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IEQ634

FÍSICO-QUÍMICA

Capítulo 2
GASES
Sumário

GASES
I. Equações de estado
II. As leis empíricas dos gases ideais
III. A equação dos gases ideias
IV. Misturas gases: pressões parciais
V. O modelo cinético dos gases
VI. Gases reais

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 2


Gases

o Um gás apresenta o estado mais simples da matéria onde sua energia


cinética (velocidade) estar diretamente relacionada com a temperatura.

o Para descrever as propriedades dos gás é


necessário conhecer muito bem as
variáveis macroscópicas de estado que
Br2
gás
são:
 volume (V)
 massa (m)
 pressão (p)
 temperatura (T)
líquido

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Gases
As variáveis quando dependem do tamanho da amostra são chamadas de
extensivas, e quando independem são as intensivas.
Considerando uma amostra inicial de tamanho A e em seguida, essa amostra é divida
em duas amostras de tamanho A1 e A2, pode levar as seguintes situações:

A A1 A2

I. A1 + A2 = A, assim dizemos que A é uma propriedade extensiva (massa, volume e


energia)
II. A1 = A2 = A, assim dizemos que A é uma propriedade intensiva (pressão, temperatura,
densidade)

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Funções de Estado

o O estado de um fluido (gás ou líquido) pode ser especificado pelos valores


das variáveis (propriedades): pressão (p), volume (V), quantidade de
matéria (n) e temperatura (T).
o Mas, experimentalmente é verificado que na natureza essas quatros
variáveis não são independente entre si. Essa generalização experimental
pode ser resumida dizendo-se que os fluidos obedecem a uma equação de
estado que pode ser escrita na forma:

𝑝=𝑓 𝑉, 𝑇, 𝑛
𝑉=𝑓 𝑝, 𝑇, 𝑛
𝑇=𝑓 𝑉, 𝑝, 𝑛
𝑛=𝑓 𝑉, 𝑇, 𝑝
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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
As experiências de vários cientistas conduziram a formulação da equação de
estado do gás ideal:

𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
temperatura, T,
Lei de Boyle (1661) crescente

Pressão, p
A temperatura constante, a pressão
de uma amostra de gás é
inversamente proporcional ao seu
volume.

1
𝑝∝ 0
𝑉 0 Volume, V

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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
p/atm V/L pV/atm L
5 40 200
10 20 200
Temperatura
15 13,3 200
constante
17 11,8 201

Pressão, p/atm
20 10 200
22 9,1 200
30 6,7 201
40 5 200

𝑝1 𝑉1 = 𝑝2 𝑉2 = ⋯ = 𝑝𝑗 𝑉𝑗 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
Volume, V/L
𝒑𝑽 = 𝒌𝑻,𝒏

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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
Em seus estudos envolvendo gases, Robert Boyle percebeu que aquecendo-se uma
amostra de gás, seu volume aumentava, mas ele não seguiu adiante com essa
observação.
Em meados do século XIX os franceses, Jacques
CHARLES e Joseph GAY-LUSSAC iniciaram os
estudos envolvendo a expansão de gases com o

Volume, V
aumento da temperatura.
Lei de Charles
A pressão constante, o volume de uma amostra
de gás varia linearmente com a temperatura, ou
seja, é proporcional a temperatura. pressão, p,
decresce
extrapolação
𝑉∝𝑇 0
-273,15 Temperatura, /oC

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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
/oC T/K V/mL

diferentes
pressões
35 308 15,0
85 358 17,4

Volume, V/mL
135 408 19,9
190 463 22,5
250 523 25,5
320 593 28,9
390 663 32,3

/oC
𝑉1 𝑉2 𝑉𝑗 T/K
Temperatura
= = ⋯ = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑇1 𝑇2 𝑇𝑗
Perguntas:
1. Admitindo este experimento, como foi possível variar
𝑽 as pressões?
= 𝒌𝒑,𝒏 2. Qual a explicação para o comportamento em “D”?
𝑻
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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
Outra versão da Lei de Charles é o efeito da
temperatura sobre a pressão de uma amostra de
gás mantida a volume constante, que também é
proporcional a temperatura.

