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AUTODEFESA ou

AUTOTULELA

elaboração Prudente Mello1


O Direito de Greve

Greve: entendida como um ato ilegal.


Na Constituição de 1937 (Estado Novo):
“recurso anti-social, nocivo ao trabalho e ao
capital, incompatível com os superiores
interesses da produção nacional” - art. 139.

CF de 1988 - reconheceu o direito de greve:


Art. 9º - É assegurado o direito de greve,
competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender.2
O Direito de Greve

Parágrafo 1º A lei definirá os serviços


ou atividades essenciais e disporá
sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis a comunidade.
Parágrafo 2º Os abusos cometidos
sujeitam os responsáveis às penas da
lei.

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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989

Surge com a finalidade de dispor sobre o


exercício do direito de greve, definir as
atividades essenciais e regular o
atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade.
Revogou expressamente a Lei 4.330
(01/06/1964) e o Decreto-lei 1.632
(04/08/1978) concebidos pelo regime militar.

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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989

Artigo 1º - É assegurado o direito de greve, competindo aos


trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo
e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.

Parágrafo único - O direito de greve será exercido na forma


estabelecida nesta Lei.

Artigo 2º - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo


exercício do direito de greve a suspensão coletiva,
temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação
pessoal de serviços a empregador.
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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 3º - Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de
recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Parágrafo único - A entidade patronal correspondente ou os
empregadores diretamente interessados serão notificados, com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.

Artigo 4º - Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na


forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as
reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação
coletiva da prestação de serviços.
§ 1º - O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de
convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração
quanto da cessação da greve.
§ 2º - Na falta de entidade sindical, a assembléia geral dos
trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no
caput, constituindo comissão de negociação.
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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 5º - A entidade sindical ou comissão especialmente eleita
representará os interesses dos trabalhadores nas negociações ou
na Justiça do Trabalho.

Artigo 6º - São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:


I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os
trabalhadores a aderirem à greve;
II - a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.
§ 1º - Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e
empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias
fundamentais de outrem.
§ 2º - É vedado às empresas adotar meios para constranger o
empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de
frustrar a divulgação do movimento.
§ 3º - As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas
não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou
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dano à propriedade ou pessoa.
Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989

Artigo 7º - Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação


em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo,
convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único - É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante


a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos,
exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos artigos 9º e 14.

Artigo 8º - A Justiça do Trabalho, por iniciativa de qualquer das partes


ou do Ministério Público do Trabalho, decidirá sobre a procedência,
total ou parcial, ou improcedência das reivindicações, cumprindo ao
Tribunal publicar, de imediato, o competente acórdão.

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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 9º - Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação,
mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o
empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o
propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em
prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens,
máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles
essenciais à retomada das atividades da empresa quando da
cessação do movimento.

Parágrafo único - Não havendo acordo, é assegurado ao empregador,


enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os
serviços necessários a que se refere este artigo.

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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 10 - São considerados serviços ou atividades essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de


energia elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos
e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI - compensação bancária.
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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Art. 11 - Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os
empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum
acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços
indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade.
Parágrafo único - São necessidades inadiáveis, da comunidade
aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a
sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.

Art. 12 - No caso de inobservância do disposto no artigo anterior, o


Poder Público assegurará a prestação dos serviços indispensáveis.

Art. 13 - Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as


entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso,
obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários
com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da
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paralisação.
Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 14 - Constitui abuso do direito de greve a inobservância das
normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da
paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão
da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único - Na vigência de acordo, convenção ou sentença
normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a
paralisação que:
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento
imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.

Artigo 15 - A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes


cometidos, no curso da a legislação trabalhista, civil ou penal.
Parágrafo único - Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a
abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando
houver indício da prática de delito.
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Legislação ordinária - Lei 7783 -
28/06/1989
Artigo 16 - Para os fins previstos no artigo 37, inciso VII, da
Constituição, lei complementar definirá os termos e os limites em
que o direito de greve poderá ser exercido.

Artigo 17 - Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do


empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o
atendimento de reivindicações dos respectivos empregados
lockout.
Parágrafo único - A prática referida no caput assegura aos
trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período
de paralisação.

