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Escola de Enfermagem Thereza Néo

Disciplina: Saúde Pública

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


SUS

Mossoró/RN Cindy Lira


2018
Saúde Pública
• Na concepção mais tradicional, é a aplicação de
conhecimentos (médicos), com o objetivo de organizar
sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores
condicionantes e determinantes do processo saúde-doença
controlando a incidência de doenças nas populações através
de ações de vigilância e intervenções governamentais. Por
outro lado como destaca Rosen a aplicação efetiva de tais
princípios depende inclusive de elementos não-médicos
principalmente de fatores econômicos e sociais.
Definição do SUS
• O Sistema Único de Saúde - SUS- foi criado pela Lei Orgânica da
Saúde n.º8.080/90 com o objetivo de alterar a circunstância de
disparidade na assistência à Saúde da população, tornando
obrigatória a assistência de saúde, sem ônus a qualquer
cidadão, não sendo permitido qualquer cobrança de dinheiro sob
qualquer pretexto.
• Assim,o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um
Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e
ações que interagem para um fim comum. Esses elementos
integrantes do sistema referem-se ao mesmo tempo, às
atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Definição do SUS
•O SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: “As
ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema
único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
• I. Descentralização, com direção única em cada esfera de
governo;
• II. Atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
• III. Participação da comunidade.
Componentes do SUS
• Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de
saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios,
hemocentros (bancos de sangue), além de fundações e institutos
de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o
Instituto Vital Brazil.
BENEFÍCIOS PARA O CIDADÃO BRASILEIRO
• Por meio do Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos
têm direito a consultas, exames, internações e
tratamentos nas Unidades de Saúde vinculadas ao SUS,
sejam públicas (da esfera municipal, estadual e federal) ou
privadas, contratadas pelo gestor público de saúde.
SUS
• Apesar do SUS ter sido definido pela Constituição de 1988,
ele somente foi regulamentado em 19 de setembro de
1990 através da Lei 8.080.
• Esta lei define o modelo operacional do SUS, propondo a
sua forma de organização e de funcionamento.
Algumas destas concepções :
• A saúde passa a ser definida de um forma mais abrangente:
“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação,
o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais: os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do país”.
SUS
•O SUS é concebido como o conjunto de ações e
serviços de saúde, prestados por órgãos e
instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da administração direta e indireta e
das fundações mantidas pelo Poder Público.
Hora de Praticar :
Hora de Praticar :
PRINCÍPIOS DO SUS
UNIVERSALIDADE

EQUIDADE
DOUTRINÁRIOS

INTEGRALIDADE

DESCENTRALIZAÇÃO

ORGANIZATIVOS REGIONALIZAÇÃO E
HIERARQUIZAÇÃO

PARTICIPAÇÃO E
CONTROLE SOCIAL
PRINCÍPIOS DO SUS
XIV - NOVO PRINCÍPIO, que garante às
Novidade mulheres a “Organização de
atendimento público específico e
Desde abril especializado para mulheres e vítimas
de violência doméstica em geral.
2017

