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Avaliação de Impactos

Ambientais como Ferramenta de


Gestão Ambiental
SILVA, 1994; FERNANDES, 1997:
“A contínua e crescente pressão exercida pelo
homem sobre os recursos naturais contrasta
com um mínimo de interferência que
anteriormente mantinha nos ecossistemas.
Deste modo, são relativamente comuns, hoje, a
contaminações das coleções d’água, a poluição
atmosférica e a substituição indiscriminada da
cobertura vegetal nativa, com a conseqüente
redução dos habitats silvestres, entre outras
formas de agressão ao meio ambiente”.
MILANO, 1990; LISKER, 1994:
“...notadamente a partir da década de 60,
surgiu a preocupação de promover a
mudança de comportamento do homem
em relação à natureza, a fim de
harmonizar interesses econômicos e
conservacionistas, com reflexos positivos
junto à qualidade de vida de todos”.
A Avaliação de Impactos Ambientais – AIA
aparece neste contexto como ferramenta importante
para condicionar o crescimento econômico aos
preceitos da conservação ambiental e da justiça
social.
Abordagens do Curso:
• Apresentar o Estudo de impacto Ambiental como instrumento de planejamento;

• Discorrer sobre as origens e evolução da Avaliação de Impacto Ambiental em


nível nacional e internacional;

• Explicar como é elaborado e descrever como se procede aos estudos


diagnósticos e prognósticos de um EIA/RIMA;

• Relacionar os métodos de Avaliação de Impactos Ambientais;

• Estabelecer diferenciação entre medidas mitigadoras e medidas compensatórias;

• Identificar o Monitoramento Ambiental enquanto instrumento de gerenciamento


efetivo de controle ambiental;

• Entender como a Avaliação de Impactos Ambientais em áreas urbanas e a


participação social se efetivam enquanto ferramentas de planejamento.
Abordagens do Curso:
• Apresentar o Estudo de impacto Ambiental como instrumento de planejamento;

• Discorrer sobre as origens e evolução da Avaliação de Impacto Ambiental em


nível nacional e internacional;

• Explicar como é elaborado e descrever como se procede aos estudos


diagnósticos e prognósticos de um EIA/RIMA;

• Relacionar os métodos de Avaliação de Impactos Ambientais;

• Estabelecer diferenciação entre medidas mitigadoras e medidas compensatórias;

• Identificar o Monitoramento Ambiental enquanto instrumento de gerenciamento


efetivo de controle ambiental;

• Entender como a Avaliação de Impactos Ambientais em áreas urbanas e a


participação social se efetivam enquanto ferramentas de planejamento.
DEFINIÇÕES:
Estudo de Impacto É um documento técnico onde se avaliam as conseqüências decorrentes de
Ambiental um determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de
forma imparcial e meramente técnica os impactos que um determinado
empreendimento ou atividade poderá causar no ambiente e o que deve ser
feito para controlá-los.
Avaliação de Impacto É a estruturação e definição de procedimentos técnico-operacionais que
Ambiental subsidiarão a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental.
Diagnóstico Percepção de situação atual do cenário estudado mediante a verificação de
indicadores ambientais como solo, água, ar, vegetação, fauna, etc.
Prognóstico Identificação de medidas de controle que subsidiarão o uso do espaço e das
tecnologias a serem utilizadas para evitar, minimizar ou compensar impactos
ambientais.
Métodos de AIA Procedimentos técnico/operacionais utilizados para identificação dos
impactos ambientais de Impacto Ambiental.
Mitigação Estratégias de resposta definida previamente para fazer com que os efeitos
de um impacto ambiental minimizem.
Compensação Medida de ações definida previamente para indenizar impactos ambientais
que não poderão ser mitigados
Monitoramento Ações de acompanhamento que subsidiarão a necessidade de alterar ou
manter o prognóstico definido de Impacto Ambiental.
Participação Social Manifestação de grupos ou indivíduos diretamente ou indiretamente afetados
por projetos, empreendimentos ou atividades causadoras de impactos
ambientais.
Capítulo 1.

