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CURSO BÁSICO DE

CORROSÃO E DE
MONITORAÇÃO
Geraldo J. M. Paiva
CENPES/PDEP/TMEC
812-6502
BW25
paiva@cenpes.petrobras.com.br
Conceitos Básicos
 Corrosão: é a deterioração ou perda das propriedades de um
material metálico ou não-metálico causada por reações
químicas e/ou eletroquímicas com o meio que o circunda. Para
os materiais inorgânicos é a volta ao estado natural.

ENERGIA ENERGIA

Minério Metal Produto

ENERGIA
Conceitos Básicos
 Anodo: Local onde ocorrem as reações de oxidação (perda de
elétrons ou aumento da valência). Onde a corrosão ocorre e os
íons metálicos entram em solução.
 Catodo: local onde ocorrem as reações de redução (ganho de
elétrons ou diminuição da valência). Onde ocorre a deposição
dos íons em solução.

 Ânion (M-): íon negativo que migra para o anodo.

 Cátion (M+): íon positivo que migra para o catodo.


Reações Eletroquímicas
Seja uma barra de zinco em ácido (limpeza química)
A reação geral é:
 Zn + 2HCl  ZnCl2 + H2
 Zn + H2SO4  ZnSO4 + H2

A forma iônica da reação é:

 Zn + 2H+ + 2Cl-  Zn2+ + 2Cl- + H2


 Zn + 2H+ + SO42-  Zn2+ + SO42- + H2

eliminando Cl- ou SO42-vem


Zn + 2H+  Zn2+ + H2
que pode ser escrita separadamente:
Zn  Zn2+ +2e- Reação anódica
2H+ + 2e-  H2 Reação catódica
Reações Eletroquímicas
 A superfície de um metal é composta
por várias micro-regiões anódicas e
catódicas, intercambiando-se com o
tempo.
Reações Eletroquímicas
 Reações que ocorrem no anodo
M  Mn+ + ne-
 Reações que ocorrem no catodo
– Meio Neutro ou Básico, não-aerado
2H2O + 2e-  H2 + 2OH-
– Meio Neutro ou Básico, aerado
H2O + 1/2 O2 + 2e-  2OH-
– Meio Ácido, não-aerado
2H+ +2e-  H2
– Meio Ácido, aerado
2H+ + 1/2 O2 + 2e-  H2O
Potenciais de Eletrodo
 Ao imergir um metal em uma solução aquosa passa a existir uma
diferença de potencial entre as duas fases (sólida e líquida). É
chamada de Diferença de Potencial Eletroquímico pois é de
natureza elétrica e química. Este valor absoluto não pode ser medido.
Potencial de Eletrodo
 Eletrodo = Metal + Eletrólito vizinho
 O sistema Metal/Solução tende a evoluir até atingir um estado
de equilíbrio:
M0 (metal) = Mn+ (solução) + ne- (metal)
 Esta passagem de íons para solução varia de metal para metal,
caracterizando diferentes DIFERENÇAS DE POTENCIAL
ELETROQUÍMICO
 Quando o potencial dos íons metálicos na rede cristalina do
metal for maior que o potencial dos íons metálicos em solução,
haverá uma tendência expontânea a passagem dos íons para a
solução e o metal fica carregado negativamente. O potencial do
metal diminui e fica mais difícil a passagem de novos íons
metálicos para a solução. Esta passagem continuará até que os
potenciais sejam iguais.
Potencial de Eletrodo
 Quando o potencial dos íons metálicos na rede cristalina do
metal for menor que o potencial dos íons metálicos em
solução, haverá uma tendência expontânea a passagem dos
íons da solução para o metal fica carregado positivamente. O
potencial do metal aumenta e fica mais difícil a passagem de
novos íons metálicos para a solução. Esta passagem continuará
até que os potenciais sejam iguais (equilíbrio).
 Haverá o estabelecimento de uma igualdade de potencial
eletroquímico entre o metal e a solução a custa do
estabelecimento de uma diferença de potencial elétrico entre a
fase líquida (solução) e a fase sólida (metal).
 DUPLA CAMADA
Potencial de Eletrodo
Dupla Camada
Potencial de Eletrodo Padrão
 O Potencial de Eletrodo (=DPE) mostra a tendência de uma
reação se passar no eletrodo ou a facilidade que o eletrodo
perde elétrons ou que os íons ganham elétrons.
 Houve a necessidade de se padronizar as condições para
determinar-se o potencial. As condições são:
– Concentração de íons metálicos na solução em 1 molal (1 m). Para
soluções diluídas 1 molal = 1 molar (1 M)
– Usar um potencial padrão ou de referência. O eletrodo de
hidrogênio foi arbitrado como de potencial nulo.
 Eletrodo de Hidrogênio é constituído por um fio de platina
recoberto com platina finamente dividida para absorver grande
quantidade de hidrogênio. Este eletrodo é imerso em uma
solução de 1M de íons H+ (1M de HCl), pressurizando-se
hidrogênio gasoso a 1 atm e a 25°C.
Potencial de Eletrodo Padrão
 Potencial de Eletrodo Padrão (E0): É a diferença de
potencial entre o elemento em uma solução de 1M de seus íons
em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio (SHE).
Potencial de Eletrodo Padrão
 Se o metal M doa elétrons o Potencial de Eletrodo é negativo.
 Se o Metal M recebe elétrons o Potencial de Eletrodo é
positivo.
E = Emetal - Esolução
 Potenciais de Eletrodo (IUPAC - Mn+ + ne-  M):
Mg/Mg2+......-2,363 V H2/H+ .......... 0,000 V
Al/Al3+ .......-1,662 V Cu/Cu2+ ..... +0,337 V
Zn/Zn2+ ......-0,763 V Ag /Ag+ ...... +0,799 V
Cr/Cr3+ .......-0,744 V Pt/Pt2+ ....... +1,200 V
Fe/Fe2+ ......-0,440 V Au/Au3+ ..... +1,498 V
Ti/Ti+.........-0,336 V //////
Ni/Ni2+ .......-0,250 V //////
Potencial de Eletrodo Padrão
 Potenciais de Redução = - Potencial de Oxidação
 Tabela de Potenciais
– Quanto mais negativo o Potencial de Eletrodo maior a tendência ao
elemento ser oxidado.
– Metais com Potencial de Eletrodo acima do H são mais redutores e
seus íons são estáveis.
– Metais com Potencial de Eletrodo abaixo do H são mais oxidantes e
seus íons são facilmente reduzidos ao estado elementar.
– A forma reduzida de um eletrodo de Potencial de Eletrodo mais
negativo pode reduzir a forma oxidada de um eletrodo de Potencial
de Eletrodo mais positivo.
Mg + Fe2+  Mg2+ + Fe
– A forma oxidada de um eletrodo de Potencial de Eletrodo mais
positivo pode oxidar a forma reduzida de um eletrodo de Potencial
de Eletrodo mais negativo.
Potencial de Eletrodo Padrão
 Para saber o sentido espontâneo de uma reação
A + Bn+  An+ + B
 Soma-se os Potenciais de Eletrodo para a reação em cada um
dos sentidos. O sentido da reação é aquele em que a soma dos
potenciais for positiva.
A  An+ ...........- E0A
Bn+  B .......... E0B
 Se (- E0A + E0B) > 0 o sentido está correto.
 Este procedimento indica a possibilidade de uma reação ocorrer.
Não indica a que velocidade ela vai ocorrer. Além disto, os
valores de E0 foram obtidos para condições padronizadas.
Diferenças na situação padrão (concentração  1M) alteram os
valores do potencial de eletrodo.
Eletrodos de Referência
 Eletrodo de Hidrogênio
– Pt; H2/H+ (1M) +0,0000 V
 Eletrodo de Calomelano - laboratório
– Hg; Hg2Cl2(s)/KCl (0,1M) +0,3337 V
– Hg; Hg2Cl2(s)/KCl (1M) +0,2800 V
– Hg; Hg2Cl2(s)/KCl (sol. sat.) +0,2415 V
 Eletrodo de Prata/Cloreto de Prata - instalações submersas
– Ag; AgCl/KCl (0,1 M) +0,2881 V
– Ag; AgCl/KCl (1 M) +0,2224 V
 Eletrodo de Cobre/Sulfato de Cobre - instalações terrestres
– Cu/CuSO4;Cu2+ (sol. sat.) +0,3180 V
Equação de Nernst
 Na prática a condição de concentração de íons igual a 1M nem
sempre é possível. Portanto, os valores dos potenciais são
diferentes dos valores padrões. Para achar estes novos
potenciais, Nernst desenvolveu a seguinte equação:
RT aPRODUTOS 0,0591 a
E  E0  ln  E0  log PRODUTOS
nF aREAGENTES n aREAGENTES
 onde:
– E - potencial observado
– E0 - potencial padrão
– R - constante dos gases perfeitos (8,314 J/K.mol)
– T - 298°K (25°C)
– n - número de elétrons envolvidos na reação
– F - constante de Faraday (96500 C)
– aprodutos - atividade ou concentração efetiva dos produtos da reação
– areagentes - atividade ou concentração efetiva dos reagentes da
reação
Equação de Nernst
 A atividade é:
– a = γc
– a = 1 para substâncias puras sólidas e água
– a = c para soluções muito diluídas, pois γ  1
 Para a reação
aA + bB  cC + dD
 A equação de Nernst fica:

