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Teoria Geral do Processo

Conteúdo Programático:
Delineamentos sobre a matéria

Jurisdição

Ação

Processo

15/06/2018 Prof. Saulo Versiani Penna 1


JURISDIÇÃO
 Formas alternativas de resolução de
conflitos:
 autotutela
- autodefesa;
- autocomposição;
- arbitragem.

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JURISDIÇÃO

 De acordo com a profª Ada Grinover a


jurisdição é uma das funções do Estado,
mediante a qual este se substitui aos
titulares em conflito para, imparcialmente,
buscar a pacificação do conflito com
justiça.
 Essa pacificação é feita mediante a
atuação da vontade do direito objetivo que
rege o caso apresentado em concreto para
ser solucionado.

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Funções básicas do
Estado:
- legislativa;
- administrativa;
- judiciária

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Jurisdição para Élio
Fazzalari
 É a atividade que realiza pelo
processo, pela prática processual e
por todos os sujeitos legitimados.
(não apenas o juiz)

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Elementos da jurisdição
 Poder;
 Função;
 Atividade;

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Características da
Jurisdição
 Atividade provocada (inércia);
 Atividade substitutiva;
 Atividade definitiva;
 Atividade indeclinável.

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Conceito-Resumo
 É atividade soberana do Estado, com que
este, por intermédio de órgãos
competentes e meios predeterminados,
por provocação de interessado, em caráter
absolutamente definitivo protege a ordem
jurídica, faz atuar a lei em casos concretos,
dirimindo ou evitando conflitos particulares
de interesses, agasalhando indiretamente
direitos subjetivos. (prof. Manoel Galdino).

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Objeto ou escopo:
 É a realização do direito objetivo e a
pacificação social, que se constitui
em interesse do Estado e da própria
sociedade (comunidade).

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Princípios
 Investidura;
 Aderência ao território;
 Indelegabilidade;
 Inevitabilidade;
 Inafastabilidade;
 Indeclinabilidade;
 Juiz natural.

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Espécies de Jurisdição
 A jurisdição é una e indivisível.
Entretanto, por critérios que visam
facilitar o estudo e distribuição dos
processos, estabelece a doutrina a
uma classificação.

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Classificação da
Jurisdição
 Quanto ao objeto: penal ou civil;
 Quanto aos organismos judiciários:
especial ou comum;
 Quanto ao critério de hierarquia dos
órgãos: superior e inferior ;
 Quanto ao critério em que é
proferido o julgamento: de direito ou
eqüidade;

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Limites Internacionais da
Jurisdição
 Razões:
 A) existência de outros estados
soberanos;
 B) respeito a convenções
internacionais;
 C)razões de interesse do próprio
Estado.

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Limites Internos da
Jurisdição
 A regra é a que se encontra no art.
5º XXXV da CF e no art. 189 do CC.
 Exceção: impossibilidade de
intervenção judicial: - no mérito dos
atos administrativos (conveniência e
oportunidade) e dívidas de jogo (art.
814 do CC).

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Jurisdição Contenciosa

 Caracteriza-se:
 Atividade jurisdicional (substitutiva);
 Escopo de atuar a vontade da lei;
 Existência de partes;
 Coisa Julgada.

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Jurisdição Voluntária

 Caracteriza-se:
 Atividade administrativa (não
substitutiva);
 Escopo constitutivo;
 Existência de requerentes ou
interessados;
 Não há coisa julgada.

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Órgãos da Jurisdição
 Art. 92 da CF:
 Conselho Nacional de Justiça (Emenda
45/2004)
 STF, STJ, TST, TSM, TRF (s), TRT (s), TJ
(s), TJM, Varas Federais, Varas do
Trabalho, Varas da Justiça Comum,
Auditorias Militares, Tribunais do Júri,
juizados especiais federais e estaduais

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Duplo Grau de Jurisdição
 Razões para sua existência:
a) Para que possam ser corrigidos
eventuais erros dos juízos;
b) Para atender à natural inconformidade da
parte vencida diante de julgamentos
desfavoráveis.
- São chamados pela doutrina: 1º grau (juízo
monocrático/singular) e 2º grau
(colegiado/tribunais)

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DA AÇÃO
 Visão Geral.
 Vedada em princípio a autotodefesa e
limitada a autocomposição e a arbitragem,
o Estado reservou para si o exercício da
função jurisdicional.
 Entretanto, como a jurisdição é inerte, a
sua provocação dá-se pelo direito-de-ação.
 Ação é, portanto, o direito ao exercício da
atividade jurisdicional.