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A competência da Justiça do Trabalho para julgar as
ações relacionadas à greve

Os Dissídios Coletivos podem ser de:


Natureza Jurídica: os quais tem a finalidade
de “interpretar as leis, acordos coletivos,
convenções coletivas e sentenças
normativas”, ou seja, não tem a finalidade de
instituir normas ou condições de trabalho;
Natureza Econômica: os quais permitem o
estabelecimento de condições e a
concessão de vantagens aos trabalhadores
de determinada categoria econômica.
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Dissídio Coletivo de Greve

Dissídio Coletivo de Greve – é um dissídio


coletivo de natureza jurídica, pelo qual há a
solicitação para verificar se os dispositivos
legais foram observados, podendo o Tribunal
do Trabalho declarar ou não a abusividade da
greve.
A Orientação Jurisprudencial n. 38 da SDC
entende que para haver o reconhecimento e
qualificar se uma greve em serviços
essenciais é ou não abusiva, há que verificar
se houve o atendimento as necessidades
inadiáveis da população.
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Artigo 114 da CF de 1988

Art. 114 – Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar:

Parágrafo 2° - Recusando-se qualquer das


partes à negociação ou à arbitragem é facultado
aos respectivos sindicatos ajuizar dissídio
coletivo, podendo a Justiça do Trabalho
estabelecer normas e condições, respeitadas as
disposições convencionais e legais mínimas de
proteção ao trabalho.

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Alterações do Artigo 114 com a EC n° 45

Art. 114 – Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar:
...
II – As ações que envolvam exercício do direito de
greve;

Parágrafo 2° - Recusando-se qualquer das partes à


negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça
do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionada
anteriormente. 17
Alterações do Artigo 114 com a EC n° 45

Art. 114 – Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar:

...

Parágrafo 3° - Em caso de greve em atividade


essencial, com possibilidade de lesão do
interesse público, o Ministério Público do
Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,
competindo a Justiça do Trabalho decidir o
conflito.

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Interdito Proibitório
Interdito proibitório: JT: Competência (
RO nº 00737-2006-114-03-00-0 )
30/11/2006 - TRT 3ª R.

Em julgamento recente de recurso


ordinário, a 3ª Turma do TRT/MG
afirmou a competência da Justiça do
Trabalho para julgar ação de interdito
proibitório, na qual se buscava
garantir livre acesso de empregados e
clientes às agências bancárias durante
o movimento grevista da categoria.
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Interdito Proibitório

Para o juiz relator, Irapuan Lyra,

“após a Emenda Constitucional nº


45/04, esta Especializada passou
a ser competente para os dissídios
que envolvam empresas e
sindicatos, além das questões
relacionadas ao direito de greve,
já previstas originalmente”.

20
Interdito Proibitório
Porém, no mérito da ação, o banco
saiu perdedor, já que a Turma
entendeu que o movimento, apesar de
incluir pressão sobre os chamados
“fura greve” para que também
cruzassem os braços, não representou
ameaça suficiente para justificar a
medida, que só é admissível em caso
de justo receio de danos ao patrimônio
ou turbação da posse de imóvel, receio
esse que deve ser fundado em dados
concretos e não apenas em rumores ou
suposições. 21
Interdito Proibitório

Como o banco apresentou como prova


apenas notícias divulgadas em jornais,
cujo teor não evidenciava que pudesse
vir a ser molestado na posse de suas
unidades bancárias em função do
movimento grevista, a Turma negou
provimento ao recurso, ressaltando
que esse tipo de ação não se prestaria,
de todo modo, à proibição da prática
de “piquetes” , também conhecidos
como “operação fecha-bancos”.
22
Competência para julgar matéria de
Greve

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ


em MS interposto pelo Sindicato dos
Vigilantes de Curitiba, contra liminar
deferida em interdito proibitório,
autos 103/2005 da 22ª Vara Cível de
Curitiba, determinou a cassação de
uma liminar, concedida nos autos de
interdito proibitório.

23
Competência para julgar matéria de
Greve

“A Emenda Constitucional nº 45 que


modificou o art. 114, da Constituição de
1988, dispôs que compete à Justiça do
Trabalho julgar as ações que envolvem
exercício do direito de greve. Com a
alteração constitucional, compete à
Justiça do Trabalho, quando provocada,
delimitar o alcance e os limites do
exercício do direito de greve.