DESCENTRALIZAÇÃO

ORGANIZATIVOS REGIONALIZAÇÃO E
HIERARQUIZAÇÃO

PARTICIPAÇÃO E
CONTROLE SOCIAL
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
• UNIVERSALIDADE: o acesso às ações e
serviços deve ser garantido a todas as pessoas,
independentemente de sexo, raça, renda,
ocupação, ou outras características sociais ou
pessoais.
• “A saúde é direito de todos e dever do Estado”.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
• Do ponto de vista sociocultural existem barreiras, sendo a
principal delas, sem dúvida, a barreira da linguagem da
comunicação entre os prestadores de serviços e os usuários.
-Quando chega aos serviços, grande parte da população não
dispõe de condições educacionais e culturais que facilitem o
diálogo com os profissionais e trabalhadores de saúde, o que se
reflete, muitas vezes, na dificuldade de entendimento e de
aprendizado acerca do comportamento que deve adotar para se
tornar coadjuvante do processo de prevenção de riscos e de
recuperação da sua saúde.
-Uma simples receita médica pode ser um
texto ininteligível para grande parte da
população que não sabe ler.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
• EQUIDADE - é um princípio de justiça social que garante a
igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve
estar atenta às necessidades reais da população a ser
atendida.
• A noção de equidade diz respeito à necessidade de se “tratar
desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar a
igualdade de oportunidades de sobrevivência, de
desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma
dada sociedade.
•O ponto de partida da noção de equidade é o
reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e os
grupos sociais e o reconhecimento de que muitas dessas
desigualdades são injustas e devem ser superadas.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
• INTEGRALIDADE - significa considerar a pessoa como um
todo, devendo as ações de saúde procurar atender à todas
as suas necessidades.
• Um modelo “integral”, portanto, é aquele que dispõe de
estabelecimentos, unidades de prestação de serviços,
pessoal capacitado e recursos necessários à produção de
ações de saúde que vão desde as ações inespecíficas de
promoção da saúde em grupos populacionais definidos, às
ações específicas de vigilância ambiental, sanitária e
epidemiológica dirigidas ao controle de riscos e danos, até
ações de assistência e recuperação de indivíduos enfermos,
sejam ações para a detecção precoce de doenças, sejam
ações de diagnóstico, tratamento e reabilitação.
Situação 1
• Uma mãe chega a unidade básica com seu filho
de 2 anos, relatando que o mesmo encontra-se
com diarreia. Durante a consulta, a enfermeira
questiona sobre os hábitos alimentares,
condições de moradia, saneamento, lazer...
Compreendendo o contexto social, econômico e
cultural em que a família está inserida, não se
detendo somente as condições clínicas. Diante
desse quadro, decide realizar uma visita
domiciliar juntamente com o médico e Agente
Comunitária de Saúde – ACS.
Predominou a
Integralidade
Situação 2
• Uma pessoa em situação de rua possui um
ferimento há alguns dias, nota que o ferimento
não está cicatrizando e procura a UBS,
relatando a razão do ferimento, é recebido e
atendido pelo médico, em seguida , o técnico de
Enfermagem realiza o curativo e faz algumas
orientações a respeito de cuidados e informa
sobre seu retorno no dia seguinte para a troca
do curativo.
Predominou a
universalidade
Situação 3
•Em um hospital, uma vítima de acidente
grave passou na frente de um paciente
que necessitava de um atendimento
menos urgente, mesmo que esta pessoa
tenha chegado mais cedo.
Predominou a
equidade
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• REGIONALIZAÇÃO refere-se à forma de organização
do sistema de saúde com base territorial e
populacional proposta pela Constituição Federal e pela
Lei Orgânica de Saúde e visa uma adequada
distribuição de serviços para a promoção da equidade
de acesso, otimização dos recursos e racionalidade de
gastos.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• HIERARQUIZAÇÃO - Entendida como um conjunto articulado
e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os
níveis de complexidade do sistema (primário, secundário e
terciário); referência e contra referência.
•É o estabelecimento de uma rede que articula as unidades
mais simples às unidades mais complexas, através de um
sistema de referência e contra referência de usuários e de
informações.
• UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE – Porta de entrada dos
serviços de saúde.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• DESCENTRALIZAÇÃO - consolidada com a
municipalização das ações de saúde, tornando o
município gestor administrativo e financeiro do SUS.

