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TOXICOLOGIA FORENSE

Medicina Legal DP 010


Prof Kátia Lopes
HISTÓRIA
• Há milhares de anos o homem usa
drogas psicotrópicas.
• Álcool: mais antiga - conhecido pelo
menos há seis mil anos a.C.
• Os assírios, gregos e egípcios nos
deixaram textos que testemunham o
uso do ópio. Homero relata, na
Odisseia, que a formosa Helena de
Troia deu a Telêmaco uma bebida
denominada nephenthes para
esquecer a dor e a desgraça.
FATOS HISTÓRICOS

Julgamento de socrates - cicuta


FATOS HISTÓRICOS

Câmaras de gás
FATOS HISTÓRICOS

• Victor Yushchenko – Ex- Presidente da Ucrania


• Envenenamento: TCDD - dioxina do agente laranja
FATOS HISTÓRICOS
Marilyn Monroe, 36 - encontrada morta em sua casa
em Los Angeles, em 1962. A causa: overdose de Michael Jackson, 50 - faleceu em 2009
barbitúricos. devido a uma overdose de propofol
FATOS HISTÓRICOS Sigmund Freud, 83 - sofria de um severo câncer no palato.
Elvis Presley, 42 - causa oficial da morte de Elvis Depois de inúmeras e dolorosas cirurgias, pediu ao seu
médico que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina
foi arritmia cardíaca, mas o exame toxicológico para acabar com o sofrimento, em 1939
comprovou a existência de 14 outras substâncias
prescritas em seu corpo, incluindo morfina,
barbitúricos, codeína e diazepam.
TÓXICO
• A definição do conceito de tóxico é muito difícil, uma
vez que qualquer substância, mesmo aquelas que
fazem parte essencial dos organismos vivos, pode ser
lesiva ou produzir transtornos no equilíbrio biológico.
Nesta medida, todas as substâncias seriam tóxicas,
incluindo aquelas que à partida, são habitualmente
assumidas como alimentos ou medicamentos.
TOXICOLOGIA FORENSE
• Principal objetivo: detecção e quantificação de substâncias
tóxicas.
• Aplica-se a situações com questões judiciais subjacentes
para as quais importa reconhecer, identificar e quantificar o
risco relativo da exposição humana a agentes tóxicos.
• O campo é vasto, estendendo-se desde as perícias no vivo
e no cadáver até circunstâncias de saúde pública, tais
como aspectos da investigação a nível da atividade laboral
ou do meio ambiente.
INTOXICAÇÕES
• Criminais,
• Legais (pena de morte),
• Acidentais (alimentares,
mordedura de animais,
absorção acidental,
medicamentosas)
• Voluntárias (lesões auto
infligidas,
toxicodependência,
terapêutica).
SINTOMAS
• As diferentes intoxicações humanas apresentam geralmente um quadro
sintomatológico comum, que por isso associa um conjunto de sintomas tóxicos
inespecíficos.
• Os sintomas mais frequentes e de pior prognóstico para a recuperação do intoxicado são:
- comas,
- síndromes hepatotóxicos,
- nefrotóxicos,
- cardiovasculares,
- respiratórios e
- hematológicos,
- neuropatias periféricas de origem tóxica
- síndromes dermatológicos.
TOXICOFILIA
• Toxicomania ou toxicofilia “como um estado de intoxicação periódica ou
crônica, nociva ao indivíduo ou à sociedade, produzida pelo repetido
consumo de uma droga natural ou sintética”. (OMS)
• “Tóxico” ou “droga” grupo muito grande de substâncias naturais,
sintéticas ou semissintéticas que podem causar tolerância, dependência e
crise de abstinência.
• Tolerância: necessidade de doses cada vez mais elevadas.
• Dependência: interação que existe entre o metabolismo orgânico do viciado
e o consumo de uma determinada droga.
• Crise de abstinência: síndrome caracterizada por tremores, inquietação,
náuseas, vômitos, irritabilidade, anorexia e distúrbios do sono
ÁLCOOL
• A intoxicação pode resultar da ingestão de bebidas alcoólicas em quantidade variável,
de forma esporádica ou habitual, podendo dar origem a intoxicações agudas no primeiro
caso ou crónicas no segundo.