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Teorias sobre a natureza
jurídica da ação
 Teoria civilista ou imanentista;
 Doutrina concreta da ação ou teoria
do direito concreto de agir;
 Teoria do direito potestativo de agir;
 Teoria abstrata da ação ou teoria do
direito abstrato de agir;
 Teoria eclética da ação.

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Teoria Civilista ou
imanentista
 Não considerava o direito processual
como uma ciência autônoma, mas
como mero apêndice do direito civil.
 A ação era considerada o próprio
direito material depois de violado.
 Foi consolidada em 1840 e exerceu
influência na doutrina até a metade
do Sec. XIX.

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Doutrina Concreta da
Ação ou Teoria do Direito
Concreto de Agir
 Foi a primeira a defender a autonomia do
direito de ação, após a polêmica havida
entre Bernard Windscheid e Theodor
Müther e o surgimento do critério dualista
(direito material e direito de ação).
 Entretanto, essa teoria também afirmava
que somente existiria ação se existisse o
direito material.
 Portanto, só existiria ação nos casos em
que o resultado do processo fosse
favorável ao autor.

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Teoria do Direito
Potestativo de Agir
 Ação era considerada como “o poder
jurídico de dar vida à condição para a
atuação da vontade da lei”
 Ação, portanto, seria o direito potestativo
(que estabelece uma situação de sujeição)
de agir voltado contra o réu, estando este
sujeito aos efeitos jurídicos da atuação da
lei.
 Tem também natureza concreta.

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Teoria Abstrata da Ação
ou Teoria do Direito
Abstrato de Agir.
 Ação seria simplesmente o direito de provocar a
atuação do Estado-Juiz.
Críticas às teorias anteriores:
- A) Somente existiria direito de ação, se houvesse
procedência, pois na improcedência haveria a
negativa do direito material, embora o Estado-Juiz
tivesse atuado;
- B) Quando fosse proposta a “ação declaratória
negativa (inexistência de relação jurídica) não
haveria direito material e, portanto, direito de ação.

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Teoria Eclética da Ação
 Somente existirá ação se forem
preenchidas determinadas condições
(chamadas condições da ação).
 Encontrou guarida em nosso direito
positivo (art. 267, VI do CPC).
 Essa teoria sofreu algumas alterações ao
longo do tempo, sendo que alguns autores
passaram a afirmar que as “condições da
ação” não são requisitos de existência do
“direito-de-ação”, mas apenas o seu
legítimo exercício.

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Conclusões sobre a
natureza jurídica da ação
 A teoria mais aceita na contemporaneidade é a abstrata;
 Pode existir direito-de-ação, consistentes apenas
provocar o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional,
ainda que não exista o direito material afirmado;
 As “condições da ação” não dizem respeito propriamente
à ação, pois esta existe ainda que aquelas não sejam
preenchidas, mas aos requisitos para o provimento final.
 Ação é um poder jurídico, não direito subjetivo
propriamente, pois não existe conflito entre o titular e o
Estado.
 A ação não se limita a dar início ao processo, revelando-
se, outrossim, ao longo de todo ele pelas partes.

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Conceito de Direito-de-
Ação
 É o poder de exercer posições
jurídicas ativas no processo
jurisdicional, preparando o exercício,
pelo Estado, da função jurisdicional

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Condições da Ação
 Possibilidade jurídica do pedido;
 Interesse processual;
 Qualidade para agir (legitimidade)

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Possibilidade Jurídica do
Pedido
 O pedido deverá consistir numa
pretensão que, em abstrato, seja
tutelada, ou não seja vedada pelo
direito objetivo.
 Exemplo de impossibilidade jurídica:
cobrança de dívida de jogo.

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Interesse de Agir
 É o interesse secundário, instrumental,
subsidiário, de natureza processual,
consistente no interesse ou necessidade
de obter uma providência jurisdicional
quanto ao interesse substancial contido na
pretensão.
 Configura-se, portanto, pela busca de um
resultado útil como pela adequação de
procedimento.