•A descentralização da gestão do sistema implica na


transferência de poder de decisão sobre a política de
saúde do nível federal (MS) para os estados (SES) e
municípios (SMS).
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• PARTICIPAÇÃO E CONTROLE POPULAR - ou seja a
democratização dos processos decisórios consolidado
na participação dos usuários dos serviços de saúde no
chamados Conselhos Municipais de Saúde.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
• Organização de atendimento público específico e
especializado para mulheres e vítimas de violência
doméstica em geral, que garanta, entre outros,
atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias
plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº
12.845, de 1º de agosto de 2013.”
ARCABOUÇO JURÍDICO
DO SUS
ARCABOUÇO JURÍDICO DO SUS

• Constituição da República 1988;


• Lei Orgânica da Saúde – 8080/90
• Lei Complementar da Saúde – 8142/90
• Normas Operacionais Básicas – NOB
• Normas Operacionais de Assistência à Saúde –
NOAS
• Portaria 399 – Pacto pela Saúde 2006
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – 8080/90
• Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção
e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá
outras providências.
• Disposições Gerais:
• A saúde é um direito do se humano, devendo o estado
prover condições para isto.
• O dever do estado não exclui o dever das pessoas,
famílias, empresas e sociedade.
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – 8080/90

• Princípios e Diretrizes:
- Universalidade de acesso aos serviços.
- Integralidade de assistência nível prevenção,
promoção e recuperação.
- Preservação da autonomia das pessoas.
- Equidade na assistência sem preconceitos.
- Direito a informação.
- Participação comunidade
- Combate a violência
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – 8080/90

• § 1º - Entende-se por vigilância sanitária: um conjunto


de ações capaz de eliminar e diminuir riscos à saúde
e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do
meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde
• § 2º - Entende-se por vigilância epidemiológica: um
conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Vigilância Epidemiológica
• Conjunto de atividades que proporciona a informação
indispensável para conhecer, detectar ou promover qualquer
mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo
saúde-doença.
Estudos Epidemiológicos

Levantamento Investigação
Inquerito
Epidemiológico – Epidemiológica –
Epidemiológico -
Estudos realizados estudo realizado,
Avaliação quando as
com dados que já particularmente no caso
informações
existem . Destina-se de doenças
existentes são
ao estabelecimento transmissíveis a partir de
inadequadas em
de coeficientes de casos clínicos- com a
virtude de, por
morbidade, finalidade de detectar as
exemplo,notificações
cobertura vacinal, fontes de infecção
impróprias
ect
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – 8080/90
•§ 3º - Entende-se por saúde do trabalhador: um conjunto de
atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção
da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação
e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
 Acréscimo desse novo princpio : XIV – organização de
atendimento público específico e especializado para mulheres e
vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre
outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias
plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de
1º de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017).
 As alterações na Lei 8080/90, ampliam as possibilidades de
entrada do capital estrangeiro no setor de saúde brasileiro.
Com as mudanças no artigo 23 e a inclusão do artigo 53-A, abre-
se a possibilidade do capital ou empresas estrangeiras possuírem
hospitais e clínicas – inclusive filantrópicas, podendo atuar de
forma complementar no SUS.
Como estava na
Constituição:
• CF/88, art. 199, § 3º - É vedada a participação direta ou indireta
de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no
País, salvo nos casos previstos em lei.
• “Art. 23.É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de
empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes
casos: I – doações de organismos internacionais vinculados à Organização das
Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e
empréstimos; II – pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou
explorar: a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado,
policlínica, clínica geral e clínica especializada; e b) ações e pesquisas de
planejamento familiar; III – serviços de saúde mantidos, sem finalidade
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e
dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e IV – demais casos
previstos em legislação específica.” (NR)
• “Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio
à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de
genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos
para saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e de
diagnóstico por imagem e são livres à participação direta ou indireta de
empresas ou de capitais estrangeiros.”
LEI COMPLEMENTAR DA SAÚDE – 8142/90

• Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão


do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde.
• A participação da comunidade na gestão do SUS é
determinada pelas seguintes instâncias colegiadas: a
conferência da Saúde e o conselho de saúde.
CONSELHO DE SAÚDE x CONFERÊNCIA
DE SAÚDE
• Conselhos de Saúde são órgãos deliberativos que atuam
como espaços participativos estratégicos na reivindicação,
formulação, controle e avaliação da execução das políticas
públicas de saúde.
• Já as Conferências de Saúde consistem em fóruns públicos
que acontecem de quatro em quatro anos, por meio de
discussões realizadas em etapas locais, estaduais e nacional,
com a participação de segmentos sociais representativos
do SUS (prestadores, gestores, trabalhadores e usuários),
para avaliar e propor diretrizes para a formulação da política
de saúde.
LEI COMPLEMENTAR DA SAÚDE – 8142/90