𝑝∝𝑇

Pressão, p
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑗
= = ⋯ = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑇1 𝑇2 𝑇𝑗 volume, V,
decresce
𝒑 extrapolação
= 𝒌𝑽,𝒏
𝑻 0
-273,15 Temperatura, /oC

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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
o Em 1811, Amadeo Avogadro postulou que “à mesma temperatura e pressão,
volumes iguais de todos os gases contem o mesmo numero de partículas”.
o Muitos experimentos têm demonstrado que a hipótese de Avogradro tem um erro de
 2 %, portanto esta é conhecida como lei de Avogadro definida como: à
temperatura e pressão constantes, o volume, V, ocupado por uma amostra de gás é
diretamente proporcional ao número de mols, n, do gás.

𝑉∝𝑛
𝑉1 𝑉2 𝑉𝑗
= = ⋯ = = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑛1 𝑛2 𝑛𝑗
𝑽
𝑽𝒎 = = 𝒌𝑻,𝒑 (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟)
𝒏

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As Leis Empíricas dos Gases Ideais
Para ilustrar a lei de Avogadro veja a tabela de volumes molar e densidades de alguns
gases a temperatura e pressão padrão.
Gás Fórmula M/g mol-1 Vm/L mol-1 / g L-1
hidrogênio H2 2,02 22,428 0,090
hélio He 4,003 22,426 0,178
neônio Ne 20,18 22,425 0,900
nitrogênio N2 28,01 22,404 1,250
oxigênio O2 32,00 22,394 1,429
argônio Ar 39,95 22,393 1,784
dióxido de carbono CO2 44,01 22,256 1,977
amônia NH3 17,03 22,094 0,771
cloro C2 70,91 22,063 3,214
Observação: Nas condições normais de temperatura (0 oC) e pressão (1 atm), CNTP, o
Vm = 22,414 L mol-1.
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A Equação dos Gases Ideais

Lei dos Gases Ideais


temperatura
As leis anteriores podem ser combinadas
numa única expressão. p2

Pressão
o Sobre a isoterma T1 temos que T2
𝒑𝟏 𝑽𝟏 = 𝒑𝟐 𝑽𝟑 (I)
o E da isobárica p2 temos p1 T1
𝑽𝟑 𝑽𝟐
= (II)
𝑻𝟏 𝑻𝟐 V3 V2 V1
Volume
o Substituindo a equação (I) na equação (II):

𝒑𝟏 𝑽𝟏 𝒑𝟐 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
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A Equação dos Gases Ideais
o Esse resultado nos permite escrever para j-ésima transformações que

𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2 𝑝𝑗 𝑉𝑗 𝒑𝑽
= =⋯= = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝒌𝒏
𝑇1 𝑇2 𝑇𝑗 𝑻
o Considerando que a transformação ocorra em dois processos e que a massa se
mantem constante, podemos escrever:

𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2 𝑛 𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2
= × =
𝑇1 𝑇2 𝑛 𝑇1 𝑛 𝑇2 𝑛
o E tomando o primeiro lado da equação para qualquer transformação e o segundo
para a transformação nas CNTP, temos:

𝒑𝑽
= 𝒌 = 𝑹 (constante dos gases)
𝒏𝑻

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A Equação dos Gases Ideais
Cálculos da constante dos gases (R):
o Nas CNTP:

𝒑𝑽 𝟏 atm × 𝟐𝟐, 𝟒𝟏𝟒 L


𝑹= = = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐 atm L K −1 mol−1
𝒏𝑻 𝟏 mol × 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓 K
o No Sistema Internacional (SI):

𝒑𝑽 𝟏𝟎𝟏𝟑𝟐𝟓 Pa × 𝟐𝟐, 𝟒𝟏𝟒 × 10−3 m3


𝑹= =
𝒏𝑻 𝟏 mol × 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓 K
𝑹 = 𝟖, 𝟑𝟏𝟒 Pa m3 K −1 mol−1 ou J K −1 mol−1
o Outras unidades:
𝑹 = 𝟔𝟐, 𝟑𝟔𝟒 Torr L K −1 mol−1
𝑹 = 𝟏, 𝟗𝟖𝟕𝟐 cal K −1 mol−1
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A Equação dos Gases Ideais