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Qualidade para Agir
(legitimidade ad causam)
 São legitimados para agir, ativa e
passivamente, os titulares dos
interesses em conflito.

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Carência de Ação
 É a falta de qualquer das condições
da ação.
 Art. 267, VI do CPC.

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Elementos da ação
 Partes: São as pessoas que participam do
contraditório perante o Estado-Juiz;
 Causa de pedir: São os fatos e
fundamentos jurídicos do pedido;
-Causa de pedir próxima: É a natureza do
direito controvertido;
-Causa de pedir remota: É o fato gerador do
direito.
 Pedido: É a providência jurisdicional
reclamada.

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Natureza jurídica do
pedido
 Cognitiva (de conhecimento);
-declaratório;
-constitutivo;
-condenatório.
 Executiva;

 Cautelar.

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Classificação das ações
de natureza cível
 Ações de conhecimento;
-declaratórias;
-constitutivas;
-condenatórias.
 Ações cautelares;

 Ações executivas.

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Classificação das ações
trabalhistas
 Dissídios:
- Individuais:
- - declaratória;
- - constitutiva;
- - condenatória;
- - de execução;
- - cautelar;
- Coletivos:
- - constitutivos;
- - declaratórios.

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Classificação das ações
penais
 Públicas: Incondicionada e
condicionada.
 Privadas: Exclusivamente privada e
subsidiária da pública.
 OBS: art. 100 do CP.

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Exceção=Defesa do réu
 Na concepção da ação como direito
ao provimento jurisdicional, a
exceção não pode ser o direito ao
provimento de rejeição do pedido do
autor, mas apenas o direito a que no
julgamento também se levem em
conta as razões do réu.

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Classificação das
Exceções
 Exceção processual: É a dirigida
contra o processo e admissibilidade
da ação;
 Exceção substancial (de mérito):
- Direta: Ataca a própria pretensão do
autor, o fundamento de seu pedido.
- Indireta: Opõe fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos do direito
alegado pelo autor.

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Contestação
 Chama-se contestação toda e
qualquer defesa de rito ou mérito,
direta ou indireta, contendo também
preliminares (art. 300 e 301 do
CPC).

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Direito Constitucional
Processual
 Surgiu da reunião dos dois ramos da
ciência jurídica: o Direito Constitucional e o
Direito Processual;
 É constituído pelo conjunto de normas de
Direito Processual que se encontram na
Constituição Federal;
 Está, portanto, relacionado aos princípios
do contraditório, ampla defesa e isonomia,
os quais advém como corolário do devido
processo legal.

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Direito Processual
Constitucional
 É formado a partir dos princípios que
tratam da organização da justiça
constitucional e de instituições
processuais previstas na própria
Constituição, de forma a garantir o
efetivo cumprimento das disposições
constitucionais.

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DO PROCESSO
 Numa visão da etimologia (estudo das palavras),
processo significa “marcha avante”, “caminhada”,
“seguir adiante”. Por isso, que durante muito tempo
ele foi confundido com a simples sucessão de atos
processuais (rito ou procedimento).
 Em verdade, o processo é um corpo, constituído de
atos e das relações entre eles e igualmente pelo
aspecto da relação entre os sujeitos.
 Entretanto, adverte Élio Fazzalari, o processo é
procedimento em contraditório.

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Processo, Procedimento e
Autos.
 Processo: Instituto
constitucionalizado para o legítimo
exercício da função jurisdicional;
 Procedimento: É mero aspecto
formal do processo, posto que
envolve a sua ritualítica.
 Autos: São a materialidade dos
documentos que se corporificam os
atos de procedimento.

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Natureza Jurídica do
Processo
 A doutrina divide-se em dois
grandes grupos:
 Privatistas
 Publicistas

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Privatistas
 Teoria Contratual:
- Teoria contratual (contratualista), de inspiração em
Ulpiano, segundo a qual em juízo se contrai
obrigações, assim como nos contratos.
- Teoria do quase-contrato, na qual passaram os
doutrinadores a entender que o processo não
poderia ser como o contrato, diante da ausência de
liberdade como pressuposto dos negócios jurídicos
contratuais.
-

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Teoria do Processo Como
Relação Jurídica
 Inspirada por Oscar Von Bülow na sua obra
intitulada “Teoria dos Pressupostos Processuais e
Das Exceções Dilatórias”.
 Haveria um vínculo de subordinação de um sujeito
ao outro e ambos ao juízo.
 Reconhece que esse vínculo (relação) entre as
partes e o juiz não se confunde com a relação
jurídica de direito material controvertida, por três
aspectos: a)Sujeitos (autor, réu e Estado-juiz); b)
Objeto (prestação jurisdicional); c) Pressupostos
(pressupostos processuais).