Papel do Gestor Municipal:


• Instrumentos gerenciais.
• Mecanismos e fluxos de financiamento.
• Acompanhamento, controle e avaliação no SUS.
• Vínculos dos serviços com seus usuários.
LEI COMPLEMENTAR DA SAÚDE – 8142/90

• Papel do Gestor Estadual:


• Promover condições e incentivar o município para que
assuma a gestão à saúde.
• Assumir em caráter provisório a gestão nos municípios que
ainda não assumiram esta responsabilidade.
• Sistemas de apoio:
a. Informação informatizada
b. Financiamento
c. programação, acompanhamento, controle e avaliação
LEI COMPLEMENTAR DA SAÚDE – 8142/90

• Papel do Gestor Federal:


• Promover condições e incentivar gestão estadual e
municipal.
• Exercer funções de normatização e de coordenação da
gestão nacional do SUS.
• Mesmos papeis do âmbito estadual – informação
informatizada.
Financiamento do SUS
• O SUS é destinado a todos os cidadãos;
•É financiado com recursos arrecadados através de
impostos e contribuições sociais pagos pela
população em geral e compõem os recursos do
governo federal, estadual e municipal.
• § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos
termos do art. 195, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Financiamento do SUS
• § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde
recursos mínimos;
• Esses repasses ocorrem por meio de transferências "fundo a
fundo", realizadas pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS)
diretamente para os estados, Distrito Federal e municípios, ou
pelo Fundo Estadual de Saúde aos municípios, de forma
regular e automática;
• Isso permite que gestores estaduais e municipais contem com
recursos previamente pactuados, no devido tempo, para o
cumprimento de sua programação de ações e serviços de
Saúde.
A lei 8080/90 estabelece a forma de repasse de recursos
financeiros a serem transferidos para estados e
municípios, e que deveriam ser baseados nos seguintes
critérios: perfil demográfico, perfil epidemiológico; rede
de serviços instalada; desempenho técnico;
ressarcimento de serviços prestados.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS – NOBS 91,
93 E 96.

• As NOB`S, definem as competências de cada esfera de


governo e as condições necessárias para que Estados e
Municípios possam assumir as responsabilidades dentro do
Sistema.
• São instrumentos utilizados para a definição de estratégias
a partir da avaliação periódica de implantação e
desempenho do SUS.
• Definem os critérios para organização e gestão do SUS.
OBJETIVOS DAS NORMAS OPERACIONAIS

• Induzir e estimular mudanças;


• Aprofundar e reorientar a implementação do SUS;
• Definir novos objetivos estratégicos, prioridades,
diretrizes e movimentos táticos operacionais;
• Regular as relações entre seus gestores;
• Normalizar o SUS.
PRINCIPAIS PONTOS DA NOB/SUS 01/91

• Criação do SIH – Sistema de Informação


Hospitalar (AIH - Autorização de Internação
Hospitalar);
• Criação do SIA – Sistema de Informação
Ambulatorial (UCA – Unidade de Cobertura
Ambulatorial).
• Reforço para criação de Conselhos Estaduais e
Municipais de Saúde (CES e CMS);
PRINCIPAIS PONTOS DA NOB/SUS 01/91
• Consideram como “municipalizados” dentro do SUS, os
municípios que apresentarem como requisitos básicos:
• (a) criação dos Conselhos Municipais de Saúde;
• (b) criação do Fundo Municipal de Saúde;
• (c) Plano Municipal de Saúde aprovado pelos respectivos
Conselhos;
• (d) Programação e detalhamento do Plano de Saúde;
• O repasse de valores destinados aos Estados, Distrito
Federal e Municípios era feito por meio do INAMPS;
PRINCIPAIS PONTOS DA NOB/SUS 01/92