Logo, a equação de estado dos gases ideais é

𝒑𝑽 = 𝒏𝑹𝑻
Outras formas da equação dos gases ideais podem ser representadas:
𝒎
o número de mols do gás, 𝒏 = , a expressão fica:
𝑴
𝒎 𝒎 𝑹𝑻
𝒑𝑽 = 𝑹𝑻 𝒐𝒖 𝒑=
𝑴 𝑽 𝑴
𝒎
o a densidade do gás é 𝝆 = , a expressão final tem a forma:
𝑽
𝑹𝑻
𝒑=𝝆
𝑴

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A Equação dos Gases Ideais
Exercícios de Aprendizagem
1. Uma amostra de nitrogênio ocupa 117 mL a 100 oC. A que temperatura em oC seria ocupar
234 mL se a pressão não se alterou?
2. Uma amostra de neônio ocupa 105 L a 27 oC sob uma pressão de 985 Torr. Qual o volume ocupado
pelo gás a temperatura e pressão padrão (STP, do inglês standard temperature and pressure)?
3. Um químico está investigando a conversão do nitrogênio atmosférico numa forma que possa
ser utilizada pelas bactérias que se localizam nas raízes de certos legumes e, para isso,
necessita saber a pressão em kPa exercida por 1,25 g de nitrogênio gasosso num frasco de
volume igual a 250 mL, a 20 oC.
4. Calcule a pressão exercida por 1,22 g de dióxido de carbono contido num frasco de volume
igual a 500 mL, a 37 oC.
5. Qual é o volume final atingido por uma amostra de gás que foi aquecida de 25 oC até 1000 oC
e cuja pressão aumentou de 10,0 kPa até 150,0 kPa? Admita que o volume inicial da amostra
era de 15 mL.
6. 0,109 g de uma amostra de um composto gasoso puro ocupa 112 mL a 100 oC e 750 Torr. Qual
é a massa molecular do composto?

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Misturas de Gases: Pressões Parciais
Frequentemente, os sistemas são constituídos de misturas de gases. Assim, John
Dalton no início XIX realizou uma série de experiências que o levaram a formular o
enunciado sobre as pressões parciais (lei de Dalton).

“A pressão exercida por uma mistura de gases ideais é a soma das pressões que
cada um dos gases exerceria caso ocupasse sozinho o recipiente na mesma
temperatura em que se encontra a mistura.”
𝒑𝑻 = 𝒑𝟏 + 𝒑𝟐 + ⋯ + 𝒑𝒋 (𝑽 𝒆 𝑻 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔)

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Misturas de Gases: Pressões Parciais
𝒋 𝒋
𝑹𝑻
𝒑𝑻 = 𝒑𝟏 + 𝒑𝟐 + ⋯ + 𝒑𝒋 = ෍ 𝒑𝒊 = ෍ 𝒏𝒊
𝑽
𝒊=𝟏 𝒊=𝟏
𝑹𝑻 𝑹𝑻 𝑹𝑻 𝑹𝑻
𝒑𝑻 = 𝒏𝟏 + 𝒏𝟐 + ⋯ + 𝒏𝒌 = 𝒏𝟏 + 𝒏𝟐 + ⋯ + 𝒏𝒋
𝑽 𝑽 𝑽 𝑽
𝒋

𝒏𝑻 = 𝒏𝟏 + 𝒏𝟐 + ⋯ + 𝒏𝒋 = ෍ 𝒏𝒊
𝒊=𝟏
Relacionado a pressão parcial com a pressão total para cada gás, temos:
𝑹𝑻
𝒑𝟏 𝒏𝟏 𝒏𝟏
= 𝑽 = = 𝑿𝟏 𝒐𝒖 𝒑𝟏 = 𝑿𝟏 𝒑𝑻
𝒑𝑻 𝒏 𝑹𝑻 𝒏𝑻
𝑻 𝑽