E  E0 
0,0591 A B
log c d
a b

n C  D
Equação de Nernst
 Para Fe  Fe2+ + 2e-
onde, [Fe2+] = 0,01 M

0,0591 1
E  0,440  log  0,4991 V
2 0,01
 Vale ressaltar que os potenciais definidos até o momento,
incluindo o potencial definido pela equação de Nernst, são
Potenciais de Eletrodo Reversíveis.
Termodinâmica da Corrosão
 Outra forma de se definir a espontaneidade de uma reação é
através da energia livre de Gibbs (G).
– É dito que G = -nFE (J/mol)
– Se E>0 a reação é espontânea temos que
– G<0 a reação é espontânea
– O G também não indica a velocidade de uma reação.
Polarização
 Ao colocar metal em uma solução o potencial Metal/Solução
evolui até uma situação de equilíbrio. Qualquer alteração neste
potencial, quer por mudança na quantidade de carga na
superfície do metal ou quer por variações na composição do
eletrólito, afastam o Eletrodo de sua situação de equilíbrio.
Dizemos que o eletrodo está Polarizado.

 Atingido o equilíbrio, pelo princípio de Le Chatelier, temos que a


reação M  Mn+ + ne- :
– desloca-se para esquerda quando as concentrações de Mn+ ou e-
aumentam
– desloca-se para direita quando as concentrações de Mn+ ou e-
diminuem
Polarização
 O potencial do eletrodo (meia célula) é:
E = Emetal - Esolução

 Se aumento o número de e- o Emetal fica mais negativo


 Se aumento a concentração de Mn+ o Esolução fica mais positivo
 Nos dois casos o Potencial do Eletrodo fica mais negativo.
Dizemos que o eletrodo está polarizado catodicamente.

 Se diminuo o número de e- o Emetal fica mais positivo


 Se diminuo a concentração de Mn+ o Esolução tende a zero
 Nos dois casos o Potencial do Eletrodo fica mais positivo.
Dizemos que o eletrodo está polarizado anodicamente
Polarização
 Quanto mais polarizado o eletrodo estiver maior será a força ou
tendência para voltar ao equilíbrio.
 Assim:
– quanto maior a polarização anódica maior a taxa de corrosão.
– quanto maior a polarização catódica menor será a taxa de
corrosão.
Polarização
 No campo prático da corrosão o mais importante é a
determinação das diferenças de potenciais que se estabelecem
sob a influência da polarização e de outros fatores.
 Estas diferenças vão determinar as intensidades de corrente de
corrosão, ou seja, a velocidade de dissolução das áreas
anódicas.
 Normalmente não se tem potenciais de eletrodo reversíveis.
Ocorre normalmente o metal estar em contato com íons
diferentes dos seus. Isto impede o eletrodo em atingir o
equilíbrio que faria o processo de oxidação “parar”. Atinge-se
um Potencial de Eletrodo Irreversível ou Potencial de
Corrosão (Ecorr)
 Os íons metálicos vão formando produtos de corrosão
insolúveis, por exemplo Fe(OH)2 ou Fe(OH)3, que pela redução
destes íons não permite que o equilíbrio seja atingido.
Pilhas Eletroquímicas
 Uma pilha eletroquímica é composta de:
– Anodo
– Catodo
– Eletrólito
– Ligação entre anodo e catodo
 Retirando-se um destes componentes destroi-se a pilha e, portanto,
acaba-se com o processo corrosivo.
 O potencial da pilha é
Epilha = Ecatodo - Eanodo
onde Ecatodo e Eanodo são os potenciais de redução dos eletrodos.
Pilhas Eletroquímicas
 Para a reação
aA + bB  cC + dD
 A equação de Nernst fica:

E  E0 
0,0591  A
log c d
a
B b

n C  D
 Existe uma diferença de potencial entre dois eletrodos (Epilha)
quando:
– Os eletrodos são de substâncias diferentes possuindo diferentes E0
– Os eletrodos são de mesma substância, mas em soluções com
diferentes concentrações iônicas
– Os eletrodos são de mesma substância e as soluções de mesma
concentração iônica, mas cada meia célula é submetida a
diferentes pressões parciais de substâncias gasosas
– os eletrodos estão a temperaturas diferentes
Pilhas Eletroquímicas
 Tipos de pilhas:
– pilha de eletrodos metálicos diferentes
– pilha de concentração
– pilha de temperaturas diferentes