• Criaçãodo Conselho Nacional de Secretários de


Saúde (CONASS);
• Criação do Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde (CONASEMS);
• Normatização o Fundo Estadual de Saúde.
PRINCIPAIS PONTOS DA NOB/SUS 01/93
• Formalizou os princípios aprovados na 9ª Conferência
Nacional de Saúde que teve como tema central “a
municipalização é o caminho”.
• Cria transferência regular e automática (fundo a fundo);
• Habilitam municípios como gestores;
• Defineo papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda
assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema
estadual de saúde;
• Sãoconstituídas as Comissões Intergestores Bipartite (CIB)
(de âmbito estadual) e Tripartite (CIT) (nacional) como
importantes espaços de negociação, pactuação, articulação,
integração entre gestores.
PRINCIPAIS PONTOS DA NOB/SUS 01/96
• O êxito das mudanças promovidas com a
NOB/SUS 01/93 levou à construção de uma nova
NOB que representasse um salto de qualidade na
oferta dos serviços e ações desenvolvidas pelo
SUS em todo o País.
• Promoveu um avanço no processo de
descentralização, caracterizando as
responsabilidades sanitárias do município pela
saúde de seus cidadãos e redefinindo competências
de Estados e Municípios.
OBJETIVOS DA NOB/SUS 01/96
• Promover e consolidar o pleno exercício da função de
gestor de seus munícipes, redefinindo as
responsabilidades dos Estados, Distrito Federal e União;
• Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada
gestor;
• Reorganizar modelo assistencial, descentralizando aos
municípios a responsabilidade pela gestão e execução
direta da atenção básica de saúde;
• Aumenta a participação percentual da transferência
regular e automática;
• Fortalecea gestão do SUS, por meio das Comissões
Intergestores Bipartite;
OBJETIVOS DA NOB/SUS 01/96

• Reorganiza a gestão dos procedimentos de


média complexidade ambulatorial;
• Reorganiza a gestão dos procedimentos de
alta complexidade ambulatorial;
• Incorpora as ações de Vigilância Sanitária,
criando o Incentivo para as ações básicas de
Vigilância Sanitária;
• Incorpora as ações de Epidemiologia e
Controle de Doenças;
OBJETIVOS DA NOB/SUS 01/96

• Promove à ampliação de cobertura do PSF e


Programa de Agentes Comunitários de Saúde;
• Define as responsabilidades:
• Gestão Plena da Atenção Básica;
• Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde;
CONDIÇÕES DE GESTÃO DO MUNICÍPIO

•A habilitação dos municípios às diferentes


condições de gestão significa a declaração dos
compromissos assumidos por parte do gestor
perante os outros gestores e perante a população
sob sua responsabilidade.
• A partir desta NOB, os municípios podem
habilitar-se em duas condições:
• A. GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA.
• B. GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL.
GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA -
RESPONSABILIDADES

• Programação municipal dos serviços básicos;


• Reorganização das unidades, cadastramento nacional
dos usuários;
• Prestação dos serviços cobertos pelo PAB (Programa da
Atenção Básica);
• Contratação, pagamento aos prestadores dos serviços;
• Manutenção do cadastro atualizado das unidades;
• Execução das ações básicas de vigilância sanitária,
epidemiológica, controle de doenças e de ocorrências
mórbidas, acidentes...
GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL
RESPONSABILIDADES

• Programação municipal, contendo a referência


ambulatorial e hospitalar especializada;
• Criação de centrais de controle de procedimentos
ambulatoriais e hospitalares relativos à assistência
aos seus munícipes e à referência intermunicipal.
• Oferta de procedimentos ambulatoriais de alto custo
e procedimentos hospitalares de alta complexidade
conforme a PPI (Programação Pactuada e Integrada);
• Execução das ações básicas, de média e alta
complexidade em vigilância sanitária;
NOAS – Norma Operacional de Norma
Operacional de Assistência à Saúde