Estudo de Impacto
Ambiental como
Instrumento de
Planejamento
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

CENDRERO (1982)
O planejamento ambiental ou territorial é definido, de forma ampla e
generalizada, como uma atividade intelectual pela qual se analisam os
fatores físico-naturais, econômicos, sociais e políticos de uma zona (um
país, uma região, uma província, um município etc.) e se estabelecem
as formas de uso que se consideram adequadas para ela, definindo
sua amplitude e localização e fazendo recomendações sobre as
normas que devem regulamentar o uso do território e de seus
recursos.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

A ordenação e a gestão do território constituem o processo de


estabelecimento e promulgação de normas concretas de uso
(zoneamento, medidas de controle, etc.) e implementação, realização de
monitoramento e controle dos processos, elaborados de acordo com as
diretrizes do planejamento.

Esse conjunto de atividades envolve aspectos variados, de natureza


científica, técnica, ou político-administrativa. Daí a necessidade do
envolvimento de campos de conhecimento bastante diversos e de um
tratamento inter ou multidisciplinar.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Níveis de Realização do Planejamento Ambiental


No nível macro as seguintes atividades são desenvolvidas:
• Análise e diagnóstico do sistema socioeconômico, inclusive das necessidades e desejos
da população, tanto no que diz respeito aos objetivos do desenvolvimento quanto nas
atitudes tomadas diante de problemas ambientais;

• Diagnóstico dos principais problemas de desenvolvimento e de meio ambiente


existentes;

• Realização de inventário de recursos naturais, financeiros e humanos existentes em


nível geral;

• Avaliação comparativa das diferentes políticas de desenvolvimentos e de seus impactos


ambientais;

• Definição de objetivos e prioridades de desenvolvimento, abrangendo, com igual


importância, os objetivos ambientais, econômicos e sociais.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de
Planejamento
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Níveis de Realização do Planejamento Ambiental

No nível meso, os seguintes procedimentos costumam ocorrer:

• Definição e caracterização das atividades a serem promovidas;

• Descrição e representação, em mapas, das características do território


considerado e do inventário de seus recursos;

• Avaliação da capacidade, impacto e aptidão do território, em cada um de seus


pontos, para as diferentes atividades. Para isso é preciso desenhar e aplicar
métodos que permitem a integração de parâmetros muito heterogêneos
e dificilmente agregáveis;

• Geração de propostas alternativas de uso do território;

• Avaliação comparativa das diferentes alternativas.


Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

CLIMA

GEOLOGIA

GEOMORFOLOGIA SENSORIAM. CARTA DE


PAISAGEM REMOTO UTB VULNERABILIDADE
(âncora)
PEDOLOGIA

VEGETAÇÃO

USO DA TERRA

VIAS DE
CIRCULAÇÃO, CARTA DE
CIDADES, POVOADOS CARTA DE SUSTENTABILIDADE
POTENCIALIDADE DO
SOCIAL E TERRITÓRIO
DIVISÃO TERRITORIAL ECONÔMICA
municípios, distritos,
setores
POTENCIAL LEGISL. ATUAL
CARTA DE ÁREAS
NATURAL ORDEN. E USO
DE USO RESTRITO
DO TERRITÓRIO
POTENCIAL
PRODUTIVO
BANCO DE DADOS
SÓCIO-ECONÔMICO
POTENCIAL
INSTITUCIONAL
CARTA SÍNTESE DE
SUBSÍDIOS À
POTENCIAL GESTÃO DO TERITÓRIO
HUMANO

Detalhamento da Metodologia: SAE-MMA (MCT-INPE, UFRJ-LAGET)


Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Níveis de Realização do Planejamento Ambiental

No nível micro, as atividades desenvolvidas são:


• Seleção de localizações específicas para os empreendimentos;

• Desenho de projetos concretos, com especificações técnicas detalhadas;

• Avaliação comparativa dos diferentes projetos, incluindo a avaliação de impactos


ambientais;

• Determinação das medidas preventivas e corretivas a serem aplicadas para


reduzir ou minimizar os impactos que serão gerados;

• Determinação dos sistemas de monitoramento e de controle, além da avaliação


continuada de parâmetros fundamentais que possam servir de indicadores de
impactos e que facilitem o controle e a gestão das atividades.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

A Avaliação de Impactos Ambientais


– AIA será o instrumento que
possibilitará o Planejamento
Ambiental em todos os seus níveis.