• Agudas
- embriaguez: influência na condução rodoviária, pelo seu importante efeito criminogéneo
• Crónicas
- Originando gastrites, dispepsia, miocardites ou cirroses, e em termos psiquiátricos levando
a quadros patológicos como delirium tremens, alucinações ou demências.
ÁLCOOL
• Perturbação dos aspectos cognitivos
• Perturbação do processamento da informação
• Deterioração da analise das aferências sensoriais
• Deterioração da organização das respostas motoras
ÁLCOOL
• Aumento do tempo de reação, • menor poder de diversificar atenção,
• menor rapidez de decisão, • descoordenação dos movimentos
ÁLCOOL

Aumento do comportamento de risco

Ofensas corporais
Homicídios Sinistralidade Sinistralidade nas
Agressões sexuais laboral estradas
ÁLCOOL
ÁLCOOL
A PRESENCA E
QUANTIFICACAO DE
ALCOOL PODE SER
EFECTUADA POR MEIO DE
TESTE DE AR EXPIRADO:
• Analisador qualitativo:
para indiciar a presenca
• Analisador quantitativo
para quantificar a T.A.S.
ÁLCOOL
AR EXPIRADO
2100 cc de ar alveolar contem aproximadamente a mesma
quantidade de etanol que 1cc de sangue, quando o ar e medido
a 34ºC (relacao e pouco susceptivel de variacoes individuais)

A conversao dos valores do teor de alcool no ar expirado em teor de


alcool no sangue e baseada no principio de 1mg de alcool por litro
de ar expirado e equivalente a 2,1g de alcool por litro de sangue
DROGAS DE ABUSO
• 1. Depressores do SNC • Ópio
• Morfina
• Heroina

• 2. Estimulantes do SNC • Anfetaminas


• Cocaína

• 3. Drogas Alucinogénicas • CANABINÓIDES


• LSD
DROGAS DE ABUSO
• Dependência Psiquica: Estado mental caracterizado por
comportamentos compulsivos e obsessivos para o
consumo de uma droga para obter prazer ou aliviar uma
tensão
• Dependencia Fisica: Exigencia do organismo de consumir
uma droga sob pena do aparecimento de um sindrome de
abstinencia
• Tolerancia: Propriedade do organismo a qual ele se adapta
a algumas drogas, fazendo com que, com a repeticao do
consumo, sejam necessarias doses progressivamente
crescentes para obter o mesmo efeito
DROGAS DE ABUSO
Estudos post-mortem

• Mortes relacionadas com • Mortes induzidas ou


drogas provocadas diretamente pelas
drogas – overdoses
- a morte não é atribuída à droga
mas esta é um fator coadjuvante - resultam da ação direta da droga
do processo que conduziu à isolada ou associada com outras
morte substâncias
INTERRESE PARA PERÍCIA
Local da morte
Isolamento, seringa perto ou ainda no braço,
objetos relacionados (colher, isqueiro,...)

Características do Antecedentes do
indivíduo indivíduo
Sexo masculino, 3ª e 4ª Período de abstinência prévio,
décadas da vida, perfil Informação consumo concomitante de álcool
sócioeconómico. Circunstancial Dist psiquiátricos

Sintomas/ sinais de intoxicação


Numa intoxicação mortal por medicamentos,
raramente existem ainda vestígios na boca da
vítima…
OPIÁCEOS

Morfina
• Alcaloide derivado do ópio
• Morfinomania ou morfinofilia
• Profissões que facilitam a aquisição da substância,
como médicos, farmacêuticos e enfermeiras.
• Doses maiores  até 6 g por dia.
• Início - “lua-de-mel da morfina” - eufórico, disposto,
extrovertido, loquaz e alegre.
• Posteriormente: emagrece, torna-se pálido, de costas
arqueadas e cor de cera. Envelhece precocemente, a
pele se enruga e o cabelo cai. Surgem a insônia, os
suores, os tremores, a angústia, o desespero, a
inapetência, a impotência sexual e os vômitos.
• “período de estado”, passa à fase de caquexia, vindo
a falecer quase sempre de tuberculose ou de
problemas cardíacos. Depressão respiratória.
OPIÁCEOS