24
Competência para julgar matéria de
Greve
Daí que a situação de os trabalhadores,
eventualmente, durante o movimento grevista,
ameaçar ou turbar a posse de bens do
empregador exige delimitação do exercício do
direito de greve para assegurar que os grevistas
exercitem o direito de que são titulares sem,
contudo, impedir ou inviabilizar o exercício
possessório do empregador sobre os bens
próprios da empresa. Essa delimitação do direito
de greve, caracterizada controvérsia judicial,
somente poderá ser feita pela Justiça do
Trabalho no exercício do poder jurisdicional de
que está constitucionalmente investida”. 25
Emenda Constitucional n° 45/2004 e as alterações
que afetam as negociações coletivas

A Emenda Constitucional N°45, alterou o Art.


114 da CF, e promoveu profunda
reformulação no processo de contratação
coletiva. Pontos a analisar:
A necessidade de “comum acordo” para o
ajuizamento de dissídio coletivo;

As limitações ao Poder Normativo;

A competência da Justiça do Trabalho para


julgar as ações relacionadas à greve;
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Ajuizamento dos dissídios coletivos

O pressuposto previsto na constitucional anterior


(CF, art. 114, §§ 1º e 2º) para o ajuizamento de
dissídio coletivo, era o da frustração da
negociação coletiva.
Aspecto que foi mantido no novo texto.
A reforma constitucional efetuou porém uma
separação em relação aos aspectos de apreciação
de dissídios coletivos ao tratar da competência
para julgar dissídios coletivos de natureza
econômica, no § 2º do art. 114, e reservando a
questão pertinente ao julgamento das greves em
serviços essenciais, no § 3º do art. 114. 27
Condições e exigências em relação aos dissídios
de natureza econômica cf. a Emenda 45

1- Deve ocorrer, obrigatoriamente a


recusa à negociação ou arbitragem;
2- Necessidade de comum acordo entre
as partes para ajuizamento do dissídio
de natureza econômica;
3 - A decisão do Tribunal deve respeitar
as disposições mínimas legais de
proteção ao trabalho e as
convencionadas anteriormente, ponto já
existente na redação anterior. 28
Jurisprudência do TRT da 12a. Região a partir
da Emenda C. 45

Processo: Nº: 00224-2005-000-12-00-9

Ementa: EMENDA CONSTITUCIONAL


Nº 45/2004. COMUM ACORDO PARA O
AJUIZAMENTO DE DISSÍDIO
COLETIVO. PRESSUPOSTO DE
CONSTITUIÇÃO VÁLIDO E REGULAR
DO PROCESSO. NÃO-CUMPRIMENTO.
EFEITOS.
29
Jurisprudência do TRT da 12a. Região a partir
da Emenda C. 45
A Emenda Constitucional nº 45, de 08 de dezembro de
2004, ao inserir no § 2º do art. 114 da Constituição
Federal, a expressão "comum acordo", fazendo
referência ao ajuizamento do dissídio coletivo de
natureza econômica, criou um pressuposto de
procedibilidade para o aforamento dessa ação
coletiva, que ficou condicionado ao chamado
exercício conjunto das partes, não mais se admitindo
o ajuizamento unilateral. Portanto, o não-
cumprimento do requisito "ajuizamento conjunto" ou
"de comum acordo"implica a extinção do processo,
sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267,IV,
do CPC. (Acórdão 6048/2006 - Juiz Marcus Pina Mugnaini - 30
Publicado no DJ/SC em 23-05-2006, página: 249)
Dissídios de natureza jurídica - cf. a
Emenda 45

1. No Dissídio Coletivo de natureza jurídica,


não há limitação para a sua interposição, pois
se trata de interpretação da norma, não há
exigência do comum acordo;
2. A possibilidade de propositura cabe tanto
ao sindicato obreiro, quanto ao sindicato
representante da categoria econômica;
3. A Decisão não envolve a possibilidade
estabelecer normas e condições.
31
Ajuizamento de dissídio coletivo pelo Ministério
Público do Trabalho