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


A avaliação prévia de impacto ambiental apareceu como instrumento de uma
política ambiental pela primeira vez em 1969, nos Estados Unidos;

Em 1º de janeiro de 1970 ela passou a fazer parte do aparato legal daquela


nação, quando entrou em vigor o National Environmental Policy Act (NEPA), que
adotava o Environmental Impact Assessment (EIA) como um dos instrumentos da
política de meio ambiente do governo federal;

O NEPA foi formulado graças à pressão feita aos órgãos governamentais federais
por grupos de coalizão de ambientalistas, pacifistas, defensores de direitos
humanos e forças anti-establishment que receberam amplo apoio da sociedade e
do Poder Legislativo;

Seu grande mérito foi alterar o conceito de qualidade vida e associá-lo ao conceito
de qualidade ambiental, uma vez que, até então, o conceito de qualidade de vida
era fortemente ligado àquele de crescimento econômico e ao consumo de bens.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?

MUNN (1975), descreveu a AIA como um


processo de identificar as conseqüências
potenciais da implementação de uma dada
atividade sobre os ambientes biogeofísicos e
sobre a saúde e o bem estar do homem e de
fornecer essa informação aos órgãos
competentes, para que possam decidir as
diretrizes futuras.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


A avaliação de Impacto Ambiental (AIA) tem como objetivo analisar as
conseqüências ambientais prováveis de uma atividade humana no
momento de sua proposição;

Essas informações devem, portanto, ser levadas em consideração no


processo decisório, juntamente com outras de caráter financeiro,
técnico, legal e político.

A finalidade é que tais ações respeitem o meio ambiente e que todas as


conseqüências ambientais negativas sejam determinadas desde o
início do projeto e levadas em consideração já na sua concepção.

Dessa forma, pode-se melhorar o rendimento dos recursos naturais e


minimizar ou compensar seus efeitos desfavoráveis.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


Em vista de sua importância e aceitação, a AIA passou a ser, a partir de
1970, uma prática rotineira aplicada ao processo decisório em mais de
100 (cem) países do mundo que a adotaram em sua legislação
ambiental internacional.

A AIA também se tornou um importante elemento do direito ambiental


internacional.

O princípio 17 da declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e


desenvolvimento, de junho de 1992, assinado na Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD
estabelece que os países devam adotar esse instrumento para qualquer
atividade que cause significativo impacto ambiental.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


A AIA vem evoluindo ao longo das últimas décadas,
absorvendo inovações e alterando tendências. O quadro a
seguir sintetiza as principais tendências das avaliações de
impacto ambiental nas últimas décadas.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?


Período e Fase Tendências e Inovações
Antes de 1970 Revisão de projetos baseados em estudos econômicos e de
engenharia, (pré EIA) com limitada consideração de conseqüências
ambientais.
1970-1975 Introdução da AIA, enfocando principalmente a identificação, predição
mitigação de efeitos biofísicos. Oportunidades para participação
pública.
1975-1980 Avaliação ambiental multidimensional, incorporando avaliação dos
impactos sociais e análise de riscos. Participação pública integral. Maior
ênfase na justificativa e nas alternativas do projeto.
1980-1985 Esforços para ampliar o uso da AIA em projetos e políticas de
planejamento. Desenvolvimento metodológico de ações de
monitoramento.
1985-1990 Critérios científicos e institucionais foram repensados sob o paradigma
da sustentabilidade. Ampliaram-se as preocupações com impactos
regionais e cumulativos.
1990-dias atuais Introduziu-se a avaliação de impacto social na elaboração de políticas,
planos e programas.
Capítulo 1. Estudo de Impacto
Ambiental como Instrumento de Planejamento

Como Surgiu e Evoluiu a AIA?