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Teoria do processo como
situação jurídica
 Inspirada em James Goldschmidt em
1910.
 O processo surge como um meio para
duelar, de estratégias de guerra, com
jogos de argumentos e linguagem.
 Afirma-se por essa teoria que o direito
assume uma condição dinâmica pelo
processo.
 Opera-se no processo uma mutação
estrutural do direito.
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Características da teoria
da situação jurídica do
processo.
 O que era estático, agora será:
 Possibilidades ( de praticar atos para
que o direito seja reconhecido);
expectativas (de obter uma sentença
favorável ou desfavorável) e ônus
(encargo de praticar certos atos).

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Processo como
procedimento em
contraditório
 Inspirada por Élio Fazzalari (1978);
 O processo é espécie de
procedimento em contraditório entre
as partes, em simétrica paridade, na
preparação da tutela jurisdicional.

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Teoria constitucionalista
do processo
 Inspirada por Fix Zamudio e
desenvolvida pelo prof. Alfredo
Baracho no Brasil.
 O processo é uma instituição
constitucionalizada apta a reger, em
contraditório, ampla defesa e
isonomia, o procedimento, como
direito-garantia fundamental.

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Dos pressupostos
processuais
 O art. 104 do CC dita normas de
teoria geral do direito, na medida em
que estabelece como requisitos para
a validade do ato jurídico em geral. (
capacidade do agente, licitude do
objeto, observância das exigências
legais quanto as formas).

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Definição de pressupostos
processuais
 O CPC afirma que os pressupostos
processuais são requisitos para a
constituição de uma relação processual
válida (art. 267, IV do CPC).
 De forma genérica são eles:
 A) uma demanda regularmente formulada
(art. 2º do CPC e art. 24 do CPP); B)
Capacidade de quem a postula; C) A
investidura do destinatário da demanda,
isto é, a qualidade do juiz.

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Conceito de Pressupostos
Processuais
 De acordo com a profª Ada Grinover,
podemos afirmar que os
pressupostos processuais
concretizam-se numa correta
propositura da ação, feita perante
uma autoridade jurisdicional, por
uma entidade capaz de ser parte em
juízo.

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Enumeração dos
pressupostos processuais
 A enumeração dos pressupostos não está
pacificada na doutrina, entretanto de acordo com a
profª Ada Grinover temos:
 A) pressupostos objetivos:
 -Intrínsecos: regularidade processual, existência de
citação;
 -Extrínsecos: ausência de impedimentos, como:
coisa julgada, litispendência e compromisso.
 B) pressupostos subjetivos:
 -referentes ao juiz: investidura, competência,
imparcialidade.
 -referentes às partes: capacidade de ser parte,
capacidade de estar em juízo, capacidade
postulatória

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Sujeitos do Processo
 Principais são três: Estado,
demandante e demandado.
 Na doutrina brasileira predomina a
idéia da figura triangular.

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O Juiz
 Colocado como sujeito imparcial do processo e investido
de autoridade para dirimir a lide.
 Poderes:
 - administrativos ou de polícia;
 - poderes jurisdicionais:
 a) ordinatórios: dizem respeito ao simples andamento do
processo;
 b) instrutórios: referem-se à formação de seu
convencimento;
 c) poderes-fins: compreendem os de decisã e de
execução.
 - deveres:
 a) defesa da coletividade e dos litigantes;
 b) sentenciar e conduzir o processo segundo a ordem
legal estabelecida (devido processo legal).

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Partes
 Autor: aquele que deduz a pretensão
em juízo.
 Réu: aquele em face de quem
aquela pretensão é deduzida
 Observar a nomenclatura:
demandante, demandado,
requerente, requerido, exeqüente e
executado.