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Misturas de Gases: Pressões Parciais
onde 𝑿𝟏 é a fração molar do gás 1, e Exemplo 1 - Calcule as frações molares do N2,
analogamente para os demais gases do O2 e Ar no ar seco ao nível do mar, sabendo
contidos em um recipiente, temos que: que 100,0 g de ar consiste em 75,5 g de N2, 23,2
g de O2 e 1,3 g de Ar.
𝒑𝟐 = 𝑿𝟐 𝒑𝑻
Exemplo 2 - A pressão parcial do oxigênio no
⋮ ar exerce um importante papel na aeração
𝒑𝒋 = 𝑿𝒋 𝒑𝑻 da água, permitindo o desenvolvimento da
E a soma das frações molares de todos os vida aquática, e na absorção do oxigênio
gases é pelo sangue nos nossos pulmões. Calcule a
pressão parcial de uma amostra de gás
𝑿𝟏 + 𝑿𝟐 + ⋯ + 𝑿𝒋 = 𝟏
contendo 2,50 g de oxigênio e 6,43 g de
dióxido de carbono, com pressão total de 88
kPa.

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Misturas de Gases: Pressões Parciais

Exemplo 3 - A figura ao lado mostra dois


tanques estão ligados por uma válvula
fechada. Cada tanque está cheio com
gás, como mostrado abaixo, e ambos os
tanques são mantidas à mesma
temperatura. A válvula é aberta e 5,0 L de O2 3,0 L de N2
permite que os gases se misturem. 24,0 atm 32,0 atm
(i) Após a mistura dos gases, qual é a
pressão parcial de cada um dos
gases, e o qual é a pressão total? A B
(ii) Qual é a fração molar de cada um
dos gases na mistura?

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O Modelo Cinético dos Gases

É a teoria que relaciona a descrição da mecânica


do movimento das partículas gasosas, mas para tal
considera-se que:
o um gás é composto de partículas impenetráveis;
o o diâmetro das partículas é 1/10 da distância entre
elas;
o as partículas gasosas estão em constantes colisões
entre si e contra as paredes do recipiente;
o o número de partículas existentes na unidade de
volume é sempre o mesmo;
o a temperatura e a pressão são as manifestações
da estrutura da partícula no estado gasoso.

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O Modelo Cinético dos Gases
A figura mostra uma partícula de gás em colisão
elástica (força) com a parede do recipiente.
∆𝒗 ∆ 𝒎𝒗
 𝑭 = 𝒎𝒂 = 𝒎 =
 ∆𝒕 ∆𝒕
onde,
∆𝑺 ℓ
∆ 𝒎𝒗 = 𝒎𝒗 − −𝒎𝒗 = 𝟐𝒎𝒗 e ∆𝒕 = =
𝒗 𝒗
+v então,

𝟐𝒎𝒗𝟐
𝑭=
–v ℓ
e como a partícula percorre aleatoriamente todo
o recipiente, logo a força total para uma partícula
gasosa é igual a força média:
𝟐𝒎𝒗𝟐
ഥ=
𝑭

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O Modelo Cinético dos Gases
Quando dado o número de partículas em uma amostra de gás pode-se expressar
com 𝒏𝑵𝑨 , onde 𝒏 é o número de moles e 𝑵𝑨 é a constante de Avogadro.
𝟐𝒎𝒗𝟐
ഥ 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍
𝑭 = 𝒏𝑵𝑨

Logo, a pressão exercida pela amostra de gás é dada por
𝟐𝒎𝒗𝟐
ഥ 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍
𝑭 𝒏𝑵𝑨 𝒏𝑵𝑨 𝒎𝒗𝟐 𝒏𝑵𝑨 𝒎𝒗𝟐
𝒑= = ℓ = =
𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟔𝓵𝟐 𝟑𝓵𝟑 𝟑𝑽
𝟐 𝟏
𝒑𝑽 = 𝒏𝑵𝑨 𝒎𝒗𝟐
𝟑 𝟐
onde a energia cinética média é
𝟏
ഥ𝑪 =
𝑬 𝒎𝒗𝟐
𝟐
Usando a equação geral dos gases
𝒑𝑽 = 𝒏𝑹𝑻
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O Modelo Cinético dos Gases

𝟐 𝟏 𝟐
𝑹𝑻 = 𝑵𝑨 𝟐 ഥ𝑪
𝒎𝒗 = 𝑵𝑨 𝑬
𝟑 𝟐 𝟑
onde a energia cinética média é
𝟑 𝑹 𝟑
ഥ𝑪 =
𝑬 𝑻 = 𝒌𝑩 𝑻
𝟐 𝑵𝑨 𝟐
Sendo que, 𝒌𝑩 = 𝟏, 𝟑𝟖 × 𝟏𝟎−𝟐𝟑 J 𝐊 −𝟏 é constante Boltzmann.

