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Proteção de estruturas

reforçadas com CRF contra


incêndio

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Aluno: Victor Dornelles Vargas Duarte
Recuperação de Estruturas – Junho/2016
Professora: Regina Souza
1. Introdução
2. Comportamento do sistema composto ante a ação do fogo
2.1 Propagação de chama e geração de fumaça
2.2 Resistência ao fogo
2.2.1 Resinas termoplásticas
2.2.2 Resinas termofixas/termoestáveis
2.2.3 Temperatura de transição vítrea
2.3 Efeito do fogo no PRF
3. Medidas de proteção ao fogo no PRF
4.1 Espessura do Sistema de proteção
4.2 Técnicas de proteção
4. Conclusões 2
5. Referências
1. INTRODUÇÃO
1.1 Fibras de carbono:
• Obtenção pela oxidação de fibras precursoras seguido de
processamento a elevadas temperaturas (1000°C até 3000°C).
• Quanto maior a tempera maior será o módulo de elasticidade, e
maior o custo do material (g= 20 x C $$$) variando de 100 a 300
GPa para fibras de carbono até 650 GPa para grafite.

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1.1 Fibras de carbono:
• Extraordinária resistência mecânica (>30.000 kg/cm²).
• Extraordinária rijeza.
• Bom comportamento à fadiga e à atuação de cargas cíclicas.
• Elevada resistência a ataques químicos diversos.
• Inertes eletromagneticamente;
• Não são afetados pela corrosão por se tratar de um produto inerte.
• Estabilidade térmica e reológica;
• Extrema leveza, devido ao baixo peso específico do sistema (da
ordem de 1,6g/cm3 a 1,9g/cm3, cerca de 5 vezes menor do que o do
aço estrutural) chega-se ao ponto de não se considerar o seu peso
próprio nos reforços.
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• Rapidez de execução;
1.2 Compósitos
i. Matriz polimérica: manter as • PROTEÇÃO
fibras que as estruturam coesas, • CONFINAMENTO
propiciando a transferência das • DISTRIBUIÇÃO DE
tensões de cisalhamento entre ESFORÇOS
os dois elementos estruturais,
concreto e fibra de carbono.
ii. Elemento estrutural: constituído • RESISTÊNCIA
pelas fibras de carbono. As fibras • RIGIDEZ
absorvem as tensões
decorrentes dos esforços
solicitantes atuantes
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2 INCÊNDIO
2.1 – Fases de um incêndio
• Geralmente tem seu início
com uma ignição (faísca, etc);
• Seguido de um aumento lento
de temperatura;
• Liberação de gases
inflamáveis (ponto de fulgor);
• Flash-over: aumento
repentino no mecanismo de
queima – inflamação
generalizada;
2.2 Elementos de risco
• Pontes/viadutos;
• Garagens. 6
3 COMPORTAMENTO DO SISTEMA COMPOSTO ANTE AÇÃO DO
FOGO
3.1 Propagação de Chama e Geração de fumaça
• Garantia de segurança física dos ocupantes;
• Fatores que influenciam a resistência:
• Tipo de fibra (composição e configuração);
• Tipo de resina;
• Volatização do adesivo epóxi;
• Comportamento perante fogo:
• Inflamabilidade das resinas da matriz;
• Geração de fumaça pelas resinas da matriz (densidade, etc);
• Propagação de chama; 7
3.2 Resistência ao fogo
• A resistência ao fogo é praticamente
controlada pela qualidade da resina;
3.2.1 Resinas termoplásticas:
• Podem se fundir e novamente se  PP – Polipropileno

