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TEMA

Valores éticos e culturais–


– Quem sou eu?
O lema do módulo

“Se me dizes, eu esqueço. Se


demonstras, eu lembro-me. Se me
dás oportunidade de participar, eu
entendo.”

Tomaz Morais
in Compromisso: Nunca Desistir

2
a 1ª questão
Hereditariedade

Experiências
Meio Pessoais
 a construção da personalidade, aquilo
que nos torna únicos e diferentes –
especiais, é influenciada por três
principais fatores: hereditariedade, Meio
e significado atribuído por cada
indivíduo às experiências por ele vividas.

 A personalidade justifica as maiores


diferenças existentes entre os indivíduos,
por exemplo, num mesmo grupo existem
pessoas tímidas, exibidas, seguras,
inseguras, agressivas, pacatas, etc.
Cognitiva – SABER
atividades mentais implicadas na compreensão,
no processamento e na comunicação do saber.

Afetiva/Emocional – SENTIR
aspetos afetivos, agradáveis ou desagradáveis,
que acompanham a vivência das situações.

Comportamental – FAZER
aspetos ativos associados às intenções que
dinamizam o sujeito para a ação.
“A ação humana
é totalmente biológica e totalmente cultural.” Edgar Morin
Socialização

A socialização pode ser definida como o processo de


aprendizagem e interiorização de normas e valores,
característicos de um determinado meio social, do
qual os indivíduos e os grupos são alvo, tendo assim
como objectivo a integração do indivíduo na
sociedade.
Socialização
• processo pelo qual o individuo aprende a ser membro de uma
sociedade

• Processo de transmissão cultural contínuo e dinâmico, desde o


nascimento até à morte, em que os indivíduos aprendem os modos
de pensar, de sentir e de agir dos grupos em que estão integrados
Socialização Primária
A socialização primária tem um valor primordial e deixa
marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é em
criança que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.

A criança aprende e interioriza:


• a linguagem;
• as regras básicas da sociedade;
• a moral e os modelos comportamentais do grupo a que
pertence.
Socialização Secundária

Ocorre a partir do momento em que o indivíduo já não é


somente recetor de informações/aprendizagens mas
contribui com os seus saberes para a comunidade em que
está inserido.
“o indivíduo é produto
e produtor de cultura”
Agentes de Socialização
A integração dos seres humanos em grupos exige que assimilem novas
regras e padrões para agirem de maneira correcta. Por isso, estes
grupos são também considerados agentes de socialização.
Os grupos mais importantes são :
• A família ;
• A escola;
• O grupo de pares;
• Os meios de comunicação .
Agentes de Socialização

• Os agentes de socialização
são estruturas sociais, cuja
função é, em termos gerais,
inserir o indivíduo no seu
meio sociocultural,
adaptando‐o às suas normas,
exigências e padrões.
Agentes de Socialização

• A família é o primeiro dos grupos


em que decorre a socialização. Aí,
a criança aprende as primeiras
atitudes e comportamentos. Os pais
e os familiares mais próximos
desempenham um papel de
modelos que a criança procura
imitar e com os quais pretende
identificar‐se (é através do
processo de identificação que se
formam as primeiras atitudes).
Agentes de Socialização

• A escola é a instituição
responsável pela transmissão
de conhecimentos, técnicas e
competências necessárias ao
exercício de uma vida adulta
socialmente valorizada.
Agentes de Socialização

• O grupo de pares é um
conjunto social formado por
indivíduos de idade aproximada
que têm em comum a vivência
de situações e experiências
semelhantes, a partilha de
interesses e gostos.
Agentes de Socialização
• Hoje em dia não pode de modo algum ser desprezada a
função socializadora dos meios de comunicação social,
onde estão presentes os líderes de opinião dos mais
diversos quadrantes, que veiculam de modo informal
estilos de vida desejáveis, normas de comportamento,
valores estéticos dominantes.

• Não se limitam a entreter‐nos ou a noticiar: modelam as


nossas atitudes, valores, etc. Basta pensar na Internet e
também na poderosa TV, já, por alguns denominada
“babysitter electrónica” e “escola paralela”.
Cultura
Cultura – o conceito

 A cultura refere-se ao modo como


determinada sociedade está organizada;
compreende as normas de conduta, as
regras, os valores, os costumes, as tradições,
a língua, a religião, a música, a arte, a
gastronomia, etc.
A cultura é todo o capital adquirido e
transmitido de geração em geração.
Cultura – o conceito
Cultura
Crenças Teorias Construções e Valores Artes Leis e
objectos normas
A Diversidade Cultural
- a conceção de Beleza -
A Diversidade Humana
Diferenças Físicas:
• A espécie humana –Homo
sapiens sapiens - distingue-
se pela cor da pele, pelas
feições e pela estatura.
Assim temos:
• A raça branca ou
caucasiana,
• A raça amarela ou
mongolóide
• A raça negra ou negróide.
A Diversidade Humana
Diferenças Linguísticas :
• As pessoas comunicam usando línguas
com origens muito diferentes,
germânica, latina, árabe, etc.