 PILHA DE ELETRODOS METÁLICOS DIFERENTES


– Pilha galvânica
– O metal mais ativo (potencial mais negativo) é o anodo
– Princípio da proteção catódica com anodos de sacrifício
– Pilha ativo-passiva
• Formação de filme fino, aderente e insolúvel na superfície (Al, Pb, Inox,
Cr) - Passivação
• A passivação torna o metal mais catódico
• Os íons Cl-, Br- e I- quebram a camada passiva localmente impedindo a
refilmagem, tornando estas área anódicas.
Pilhas Eletroquímicas
– Pilha ativa-passiva
• Formam-se pequenos pontos ativos (anodos) cercados por grandes
áreas passivas (catodos). A DPE entre estas áreas é de 500 mV.
– Pilha de ação local
• Materiais impuros como o Zn apresentam ataque corrosivo em pontos
localizados
• As impurezas funcionam como micro-catodos
Pilhas Eletroquímicas
 PILHA DE CONCENTRAÇÃO
– O anodo e catodo são de mesmo material

– Pilha de concetração iônica


• Princípio de Le Chatelier: Mn+ + ne-  M
• Diminuindo [Mn+] o potencial de eletrodo (meia célula) fica mais
negativo e vice-versa.
• Como Epilha = Ecatodo - Eanodo
• Em t=0 temos Epilha = 0 pois Ecatodo = Eanodo
• Em t 0 temos Epilha > 0 pois Ecatodo  Eanodo

• Anodo é o que estiver imerso na solução mais diluída


• Catodo é o que estiver imerso na solução mais concentrada
Pilhas Eletroquímicas
– Pilha de aeração diferencial
– Os eletrólitos tem concentração iônica iguais mas tem
concentrações diferentes de gases dissolvidos.

– No meio aerado temos: H2O + 1/2 O2 + 2e-  2OH-

– Pela equação de Nernst


E  E0 
0,0591
log
Re agentes
n Pr odutos
0,0591 pOAnodo
– Para o anodo EAnodo  0,401 
4 
log 2 
OH 
0,0591 pOCatodo
– Para o catodo ECatodo  0,401 
4 
log 2 
OH 
Pilhas Eletroquímicas
 Como Epilha = Ecatodo - Eanodo > 0
 Vem
 
Catodo
0,0591 p 2
EPilha  log OAnodo  0,0148 log pOCatodo
2  log pOAnodo
2
4 pO 2
 Logo para Epilha > 0 temos que pO2Catodo > pO2Anodo

 ANODO é o que possui eletrólito menos aerado


Diagramas E-pH
 São representações gráficas dos domínios de estabilidade de
íons metálicos, óxidos e outras espécies em solução.
 São a representação gráfica da equação de Nernst.
 As linhas entre domínios expressam o valor do potencial de
equilíbrio ente duas espécies como função do pH, onde elas
podem coexistir sem a tendência de se transformar uma na
outra
 Linhas verticais representam o equilíbrio de reações ácido-base
que são independente dos potenciais
 A região (domínio) de estabilidade do metal, onde não há
corrosão, é chamada de Região de Imunidade.
 A região de estabilidade dos óxidos é dita Região de
Passivação.
 A região de estabilidade dos íons é dita Região de Corrosão.
Diagramas E-pH
 Uso dos diagramas E-pH
– Eletrólise industrial
– Eletrodeposição
– Eletrorefino
– Tratamento de água
– Hidrometalurgia

 Os diagramas indicam a possibilidade de ocorrer corrosão, mas


não informam a que taxa.

 Os diagramas são construídos para determinadas espécies. A


inclusão de novas espécies implica em novos equilíbrios,
alterando o diagrama original.
Diagramas E-pH
 Para construir um diagrama E-pH existem 3 tipos de reação de
interesse:
– Reações de pura transferência de carga
– Reações envolvendo elétrons e íons H+
– Reações ácido-base puras
 Reações de pura transferência de carga
Mn+ + ne-  M
 O potencial de equilíbrio é:
E  E0 
RT
nF

log M n  
 Lembrando que quanto menor [Mn+] mais negativo é o
potencial
Diagramas E-pH
Diagramas E-pH
 Reações envolvendo elétrons e íons H+
M + H2O  MO + 2H+ +2e-
 O potencial de equilíbrio é

E  E0 
RT M H 2O  E 0  RT 2 log H 
  
 
log
nF MO H  2 nF

EE 0RT
 pH 
F

 onde,  
pH   log H  e E 
G 0
0

nF
Diagramas E-pH
Diagramas E-pH
 Reações ácido-base puras
Mn+ + H2O  MO + nH+
 Esta reação não envolve elétrons e, portanto, não depende do
potencial. Trata-se de uma linha vertical ao eixo do pH.
 Sabendo que a Constante de Equilibro da reação é

log K  log
Pr odutos

G 0
Re agentes RT
 O valor do pH é calculado
H    G
 n 0
log
M  RT
n

pH 
G 0 1
 log M n 
nRT n
 
Diagramas E-pH
Diagramas E-pH
Diagramas E-pH
Diagramas E-pH
 É importante considerar-se o diagrama E-pH da água ao mesmo
tempo que o sistema que o sistema sendo investigado.
 A água pode ser decomposta em oxigênio e hidrogênio segundo
as reações
(a) 2H+ + 2e-  H2
e (b) H2O  1/2 O2 + 2H+ + 2e-
Temos que para (a): E = - 0,059 pH - 0,030 log pH2
(b): E = 1,23 - 0,059 pH - 0,015 log pO2
Isto indica que abaixo da linha (a) a água passa a se decompor e
gerar H2 e haver alcalinização. Se o ambiente for ácido os ions
H+ serão consumidos antes dá água se decompor.
Acima da linha (b) - potenciais mais nobres ou positivos - a água
se oxida a O2 e há acidificação
Diagramas E-pH
Oxidante e Ácida Oxidante e Alcalina