𝟑𝑹𝑻 𝟑𝑹𝑻
E a velocidade média quadrática fica 𝒗𝟐 = =
𝑵𝑨 𝒎 𝑴

𝟑𝑹𝑻

E a velocidade média é 𝒗 =
𝑴

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O Modelo Cinético dos Gases
Distribuição de velocidades para
moléculas de N2 a três temperaturas A função matemática da distribuição
de velocidade de Botlzmann-Maxwell
número relativos de moléculas

273 K é dada por


com velocidade v

velocidade 𝒎 𝟐 −𝒎𝒗𝟐 Τ𝟐𝒌 𝑻


mais provável 𝒇 𝒗 = 𝟒𝝅 𝒗 𝒆 𝑩
𝟐𝝅𝒌𝑩 𝑻
em 1273 K

1273 K onde 𝒇 𝒗 𝒅𝒗 dar a fração de


partículas que tem velocidade entre 𝒗
2273 K
e 𝒗 + 𝜟𝒗 .

1000 2000 3000


v
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O Modelo Cinético dos Gases

Exemplo 4 - O ar é primariamente uma mistura de gases nitrogênio e oxigênio.


Admita que cada comporta-se como um gás ideal e determine a velocidade média
das moléculas do nitrogênio e oxigênio quando a temperatura do ar é 293 K.

Exemplo 5 - Um recipiente de 2,79 litros contendo amoníaco gasoso a p = 0,776 atm


e T = 18,7 oC é conectado a um outro recipiente de 1,16 L de HC gasoso com p =
0,932 atm e T = 18,7 oC. Sabe-se que a combinação desses gases leva a formação
de cloreto de amónio sólido, logo qual seria a quantidade de massa formada desse
composto? E qual o gás que sobrou nos recipientes conectados, e qual é a sua
pressão?

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 27


O Modelo Cinético dos Gases
EFUSÃO
É o processo pelo qual um gás sob pressão
Gás Vácuo
escapa a partir de um recipiente para outro
através de um pequeno furo.
Por exemplo, de acordo com a teoria cinética um
isqueiro a gás, quando acionado o gás escapa
mais rapidamente porque a velocidade das suas
moléculas é maior. Assim, mais moléculas
escapam através do pequeno furo por unidade
de tempo.
Isto é descrito quantitativamente como a Lei de Graham: “a taxa de escape de um gás
é inversamente proporcional à raiz quadrada da sua massa molar”.
𝟏
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒆𝒇𝒖𝒔ã𝒐 ∝ 𝐯𝐞𝐥𝐨𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 ∝
𝑴
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O Modelo Cinético dos Gases

DIFUSÃO Difusão de uma


partícula gasosa
É um processo pela qual um gás se através de um
mistura gradualmente com outro gás preenchido com
outras partículas
mediante movimento aleatório. A
circulação de um gás através de um
outro se dar pelo movimento aleatório
térmico.
A difusão também segue a lei de
Graham:

𝟏
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒅𝒊𝒇𝒖𝒔ã𝒐 ∝
𝑴

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O Modelo Cinético dos Gases
Exemplo 6 - Calcule a razão das taxas de efusão do gases hélio e hidrogênio através de
um pequeno oríficio.
Exemplo 7 - Um gás inflamável constituído apenas por carbono e hidrogênio se efunde
através de uma barreira porosa em 1,50 min. Sob as mesmas condições de temperatura e
pressão, um volume igual de vapor de bromo leva 4,73 min para se efundir através da mesma
barreira. Calcule a massa molar do gás desconhecido e sugira qual é a identidade deste gás.
Exemplo 8 - Com base na figura abaixo determine a taxa de difusão relativa dos gases
HC e NH3. Considere que o comprimento do tubo de vidro é 2 m, e calcule a distância
que em se forma o sal NH4C. algodão com
HCl(aq)
tubo de vidro ar ar

algodão com
NH3(aq) anel branco de NH4Cl(s)
formado quando o NH3 e
HCl se encontram
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Gases Reais