A língua
• É um princípio unificador dos povos. Há
tendência para a diglosia: língua
vernacular para a vida quotidiana e
língua internacional (inglês) para
actividades económicas (comunicação e
turismo).
• As 7 línguas mais faladas são:
mandarim, espanhol, inglês, árabe,
bengali, hindi e português.
A Diversidade Humana

Diferenças Religiosas :

• Há homens e mulheres que


são cristãos, muçulmanos,
hindus, etc.
• A religião é outro dos
principais factores de
identidade cultural.
A Diversidade Humana

Diferenças Geográficas:

• Há homens e mulheres que


vivem em regiões muito frias
junto aos pólos, como o povo
esquimó,
• Outros no Equador, onde o
calor é constante, como o
povo Masai.
Aculturação

 Processo pelo qual duas ou mais culturas


diferentes, entrando em contato constante,
originam mudanças importantes em uma
delas ou em ambas.
PADRONIZAÇÃO
CULTURAL
PADRONIZAÇÃO CULTURAL

• “conjunto de comportamentos
comuns aos indivíduos da
mesma comunidade.”
A Axiologia
• A axiologia é a teoria filosófica responsável
por investigar os valores, concentrando-se
particularmente nos valores morais.
Etimologicamente, a palavra "axiologia"
significa "teoria do valor", sendo formada a
partir dos termos gregos "axios" (valor) +
"logos" (estudo, teoria).
• Neste contexto, o valor, ou aquilo que é
valorizado pelas pessoas, é uma escolha
individual, subjetiva e produto da cultura
onde o indivíduo está inserido.
A ação e os VALORES
Quando decidimos fazer algo, estamos a
realizar uma escolha. Manifestamos certas
preferências por umas coisas em vez de
outras. Evocamos então certos motivos para
justificar as nossas decisões.
VALORES
Podemos definir os valores partindo das várias
dimensões em que usamos:
a) os valores são critérios segundo os quais
valorizamos ou desvalorizamos as coisas;
b) Os valores são as razões que justificam ou
motivam as nossas ações, tornando-as preferíveis a
outras.
Os valores reportam-se, em geral, sempre a ações,
justificam-nas.
Juízos de facto
e
Juízos de valor
FAcTOS E VALORES
Todos os motivos podem ser apoiados em
factos, mas têm sempre implícitos certos
valores que justificam ou legitimam as
nossas preferências.
Exemplo: Participar numa manifestação a
favor do povo timorense, pode significar que
atribuímos à Solidariedade uma enorme
importância. A solidariedade é neste caso o valor
que justifica ou explica a nossa ação.
Ao contrário dos fatos, os valores apenas
implicam a adesão de grupos restritos. Nem todos
possuímos os mesmos valores, nem valorizamos as
coisas da mesma forma.
A Hierarquização e a
polaridade dos valores
HIERARQUIZAÇÃO DOS VALORES

Não atribuímos a todos os nossos valores a


mesma importância. Na hora de tomar uma
decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de
forma muito diversa. A hierarquização é a
propriedade que tem os valores de se
subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns
mais valiosos que outros. As razões porque o
fazemos são múltiplas
Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em
termos de oposições ou polaridades. Preferimos e
opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o
Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a generosidade à
mesquinhez. A palavra valor costuma apenas ser
aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja
tudo aquilo sobre o qual recaia o ato de estima
positiva ou negativamente. Valor é tanto o Bem,
como o Mal, o Justo como Injusto.
A Cultura e os Valores

• Valores são o conjunto de características de


uma determinada pessoa ou organização, que
determinam a forma como a pessoa ou
organização se comportam e interagem com
outros indivíduos e com o meio ambiente.
TIPOS DE VALORES

Os valores não são simples ideias que


adquirimos, mas conceitos que traduzem
as nossas preferências. Existe uma enorme
diversidade de valores, podemos agrupá-
los quanto à sua natureza da seguinte
forma:
VALORES ESTÉTICOS