Redutora e Ácida Redutora e Alcalina


Efeito das Variáveis do Meio
 A corrosão é a interação entre o metal e o meio. É, portanto,
afetada pela propriedades do meio e do metal.
 As variáveis do meio que são importantes:
– pH (acidez)
– Poder oxidante (potencial)
– Temperatura (troca térmica)
– Velocidade do fluido
– Concentração (constituintes do meio)
– Organismos biológicos
 Deve-se notar que as variáveis não afetam apenas a corrosão
mas, também, ação individual uma das outras, ou seja, o efeito
de uma variável pode ser dependente da magnitude de uma
outra variável.
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DO pH (ACIDEZ)
A importância do H está na sua capacidade de interagir com uma
superfície metálica. Muitas ligas comerciais formam uma
superfície oxidada na qual a camada mais externa contém
hidróxidos (ou óxidos hidratados) quando em contato com a
água. Estas estruturas tendem a ser dependentes da
concentração de íons H+ em solução, possivelmente em função
da reação H2O  OHadsorvido + H+ + e- .
A influência do pH também depende do tipo de material metálico.
Assim, sob determinadas condições:
pH ácido provoca corrosão no Al, Fe, Zn, Mg, Cd, Pb, Cu mas não
afeta Pt, W, Nb, Sn.
pH básico provoca corrosão no Al, Zn, Sn, Pb, mas não afeta Pt,
Nb, Ti, Mg, Fe.
Efeito das Variáveis do Meio
 Condições fortemente ácidas (pH<5)
Em pH baixo o mecanismo de corrosão depende da concentração
de H+ e dos outros constituintes em solução. De forma geral o
aumento da corrosão com a diminuição do pH está relacionado
a quebra da passividade em função da dissolução de óxidos ou
hidróxidos formados na superfície metálica.
 Condições quase neutras (5<pH<9)
Nesta situação a influência do pH sobre a taxa de corrosão é bem
menor que nas condições extremas.
A reação de redução do H+ deixa de ser importante. A principal
reação passa a ser a de redução do oxigênio em solução (H2O +
1/2 O2 + 2e-  2OH-)
Passa a haver a formação de filmes passivantes que protegem o
metal, reduzindo as taxas de corrosão.
Efeito das Variáveis do Meio
 Condições fortemente Básicas (pH>9)
 O aumento do pH aumenta a taxa de corrosão para vários
casos. Em geral, está relacionado a capacidade de dissolução de
óxidos e hidróxidos do metal nessa situação.
 Um tipo de corrosão que aparece em pH elevados, função de
determinados compostos alcalinos (NaOH) é a CST(corrosão
sob tensão). O aço sofre CST em ambientes contendo NaOH
com pH e temperaturas elevados.
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DO POTENCIAL
O potencial está relacionado a capacidade de remover ou adicionar
elétrons ao metal, tal como oxidar ou reduzir a superfície.
Na prática os usos do potencial para a proteção do metal são:
– Proteção anódica (aumento da passividade pela alteração do óxido
superficial)
– Proteção catódica (introdução de elétrons no metal - corrente
impressa ou galvânica)
 EFEITOS DA TEMPERATURA
A temperatura afeta as taxas de corrosão das seguintes formas:
– alterando a solubilidade de um constituinte da solução
• Sistemas abertos: aumentando a T (> 80°C) o teor de O2 diminui, logo
a corrosão diminui
• Sistemas fechados: a pressão de vapor força o O2 ficar em solução
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DA TEMPERATURA
• Aumentando a temperatura diminui a solubilidade de sais dissolvidos
que possam causar incrustação (Ca(HCO3)2CaCO3 e
Mg(HCO3)2Mg(OH)2)
– alterando a viscosidade, melhorando a difusão iônica e das
espécies em solução.
– Cria um fluxo térmico facilitando a mobilidade dos constituintes da
solução
– aumentando a constante de ionização da água, o que irá mover o
pH de um valor neutro para um valor mais ácido.
– pode alterar o comportamento galvânico. Abaixo de 60°C o Fe é
catodo e o Zn anodo. Acima de 60°C há uma inversão galvãnica.
– Para muitos materiais existem temperaturas limites diferentes para
inicio da corrosão localizada (CPT - critical pitting temperature).
Quanto maior a CPT mais resistente é material. Esta CPT é função
do tipo de liga (Cr/Mo/N)
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DA VELOCIDADE DO FLUIDO
– Em geral quanto maior a velocidade mais intenso é o processo
corrosivo
– Sua influência depende:
• da liga metálica
• dos constituintes do fluido
• da geometria
• do mecanismo de corrosão
– Da liga metálica:
• se o produto de corrosão é pouco aderente, quanto maior a velocidade
maior a taxa de corrosão
• ligas de cobre resistem menos que os aços
– Cu 1 m/s máx
– Bronze Al 3 m/s máx
– Cu-Ni 4 m/s máx
– Inox 20 m/s min
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DA VELOCIDADE
– Dos constituintes do fluido
• Partículas sólidas em líquidos ou sólidas/líquidas em gases
– Velocidades baixas ou estagnação podem causar depósitos levando à
corrosão sob depósitos(aeração diferencial)
– Velocidades altas causam erosão(-corrosão)
• Gases não dissolvidos em líquidos
– Velocidades altas levam a cavitação
• Gases dissolvidos em líquidos
– A velocidade pode homogeneizar o fluido evitando pilhas de concentração
mas leva O2 para áreas catódicas despolarizando o sistema.
• Íons agressivos
– Velocidades muito elevadas (>20m/s) reduzem a possibilidade dos íons Cl-
quebrarem a camada passivante em aços inox.
– Estagnação dificulta o movimento de íons no eletrólito diminuindo a taxa de
corrosão
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DA VELOCIDADE
– Da geometria:
• Mudanças na direção, restrições facilitam processos de erosão(-
corrosão), impingimento e cavitação
– Do mecanismo:
• Cloretos x Passividade dos aços inox
• Velocidade pode incrementar a corrosão por frestas ou por aeração
diferencial
• Velocidades elevadas afetam a proteção dos inibidores fílmicos
(orgânicos)

 EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO
– Inibidores anódicos devem estar acima de uma quantidade mínima
(concentração crítica), abaixo da qual pode haver corrosão
localizada.
Efeito das Variáveis do Meio
 EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO
– Quanto maior a concentração de agentes corrosivos, em geral,
maior a taxa de corrosão
• pH menor (mais H+) maior o ataque
• quanto maior a UR (%H2O no ar) maior a taxa de corrosão
• quanto maior o % sais dissolvidos pode haver:
– aumento da taxa de corrosão (ação despolarizante, aumento da
condutividade)
– diminuição da taxa de corrosão (precipitação de produtos de corrosão,
diminuição da solubilidade do oxigênio, ação inibidora)
Variáveis Metalúrgicas
 As variáveis metalúrgicas podem interferir na corrosão
eletroquímica, pois criam heterogeneidades que levam ao
aparecimento de diferenças de potencial criando áreas anódicas
e catódicas.
 As variáveis metalúrgicas são:
– Contornos de grão
• Maior energia = área anódica
– Estrutura cristalina
• Ataque metalográfico (tempos e tipos de ataques diferentes)
– Fases e compostos intermetálicos
• Diferentes composições químicas e arranjos
– Tratamentos térmicos e mecânicos
• Diferentes estruturas, tamanhos de grão, dureza, composição química,
tensões residuais
• Maior tensão residual = anodo
Variáveis Metalúrgicas
– Acabamento superficial
• Filme sobre superfícies polidas é mais contínuo que em superfícies
rugosas
– Escoriações e abrasões
• Riscos no filme passivo (anodo = área desprotegida)
– Bordas
• Em geral agem como áreas anódicas
• As vezes obtidas por deformação a frio (guilhotina)
– Elementos de liga
• Tornam o metal mais nobre (potencial de eletrodo mais positivo)
• Formação de filmes passivos
Formas de Corrosão
 As formas de corrosão são:
– Uniforme
– Localizada
– Assistida metalúrgicamente
– Assistida mecânicamente
– Trincamento induzido pelo meio
Corrosão Uniforme
 Características Gerais
– Desgaste regular de toda a superfície metálica
– O meio corrosivo deve ter o mesmo acesso à toda superfície
– O metal deve ser homogêneo em composição e metalurgicamente
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica

 Formas em função do grau de umidade


– Seca
– Úmida
– Molhada
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica Seca
 Ocorre em metais que formam rapidamente um filme
termodinamicamente estável quando em contato com o O2
 Estes filmes são compactos, sem defeitos e auto-regenerados,
formando uma barreira protetora.
– Exemplo: aços inox, titânio e cromo
 Filmes porosos e não aderentes não são desejados
– Exemplo: manchas em cobre o prata em ar seco com traços de H2S
– O sulfeto aumenta a probabilidade de defeitos no filme formado
destruindo sua natureza protetora, o que leva ao aparecimento de
manchas
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica Úmida
 Há a presença de umidade e a agressividade aumenta com o
teor de umidade e com a presença de sais
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica Molhada
 Ocorre quando camadas de água se formam sobre a superfície
metálica devido a respingos (mar), chuva ou orvalho.
 A solubilidade dos produtos de corrosão podem aumentar a taxa
de corrosão, devido ao aumento de condutividade do eletrólito
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica
 Contaminantes
– Industrial - rica em SO2, H2S, CO2, CO e poeira.
– Rural - compostos de N e H2S
– Marinha - rica em Cl-
– Urbana - rica em CO2, CO, SO2 e poeira
SO2 + 1/2 O2  SO3
H2O + SO3  H2SO4 ........... chuva ácida
 Adições de cobre (0,01%) aumentam a resistência do aço em
atmosferas industriais, pela formação de um filme mais espesso.
Aços Corten.
– Adições de níquel e cromo tem o mesmo objetivo.
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica
– Compostos de N ocorrem naturalmente durante tempestades e são
adicionados ao meio ambiente pelo uso de fertilizantes a base de
amônia (NH3). Existe o óxido nitroso NO2 proveniente dos
automóveis.
– CO e CO2 vem da queima de combustíveis fósseis e carvão.
– H2S é gerado pela decomposição de compostos orgânicos
sulfurosos ou por BRS em rio poluídos
– Poeira pode aderir as superfícies a absorve água, H2SO4 e cloretos,
que comprometem a proteção dos filmes formados
 Velocidade da corrosão
– Temperatura
– Condições climáticas
– Umidade relativa (valor crítico)
– Forma e condições da superfície
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica
 Umidade relativa
– Valor crítico para o aço:
• UR = 55%: Água começa a aderir sobre uma superfície polida
• UR = 60%: Formação lenta da ferrugem
• UR = 75 a 80%: Aumento acentuado da taxa de corrosão em função
da condensação de umidade dentro dos capilares do produto de
corrosão
– Valor crítico para Cobre, Níquel e Zinco
• UR = 50 a 70%
Corrosão Uniforme
Corrosão Atmosférica
 Sistemas específicos
– Aço, Cobre, Níquel e Cádmio tem menor resistência ao H2SO4
– Alumínio, chumbo e Inox tem maior resistência ao H2SO4
– Cobre forma uma patina sulfato protetora, sendo mais resistente
que o níquel.
– Níquel é resistente a atmosferas marinhas.
– Em atmosferas urbanas o níquel não forma um filme totalmente
protetor.
– Aços tipo Corten não são adequados para ambientes de imersão
total, para uso enterrado e para atmosferas marinhas.
Corrosão Localizada
CÉLULA DE AÇÃO LOCAL
 Seja uma pequena área composta de uma área anódica e uma
área catódica.
 A soma das velocidades de todas as reações anódicas deve ser
igual à soma das velocidades das reações catódicas.
– Ic = Ia (correntes produzidas nas reações)
– Na corrosão uniforme Aa = Ac
– Na corrosão localizada Aa << Ac
– Densidade de corrente é
i = I/A
– Na corrosão localizada ia > ic
– Quanto maior esta diferença mais intensa é a corrosão localizada
Corrosão Localizada
CORROSÃO SOB DEPÓSITOS
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR FRESTAS
 Ocorre quando há 2 superfícies sobrepostas e em contato
formando uma fresta por onde o eletrólito penetra
 A fresta deve ser larga para o eletrólito penetrar e estreita o
suficiente para haver estagnação
 Mecanismo = Concentração diferencial
 Neste tipo de corrosão existe um período de incubação. Após
este período a taxa de corrosão é sempre crescente.
 O tempo de incubação também é função do tipo de material.
Quanto mais nobre for o material menor deverá ser a fresta
para que a corrosão possa ocorrer.
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR FRESTAS
 1° CASO

– Predomina nos metais mais ativos (Fe, Al, Zn)


– No início há corrosão em toda fresta
– Os íons metálicos da parte externa são removidos criando um
gradiente de concentração. [Mn+] externa < [Mn+] interna
– Parte externa = Anodo
– Solução: vedar a fresta
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR FRESTAS
 2° CASO

– Predomina nos metais mais nobres (Cu)