solidificar repetidas vezes ao serem  PVC - Cloretos de

aquecidas e resfriadas polivinila

3.2.2 Resinas termofixas /termoestáveis:


• reação química para serem curadas,
mas não podem regressar ao estado
inicial após sofrerem aquecimento
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A temperatura a partir da
qual o polímero começa a
3.2 Resistência ao fogo “amolecer”
3.2.3 Temperatura de transição vítrea:
Ao passar-se a ferro um
• As resinas que são utilizadas em tecido, este é aquecido
temperaturas superiores
praticamente todos os materiais à Tg, de modo que suas
compostos da indústria da construção fibras, que são cadeias
poliméricas, tornam-se
civil passam a um estado frágil móveis no estado
vitrificado quando expostas a altas borrachoso. O peso do ferro
sobre o tecido e o sentido
temperaturas. A temperatura na qual no qual o tecido é passado
impõem uma orientação às
se inicia essa transição é conhecida cadeias.
como temperatura de transição vítrea
(Tg). Acima dessa temperatura o
módulo de elasticidade é
significativamente reduzido.
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Acima da Tg pode ocorrer É pratica corrente
a perda de até 20% da desconsiderar o efeito do
resistência a tração do reforço quando do incêndio
compósito
3.3 Efeito do Fogo no PRF Alterações:
• Degradação e a perda de rigidez  resistência ao
com o aumento da temperatura; cisalhamento;

• O potencial dano no confinamento  Resistência a tensões

do concreto, proporcionado pelo perpendiculares a


FRP; fibras

• Com o aumento da temperatura, e


as expansões térmicas do Consequências:
compósito, podem-se desenvolver  Liberação de fumaça
tensões térmicas que causariam o
densa e escura;
desprendimento do reforço,
 Deterioração;
neutralizando o confinamento do
 Perda de massa:
concreto, oferecido pelo sistema.
aprox. 5% nos 10
entornos de 2x Tg;
3 COMPORTAMENTO DO SISTEMA COMPOSTO ANTE AÇÃO DO
FOGO
O adesivo começa a se deteriorar em
100ºC, sendo que no intervalo entre 230
ºC e 495 ºC ocorrem os maiores danos
ao polímero

Na temperatura 410ºC o reforço já não exerce mais


influência no comportamento a tração, devido à 11
perda das propriedades do material ligante (resina
epóxi).
4 MEDIDAS DE PROTEÇÃO AO FOGO
4.1 Técnicas de proteção
• Ativas: São medidas e instalações
que necessitam de um acionamento
manual ou automático para garantir
seu funcionamento num incêndio
• Passivas: Visam reduzir a
probabilidade de colapso estrutural.
A utilização de películas protetoras
nos elementos estruturais, para a
melhoria de sua capacidade de
isolamento térmico, constitui medida
de proteção passiva.

• custo;
4.2 Métodos e fatores de decisão: • aparência final;
• Na escolha do material de proteção, • espessura de aplicação;
alguns fatores são preponderantes, • Resist. mecânica; 12
• Resist. a intemperismos; e
tais como: • velocidade de aplicação.
4.1 – Técnicas de proteção
4.2.1 Jateamento de Cimento amianto
4.2.2 Película de titanato de alumínio
(cerâmica) - Recoxit
4.2.3 Película de fibras de vidro (FlekShield)
4.2.4 Fibra Projetada
4.2.5 Lã de Rocha
4.2.6 Revestimentos com Madeira
4.2.7 Vermiculita E Perlita
4.2.8 Pintura de Superfície com Tintas
Protetoras
4.2.9 Proteção por mantas
4.2.10 Revestimento com Argamassa
4.2.10.1 Poliestireno expandido
4.2.11 Revestimento silicato de cálcio 13
4.2.12 Revestimento com Gesso
5 Comportamento ao fogo de vigas de concreto armado reforçadas com CFRP –
desenvolvimento de sistemas de proteção ao fogo
5.1 Motivação e objetivos
• Estudar o comportamento ao fogo de estruturas de concreto reforçadas à
flexão com laminados de CFRP colados exteriormente através de:

i. Investigações experimentais
• Ensaios de DMA e DSC/TGA aos materiais de reforço (determinar Tg e Td).
• Ensaios de resistência ao fogo de vigas à flexão – testando 2 sistemas de
proteção e o efeito do isolamento térmico da zona de ancoragem dos
laminados.

ii. Investigações numéricas


• Elaboração de um modelo numérico 2D que permita prever a evolução da
temperatura nas vigas ensaiadas.
• Elaboração de um modelo numérico 3D de uma laje reforçada para estudar
a configuração da proteção na zona de ancoragem dos laminados
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5.1.1 Comportamento de sistemas CFRP em situação de
incêndio
• Materiais CFRP (PRFC) combustíveis, libertando fumaças e gases tóxicos.
• Propriedades mecânicas do CFRP reduzidas a partir de Tg (70ºC-160ºC).
• A 600ºC a resistência à tração é reduzida 55%. Decomposição da resina
epóxida acima de Td (300ºC - 500ºC).
• Adesivo de colagem mais susceptível ao aumento da temperatura. Tg (50°C
– 80°C). A 80°C resistência do adesivo reduzida para 80%.
• Ligação concreto-CFRP é fortemente afetada. Perda de eficácia do reforço,
colocando em risco a segurança da estrutura.

