Vous êtes sur la page 1sur 20

O QUE É

LITERATURA?
Doutoranda: Maria Gabriella Flores Severo Fonseca

Professora: Dra. Maria da Glória Magalhães


MÉTODO
Sequência didática segundo a
abordagem de Dolz e Schnewly
(2004), com adaptações.
PÚBLICO-ALVO:
• Alunos da 1ª série do Ensino Médio.

CONTEXTO DE
ENUNCIAÇÃO:
• 1ª e 2ª aulas de introdução ao conceito de
Literatura.
APRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO
PERGUNTAS AOS ALUNOS:
• 1. Vocês têm o hábito de ler? Gostam dessa
prática? O que costumam ler?

• 2. Para vocês, o que é a Literatura?

A partir de suas respostas, compreender


quais são os conhecimentos prévios que
possuem a respeito de “Literatura”.
ENTÃO... VAMOS AO QUIXOTE!
APRESENTAÇÃO DE TRÊS VERSÕES DO
QUIXOTE:
• O engenhoso fidalgo D. Quixote de la Mancha,
traduzido por Sérgio Molina, editado pela Editora
34.

• Dom Quixote das crianças, adaptação de


Monteiro Lobato, editado pela Globo.

• As aventuras de Dom Quixote em versos de


cordel, de Antônio Klévisson Viana, editada pela
Coqueiro.
VER PARA COMPREENDER
Os alunos visualizaram e
manusearam as três diferentes
edições (sem nenhuma
orientação prévia do que seria
solicitado depois).
DEPOIS DE VER, EU POSSO
REFLETIR SOBRE...
O QUIXOTE É LITERATURA? POR
QUÊ?

AS TRÊS VERSÕES DO QUIXOTE


PODEM SER CONSIDERADAS
LITERATURA?

A PRIMEIRA VISTA, HÁ DIFERENÇAS


ENTRE AS TRÊS EDIÇÕES? QUAIS?
“COMPLEXO!”. ENTÃO, VAMOS
PENSAR: AFINAL, O QUE É
LITERATURA?
LITERATURA É:

• FICÇÃO?

• ARTE DA PALAVRA QUE EXISTE PARA


PROVOCAR O DELEITE?

• É EXPRESSÃO DA IMAGINAÇÃO DO
AUTOR?
• É A LINGUAGEM CARREGADA DE
SIGNIFICADO?

• É CIÊNCIA?

• OUTRAS POSSIBILIDADES
SUGERIDAS PELOS ALUNOS.

BASEADO EM (ABREU, 2006)


LITERATURA NÃO PODE SER
DEFINIDA SOMENTE...
Por ser ficcional
Por possuir determinados procedimentos
linguísticos (ritmo, rima, métrica etc.).
Pela utilização de figuras de linguagem
(metáfora, aliteração, antítese etc.).

Ou seja, nem todos os textos que possuem


características literárias são considerados
Literatura.
ENTÃO, PARA SER
LITERATURA, DEPENDE:
Do valor que é atribuído a um texto ou autor
pelas “instâncias de legitimação” (universidade,
suplementos culturais dos grandes jornais,
revistas especializadas, livros didáticos, histórias
literárias etc.).

Do espaço que é destinado pela crítica


especializada a uma obra;

OU SEJA, É UM CONCEITO CONSTRUÍDO


E HISTÓRICO E CULTURALMENTE.
E O QUE O QUIXOTE TEM A
VER COM ISSO?
Discussões a serem levantadas:
• As três versões são a mesma obra?;

• O público-alvo das versões


mostradas;

• Os gêneros literários;
• Tradução/adaptação;

• O Clássico como universal;

• A importância de ler o que se gosta

• A relevância de também se aproximar


das leituras “clássicas”.
SE EU APRENDI, POSSO
PRODUZIR...
Formação de três grupos;
Cada grupo manuseava uma edição.
Desta vez de forma mais detida e com
algumas orientações prévias.
Identificar:
• Autor
• Tradutor (se houver)
• Há ilustrações? Quem é o ilustrador?
• Editora
• Ano de publicação
• Há prefácios? Quem são os autores
dos prefácios?

Após a coleta dessas informações,


um dos alunos deveria apresentar para
a turma essas informações.
PARA... O QUE? PARATEXTOS!
Para que coletamos essas informações?

Saber dessas informações ajudou a identificar


diferenças entre as versões?

É o mesmo Quixote?

A importância do nome do autor

Saber quem é o tradutor, para que?


ILUSTRAÇÃO: “Só quero ler porque têm figuras.”

EDITORA: “Onde eu vejo isso?”

ANO DE PUBLICAÇÃO: “Mas é 1605 ou 2005?”

PREFÁCIOS: “Prof, o que é prefácio?”

DÚVIDA CRUEL: ler ou não os prefácios??

As aventuras de Dom Quixote em versos de


cordel em xerox, “dá no mesmo”? A
diferença de leitura em vários suportes.
REFERÊNCIAS
• ABREU, Márcia. Cultura letrada: Literatura e leitura.
São Paulo: Unesp, 2006.

• DOLZ, Joaquim e SCHENEUWLY, Bernard. Gêneros


orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das
Letras, 2004.
BIBLIOGRAFIA
• CANDIDO, A. Na sala de aula. São Paulo: Ática, 1986.

• _________, A. “O direito à literatura”, In.: Vários


escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011, pp. 171-
193.
• COMPAGNON, A. Literatura para quê? Belo
Horizonte, Editora UFMG, 2012. Tradução: Laura Taddei
Brandini.
• EAGLETON, T. Teoria da Literatura: Uma introdução.
Tradução deWaltensir Dutra.São Paulo: Martins Fontes,
2006, pp. 1-24.
• FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes
necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e terra.
2011. Formato eletrônico.
• MORIN, E. Educação e complexidade: os sete
saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortês
Editora. 2004.
• ________. A cabeça bem feita: repensar a
reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil Ltda, 2012.
• SARTE, J.-P. Que é a literatura? Tradução de
Carlos Felipe Moisés. Petrópolis: Vozes, 2015.
• TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de
Janeiro: Difel, 2014. Tradução : Caio Meira.
• ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da
literatura. Curitiba: InterSaberes, 2012.

Vous aimerez peut-être aussi