De acordo com o referencial teórico e metodológico, a avaliação de


impacto ambiental deve determinar, prever, interpretar, atenuar e
monitorar os efeitos ambientais de uma atividade proposta, seja ela
uma política, um programa ou um projeto.
No entanto, existem algumas controvérsias sobre o termo e sua
aplicação.

Para alguns teóricos do assunto a Avaliação de Impacto Ambiental


(AIA) é um amplo processo que inclui instrumentos como o
Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

Para outros, é uma das etapas de um processo mais amplo que


consiste no Estudo de Impacto Ambiental.
Capítulo 2.
Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Lei n. 6.803/80, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o


zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição.

A lei passou a exigir um estudo prévio de impacto ambiental para a


aprovação de zonas estritamente industriais, destinadas a localização
de pólos petroquímicos, cloroquímicos, carboquímicos e instalações
nucleares.
Pólo petroquímico de Duque
de Caxias - RJ
Pólo cloroquímico de
Maceió - Al
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Em 1981, com a aprovação da lei n. 6.938, que instituiu a Política


Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação
e aplicação, o Estudo de Impacto Ambiental passou a ser um
instrumento de Gestão Ambiental.

Somente em 1986 foi feita a regulamentação do uso desse


instrumento legal.

No entanto, os organismos internacionais de financiamento,


começaram a exigir para liberação de empréstimos a projetos
brasileiros de grande porte, sobretudo de hidrelétricas, um estudo
prévio de impacto ambiental.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Em 1983, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) recebeu a


competência para fixar os critérios para os exigidos estudos de impacto
ambiental (Decreto 88.351 de 1983) .
A Resolução CONAMA n. 001/86 estabeleceu as definições,
responsabilidades, critérios básicos e as diretrizes gerais para o uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental, como um dos
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente.

Outras resoluções posteriores do CONAMA disciplinaram aspectos dos


estudos de impacto ambiental, tais como a realização de audiências
públicas (Res. 09/87), a exigência de EIA para projetos com licença
prévia antes de 1986, ou reforçaram a competência do CONAMA para
editar normas e estabelecer critérios básicos para a realização de EIA.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

A Constituição da República Federativa do Brasil, aprovada em


1988, em seu art. 225, parágrafo 1º, inciso IV, impôs ao poder
público, a incumbência de exigir, na forma da lei, para instalação de
obras ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, Estudo Prévio de Impacto Ambiental,
a que se dará publicidade.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Cronologia...

1980...
1981...
1983...
1986...
1988...
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

O art.1º da Resolução CONAMA n. 001/86 definiu


impacto ambiental como:
“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetam:

I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II. As atividades sociais e econômicas;

III. A biota;

IV. As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V. A qualidade dos recursos ambientais”.


Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

O artigo 2º da mesma Resolução explicita uma lista de


atividades que demandariam a realização prévia de um
estudo de impacto ambiental, mas que não se limita a tais,
podendo o órgão ambiental exigir o EIA para outras
atividades não listadas.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

A mesma resolução estabeleceu que o estudo de impacto


ambiental deva ser realizado por equipe multidisciplinar
independente do proponente do projeto, apesar de caber ao
empreendedor arcar com os custos referentes à realização do
estudo.

Este deve ser acompanhado de um Relatório de Impacto


Ambiental (RIMA), com os principais dados e conclusões do
EIA e em linguagem mais simples para o entendimento de
leigos.

Por esta razão, o instrumento é popularmente conhecido


como EIA/RIMA.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Abordagem sobre o Licenciamento Ambiental em Minas Gerais

Deliberação Normativa 74/04

Esta norma classifica os empreendimentos por porte e potencial poluidor e


define, para as classes 3, 4, 5 e 6 estudos referentes aos possíveis impactos e
quais as medidas para tais, nos seguintes documentos:
• Classes 3 e 4: RCA/PCA – Relatório de Controle e Plano de Controle
Ambiental;
• Classes 5 e 6: EIA/RIMA – Estudo de Impacto e Relatório de Impacto
Ambiental.