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Princípios básicos sobre
as partes.
 A) dualidade: em processo litigioso existem
pelo menos duas partes ou sujeitos em
posições contrárias;
 B) Igualdade: paridade de tratamento;
 C) Contraditório: garante às partes a
ciência dos atos e termos do processo,
com a possibilidade de impugná-los e com
isso estabelecer um diálogo com o juiz.

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Litisconsórcio
 É o fenômeno de pluralidade de pessoas, em um só ou
em ambos os pólos do conflito ou da demanda judicial.
 A) litisconsórcio necessário: que é indispensável, sob
pena de nulidade do processo e da sentença, ou mesmo
ineficácia desta.
 B) litisconsórcio necessário unitário: indispensável e os
litisconsortes devem ter tratamento homogêneo: Ex:
anulação de concurso público por vício de edital;
 C) litisconsórcio necessário não-unitário: indispensável,
mas os litisconsortes não precisam ser tratados de forma
homogênea; Ex: Revisão de pensão alimentícia fixada
globalmente em relação a filhos maiores;
 D) litisconsórcio facultativo unitário; não imprescindível à
validade e eficácia do processo, mas deve ser observada
a regra do art. 46 do CPC.
 E) litisconsórcio facultativo não unitário.

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Ação, Procedimento e
pretensão
 Levando em conta a diversidade dos
provimentos jurisdicionais a que o
exercício da ação pode conduzir, a
doutrina classifica as ações
respectivas de acordo com esses
provimentos que, na verdade,
constitui o pedido.

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Modalidades de
Provimentos e
Procedimentos
 Processo (procedimento) de
conhecimento: declaratório,
condenatório, constitutivo.
 Processo (procedimento) de
execução.
 Processo (procedimento) cautelar.
 Procedimentos especiais.

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Classificação dos
procedimentos cíveis
 Processo (procedimento) de
conhecimento;
 Processo (procedimento) de
execução;
 Processo (procedimento) cautelar.

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Processo (procedimento)
de conhecimento
 Declaratório = existência ou
inexistência de relação jurídica;

 Condenatório= obrigações de dar,


fazer ou não-fazer;

 Constitutivo= cria, modifica ou


extingue uma relação jurídica.
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Procedimentos (forma),
prazos e atos de
comunicação processual
 Na verdade a soma dos atos do
processo, vistos pelo aspecto de sua
interligação e combinação e de sua
unidade teleológica é que se
denomina procedimento.

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Ato processual ou
procedimental
 Cada ato processual ou de
procedimento tem seu momento
oportuno e os posteriores dependem
dos anteriores para sua validade;

 Todos esses atos tem um objetivo,


que é preparar o provimento
jurisdicional final.

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Sistemas disciplinadores
das formas
 Teoricamente são admitidos três:
 a) da liberdade das formas;
 b) da soberania do juiz;
 c) da legalidade.

 O nosso Direito Processual adota o


sistema da legalidade das formas
(rígido).
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Princípio da
instrumentalidade das
formas
 As exigências das formas devem
atender a critérios racionais,
lembrada sempre a finalidade com
que são impostas e deve-se evitar o
culto das formas como um fim em si
mesmas.
 Obs: art. 244 do CPC.

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Exigências quanto as
formas
As exigências são determinadas:

 Pelo Lugar;

 Pelo tempo;

 Pelo modo

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Exigências pelo lugar
 Os atos processuais cumprem-se
normalmente na sede do juízo, salvo
quando, por sua natureza ou por
disposição legal devam efetuar-se em
outro lugar.
 Ex: citação, penhora, notificação,
intimação, seqüestro, oitiva de
testemunhas, perícias, etc.
 Obs: art 176 do CPC. (deferência=art.411
do CPC; interesse da justiça=arts. 440 a
443 do CPC; obstáculo=art. 410, III do
CPC.

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Exigência quanto ao
tempo
 Existem dois aspectos levados em
conta pelo legislador:
 A) Época (art. 172/174 do CPC) em
que devem ser exercidos os atos
processuais;
 B) Prazos (art.177 e seguintes do
CPC) para sua execução.

15/06/2018 Prof. Saulo Versiani Penna 71


Classificação dos prazos
 Dilatórios (art. 181 do CPC): são os que
sendo estabelecidos em benefício das
partes, podem ser prorrogados ou
reduzidos por vontade destas.
 Peremptórios (art. 182 do CPC): são os
que se caracterizam pela absoluta
imperatividade sobre as partes, as quais
não podem alterá-los para mais ou menos,
mesmo convencionalmente.

