EM SALA DE AULA NA MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Componentes: Eliane Silva de Magalhães Geraldo Francisca Magalhães do Nascimento Leide tairine 1 INTRODUÇÃO Esta pesquisa justifica-se pelo fato que atualmente os instrumentos tecnológicos, na área educacional, constituem-se em instrumentos didáticos que qualificam a ação do professor no processo ensino aprendizagem. O tema foi escolhido com o intuito de contribuir na discussão da temática no espaço educacional e cientifico; além de corroborar na potencialização do saber dos docentes em seu método de ensino, pois os recursos tecnológicos oportunizam a interação dentro do processo de ensino/aprendizagem. Nesta perspectiva, este artigo foi elaborado utilizando a pesquisa qualitativa, está baseia em uma variedade de técnicas usadas na sua construção. Quanto aos meios, a pesquisa foi bibliográfica, porque se utilizou, na pesquisa, material de vários autores, citados nas referências. Assim, objetivamos, neste artigo, objetiva-se abordar os benefícios da inclusão dos recursos tecnológicos como mais um recurso metodológico na busca de melhores alternativas para superar as dificuldades apresentadas no rendimento escolar e a possibilidade de utilizar as tecnologias como recurso pedagógico. Em relação aos impactos na vida humana, a pesquisa científica suscita questões éticas como: a solução encontrada respeita o ser humano em seus aspectos físico, moral e psicológico? Em sua autonomia? Em seus direitos? Em sua liberdade? Já em relação aos meios de obtenção do conhecimento, as questões éticas relacionam-se à conduta e atitude do cientista: os dados usados são confiáveis? O pesquisador teve atitude ética de respeito às pessoas envolvidas? Foi fiel aos dados obtidos? Há referências às fontes de informação? 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA • A priori, torna - se oportuno aludir “ o entendimento sobre o conceito de tecnologia é estabelecer não apenas uma definição de instrumentos, ferramentas ou técnicas ,mas discutir o modo de ser que se impõe à sociedade através do resultado tecnológico” SCHLEY (p.173 2016). • Para entender o processo histórico, humano e transição do desenvolvimento tecnológico, torna-se necessário sintetizar o transcurso histórico entre educação e tecnologia. O ser humano em todo o seu caminho histórico sempre buscou melhorar sua situação social e cultural, isto desencadeou o desenvolvimento de técnicas que avançaram um estágio significativo na atualidade. Segundo Berger apud Preto (1996), • Considerando os avanços que as tecnologias oferecem para o engrandecimento da aprendizagem, pela via da dimensão social, cooperativa e interativa. Participamos do nascimento de uma nova cultura, ou melhor, da cibercultura, que permite uma (...) construção por nós humanos de um novo espaço de comunicação, apropriando-se das multimídias. (Levy, 1999, p.)
• Diante das Considerações de LEVY (1999), esses avanços
tecnológicos, desafia a escola e os educadores (as), a vislumbrar novas formas de ensinar e aprender frente a utilização dos recursos tecnológicos por meio de uma vertente crítica e reflexiva, visando desmistificar a informação e a produção do conhecimento. • SCHLEY (2016), mostra que a inserção dos recursos tecnológicos no ambiente da sala de aula pode desencadear novas formas de ensinar e aprender no mundo globalizado. Assim sendo, é fundamental um novo perfil de ensino que proporcione aprendizagens capazes de construir novos conhecimentos oriundos da utilização dos recursos tecnológicos. Nesse sentido, MERCADO (1999, p.1) diz: • (...) as instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas tecnologias, (...) mas a partir das tecnologias (...) elaborar, desenvolver e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos. Alguns autores defendem o uso das mídias no contexto educacional. Mas na maioria das vezes o que ocorre é uma educação que privilegia métodos tradicionais, ou a introdução dos recursos tecnológicos de forma inadequada, sem objetivos, fora do contexto da realidade do aluno, tornando-se apenas uma ferramenta para incrementar a aula. Com relação ao uso inadequado, vejamos o que é apontado por Vani Moreira Kenski: • A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui algum conhecimento sobre o uso crítico das novas tecnologias de informação e comunicação (não apenas computador e as redes, mas também os demais suportes midiáticos, como o rádio, a televisão, o vídeo etc.) em variadas e diferenciadas atividades de ensino. É preciso que o professor saiba utilizar adequadamente, no ensino, essas mídias, para poder melhor explorar suas especificidades e garantir o alcance dos objetivos do ensino oferecido (KENSKI, 2003p. 88-89). 3 MATERIAIS E MÉTODOS Na tentativa de refutar ou comprovar nossas hipóteses, percorreremos alguns caminhos metodológicos. A metodologia adotada é a pesquisa qualitativa baseada em bibliografias impressas e digitais que tratam do assunto e contribuem para uma mudança de postura frente a um tema recorrente e atualmente muito discutido e envolvente que está alterando culturas, crenças, procedimento no trabalho, o comércio e toda estrutura social. • As pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades comportamentos ou atitudes dos indivíduos. • 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Em suma, as novas tecnologias na área educacional, deve ser vislumbrada como ferramentas norteadoras para o processo de preparação profissional, como também, mediadora de novas formas de ensinar e aprender. Entretanto, não podemos nos eximir diante das mutações que ocorrem na sociedade da informação. Precisamos enfrentar os desafios, incorporando os recursos tecnológicos na prática educativa. • Desta forma os educandos observarão a grande importância que as novas tecnologias exercem no processo de construção e ampliação do seu conhecimento. A partir disso, é possível entender que a tecnologia educacional vai além de recursos físicos, uma vez que a preocupação maior se centra em oferecer ao professor instrumentos de reflexão e de ação dentro de um contexto de ensino e aprendizagem amplo, tendo o indivíduo que aprende como centro na ação de um professor que exerce o papel de mediador no processo de aprendizagem do educando. • É imprescindível a compreensão de que a utilização da tecnologia educacional, de forma coerente com esta concepção, só se dá com a previsão desta utilização em todas as instâncias de planejamento educacional. Dessa forma, é no planejamento do processo de ensino e de aprendizagem que serão explicitadas as estratégias e os recursos presentes na mediação. 5. CONCLUSÃO • Esta pesquisa obteve, como objetivo primordial, o de analisar os desafios dos docentes e, evidenciar as novas tecnologias como mais um recurso para o processo de ensino aprendizagem. Ressalta-se a importância de esclarecer sobre tecnologia, pois ainda se pensa que tecnologia é apenas o computador, poucos encaram outros meios, mas aqui o que importa não é ter uma nova tecnologia, mas, sim, saber utilizá-la com • . Sabemos que é preocupante a falta de disponibilidade de recurso tecnológico em algumas escolas, na maioria das vezes se tem o quadro que é o recurso mais tradicional, mas a sugestão é que cada vez mais as tecnologias sejam como fomentadoras do trabalho professor/aluno e não como um empecilho desse trabalho. • Ensinar exige segurança e competência profissional... Quanto mais penso sobre à prática educativa, reconhecendo a responsabilidade que ela exige de nós, mas me convenço do nosso dever de lutar para que ela seja realmente respeitada (FREIRE, 2001, p. 102) • REFERENCIAS • DEMO, P. Educar pela pesquisa. São Paulo. Cortez: autores associados, 1998. • FAGUNDES, L. Podemos vencer a exclusão digital, ln: Revista Nova Escola. São Paulo. 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• TERUYA, Tereza Kazuko. In: Trabalho e Educação na Era Midiáticas. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2006, p. 42,86,93. .