Vale ressaltar que os dois grupos de estudos poderão ser solicitados a um


mesmo empreendimento caso o órgão ambiental de controle julgue necessário.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Um estudo ambiental deve ser fundamentado por duas etapas. A primeira etapa é
definida em Gestão Ambiental como Diagnóstico. Ou seja, deve-se “pintar” o
cenário atual em que uma atividade será desenvolvida. Pintar significa observar a
paisagem e retirar dela indicadores de qualidade mediante as várias abordagens
de uma equipe multidisciplinar, necessária para a contextualização holística.

Assim, uma equipe de biólogos descreverá as características de fauna e flora


local e regional e como estas restringem ou potencializam a instalação ou
desenvolvimento da atividade em estudo. Uma equipe de caracterização físico-
conservacionista composta por geógrafos, engenheiros e sociólogos poderão
abordar as características físicas do relevo e a situação sócio-econômica que
tornam o ambiente vulnerável ou receptivo.

Portanto, a fase diagnóstica é fundamental para que se avalie como o ambiente


se comportará face à instalação do empreendimento. Dela será realizada a
segunda fase do estudo ambiental: O Prognóstico.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Prognosticar significa antever o futuro.

Assim, em um estudo ambiental, mediante o conhecimento prévio das


restrições e potencialidades de um determinado ambiente, a equipe
multidisciplinar deverá prever quais os impactos positivos e negativos
ocorrerão durante as fases: prévia, de instalação e operação do
empreendimento. Para tanto recorrerão aos métodos de AIA, a serem
descritos posteriormente.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Exercício 1:

Será instalado um hospital no antigo local ocupado pelo Hospital Santa Helena.
Faça um diagnóstico da região e das características do empreendimento,
descrevendo:

- Características de ocupação da região;

- Histórico de uso do espaço (diagnóstico de passivo);

- Condições de tráfego/trânsito;

- Sensibilidades e restrições de uso do espaço;

- Detalhamento das fases do empreendimento (Prévia, Instalação e Operação);

- Geração de efluentes por fase;

- Outros aspectos que achar necessário. Tempo: 20 minutos 4 grupos


Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Exercício 2:

A partir do diagnóstico de instalação de um novo hospital, faça um prognóstico


de possíveis impactos ambientais, considerando:

- As observações sobre ocupação da região;

- O histórico do uso do espaço;

- Condições de tráfego/trânsito;

- Sensibilidades e restrições de uso do espaço;

- Detalhamento das fases do empreendimento (Prévia, Instalação e Operação);

- Geração de efluentes por fase;

- Outros aspectos que achar necessário.


Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Descrição do Projeto

A descrição do projeto em estudo constitui a primeira etapa da fase de diagnóstico


para realização de um Estudo de Impacto Ambiental. Esta etapa é subsidiada
pelas informações prestadas pelo empreendedor ou pelo responsável técnico que
elaborou o processo produtivo.

Compreende a descrição da localização detalhada, sua concepção e configuração


física, métodos e cronograma de construção, procedimentos de funcionamento,
usos de energia elétrica e água, vias de acesso, obras e serviços de apoio,
matérias primas e insumos nas diversas fases do processo, natureza e quantidade
de todas as emissões (sólidas, líquidas, gasosas, níveis de ruído e vibrações, etc.).

Deverá ser descrita as formas de controle de emissões, planos e programas de


controle ambiental, possíveis acidentes e planos de emergência, custos do
empreendimento, empregos diretos e indiretos a serem criados nas mais diversas
fases.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Ainda, rendas e impostos a serem gerados pela implementação do projeto,


estimativa de vida útil do empreendimento, destino programado para o local
após a desativação e programas de recomposição da área.