Heroína
• É um produto sintético (éter diacético da
morfina – diacetilmorfina
• Pó branco e cristalino. Após a diluição, ele é
injetado. Ou ser misturado ao fumo do
cigarro..
• 5x mais potente que a morfina.
• Em poucas semanas, o drogado torna-se um
dependente
• Intoxicado é semelhante morfina – com maior
e mais rapida decadência
• Provoca náuseas, vômitos, delírios,
convulsões, bloqueios do sistema respiratório,
e a morte sobrevém muito rápida.
• Proíbida até para emprego médico em muitos
países.
OPIÁCEOS

Ópio
• Extraído das cápsulas de papoula Papaver
somniferum.
• Como tóxico é consumido sob a forma de
cigarros.
• Processo de obtenção e industrialização muito
difícil e pouco usado
• Fase de excitação geral, principalmente
sobre o aparelho circulatório, daí sua
hiperatividade funcional com estímulos, entre
outros, das funções psíquicas.
• Posteriormente: fase de depressão, de
indiferença e de abatimento -impede de
qualquer movimentação ou esforço.
• A inteligência torna-se obscura, a memória,
prejudicada, o estado físico é de prostração e
a angústia começa a se intensificar.
• Hiperatividade ilusória - vítima gasta
intensamente suas reservas
OPIÁCEOS
ESTIMULANTES DO SNC
ESTIMULADORES DO SNC - FORMULAÇÕES
Apresentações lícitas de anfetaminas
no Brasil: anfepramonas e fempromex
(anorexígenos)

A Yaba. Metanfetamina
usada principalmente
nos países asiáticos
ESTIMULADORES DO SNC - FORMULAÇÕES

Metilfenidato
Ritalina

Metanfetaminas. “Ice” ou “crystal” e pedra


ambas via inalatória

Extasy
COCAÍNA
• É um alcaloide de ação estimulante,
extraído das folhas da coca - arbusto
sulamericano.
• Apresenta-se na forma de pó branco para
ser aspirado como rapé, por fricção da
mucosa gengival ou diluído e aplicado como
injeção.
• Decadência física lamentável e um humor
imoderado e injustificável.
• Olhos do drogado fundos, brilhantes, de
pupilas dilatadas.
• Mesmo depois da cura pela desintoxicação, o
viciado não se recupera das lesões mais
graves do sistema nervoso - estados
depressivos e de angústia, alucinações
visuais e tácteis, delírios de perseguição e
complexo de culpa. Envelhece precocemente,
e a morte é quase sempre por perturbações
cardíacas.
COCAÍNA
COCAÍNA
• Na intoxicação aguda:
a) psíquicos: excitação motora, agitação, ansiedade, confusão
mental e loquacidade;
b) neurológicos: afasia, paralisias, tremores e, às vezes,
convulsão;
c) circulatórios: taquicardia, aumento da pressão arterial e dor
precordial;
d) respiratórios: polipneia e até síncope respiratória;
e) secundários: náuseas, vômitos e oligúria.
COCAÍNA
COCAÍNA
CANABINÓIDES/ALUCINÓGENOS
Maconha
• Também denominada marijuana, diamba, liamba, fumo-de-angola, erva
maldita, erva-do-diabo, canábis, birra, haxixe e maria-joana, é conhecida na
China e na Índia há 9 mil anos.
• Extraída de das folhas da Cannabis sativa, planta dioica, erecta, de cheiro
acre e inflorescência verde-escura.
• Consumo é através de xaropes, pastilhas, infusões, bolos de folhas para
mascar e, mais acentuadamente, em forma de cigarros (baseados, dólar,
fininho) ou em cachimbos especiais chamados “maricas”.
• Princípio ativo: tetra-hidrocanabinol (THC), tudo faz crer, limita-se aos
centros nervosos superiores. Seu efeito varia de 2 a 8 h.
MACONHA
• Não trazer dependência, tolerância, nem crises de abstinência.
• Outros já a aprovam para uso médico em casos de glaucoma e como
analgésico e calmante nos casos de câncer terminal. Mas é excitante de
graves perturbações psíquicas e leva o viciado a associar outro tipo de
droga.
• Prostração/ agitação e agressividade.
• Traz, como regra, a lassidão, o olhar perdido a distância, um comportamento
excêntrico, uma memória afetada e uma falta de orientação no tempo e no
espaço. Perdem a ambição, valorizam apenas o presente. Têm uma ilusão
de prolongamento de vida e uma sensação de flutuar entre nuvens.
LSD
• Um produto semissintético, extraído da ergotina do centeio (dietilamina do
ácido lisérgico).
• Consome-se em tabletes de açúcar ou em um fragmento de cartolina
manchado sutilmente da droga, dissolvido na água e ingerido.
• É a droga de maior poder alucinógeno conhecido.
• O viciado tem o aspecto de uma pessoa com náuseas. Mostra uma intensa
depressão, tristeza e fadiga.
• Perturbação da percepção do mundo exterior, delírios e alucinações. Crises
constantes de convulsões, chegando até ao estado comatoso.
• Surgem pesadelos terríveis, dos quais a vítima pode ficar prisioneira para
sempre. É o suicídio do drogado.
LSD
• Quatro grupos de reações.
1. consciência do drogado de que suas forças e suas possibilidades aumentam
sem limites. Reação megalomaníaca
2. estado de depressão profunda, angústia e solidão. Sente-se como um ser
indigno, pecador, incapaz, tendendo na maioria das vezes, ao suicídio –
oposto da 1
3. perturbações paranoicas. Sentem-se perseguidos
FARMACOS