NOAS 01/2001
• Regionalização e organização da assistência;
• Fortalecimento da capacidade de gestão do
SUS
PACTO PELA SAÚDE
• Sua construção é um compromisso político
assumido pelos gestores do SUS na tentativa de
superar suas dificuldades.
• Baseia-se nos princípios constitucionais do SUS;
• Ênfase nas necessidades de saúde da população;
• O Pacto pela Saúde é composto por três
componentes:
• Pacto pela Vida
• Pacto em Defesa do SUS
• Pacto de Gestão do SUS
Pacto pela vida
• Conjunto de compromissos sanitários expressos
em objetivos de processos e resultados de
acordo com a análise da situação do país e suas
prioridades. Os objetivos e prioridades do Pacto
pela Vida são:
• Saúde do Idoso
• Controle do câncer de colo e mama
• Mortalidade infantil e materna
• Doenças emergentes e endemias
• Promoção da saúde
• Fortalecimento da Atenção Básica à Saúde
Pacto em Defesa do SUS
• Ações concretas e articuladas para reforçar
o SUS como política de Estado mais do que
política de governos. As suas prioridades
são:
• Implementar um projeto de mobilização social
com a finalidade de:
• Mostrar a saúde como direito de
cidadania
• Regulamentação da EC nº 29
(financiamento das ações e serviços
públicos de saúde).
• Incremento dos recursos para saúde
• Aprovar o orçamento do SUS
• Elaborar e divulgar a Carta dos Direitos dos
Usuários do SUS
Pacto de Gestão do SUS
• Estabelece as responsabilidades de cada ente
federado de forma a reduzir as competências
concorrentes.
• Esse pacto descentraliza as atribuições do MS para
os estados e municípios de forma radical
diminuindo também a burocracia dos processos
normativos. Tem por finalidade:
• Definirde forma inequívoca a responsabilidade sanitária
de cada instância gestora do SUS
• Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS
DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO
PELA SAÚDE
DOPS PACTO PELA VIDA
• Saúde do Idoso: promoção do envelhecimento saudável e
ativo; caderneta da pessoa idosa...
• Controledo câncer do colo e mama: atingir cobertura de
80% para o exame preventivo; ampliar para 60% a
cobertura de mamografia; realizar punção em 100% dos
casos necessários...
• Redução da mortalidade materna e infantil: reduzir a
mortalidade neonatal em 5%, em 50% as doenças
diarréicas e 20% de pneumonia em 2006; reduzir em 5% a
razão de mortalidade materna em 2006...
DOPS – Pacto pela Vida
• Fortalecimento da capacidade de respostas as doenças
emergentes e endemias com ênfase no dengue, hanseníase,
tuberculose, malária e influenza: reduzir a menos de 1% a
infestação predial por Aedes aegypti em 30% dos municípios
prioritários; atingir ao menos 85% de cura dos casos novos de
tuberculose bacilífera;
• Promoção da saúde: responsabilizar os três gestores pela
Política de Promoção da Saúde; enfatizar mudanças de
comportamento para prática de exercícios alimentação
saudável e combate ao tabagismo.
• Fortalecimentoda atenção básica: priorizar a Estratégia
Saúde da Família para fortalecimento da atenção básica.
DOPS – Pacto em defesa do SUS
• Diretrizes:
• Expressar os compromissos entre os gestores do SUS
com a consolidação da reforma sanitária brasileira;
• Firmar-se através da repolitização da saúde, promoção
da cidadania, garantia de financiamento de acordo com
as necessidades do sistema;
• As ações do pacto em defesa do SUS devem
contemplar:
• mobilização social
• diálogo com a sociedade
• elaboração da carta dos direitos dos usuários do SUS
• regulamentação da EC nº 29
• aprovação do orçamento do SUS
DOPS – Pacto de gestão do SUS
• Estabelece
as diretrizes para gestão do sistema
nos aspectos:
• Descentralização
• Regionalização
• Financiamento
• Planejamento
• Regulação
• Participação social
• Gestão do trabalho e da educação na saúde
PROBLEMAS NA INFRA-ESTRUTURA

