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Quando projeta-se uma estrutura, busca-se
resolver o trinómio fundamental de qualquer
edificação que está ligado a segurança,
funcionalidade e durabilidade, onde têm-se igual
importância. Todos são de suma importância para a
qualidade final da obra. A negligência, que seja parcial
de algum deles, com certeza influenciará no resultado
final.
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Não são só em grandes acidentes que se pode
tirar lições, as pequenas imperfeições, os pequenos
equívocos, desatenções, podem estar na origem de
graves anomalias e grandes prejuízos. Usando a
referência de edificações urbanas da cidade do Rio
de Janeiro, abordaremos as anomalias constatadas, e
as suas diversas causas, sendo que podem ser
originarias do projeto, execução ou da utilização da
estrutura na sua vida útil.
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Para efeito de análise, podemos reunir as
origens das disfunções estruturais em dois grupos: as
geradas por decisões de projetos e as executivas. A
análise cobre casos mais comumente encontrados no
dia-a-dia, de um profissional ligado ao canteiro de
obras.
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A busca pela agilidade na construção,
encurtando prazos e economizando materiais; trouxe
consigo como consequência o aumento dos vãos de
lajes dos edíficios, muitas vezes representando um
pequeno apartamento de 40 à 50 m².
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A conjugação desta pratica torna a
deformabilidade das estruturas um aspecto
preponderante quando se trata de concreto armado. É
necessário, que a flecha gerada em pavimentos
inferiores esteja dentro do limites, mas é comum que
essa flecha aumente o seu valor de forma
considerável extrapolando os limites aceitáveis,
tornando-se assim incompatíveis a estrutura.
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Os fatores climáticos também estão associados
a desordens nas edificações. A inadequada solução
adotada, tanto estrutural como arquitetônica,
compromete a longevidade e a resistência de
inúmeras obras. E muitas vezes soluções de
manutenção acabam agravando o problema e
reduzindo ainda mais a vida útil.
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A NBR 6118, determina que todas as estruturas
de concreto armado devem ser avaliadas em dois
níveis, o primeiro quanto a sua resposta de trabalho
(estado limite de serviço) e segundo quanto a sua
margem de segurança quanto ao colapso, parcial ou
global (estado limite ultimo).
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As edificações mais antigas tinham seus
cálculos baseados em tensões, e apresentavam
elevada robustez e como consequência baixo índice
de esbeltez, acarretava que suas deformações eram
pequenas e raras de serem notadas.
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Após essa época, com o uso de dimensões de
elementos estruturais menores e com
contraventamentos mais leves, ocasionaram
edificações mais esbeltas e consequentemente a
estados de deformações até então nunca vistos.
Junto com o arrojo de alguns projetistas surgiram
estados críticos de solicitação da estrutura.
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Atualmente os pavimentos inferiores atuam com
pouca alvenaria, isso faz com que ocorra flecha,
devido a fluência do concreto que podem se
desenvolvem livremente. Processo critico este que se
desenvolve na primeira laje de apartamentos devido
ser carregamento elevado pelo peso
próprio+revestimento+alvenaria+mobiliário e assim
subsequente acima dele.
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Sendo um caso frequente de patologias em
edificações, por suportar pavimentos extremamente
deformáveis acabam por provocar serias trincas nas
paredes sobrejacentes, causando graves danos ao
patrimônio e gerando elevados custos de e complexos
métodos de reparação.
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Facilmente se encontrar pavimentos esbeltos e de
uso comum, onde existe alta concentração de
pessoas e que causam vibrações onde se torna
incomodas e ate amedrontadoras, pavimentos onde
se encontra maquinas o prejuízo é menor por ser
considerados em pré-dimensionamentos.
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Um dos fatos comuns em patologias é as varandas
geralmente por serem de grandes dimensões, e
raramente suas flechas ao longo do tempo são
verificadas.
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Problema frequente é o trincamento das lajes de cobertura
e das paredes subjacentes. Tal fato está, em geral,
associado as variações térmicas provocadas pela insolação.
A laje de cobertura, sem isolamento térmico que evita
dilatações e contrações importantes, trabalha ao sabor das
significativas variações de temperatura que ocorrem em
um só dia. Destacando que as variações podem chegar a
30º C do dia para a noite no Rio de Janeiro –RJ.
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Os deslocamentos gerados nas lajes são, quase sempre
incompatíveis com a capacidade de absorção dos
elementos semi-rígidos (alvenaria, esquadria, tubulação,
etc) que a elas se ligam. A estrutura e, sobretudo, seus
revestimentos apresentam, então, elevado nível de
fissuração, acarretando com consequência, danos a todo
patrimônio.
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• Em edificações expostas a condições agressivas de
intempéries, as medidas corriqueiras de proteção
não são mais suficientes;
• Fachadas e empenas voltadas para direção do
vento e chuvas dominantes;
• Pressão do vento;
• Medidas especiais em fachadas;
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• Cuidados com diferença atmosférica entre regiões;
• Diferença entre prédio em concreto aparente em
Copacabana com bairro da Tijuca;
• Precauções na utilização de concreto aparente;
• Adequação da solução estrutural;
• Vida útil em relação ao meio ambiente;
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Os problemas identificados nos itens anteriores
podem ser extremamente agravados com a adoção
na obra de procedimentos executivos inadequados.
• Correta escolha dos tipos de execução;
• Cuidado na execução dos procedimentos;
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• Retirada do escoramento associada a obtenção da
resistência mínima para o concreto;
• Na retirada do escoramento deve ser considerado
também o valor do módulo de elasticidade do
concreto;
• Deformabilidade da estrutura;
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• Flechas podem aumentar se retirada escoras com
módulo de elasticidade muito baixo;
• As flechas podem quintuplicar os valores no momento da
desforma;
• Relação entre resistência a compressão e módulo de
elasticidade;
• Verificando o módulo de elasticidade sabemos se a
flecha é compatível com o funcionamento da estrutura.
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• Falta de fiscalização e acompanhamento = DOR DE CABEÇA
NA CERTA
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Falhas comuns:
• Juntas de concretagem;
• Cobrimento desrespeitado por má colocação das gaiolas de
armadura;
• Ajustes de detalhes mal elaborados, feitos no canteiro de
obras
• Montagem deficiente das formas, deixando desníveis ou
vazios entre as pranchas de madeira
• Utilização de materiais medíocres, inadequados ou mal
aplicados no revestimento de fachadas
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Falhas comuns:
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É preciso ter um cuidado enorme com a
composição do concreto, caso seja produzido no
canteiro de obras, para que não seja utilizados
produtos inadequados, com alto teor de cloretos
e sulfatos. O mesmo vale para as argamassas de
revestimento. Ex: Edifício no Rio de Janeiro
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A grande maioria dos proprietários não possuia os projetos relatívos a seus
imóveis. Infelizmente Isto vale tanto para os proprietários particulares como para
os públicos (Municípios, Estados e União). Com menor frequência ainda;
possuem os projetos ajustados conforme foram efetivamente
executados - o vulgarmente chamado projeto as built" da obra. Esses dados
deveriam estar obrigatoriamente com os proprietários pois são
Informações Imprescindíveis para a manutenção e operação do
imóvel. Quando mais antigo o imóvel, menores as chances de se obter a
documentação relativa.
Frequentemente ao longo do tempo os proprietários desejam efetuar alterações
no uso das estruturas. Isto implica em remanejamentos e, não raro, em
aumento de cargas permanentes.
• Para eliminar grande parte dos incidentes que ocorrem nas obras
deve haver uma ação conjunta entre proprietários e fornecedores;