra encontra-se inacessível aos investigadores, com excepção de uma
pequena película que pode ser estudada por métodos directos;
•Nos métodos directos incluem-se as perfurações (atingiram um máximo de 12km de
profundidade), a recolha de materiais expelidos pelos vulcões (gases, lava e material
solidificado), a observação da blocos rochosos provenientes da crosta profunda e do
manto superior transportados para a superfície;
•A maioria dos dados que possuímos provêm de observações indirectas, baseadas em
métodos geofísicos: magnetismo, sismicidade, densidade, métodos geoelétricos e
gradiente geotérmico;
• A temperatura e a pressão aumentam com a profundidade;
• Estes dados são complementados e comparados com os obtidos experimentalmente,
sobre as temperaturas de fusão de rochas de diferentes composições químico-
mineralógicas sob o efeito de elevadas pressões;
• A Astrogeologia e Planetologia, ao compararem os processos geológicos terrestres
com os que ocorrem nos restantes corpos celestes, incluindo os planetas do nosso
sistema solar, fornecem dados sobre os processos de formação e diferenciação do
nosso planeta, auxiliando na compreensão da sua estrutura. Os meteoritos e os
asteróides, por serem corpos celestes primitivos, constituem-se como amostras

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