O efeito do volume molecular em relação ao volume de gás medido.

pext

pext ordinária: pext pext muito alta:


volume livre = volume livre <
volume do volume do
recipiente recipiente
aumento
da pext

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 31


Gases Reais

O efeito de atração intermolecular em relação a pressão do gás.

pext

pext

aumento
da pext

pext ordinária: pext moderadamente


atrações de baixa
moléculas alta: moléculas
força de colisão na
muito longe próximas suficiente
parede
para interagir para interagir

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 32


.
Gases Reais

O comportamento real de um gás depende


da natureza das moléculas e
significantemente quando a pressão é alta
ou a temperatura é baixa.
Um parâmetro descritivo para abordar
Gás Ideal
analiticamente esse fenômeno é o fator de
compressibilidade 𝒁, definido por:

𝒑𝑽𝒎,𝒐𝒃 𝑽𝒎,𝒐𝒃
𝒁= =
𝑹𝑻 𝑽𝒎,𝒊𝒅 0 oC

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 33


.
Gases Reais

Para 𝒁=𝟏 , o gás tem


comportamento ideal, onde as
pressões são muito baixas, e 𝒁 ≠ 𝟏,
o gás tem comportamento real,
sendo que:
o 𝒁 > 𝟏 , predominam as forças
repulsivas (mais difícil comprimir);
o 𝒁 < 𝟏 , predominam as forças
atrativas (mais fácil comprimir).

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 34


Gases Reais

A equação de van der Waals


van der Waals (tese de doutorado em 1873) foi o primeiro a reconhecer a influência
do tamanho molecular e das forças intermoleculares na pressão de um gás. Partindo
da equação dos gases ideais

𝑹𝑻
𝑽𝒎 =
𝒑
sob pressão finita, o volume de um gás é zero, no zero absoluto de 𝑻
(solidificam  liquefazem)

𝑹𝑻
𝑽𝒎 = 𝒃 +
𝒑

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Gases Reais

a constante 𝒃 é aproximadamente comparável ao volume molar do líquido ou


sólido a 0 K:

𝑹𝑻
𝒑=
𝑽𝒎 − 𝒃
a frequência e as forças de colisões são reduzidas pelas forças atrativas.
Portanto, a pressão é reduzida na proporção do quadrado da concentração
𝒏 𝟐 𝟏 𝟐
do gás, = .
𝑽 𝑽𝒎

𝑹𝑻 𝒂 𝒂
𝒑= − ou 𝒑+ 𝑽𝒎 − 𝒃 = 𝑹𝑻
𝑽𝒎 −𝒃 𝑽𝟐𝒎 𝑽𝟐𝒎

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Gases Reais

A tabela abaixo mostra as constantes de van der Waals de alguns gases mais
comuns.
Gás a/(L2 atm mol-2) b/(L mol-1)
He 0,0341 0,0237
H2 0,244 0,0266
N2 1,39 0,0391
CO 1,49 0,0399
O2 1,36 0,0318
C2H4 4,47 0,0571
CO2 3,59 0,0427
NH3 4,17 0,0371
H2O 5,46 0,0305
Hg 8,06 0,0170

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 37


Gases Reais

superfície de Gás Ideal  Gás Real


possíveis
estados

1,5

1,0

pressão, p
pressão, p

0,8

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 38


Gases Reais
Gás Ideal  Gás Real

CO2

aumento da
pressão, p

p/atm
temperatura, T

volume, V V/(L mol-1)