Basicamente, é preciso descrever todas as atividades e formas, como elas


serão desenvolvidas, os recursos utilizados e os produtos e resíduos a serem
gerados. Esta descrição e imprescindível para a fase posterior de
identificação dos impactos ambientais.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Em um segundo momento, deverá ser justificada a escolha do projeto e o


local de implantação, inclusive a necessidade de sua execução face à
realidade sócio-econômica do local, indicando os benefícios do
funcionamento do empreendimento.

Serão indicadas as alternativas tecnológicas e locacionais ao projeto


considerando que o EIA/RIMA é o instrumento que subsidiará a decisão da
sociedade pela instalação ou não do projeto.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Caracterização das áreas de influência

Representa uma etapa mais complexa do estudo de impacto ambiental.

Nela deverá ser caracterizada a área de influência direta do


empreendimento e a área de influência indireta.

Esta definição é feita com base em discussões da abrangência dos


impactos econômicos, sociais e ecológicos do empreendimento.

Geralmente a equipe define a influência do empreendimento com base


em seus impactos diretos, ou seja, aqueles que modificarão
imediatamente o espaço de ocupação das instalações e atividades
deste.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Exemplo:

Imagine que na sua região será instalada uma Usina de produção de álcool e
açúcar.

Para definirmos a área diretamente afetada temos que pensar nas atividades que
serão desenvolvidas desde a instalação da fábrica (comercialização e transporte
de equipamentos de aço e materiais de construção para a edificação) até o seu
funcionamento (origem da matéria-prima e seu transporte, bem como origem dos
operários que trabalharão na fábrica).

Assim, será delimitado espacialmente, em meio cartográfico, o local de influência


direta destas atividades.

Com base nos impactos indiretos será obtida a área de influência indireta, ou seja,
aquela da qual o empreendimento será responsável por modificações indiretas do
ritmo e funcionamento.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Considerando o exemplo dado do empreendimento sucroalcooleiro,


podemos identificar qual a região geográfica sofrerá alterações, seja
porquanto da migração interna de pessoas ou, em relação às
modificações do ambiente natural de regiões contíguas ao local de
instalação da fábrica.

Por exemplo, podemos pensar na qualidade das águas depois das


alterações agriculturais face á produção de cana-de-açúcar para
geração de álcool ou açúcar. A região afetada indiretamente pelas
atividades vinculadas ao empreendimento é definida como Área
Indiretamente Afetada.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

A descrição das áreas de influência requer estudos


aprofundados.

Baseiam-se em dados secundários, quando existentes e


disponíveis, e na literatura ou, em dados primários,
quando obtidos por meio de levantamentos de campo.

Em caso de coleta de dados primários, o EIA se tornará


mais oneroso e o processo de sua elaboração será
retardado.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Em locais pouco ou não estudados são extremamente


necessários os estudos de base geotécnica, hábitos da
população, endemias e outros.

É essencial que as informações obtidas sejam fiéis à


área específica do projeto e não de uma área similar
para onde existam dados. Isto porque a singularidade da
área é fator-chave para a identificação dos impactos.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?


Tópicos a serem abordados na determinação das áreas de influência

A descrição da área de influência deve abranger sua totalidade e


identificar os seguintes aspectos: meio físico, meio biótico e meio
antrópico.

Para o meio físico poderão ser destacados os itens:

- Clima (descrição pluviométrica e variação da temperatura com indicação


dos índices e relação com as atividades do empreendimento);
- Qualidade do ar;
- Ruído;
- Geologia;
- Geomorfologia;
- Solos;
- Recursos Hídricos.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

Para o meio biótico serão abordados os itens:

Fauna: descrição das espécies representantes dos ecossistemas que serão


impactados;

Flora: caracterização das fitofisionomias presentes na região;

Interações ecossistêmicas entre os representantes da Fauna e da Flora,


bem como as possíveis interferências resultantes do empreendimento nestes
mecanismos.
Capítulo 2. Avaliação de Impacto
Ambiental no Brasil

Como é elaborado um EIA/RIMA?

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