A diferença entre valor e qualidade: é que o valor


de um objeto pode ser aceite ou não, sem que este
deixe de ser o que é; já a qualidade, não se pode
separar das coisas, sem que elas fiquem
modificadas.
São os valores de expressão. Exemplo: Harmonia,
Belo, Feio, Sublime, Trágico...
VALORES RELIGIOSOS

São os que dizem respeito à relação do homem


com a transcendência.
Exemplos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.
VALORES POLÍTICOS

Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania,


Liberdade.
VALORES MORAIS

Representam um conjunto de regras


estabelecidas de convívio e que são de extrema
importância na sociedade.
São aprendidos através do convívio social da
coletividade, visto que não vivemos sozinhos e
sim um indivíduo depende do outro
na sociedade em que vivemos.
VALORES ÉTICOS

Os que fundamentam as normas ou critérios


de conduta que afetam todas as áreas da
nossa atividade. Exemplos: Solidariedade,
Honestidade, Verdade, Lealdade, Bondade,
Altruísmo...
A Cultura e os Valores

• Assim, podemos afirmar que os valores


humanos são valores morais que afetam a
conduta das pessoas. Esses valores morais
podem também ser considerados valores
sociais e éticos, e constituem um conjunto de
regras estabelecidas para uma convivência
saudável dentro de uma sociedade.
A Cultura e os Valores

• Alguns autores afirmam que nos dias de hoje


a maior crise que o ser humano pode
enfrentar (e que estamos enfrentando) é uma
crise de valores, pois essa crise vai afetar a
humanidade, que passa a viver de forma mais
egoísta, cruel e violenta. Assim, é necessário
enfatizar a importância de bons exemplos na
sociedade, pois a transmissão de importantes
valores humanos consiste na base de um
futuro mais pacífico e sustentável.
O que é a Moral
• Moral é o conjunto de regras adquiridas
através da cultura, da educação, da tradição e
do quotidiano, e que orientam o
comportamento humano dentro de uma
sociedade. O termo tem origem no Latim
“morales” cujo significado é “relativo aos
costumes”.
O que é a Moral?
• As regras definidas pela moral regulam o
modo de agir das pessoas. Está associada aos
valores e convenções estabelecidos
coletivamente por cada cultura ou por cada
sociedade a partir da consciência do que
distingue o bem do mal, ou a violência dos
atos de paz e harmonia.
O que é a Moral?
• Os princípios morais como a honestidade, a
bondade, o respeito, a virtude, etc., determinam
o sentido moral de cada indivíduo. São valores
universais que regem a conduta humana e as
relações saudáveis e harmoniosas.

• A moral orienta o comportamento do homem


diante das normas instituídas pela sociedade ou
por determinado grupo social.
Cultura / Meio / Interpretação
educação pessoal de
tudo…

Juíz interno da
norma/regra
externa
O que se entende por Ética?
• A palavra ética é derivada do grego “ethos”, e
significa aquilo que pertence ao caráter. Ética
é diferente de moral, pois moral é a ação que
se fundamenta na obediência a normas,
costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos e a ética, busca
fundamentar o modo de viver.
O que se entende por Ética?
• Num sentido mais prático podemos compreender
um pouco melhor este conceito examinando
certas condutas do nosso dia a dia, quando nos
referimos por exemplo, ao comportamento de
alguns profissionais tais como um médico,
jornalista, advogado, empresário, um político e
até mesmo um professor. Para estes casos, é
bastante comum ouvir expressões como: ética
médica, ética jornalística, ética empresarial e
ética pública.
O que se entende por Ética?
• Num sentido mais prático podemos compreender
um pouco melhor este conceito examinando
certas condutas do nosso dia a dia, quando nos
referimos por exemplo, ao comportamento de
alguns profissionais tais como um médico,
jornalista, advogado, empresário, um político e
até mesmo um professor. Para estes casos, é
bastante comum ouvir expressões como: ética
médica, ética jornalística, ética empresarial e
ética pública.
Só por Curiosidade –
“Ética a Nicómaco”
• O livro intitulado "Ética a Nicômaco“, o primeiro
tratado sobre o agir humano da história, é da autoria
de Aristóteles e foi dedicado ao seu pai, cujo nome
era Nicômaco. Esta é a principal obra de Aristóteles
sobre Ética e é constituída por dez livros, onde
Aristóteles é como um pai que está preocupado com
a educação e felicidade do seu filho, mas também
tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem
sobre as suas ações, colocando assim a razão acima
das paixões, procurando a felicidade individual e
coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e
as suas atitudes devem ter em vista o bem comum.
Só por Curiosidade –
“Ética a Nicómaco”

• Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um


fim ou um bem e a ética tem como propósito
estabelecer a finalidade suprema que está acima e
justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-
la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se
trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma
vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra
entre os extremos e só é alcançada por alguém que
demonstre prudência.
Distinção orientadora entre ética e moral

• Moral – do latim mores, relativo aos


costumes. Moral é o conjunto de
condutas e normas que costumamos
aceitar como válidas.