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5.2 Estudos experimentais - Ensaios de caracterização
termomecânica dos materiais de reforço
5.2.1 Características gerais dos materiais de reforço
5.2.1.1 Laminados de CFRP (valores fabricante):
• “S&P Laminates CFK 150/2000”
• Seção transversal: 50 mm x 1.2 mm
• Extensão máxima para dimensionamento: εfu = 6 ‰
• Módulo de elasticidade: Ef = 165 GPa
• Tensão resistente à tração: σfu = 1000 MPa
5.2.2 Adesivo de colagem
• “S&P Resin 220 epoxy adhesive”
• Fornecido em 2 componentes, misturados numa razão 4:1
• Tensão resistente à tração: σu= 17.3 MPa
• Módulo de elasticidade: E=8,8 GPa
5.2.3 Análise mecânicas dinâmicas (DMA)
• O objetivo deste ensaio foi determinar a Tg dos materiais de reforço
• Corpos de prova com 60 mm de comprimento e largura entre 10 e 15
mm.
• Determinação da relação entre rigidez (à flexão) e temperatura. 16
LAMINADO DE CFRP ADESIVO EPOXÍDICO

Tg = 153ºC Tg = 55ºC
5.2.4 Análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria diferencial de varrimento
(DSC)
• Permite determinar a variação de massa e energia com a temperatura
• Principais resultados:
• CFRP: Td = 380 ºC; totalmente consumido a 800ºC
• Adesivo: Td = 380 ºC; contém 72% de matéria inorgânica

Perda de massa com o 17


aumento da temperatura
5.3 Ensaio de resistência ao fogo
Esquema de montagem
da viga ensaiada e do
forno de controle de
simulação de incêndio

5.3.1 Características das vigas


Seção longitudinal da viga

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Seção transversal da viga


5.3.2 Características dos ensaios
5.3.2.1 Ensaio a flexão:
• 1 Viga não reforçada e sem proteção;
• 1 Viga reforçada e sem proteção;
• 4 Vigas reforças e protegidas em toda extensão;
5.3.2.2 Reforço empregado:
i. Argamassa de vermiculite/perlite (de 25 e 40 mm);
Proteção com argamassa de
vermiculita/perlita

ii. Painel de silicato de cálcio (de 25 e 40 mm):

Paineis de silicato de cálcio


com fixação mecânica
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5.3.2.3 Resultados Pretendidos
i. Evolução dos perfis de temperatura (utilização de termopares)
ii. Resposta mecânica (deslocamento a meio do vão e modos de
ruptura
iii. Tempo de resistência ao fogo com diferentes proteções
5.3.3 Esquemas de ensaio

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5.3.4 Procedimento de ensaio
5.3.4.1 - 1ª FASE
• Efetuar o Carregamento das vigas;
• Aguardar estabilização do deslocamento
(aproximadamente em 30 min).
5.3.4.2 - 2ª FASE
• Inicia-se com ação térmica do incêndio padrão (ISSO
834);
• Termina quando ocorre colapso das vigas ou se atinge
tempo máximo programado do incêndio padrão (210
min);
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5.3.5 Resultados dos perfis de temperatura
5.3.5.1 Viga reforçada sem proteção ao fogo

 Rotura do reforço
após 23 min onde
a temperatura
Tmédia na
interface concreto-
CFRP era de 414
ºC.
 Rotura da viga na
seção do meio do
vão após 60 min.