22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 39
Gases Reais
A equação de van der Waals é uma equação empírica que introduz duas

constantes 𝒂 e 𝒃, que são obtidas ajustando-se as isotermas teóricas àquelas


medidas experimentalmente. Outro aspecto interessante é que estas
constantes estão diretamente relacionadas às constantes críticas do gás real
sob estudo, pelas equações:

o Volume crítico (𝑽𝒎,𝑪 ): 𝑽𝒎,𝑪 = 𝟑𝒃


𝟖𝒂
o Temperatura crítica (𝑻𝑪 ): 𝑻𝑪 =
𝟐𝟕𝑹𝒃

𝒂
o Pressão crítica (𝒑𝑪 ): 𝒑𝑪 =
𝟐𝟕𝒃𝟐
22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 40
Gases Reais

A equação de estado virial


A equação de van der Waals e outras formas analíticas são equações empíricas
(obtidas pela experiência), existe outra abordagem, a equação de estado virial,
onde a equação do gás ideal é considerada uma aproximação de primeira ordem
numa expansão do fator de compressibilidade 𝒁 em série de potências.
Sabemos que 𝒁 é uma medida do desvio da idealidade e, de sua definição, temos

𝒑𝑽𝒎 = 𝑹𝑻𝒁
e para 𝐙 = 𝟏 recuperamos a equação de estado do gás ideal

𝒑𝑽𝒎 = 𝑹𝑻
Assim, podemos escrever o produto 𝒑𝑽𝒎 numa série de potências, de duas formas
equivalentes:

22/06/2018 IAQ634 Físico-Química I 41


Gases Reais

𝒑𝑽𝒎 = 𝑹𝑻 𝟏 + 𝑩′ 𝑻 𝒑 + 𝑪′ 𝑻 𝒑𝟐 + 𝑫′ 𝑻 𝒑𝟑 + ⋯ ou

𝑩 𝑻 𝑪 𝑻 𝑫(𝑻)
𝒑𝑽𝒎 = 𝑹𝑻 𝟏 + + 𝟐 + 𝟑 +⋯
𝑽𝒎 𝑽𝒎 𝑽𝒎
onde os coeficientes B, C, ... ou B’, C’, ... são chamados segundo, terceiro, ... coeficiente
de virial, e são diferentes para cada gás que esteja em estudo.
Exemplo 9 - Uma amostra de gás carbônico, CO2, estar confinada em um recipiente a 60 atm e 20 oC.
(i) determine o volume molar para um gás ideal;
(ii) determine os volumes molares esperados no início e no final da liquefação do gás,
respectivamente, use a equação van der Waals. Dados: a = 3,59 L2 atm mol-1 e b = 0,0427 L mol-1.
(iii) com base nos volumes do item (ii) determine os fatores de compressibilidade em cada caso, e
identifique quais forças são predominantes.
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Lista de Exercícios
1. Calcule a pressão da atmosfera da Terra no ponto onde ser ler 76 cm de mercúrio a 0 oC e a
aceleração da gravidade g é 9,806 m s-2. A densidade do mercúrio a 0 oC é 13,5951 g cm-3?
2. A azida de sódio (NaN3) é usada em airbag de automóveis. Escreva a equação química
balanceada para a decomposição de NaN3(s) em N2(g) e Na(s). Calcule o volume em litros
de gás de azoto gerados a 21,0 oC e 823 mmHg pela decomposição de 60,0 g de NaN3.
3. Um líquido volátil é colocado num balão 590,0 mL e deixa-se ferver até que apenas o vapor
preenche o frasco, a uma temperatura de 100,0 oC e pressão de 736 mmHg. Se a massa do
frasco antes e depois da experiência foi 148,375 g e 149,457 g. Qual é a massa molar do líquido?
4. Um tanque de 20,0 L contém gás cloro a uma temperatura de 20,0 0C a uma pressão de 2,0
atm. O reservatório é pressurizado a um novo volume de 1,0 L e uma temperatura de 150,0 0C.
Calcula-se a pressão final, utilizando a equação de gás ideal, e a equação de van der Waals.
5. Um recipiente de 2,79 L de amoníaco gasoso para o qual p = 0,776 atm e T = 18,7 oC é
conectado a um recipiente de 1,16 L de HC gasoso para o qual p = 0,932 atm e T = 18,7 oC.
Qual a massa de cloreto de amónio sólido formado? No volume combinado, qual é o gás
restante e a sua pressão?
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Lista de Exercícios
6. Um bulbo de volume desconhecido V contém um gás ideal sob pressão de 1 atm. Uma válvula
reguladora é aberta, permitindo a expansão do gás para outro bulbo previamente evacuado,
cujo volume é exatamente 0,550 L. Estabelecido o equilíbrio entre os bulbos, nota-se que a
temperatura não mudou e que a pressão do gás é de 530 Torr. Qual é o volume
desconhecido, V, do primeiro bulbo?
7. A válvula entre um tanque de 5 L no qual a pressão gasosa é de 9 atm e outro de 10 L
contendo gás sob 6 atm é aberta e o equilíbrio é atingido à temperatura constante. Qual a
pressão final nos dois tanques?
8. Um frasco fechado contém um gás a 30º C, exercendo a pressão de 606 mmHg. Determine a
pressão que esse gás exercerá quando a temperatura se elevar a 57º C e o volume se
mantiver constante.
9. Um gás ideal confinado em um cilindro móvel é submetido a uma compressão, com pressão
externa constante. De volume inicial de 15 dm3, e no processo foi observado que temperatura
desse gás variou de 30 ºC para 10º C. Determine o volume final para o processo de
compressão do gás?