• Ética – do grego ethos, que significa


caráter. É a reflexão sobre o porquê de
considerarmos as normas e condutas
morais válidas.
Moral…
Ética…

• …a Moral pode ser entendida como


costume ou uso.

• … A Ética como o que faz parte do caráter


de cada um.
A dimensão da ética

“A dimensão ética começa quando entra em


cena o outro. Todas as leis, morais ou jurídicas
que sejam, regulam sempre relações
interpessoais, incluindo aquelas com um Outro
que as impõe. É o outro, o seu olhar, que nos
define e nos forma. Nós não conseguimos
compreender quem somos sem o olhar e a
resposta do outro”

Umberto Eco
Ética e Moral
“Moral” é o conjunto das condutas e normas
que tu, eu e alguns dos que nos rodeiam
costumamos aceitar como válidas;
“Ética” é a reflexão sobre o porquê de as
considerarmos válidas, bem como a
comparação com as outras “morais”,
assumidas por pessoas diferentes.
(Savater, Fernando. Ética para um jovem. Editorial Presença)
Ética e Moral

• a finalidade da ética e da moral é muito


semelhante. São ambas responsáveis por
construir as bases que vão guiar a conduta do
homem, determinando o seu caráter, altruísmo e
virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e
de se comportar em sociedade.
Deontologia
• teoria do dever no que respeita ao exercício
da atividade profissional;
• conjunto de deveres que impõe a certos
profissionais o cumprimento da sua função,
como por exemplo a deontologia dos médicos
ou a dos jornalistas.
http://www.priberam.pt/dlpo
Pagamos ou damos a volta à questão?
Matamos/deixamos matar?
Cumprimos?
Protegemos ou dá muito trabalho?

Joana Baião 83
Assistimos sem fazer nada?

Joana Baião 84
Tiramos o que não é nosso?
A partir do momento em que
decido agir moralmente
reconheço que a minha ação não
satisfará sempre os meus
interesses
De que modo
cada um de nós
deve limitar a satisfação
do seu interesse pessoal
para benefício dos outros?
Dilema do Prisioneiro:
Dilema do Prisioneiro

Nós Ele
Se ele confessar e
nós não: 10 0

Se nós
confessarmos e ele 0 10
não:

Se confessarmos
ambos: 8 8

Se nenhum
confessar: 0 0
Dilema do Prisioneiro
Não há solução para o Dilema do Prisioneiro.

Interesse Próprio: se os dois confessarem – 8 anos

Pensar nos dois: saem em liberdade porque não há provas e


nenhum confessou.

O dilema prova que quando cada um de nós, individualmente,


escolhe aquilo que é do seu interesse próprio.

E neste caso, como em outros, pode ficar pior do que ficaria se


tivesse sido feito uma escolha que fosse do interesse coletivo.
Ética Profissional:

Conjunto de normas morais pelas


quais o indivíduo deve orientar o seu
comportamento na profissão que exerce.

– Quem define estas normas?


• Cada instituição tem o seu código deontológico
(deveres do funcionário para com a instituição). Ter uma
profissão implica aceitar servir a comunidade assumindo
um papel que é necessariamente diferente daquele que
temos individualmente.

• Cada pessoa tem a sua consciência, o seu carácter, a


sua própria concepção do mundo.

Necessariamente um dilema ético?


Exercício

Dilema Ético
Parte 1 - Exigências em relação aos colegas de
trabalho

a) Respeito pela dignidade da pessoa humana

b) Valorização pessoal e profissional dos colegas

c) Consideração por sugestões, problemas e necessidades dos outros

d) Exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho


Antes de mais… “brainstorming”
Uma chuva de ideias sobre relação entre colegas de
trabalho
a) Respeito pela dignidade da pessoa humana

O conceito de dignidade na História:

• Legado Romano: 1. origem latina, dignitas, 2.o próprio sentido é uma herança
romana.

Em que aspecto?
a) Em Roma, o conceito de dignitas → sócio-político (pertença à nobreza, o estilo
de vida de elevado padrão)

b) Conotação ética: a dignidade-cargo foi-se associando à dignidade ou valor


interior, à qual corresponde mais a ideia moderna de dignidade.