Psicotrópicos Antipireticos e Analgesicos


• Barbituricos • AAS e derivados
• Antipsicoticos (ex:haloperidol) • Paracetamol
• Ansioliticos/sedativos
(ex:benzodiazepinas)
• Antidepressivos (IMAO, Antiepilepticos/
triciciclos)
Antihistaminicos/ Digitalicos
BARBITÚRICOS
• Barbiturismo: uso abusivo e vicioso dos barbitúricos. Drogas
muito usadas pelos viciados, na falta de outro tóxico.
• Embriaguez barbitúrica: tremores, perturbação da marcha,
disartria, sonolência, estado confusional, apatia e bradipsiquia.
• Em dosagem excessiva leva a uma grave depressão do
sistema nervoso central, podendo o paciente ir ao coma ou à
morte.
• A retirada repentina dessa substância traz desordens
psíquicas e convulsões.
CONDUÇÃO DE MAQUINAS E MEDICAMENTOS
• Alteracoes da visão
• Alteracoes do comportamento
• Perda de consciencia
• Alteração na capacidade de
atencao e vigilancia
• Alteração no tempo de reaçao
• Alteração na capacidades
perceptivas
• Alteração na capacidades
cognitivas
• Alteração no desempenho motor
. NOTIFICAÇÃO DE RECEITAS
• Prescrição medicamentos ou uma fórmula, em seu receituário comum,
porém ela deverá vir acompanhada da:
- Notificação de Receita “A” (oficial) para substâncias entorpecentes e
medicamentos que as contenham.
- Notificação de Receita “B” (de cor azul) para substâncias e medicamentos
psicotrópicos
- Notificação de Receita Especial de “Retinoides” (de cor branca) utilizada
para medicamentos retinoicos (também deverá acompanhar o Termo de
Conhecimento de Risco e o Termo de Consentimento Pós-informação)
• Os dois termos têm a seguinte destinação:
1a via – prontuário médico;
2a via – farmácia ou drogaria;
3a via – paciente
INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO
CO + Hb COHb Ligação ao O2
(ligação forte)

Transporte de O2 aos orgãos e tecidos

A afinidade da Hb para o CO e cerca de 210 a 300 vezes superior a


sua afinidade para o O2
AUTOPSIA
• Coloração Sanguínea:
Vermelho Carminado.
Esta coloração e
também bem observada
externamente a nível da
pele e lábios.
CADEIA DE CUSTÓDIA EM TOXICOLOGIA FORENSE
CADEIA DE CUSTÓDIA EM TOXICOLOGIA FORENSE
• Contentores adequados a cada tipo de amostra
• Coleta adequada a cada tipo de análise
• Fechados e selados
• Mantidos ao abrigo da luz e a baixas temperaturas
• Requisições devidamente preenchidas
• Etiquetas com identificacao inequívoca, conteúdo,
procedência, data/hora da colheita

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