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Preclusão
 Preclusão: perda da possibilidade da
prática de um ato processual.
 Preclusão temporal: É a que decorre com
a passagem do prazo.
 Preclusão lógica: É a que resulta da
incompatibilidade entre um ato já praticado
e outro que viria a contradizê-lo.
 Preclusão consumativa: É a que se verifica
quando já foi exercida validamente o
direito ou a faculdade processual.
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Perempção
 É modo extintivo da relação
processual fundado na desída ou
inação da parte autora (art. 268
parágrafo único do CPC). É a perda
do direito do autor de demandar
sobre o mesmo objeto.

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Contagem de prazos
 Regras:
 1) faz-se por dias corridos e não por dias
úteis;
 2) nenhuma contagem de prazo se inicia
nem termina em sábado, domingos,
feriados ou dia que por qualquer motivo,
não haja expediente forense. (art. 178, 184
§§ 1º e 2º do CPC);
 3) o dia da intimação não se computa,
ainda que seja útil, mas o último dia da
contagem sim (art. 184 caput do CPC)
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Modo dos procedimentos
e seus atos
 A) linguagem:
 - expressão: língua portuguesa;
 - escolha das palavras: escrita ou
oral.
 B) atividade: impulso das partes e do
juiz;
 C) rito: determinado pela índole
processual.
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Citação e intimação
 Citação: ato processual escrito pelo qual
se chama, por ordem da autoridade
judiciária competente, o réu, ou o
interessado, para se defender em juízo.
(art. 213 do CPC).
 Intimação: ato pelo qual se cientificam as
partes, os seus procuradores ou terceiros,
para que façam ou deixem de fazer algo
dentro ou fora do processo ou para que
conheçam de algum despacho ou atos e
termos do processo (art. 234 do CPC).

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Conceito e aspectos
gerais da prova
 Conceito: prova constitui o instrumento por meio do
qual se forma o convencimento do juiz a respeito da
ocorrência ou inocorrência dos fatos controvertidos
no processo.
 Verdade real: correspondência do fato descrito nos
autos e o acontecimento efetivamente ocorrido.
 Verdade formal: são os fatos que os autos revelam.
 Meios de prova: sistema liberdade das provas (arts.
155 do CPP; 332 do CPC) Obs: art. 5º, LVI da C.F.

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Julgamento
 A sentença é espécie de decisão (art. 162
do CPC) do juiz singular que extingue o
processo (arts. 267 e 269 do CPC) ;
Acórdão é decisão final dos tribunais.
 Requisitos das sentenças e acórdãos (arts.
165 e 458 do CPC).
 Sentenças terminativas (art. 267 do CPC).
 Sentenças definitivas (art.269 do CPC).

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Coisa julgada
 É o efeito que torna imutável o
comando da decisão.
 Coisa julgada apenas formal: ocorre
com o trânsito em julgado da
sentença terminativa.
 Coisa julgada formal e material:
ocorre com o trânsito em julgado da
sentença definitiva.

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REGRAS GERAIS DE COMPETÊNCIA.

 Competência absoluta: não pode ser modificada e é


improrrogável. A incompetência deve ser conhecida de ofício.
Pode ser alegada por qualquer das partes e em qualquer grau
de jurisdição.
Estabelece-se em relação à pessoa envolvida no conflito ou a
matéria debatida.

 Competência relativa : pode ser modificada e é prorrogável. A


incompetência tem que ser argüida pelo réu (no processo civil
por intermédio da chamada exceção de incompetência

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LIVROS
 Controle e Implementação Processual de Políticas
Públicas no Brasil: Saulo Versiani Penna
 Teoria Geral do Processo: Ada Pellegrini Grinover,
Antônio Carlos de Araújo Cintra e Cãndido Rangel
Dinamarco
 Teoria Geral do Processo: Manoel Galdino da Paixão
Júnior;
 Teoria Geral do Processo: José de Albuquerque Rocha;
 Teoria Geral do Processo: Marcus Orione onçlves
Correia;
 Teoria Geral do Processo: Aluisio Gonçalves de Castro
Mendes;
 Teoria Geral do Processo: Rosemiro Pereira Leal;

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