• Distribuição desigual dos recursos físicos, humanos e materiais

• Concentração de serviços de alta complexidade

• Deficiente oferta de assistência de reabilitação e readaptação

• Falta de RH na rede (comprometimento)

• Ausência de política e estratégia para o desenvolvimento de RH

• Dificuldade de implantar agenda de política de RH

• Dificuldades de gestão de RH
PROBLEMAS NA ORGANIZAÇÃO DO SUS

• Ineficácia da atenção básica/sobrecarga dos demais níveis


• Dificuldadede acesso à atenção de média e alta
complexidade
• Tensão entre os níveis de complexidade da atenção
implicando a persistência de mecanismos de seletividade e
iniqüidade social.
• Dificuldade na cooperação entre as esferas de governo
• Crescimento dos planos de saúde em desarticulação com o
SUS, consolidando dupla porta de entrada no sistema
PROBLEMAS NO FINANCIAMENTO
• Recursos insuficientes para cumprir os princípios de
universalidade, integralidade etc
• Necessidade de definição e efetivação das fontes de
financiamento para o setor saúde;
• Financiamento pressionado pela oferta de serviços e não
pelas prioridades assistenciais
• Forte dependência dos sistemas municipais e estaduais dos
recursos federais
• Excessiva complexidade do financiamento da gestão
descentralizada das ações e serviços de saúde
• Dificuldade de garantir a transparência na alocação de
recursos
PROBLEMAS NA GESTÃO
• Definição insuficiente dos papéis e responsabilidades
das três esferas de governo
• Insuficiente coordenação interna na direção nacional do
SUS
• Dificuldades na comunicação/informação entre 3 níveis
de governo
• Modelo de planejamento assistemático

• Gerenciamento inadequado do sistema


PROBLEMAS NA GESTÃO
• Fragilidade institucional das estruturas para análise e
avaliação
• Inexistência de processos de avaliação de desempenho do
sistema
• Inadequação dos instrumentos de acompanhamento,
regulação e avaliação
• Falta de gestão profissionalizada
• Modus operandi” do controle social provocando as
tensões e disputas abrangendo as competências e a
legitimidade entre as instâncias executivas do SUS e o
aparato do controle social
PROBLEMAS NO MODELO DE ATENÇÃO

• Modelo de atenção inadequado: curativista,


assistencialista e com profissionais despreparados
• Modelo centrado na oferta de serviços - dificuldades de
reversão do modelo hospitalocêntrico para aquele
organizado a partir da atenção básica
• Desenvolvimento insuficiente de modelo assistencial
capaz de assegurar a integralidade
• “Abandono” de estratégias de promoção da saúde
PROBLEMAS NO MODELO DE ATENÇÃO
• Precariedade do atendimento de emergência
• Qualidade da atenção precária tanto nas relações
interpessoais quanto no concernente ao componente
tecnológico
• Dificuldade de garantia de qualidade e humanização da
assistência
• Ausência de protocolos técnicos
PROBLEMAS NO MODELO DE ATENÇÃO

• Ações desarticuladas e fragmentadas nos campos de


vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância
ambiental e assistência farmacêutica
• Má qualidade no atendimento- sem garantia de referência,
com baixa capacidade resolutiva e descontinuidade
Este é o SUS que pouco conhecemos
• 1,5 bilhão de atendimentos ambulatoriais
• 290 milhões de exames laboratoriais
• 12 milhões de internações
• 9 milhões de ultra-sonografias
• 8 milhões de sessões de hemodiálise
• 1 milhão de tomografias
• 23.400 transplantes
• 1,62 milhões de partos normais assistidos
• 617,6 mil cesáreas
Obrigada!

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