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Comportamento da viga
reforçada e não protegida
mediante ação do fogo
5.3.5 Resultados dos perfis de temperatura
5.3.5.2 Viga reforçada e protegida com argamassa de
vermiculita/perlita (40 mm de proteção)
• Rotura do reforço
após 167 min onde a
temperatura Tmédia
na interface
concreto-CFRP era de
187 ºC.
• A viga não atingiu a
rotura porque o
ensaio foi
interrompido após
210 min. (tempo para
o qual o incêndio
estava programado)
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Viga reforçada e protegida com argamassa de
vermiculita/perlita (40 mm de proteção)
5.3.5 Resultados dos perfis de temperatura
5.3.5.3 Viga reforçada e protegida com placa de silicato de
cálcio (40 mm de proteção)
• Rotura do reforço após 137
min onde a temperatura
Tmédia era:
• Na interface
concreto-
CFRP:187ºC.
• Na ancoragem: 52ºC
• O ensaio foi interrompido
após 182 min (falha no
isolamento lateral)

Comportamento da viga
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reforçada e não protegida
mediante ação do fogo
5.3.6 Resultado do deslocamento no meio do vão

25
5.3.7 Resultado de Resistência ao fogo

Comparação das proteções e sua efetividade com os parâmetros 26


determinados em norma técnica (NBR 14432/2000)
5.4 ESTUDO NUMÉRICO
• Estudo numérico A: modelos 2D das seções das vigas ensaiadas
• Estudo numérico B: Modelos 3D de laje reforçada – 120 min de
exposição ao incêndio padrão (ISSO 834)
5.4.1 Estudo numérico A
5.4.1.1 Objetivo
• Elaboração de um modelo numérico termoquímico bidimensional
que permita prever a evolução da temperatura nas vigas ensaiadas.
• Elaborar uma ferramenta que auxilie o dimensionamento de
sistemas de proteção ao fogo (escolha de materiais e sua espessura)
5.4.1.2 Modelagem e condições de fronteira
• Programa de cálculo: ANSYS, Finite element computer code, Version
11.
• Materiais modelados: concreto, CFRP, silicato de cálcio, argamassa
de vermiculita e perlita, ar atmosférico.
• Propriedades modeladas: Calor específico, massa volumétrica, 27
condutibilidade térmica e emissividade.
5.4.1 Estudo numérico A

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5.4.2 Estudo numérico B
5.4.2.1 Objetivo
• Elaboração de um modelo numérico termoquímico tridimensional para averiguar o
efeito da geometria do sistema de proteção (VP) na zona de ancoragem.
• Elaborar uma ferramenta que auxilie o dimensionamento de sistemas de proteção ao
fogo (tipo de material e geometria da zona de ancoragem).
5.4.1.2 Modelagem
• Programa de cálculo: ADINA – “Automatic Dynamic Incremental Nonlinear Analysis”,
versão 8.7.
• Materiais modelados: concreto, CFRP, argamassa de vermiculita e perlita;
5.4.2.3 Modelagem - Geometria
Faixa da laje considerada para estudo e
modelagem

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5.4.2.3 Modelagem - Geometria

Modelos d1 (cm) d12 (cm)


S2 2 2
S4 4 4
S4_N 2 4
S4_D 6 4 30
S6 6 6
S8 8 8
S10 10 10
5.4.2.5 – Resultados do estudo numérico B

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Estudo do efeito do espessamento da proteção na zona de
ancoragem
5.4.2.5 – Resultados do estudo numérico B
• De acordo com as características do material estudado, temos que a Tg da
resina em questão é em torno de 55 ºC, o que de acordo com a tabela e o
gráfico abaixo não iria satisfazer as condições de tempo mínimo de proteção
estrutural.
• Assim, extrapolando numericamente para temperatura de transição vítrea
(Tg) mais elevadas teríamos o seguinte cenário:

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Extrapolação para análise de Tg de acordo com os tempos de resistência da NBR 14.432/2000


5.5 CONCLUSÕES
• Pode-se verificar a sensibilidade do sistema de reforço quando não são
adotadas as medidas de proteção.
• O isolamento da zona de ancoragem permitiu o funcionamento do reforço
mesmo quando no restante da extensão a ligação concreto – CRFP se
encontrava “destruída” pela ação térmica.
• Os sistemas de proteção estudados reduziram consideravelmente as
temperaturas ao nível do reforço, prolongando o tempo de resistência.
• Os modelos numéricos 2D apresentam uma boa concordância com os
resultados experimentais, são uma ferramenta útil para o pré-
dimensionamento da espessura de do tipo de material de proteção.
• Os modelos numéricos 3D elaborados conforme o potencial efeito benéfico
da aplicação de uma proteção mais espessa nas zonas de ancoragem do
reforço.
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