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Lista de Exercícios
10. Certa amostra de gás ocupa um volume de 0,452 L, à 87 ºC e 0,620 atm. Qual será o seu
volume à 760 torr e 0 ºC?
11. Calcule a velocidade média quadrática das moléculas de dióxido de carbono a 25 oC?
12. Em particular, ao permitirmos que uma mistura equimolar de H2 e N2 passe por um orifício,
podemos esperar que? Justifique usando cálculo da razão entre as velocidades dos gases.
13. (i) Calcular o número de mols contidos numa amostra de um gás cujo volume é 0,452 L a 87 ºC
e 0,620 atm. (ii) A mostra de gás no item anterior, pesou 0,418 g, determine a massa molecular
desse gás? (iii) Utilizando as informações obtidas nos exemplos anteriores, determine a
densidade desse gás?
14. Qual a densidade do dióxido de carbono, a 100 ºC e 720 torr?
15. O cloro pode ser preparado oxidando-se o íon cloreto pelo MnO2, segundo a reação:
MnO2 + 4HC ⟶ MnC2 + 2H2O + C2.
Qual o volume máximo de cloro, nas CNTP, que se pode obter a partir de 100 g de MnO2.
16. Qual é a massa específica do ar atmosférico (massa molecular = 28,8 g mol-1), a 25 oC e
1,0 atm, num ambiente em que a pressão parcial do vapor de água é de 18 mmHg?
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Lista de Exercícios
17. Um gás com 30 % de CO, 60 % de N2 e 10 % de H2, em volume, tem as frações molares
X(CO) = 0,30; X(N2) = 0,60 e X(H2) = 0,10. Qual será a massa molecular média do gás? Qual é a
densidade do gás, a 1,0 atm e a 500 K?
18. O fator de compressibilidade de um gás, a 400 K e sob pressão de 120 atm, é igual 0,75. Qual o
volume molar do gás? E quantos mols do gás ocupam o mesmo volume de um mol de gás
ideal, nas mesmas condições de temperatura e de pressão?
19. Qual é o volume molar de etano a 350 K and 70 bar de acordo com (i) a lei dos gases ideal e
(ii) a equação de van der Waals? (a = 5,562 L2 bar mol-2 e b = 0,0638 L mol-1). Sugestão: use o
método iterativo de Newton.
20. A título de ilustração, suponhamos que se deseje encontrar a pressão exercida por 28 g de N2,
num recipiente de 1 L, a 100 oC, usando primeiro a equação do gás ideal e, depois, a
equação de van der Waals.
21. Qual é o volume molar de N2(g) a 500 K and 600 bar de acordo com (i) a lei do gás ideal e (ii)
a equação de virial? O coeficiente de virial B do N2(g) a 500 K é 0,0169 L mol-1.

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