No caso de greve e desde que ocorra em


atividades essenciais e em que haja a
possibilidade de lesão ao interesse
público, acontecerá o dissídio coletivo
sem o comum acordo, proposto pelo
MPT (dissídio de natureza jurídica).
Não caberá dissídio coletivo quando não
estejam arroladas as atividades
essenciais (Lei 7783/78) e não haja
interesse público. 32
A competência da Justiça do Trabalho para julgar as
ações relacionadas à greve

Os Dissídios Coletivos, entre os quais o que


envolve o Direito de Greve, a competência fica
mantida ao Tribunal Regional do Trabalho ou ao
TST, dependendo da extensão da representação
sindical, ou organização da categoria.
Não é mais possível o ajuizamento unilateral do
dissídio coletivo (inclusive o de greve, seja para
declarar a abusividade da greve ou o de motivo
econômico).
Única hipótese é a prevista no parágrafo 3°, pelo
MPT, desde que envolva atividades essenciais e
interesse público. 33
Termo de conclusão
PROCESSO TRT/DC-ORI-00521-2005-000-
12-00-4

TERMO DE CONCLUSÃO

Nesta data, faço conclusos os presentes autos


ao Exmo. Juiz C. A. GODOY ILHA, Juiz do
Tribunal. Em 27-'7-2005.
Diretora de Secretaria da Seção
Especializada em Dissídios Coletivos

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Termo de conclusão
O Sindicato dos Operadores Portuários de São
Francisco do Sul - SC - SINPOSF ajuíza dissídio
coletivo sob o n° 521/05, em face de greve do
sindicato suscitado SINDICATO DOS
ESTIVADORES DE SÃO FRANCISCO DO SUL,
alega que desde o período da manhã do dia 26-7-2005,
se recusam a comparecerem nos locais determinados
pelo OGMO para se habilitarem à escalação
eletrônica, já são pelo menos 05 (cinco) períodos em
que não há operação portuária por falta de
trabalhadores para as atividades de estiva no Porto de
São Francisco do Sul, tendo em vista que os
estivadores se negam a habilitar-se para que o
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OGMO/SFS proceda à escalação.
Termo de conclusão
A operação portuária constitui atividade
essencial, cuja paralisação afeta não apenas a
atividade desembarque de produtos, mas
especialmente a exportação, fazendo com que a
atividade econômica da cidade seja prejudicada,
cuja suspensão traz prejuízos não apenas para os
exportadores, mas também para as atividades de
transportes, pois há navios atracados e outros ao
largo, havendo, ainda, significativa quantidade de
caminhões que não podem descarregar e
caminhões aguardando o desembarque de
contêineres, por isso reconheço que a atividade é
essencial. 36
Termo de conclusão

Havendo pedido de liminar, determino que


o suscitado deverá assegurar que pelo
menos 40% (quarenta por cento) da força
de trabalho compareça para escalação em
cada turno, nos horários de praxe.
O descumprimento implicará na multa
diária de R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
devida pelo sindicato suscitado no caso de
descumprir esta liminar.

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Termo de conclusão
A fim de que não haja coação ilegal e abusiva junto
aos trabalhadores por parte dos dirigentes do
suscitado, determino que seja comunicado o
deferimento desta liminar ao Exmo. Sr. Dr.
Secretário de segurança Pública do Estado de Santa
Catarina, bem como ao Exmo. Sr. Coronel
Comandante a Polícia Militar deste Estado, para
que assegurem o direito aos trabalhadores
portuários de São Francisco do Sul de exercerem o
direito constitucional de ir e vir e o de se
habilitarem na forma da lei, nos locais adequados, o
de escalação e o de trabalho no porto.
38
Termo de conclusão
Intime-se o suscitado através de fac-símile ou e-
mail, do deferimento da presente liminar.
Intime-se, ainda, a Dra. Ana Lúcia Ferreira,
procuradora do suscitante.
Para cumprimento do processo de greve, designo
audiência para o dia 03-8-2005, às 14 horas na sala
de sessões do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região, sito à Rua Esteves Júnior, 395, Centro,
Florianópolis, ficando todas as partes intimadas
através deste mesmo meio.
Intime-se o Ministério Público do Trabalho.
Florianópolis, 27 de julho de 2005.
39
Elaboração Prudente Mello

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