– No início há corrosão em toda fresta
– O O2 é consumido na parte interna criando um gradiente de
concentração. pO2 externa > pO2 interna
– A molécula de O2 é grande difícil de se difundir para o interior da
fresta
– Parte interna = Anodo
– Solução: vedar a fresta
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR FRESTAS
 Fresta em uma solução neutra
(pH-=7) contendo Cl-.
 Corrosão em toda a fresta
– H2O + 1/2 O2 + 2e-  2OH-
– M  Mn+ + ne-
 O2 consumido no interior da
fresta
 Corrosão no interior continua
produzindo Mn+
 Migração dos íons Cl- para o
interior balanceando as cargas
positivas. Mn+ + nCl- MCln
 Hidrólise dos sais
 MCln + nH2O  M(OH)n + nHCl
 PROCESSO AUTO CATALÍTICO
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR PITES
 Ocorre em geral em metais cobertos por um filme passivo
(aderente e protetor). Ex.: Al, Ti, Inox
 Podem ser causados por heterogeneidades no material, mas em
geral devem-se a íons agressivos (Cl-, Br-, hipoclorito,
tiossulfato).
 Os métodos de prevenção podem ser:
– Eliminar estagnação
– Manter potencial abai do potencial de pite
– Proteção catódica
– Inibidores de corrosão
– Revestimentos
Corrosão Localizada
CORROSÃO POR PITES
 Mecanismo:
 Os íons quebram localmente a continuidade do
filme passivo expondo o material ao meio
corrosivo
 Ocorre M  Mn+ + ne-
 Seguida por M+ + H2O  M(OH) + H+
diminuindo o pH
 Um óxido ou hidróxido poroso se forma no
orifício do pite.
 Do lado externo (catodo) ocorre
H2O + 1/2 O2 + 2e-  2OH-,
 Corrosão no interior continua produzindo Mn+
 Migração dos íons Cl- para o interior
balanceando as cargas positivas.
Mn+ + nCl- MCln
 Hidrólise dos sais
MCln + nH2O  M(OH)n + nHCl
 PROCESSO AUTO CATALÍTICO
Corrosão Localizada
CORROSÃO SELETIVA
 Remoção do elemento de liga mais anódico.
 Aparência quase inalterada
– Mudança de cor
– Perda de propriedades mecânicas
 Ocorre em:
– Cu-Al perde Al (desalunização)
– Co-Cr-W perde Co (descobaltificação)
– Cu-Ag e Cu-Au perde Cu (descobreação)
– CU-Mn perde Mn (desmaganização)
– Cu-Ni perde Ni (Niquelificação)
– Cu-Zn perde Zn (dezincificação)
– Fe-C (F.F.C) perde Fe (Corrosão grafítica)
Corrosão Localizada
CORROSÃO SELETIVA
 CORROSÃO GRAFÍTICA
– Ocorre no Ferro Fundido Cinzento a T ambiente
– Fe corrói permanecendo a grafita
– A forma e tamanho são mantidos
– Massa de grafita porosa preenchida com produtos de corrosão
– Ocorre em tubulações de água, bombas centrífugas
– Uma das prováveis causas é as BRS. O H2S ataque a ferrita.

 DEZINCIFICAÇÃO
– Ocorre em ligas com alto teor de zinco (>15%)
– Pode ser localizada ou acontecer em área maiores
– Aspecto avermelhado e/ou com presença de um resíduo branco
Corrosão Localizada
CORROSÃO SELETIVA
 DEZINCIFICAÇÃO
– Condições facilitadoras:
• Contato com soluções ácidas ou básicas
• Temperaturas elevadas
• Presença de frestas, depósitos, etc.
• Ínos Cl-
• Baixa velocidade de escoamento
– Prevenção
• Adição de 1% Sn ou 0,2 a 0,06% de As/Sb/P
• Tratamento térmico controlado para Latão 70/30 deixando a fase a e
eliminado a fase b.
Corrosão Localizada
CORROSÃO INTERGRANULAR
 Os contornos de grão são mais energéticos que a matriz,
definindo uma diferença de potencial com ela
 A DPE pode ser função de:
– Diferenças na composição química
– Migração de impurezas ou de elementos químicos para os
contornos formando uma segunda fase
– Em relação a zona empobrecida, a segunda fase pode ser:
• Anódica (Mg5Al8 e MgZn2 em ligas de alumínio)
• Neutra (Mg2Si em ligas de alumínio)
• Catódica
– Causas:
• Tratamentos térmicos
• Tratamentos mecânicos (precipitação de compostos intermetálicos)
Corrosão Localizada
CORROSÃO INTERGRANULAR
 AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS (série 300)
 Sofrem um processo chamado de sensitização, que é o
empobrecimento em Cr da matriz próxima aos contornos de grão
devido a precipitação de carbonetos de cromo nos contornos.
Corrosão Localizada
CORROSÃO INTERGRANULAR
 AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS (série 300)
– A precipitação ocorre devido a aquecimentos na faixa de 450 a
850°C (soldagem, tratamento térmico, operação) e o resfriamento
é lento.
– A região empobrecida fica com o %Cr < 12, não formado mais o
filme passivo. Tornam-se anódicas.
– Nas regiões soldades esta sensitização ocorre na ZTA afastado do
cordão de solda
– Prevenção:
• Aços com baixo %C (< 0,03%)
• Adição de elementos estabilizadores de carbonetos (Nb, Ti e V). Aços
347 e 321.
• Solubilização a 1050°C e resfriamento rápido.
Corrosão Localizada
CORROSÃO INTERGRANULAR
 AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS (série 300)
 Sofrem um processo corrosivo chamado ataque linha de faca,
quando aços estabilizados são soldados e resfriados rapidamente,
não dando tempo para precipitar os carbonetos de Nb ou Ti. Novo
aquecimento nas temperaturas de sensitização tornam o material
sensitizado nas duas laterais adjacentes ao cordão de solda.
– Prevenção:
– Solubilização a 1050°C
Corrosão Localizada
CORROSÃO INTERGRANULAR
 LIGAS DE ALUMÍNIO
– Tipos:
• Ligas da série 7xxx Al-Zn-Mg precipitam MgZn2, (anódico)
• Ligas da série 5xxxx Al-Mg (Mg > 3%) precipitam Mg2Al8 (anódico)
• Ligas da série 2xxx Al-Cu e da série 7xxx Al-Zn-Mg-Cu a zona
empobrecida em cobre adjacente aos contornos de grão é atacada.
– São sensíveis a meios contendo Cl-
– A ESFOLIAÇÃO é outro tipo de ataque intergranular que ocorre
nas ligas de alumínio laminadas a frio e expostas a atmosferas
marinhas e industriais. O processo corrosivo ocorre ao longo dos
contornos na direção de laminação e o produto de corrosão
formado “destaca” blocos de grãos.
Corrosão Localizada
CORROSÃO GALVÂNICA
 Ao colocar dois metais em um eletrólito passa a a existir uma
DPE. Se os metais são colocados em contato as DPE das “meias
células” produzem um fluxo de corrente entre os dois eletrodos.
 A corrosão do metal menos resistente aumenta (anodo) e a do
mais resistente diminui (catodo), se comparados a situação
inicial.
 Este tipo de corrosão é chamada Corrosão Galvânica.
 Comparativamente o fluxo de elétrons entre os 2 metais do par
galvânico é mais alto que em uma célula de concentração ou
em uma célula de aeração diferencial.
Corrosão Localizada
CORROSÃO GALVÂNICA
 Os fatores que afetam a corrosão galvânica são:
– Os potenciais individuais de cada metal
– Os produtos de corrosão formados no anodo
– As reações catódicas e sua cinética no catodo
– A relação entre as áreas superficiais
– A natureza e condutividade do eletrólito
 A série galvânica informa sobre os diferentes potenciais de
diversos metais e ligas em água do mar não poluída, a +/- 3
m/s e a +/- 25°C.
– Vemos que:
• A passividade influencia no potencial
• Ligas similares tem potenciais próximos e portanto apresentam
pequena corrosão galvânica
• Quanto maior a distância entre os potenciais maior a corrosão
Ativo ou Magnésio e ligas de magnésio
Anódico Zinco
Alumínio comercialmente puro (1 100)
Cádmio
Alumínio 2024 (4.5 Cu, 1,5 Mg, 0,6 Mn)
Aço ou ferro
Ferro fundido
Aço inoxidável contendo 13% Cr (ativo)
NI-Resist. (ferro fundido com alto Ni)