Este conceito de dignidade ética é um dos factores distintivos entre o ser


humano e os animais.
Reflexão filosófica → Immanuel Kant

“No reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade.


Quando uma coisa tem um preço, pode-se pôr em vez dela
qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa
está acima de todo o preço, e portanto não permite
equivalente, então ela tem dignidade”
In Fundamentação da Metafísica dos Costumes,
p. 77, Edições 70, Lisboa, 1997
Citando Kant:

“Age de tal maneira que uses a humanidade,


tanto na tua pessoa como na pessoa de
qualquer outro, sempre e simultaneamente
como fim e nunca simplesmente como meio”
idem, p. 69
Ideias a reter:
• As pessoas são a essência da Ética

• Ética Aplicada = nível profissional

• Lema Matinal: “se eu não gostar de mim quem gostará?”

• Qualidade/Dignidade/Hierarquia saudável (liderança que motiva, que


incentiva)

• Por detrás de cada funcionário… uma pessoa.

• Direito à diferença/à opinião/ao erro/a uma nova oportunidade


b) Valorização pessoal e profissional dos colegas

1. Conceito de Grupo

… Um grupo é um conjunto de pessoas com objectivos e


características comuns que desenvolvem várias interacções de
acordo com normas próprias de funcionamento e que tendem a
estabelecer relações de influência recíproca e a orientar-se para
uma relativa coesão (unidade) que faz com que sintam que
pertencem ao grupo, mesmo quando não estão reunidos.
Portanto qualquer grupo deve obter…

- Consciência da solidariedade do grupo = quando um age mal há


sempre prejuízo para alguém, em último caso para a instituição
para que trabalha.

- Consciência da alteridade (o outro) = “Não faças ao outro o que


não queres que te façam”

- Erro profissional do colega = responsabilidade nossa

- Pensar nas consequências para a instituição = má imagem


externa se existe falta de coesão interna

Filme: “Falha no trabalho de equipa”


c) Consideração por sugestões, problemas e
necessidades dos outros
• Saber ouvir
– Colegas com diferentes perspectivas, formações, vivências, idades, crenças, …

• Compreender
– Tentar sempre pensar “o lugar do outro”= pensar a pessoa + o funcionário

• Cooperar/Aceitar

– É admitir que enquanto equipa temos uma tarefa comum e que enquanto pessoas
temos uma mesma escala de mundo (família, problemas, dias maus, feitios) mas
que a tolerância/equilíbrio deve ser o principal objetivo
d) Exercício da liberdade com responsabilidade no
trabalho
“A liberdade”

1. independência do ser humano; espontaneidade; autonomia = criatividade;


espaço para agir

2. Em sentido negativo: ausência de constrangimento;

3. A liberdade não é entregarmo-nos às paixões, tal como Platão afirmou:

“Não temos consciência de ser livres quando sucumbimos às paixões”


A liberdade hoje:
As nossas acções não são nunca resultado de escolhas pessoais,
mas de uma escolha capaz de se justificar aos olhos dos
outros.

Sartre, Jaspers:

A liberdade prova-se realizando-se, quando o homem realiza a


sua personalidade através dos acontecimentos do mundo, em
lugar de os sofrer do exterior, como um destino cego.
d) Exercício da liberdade com responsabilidade
no trabalho (cont.)
“A responsabilidade”

1. responder pelas próprias acções; ter plena


consciência dos seus actos e aceitar as suas
consequências

2. Também é responsável aquele que não quis nem


realizou um acto mas permitiu que este
acontecesse;
… no trabalho!
Ou seja, somos livres de agir no cumprimento das nossas funções.

Podemos escolher fazê-lo:


– bem,
– de forma original,
– inovando,
– tornando o ambiente à nossa volta melhor

Com a consciência de que:

– Quando formos punidos outros também serão


– Representamos mais do que a nossa pessoa nesses actos;
– A liberdade é sempre sinónimo de responsabilidade
Filme - “O problema não é meu”
Bibliografia:
• MONTEIRO, Agostinho dos Reis, Educação e Deontologia, Escolar Editora, Lisboa

• PEREZ, Gómez Rafael, Etica empresarial – Teoría y casos, Edicionones Rialp, S.A., Madrid

• SANTOS, José Manuel, Ética e Deontologia, Associação de Professores de Sintra

• SROUR, Robert Henry, Poder, Cultura e Ética nas Organizações, Editora Campus, Rio de
Janeiro

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