Aço Inoxidável (18 Cr, 8 Ni) (ativo)


Aço Inoxidável (18 Cr, 8 Ni contendo Mo) (ativo)

Soldas Chumbo-estanho
Chumbo
Estanho

Níquel (ativo)
Inconei (ativo)

HastelloyB (60 Ni, 30 Mo, 6 Fe, 1 Mn)

Latão (Cu-Zn)
Cobre
Bronze (Cu-Sn)
Cuproníquel (60-90 Cu, 40-10 NI)
Monel (70 Ni, 30 Cu)

Solda de prata

Níquel (passivo)
lnconel (passivo) (80 Ni. 13 Cr, 7 Fe)

Aço Inoxidável contendo 1 1-30% Cr (passivo)


Aço Inoxidável (1 8 Cr. 8 Ni) (passivo)
Aço inoxidável (1 8 Cr, 8 Ni contendo Mo) (passivo)

Hastelloy C (62 Ni, 17 Cr, 15 Mo)

Prata
Titânio
Ouro
Nobre ou Platina
Catódico Grafite
Corrosão Localizada
CORROSÃO GALVÂNICA
 Um fator importante na corrosão galvânica é a relação entre
Área Anódica e a Área Catódica.
– Se Aanódica >> Acatódica a corrosão não é prejudicial
– Quanto maior for a Área catódica em relação a Área anódica maior
será a corrosão.
 Sob certas condições os potenciais podem se inverter:
– O par Fe/Zn acima de 60°C
– O par Sn/Fe em meios com cianetos e EDTA
• Formação de íons complexos diminuindo [Sn2+]
– O par Cu/Zn em meios com KCN
• Formação de K[Cu(CN)4] pouco ionizável reduzindo a [Cu+]
– O par Fe/Al em meios oxidantes
• Formação da película Al2O3
Corrosão Localizada
CORROSÃO GALVÂNICA
 Os óxidos e hidróxidos formados como produtos de corrosão
são catodos em relação ao metal original. Quando se substitui
parte de um equipamento, tubulação por uma nova, esta parte
nova age como anodo e se corroi mais rapidamente tendo uma
duração menor que a esperada.
 Quando íons de metais nobres são transportados em tubulações
fabraicadas em materiais mais ativos, eles se reduzem
depositando-se sobre o metal ativo. Isto pode acarretar numa
forte pilha galvânica levando a falha da tubulação em pouco
tempo.
 Prevenção:
– Inibidores de corrosão
– Revestimento protetor no catodo (e no anodo)
Corrosão Localizada
CORROSÃO GALVÂNICA
 Prevenção:
– Desaerar o eletrólito
– Proteção catódica (o novo anodo será o mais ativo dos 3)
– Retirar do meio impurezas e sais que possam ser catódicos
– Projeto:
• isolamento elétrico
• metais anódicos vem antes dos catódicos quando há movimentação do
meio numa direção (tubulações)
• usar materiais de nobrezas próximas
• Aanódica/Acatódica > 1
Corrosão Localizada
CORROSÃO ELETROLÍTICA
 É um tipo de corrosão causado por corrente (de fuga), que após
atingir instalações enterradas causam acentuado processo
corrosivo nos locais onde abandonam estas instalações.
 A intensidade das correntes de corrosão são muito altas
acarretando numa corrosão muito rápida.
 As correntes mais graves são as CC e as CA de baixa freqüência.
 Fontes de corrente de fuga:
– Instalações de solda elétrica e de eletrodeposição
– sistemas elétricos de tração (trens, metrô, etc)
– sistemas de proteção catódica
Corrosão Localizada
CORROSÃO ELETROLÍTICA
 A taxa de corrosão depende de:
– intensidade e densidade de corrente
– distância entre as estruturas inteferente e interferida e a
localização da fonte
– existência e qualidade de revestimentos
– localização de juntas isolantes
– resistividade do meio
 Metais anfóteros (Al, Zn, Pb, Sn) também sofrem corrosão nas
áreas catódicas (de entrada) em função do OH-.
 A taxa de crrosão pode ser calculada segundo a Lei de Faraday
M = K. I. t
onde, M = massa em kg
K = equivalente eltroquímico
I = corrente em A
t = tempo em s
Corrosão Localizada
CORROSÃO ELETROLÍTICA
 Tração elétrica
– Em A e A’ : Fe  Fe2+ + 2e-
– Em C e C’ : 2H2O + 2e-  2OH- + H2 (neutro aerado)
H2O + 1/2 O2 + 2e-  2OH- (neutro não aerado)
Corrosão Localizada
CORROSÃO ELETROLÍTICA
 Prevenção
– Revestimento com betume reforçado com lã de vidro
– Fitas plásticas, alcatrão de hulha
– Areia limpa e seca, betume com areia para aumentar a
resistência do solo
– instalação de juntas isolantes
– equipamentos de drenagem (diodo) ligando estrutura
interferente e interferida
– injeção de correntes anódicas
Monitoração
 Monitorar é obter as informações necessárias para tomar
decisões quanto ao controle da corrosão.
 Razões para monitorar:
– Determinar a necessidade de medidas de controle da corrosão
– Avaliar a efetividade dos programas de controle
– Otimizar os programas de controle
– Detectar mudanças nas condições originais de um sistema, de
modo a auxiliar a resolução de problemas.
 A monitoração deverá variar de projeto a projeto e com o
tempo para um determinado projeto.
 É vantajoso utilizar múltiplas técnicas de forma a certificar os
resultados.
 Um dos fatores principais para o sucesso da moinitoração é a
localização e orientação adequada dos equipamentos de
monitoração.
Monitoração
 Outro ponto importante importante em um programa de
monitoração é a manutenção de registros que permitam
comparar passado e presente.
 Deve-se ter registros das condições de operação para poder
relacioná-las às variações do sistema e o comportamento da
corrosão.
 Condições de operação são:
– Variáveis de processo (T, Vazão, P, pH, tipo de carga, etc)
– Análises dos teores dos elementos que afetam a corrosão (O2, H2S,
Cl-, CO2, HCO3-, etc)
 Um passo importante para conseguir registros precisos está no
uso de um formulário adequado. Ele deve ser o mais completo
possível mas fácil de usar e conciso. QUANTO MAIS FÁCIL MAIS
SERÁ USADO.
 Para otimizar um programa de monitoração é preciso registrar
os eventos e os procedimentos, de modo a avaliar sua
efetividade. Exemplo: Injeção de produtos químicos.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL

 ANÁLISE DA ÁGUA
– % íons presentes e sólidos em suspensão
– a amostragem é um ponto crítico. Ela deve ser representativa do
que se quer monitorar e não deve ser contaminada por outros
fatores. As vezes é ideal fazer as análises no local para evitar
problemas de amostragem e conservação da amostra,
 ANÁLISE DA CARGA E PRODUTOS
– % dos compostos presentes (IAT, % S total, H2S, mercaptans, etc)
– Em função das transformações as análises das amostras em um
ponto podem ser diferentes das amostradas em outro local.
 MEDIDAS DE pH
– O pH medido em laboratório é diferente do pH medido no local,
pois o pH é função dos íons e gases dissolvidos na amostra.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL

 ANÁLISE DE GASES ÁCIDOS


– Quando se deseja saber o valor da quantidade de H2S para avaliar
se o sistema pode sofrer ou não corrosão sob tensão por sulfetos
(SSCC) é preciso saber o seu teor exato. Se a pH2S  0,05 psi é
possível ocorrer SSCC. Portanto é melhor medir em campo.
 ANÁLISE DE DEPÓSITOS
– deve-se ter cuidado na amostragem e preservação da amostra. FeS
(preto) se transforma em FeO (marrom) quando em contato com o
O2 do ar.
– Para determinar a composição as análises deverão ser de
laboratório. Contudo algumas análises poderão ser feitas em
campo de forma a auxiliar as análises de laboratório.
 OXIGÊNIO
– É preciso saber o valor exato, principalmente para avaliar sistemas
de controle (sequestrantes).
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO AMBIENTAL

 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA
– Neste tipo de monitoração a limpeza (esterilização) dos
equipamentos é um ponto crítico.
– Existem várias técnicas e cada uma se aplica a um tipo de bactéria
• Cultura: BRS e plantônicas
• Cupons ou Sondas: Sésseis
• API RP38: BRS
– O parâmetro importante é a atividade, ou seja, se a população está
crescendo ou se está estável.
 RESÍDUOS QUÍMICOS
– Análises de Cl- residual (3 a 5 ppm) servem para otimizar o
tratamento de água para controle microbiológico.
– Teste de deslocamento de Cu+, deposita cobre em um cupom de
aço submetido a meios com inibidores fílmicos.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DA CORROSÃO

 CUPONS DE PERDA DE MASSA


– PRINCÍPIO: Mede diretamente a taxa de corrosão média medindo a perda
de massa em vários períodos de tempo
– MÉTODO: podem ter várias formas e são montados em suportes
adequados. São isolados eletricamente. Podem ser intrusivos ou do tipo
“Flush”. As suas condições metalúrgicas devem ser equivalentes às do metal
no sistema. Seu preparo e avaliação pode ser feito segundo as normas
ASTM G1, ASTM G4, ASTM G16, ASTM G30, ASTM G38, ASTM G39, ASTM
G46, etc.
– VANTAGENS: É simples e confiável na avaliação de corrosão uniforme e
permite avaliação visual de pites e crévices.
– DESVANTAGENS: Não determina a taxa de corrosão instantânea e nem
avalia o tempo e magnitude das variações na corrosão dentro do período de
teste.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DA CORROSÃO

 POLARIZAÇÃO POTENCIODINÂMICA (CURVAS DE TAFEL)


– PRINCÍPIO: Mede a densidade de corrente e calcula a taxa de corrosão
pela lei de Faraday (ASTM G102)
– MÉTODO: As curvas de Tafel são obtidas começando a varredura no
potencial de corrosão (circuito aberto) varrendo continuamente de - 250 mV
(catódico) a + 250 mV (anódico) a uma taxa de 0,1 a 0,2 mV/s. A curva é
E x log i. A porção negativa da varredura pode influir nas características
químicas superficiais da amostra e mudá-las durante a varredura negativa.
– VANTAGENS: Fornece as correntes de corrosão e as inclinações das
curvas. Estas constantes são usadas na LPR para cálculo das correntes de
corrosão. Indicam tendência a pites, passivaçãoDISVANTAGENS: Depende
da habilidade em identificar a região linear da curva. Eletrólitos onde
ocorrem mais de uma reação de redução ou onde ocorrem polarização por
concentração exibem regiões lineares não muito distinguíveis. Logo menos
precisão. Isto não a habilita a monitoração de corrosão sob depósitos.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DA CORROSÃO

 LPR (Resistência a polarização linear)


– PRINCÍPIO: Mede a resistência a polarização, que é a resistência da
amostra em oxidar-se durante a aplicação de um potencial externo. A
densidade de corrente de corrosão é inversamente proporcional à Rp e
pode ser calculada pela fórmula icor = B/Rp. Precisa-se das curvas de Tafel
para determinar B.
– MÉTODO: Rp é obtida fazendo-se uma varredura de -20 mV do Ecorr e
terminando em +20 mV. Taxa de varredura 0,1 a 0,2 mV/s. Resultados são
E x i.
– VANTAGENS: Os resultados são mais rápidos que nas curvas de Tafel, e a
varredura do potencial é menor não mudando significativamente a
superfície da amostra. Permite uma monitoração contínua.
– DISVANTAGENS: LPR tem limitações em sistemas de baixa condutividade
pois a Rp também inclui a resistência do eletrólito, subestimando a taxa de
corrosão. Tem limitações onde há depósitos (FeS) e incrustações, sistemas
multifásicos
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DA CORROSÃO

 RESISTÊNCIA ELÉTRICA (ER)


– PRINCÍPIO: A resistência de uma peça metálica varia com a redução da
área transversal.
– MÉTODO: Em equipamentos com sinal 4-20 mA de saída faz-se duas
medidas em intervalos pré-determinados e usa-se uma fórmula par cálculo
da taxa de corrosão.
– VANTAGENS: Permite monitoração contínua e uma “quase” corrosão
instantânea.
– DISVANTAGENS: Não detecta corrosão localizada e nem pode ser
utilizada em locais onde este tipo de corrosão ocorra. Depósitos de FeS
podem atrapalhar as leituras.
Monitoração
TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DA CORROSÃO

 OUTROS MÉTODOS
– EIS (Impedância Eletroquímica)
– ZRA (Amperometria de resistência nula)
– Ultrasom
– Teor de Ferro
– Ruído eletroquímico
– Eddy Current
– Radiografia
– Sondas de Hidrogênio

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