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PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Professor Dr. Paulo Cesar Oliveira

Junio Furlan de Oliveira RA: 728297


OS DELINEAMENTOS METODOLÓGICOS
NAS INVESTIGAÇÕES BRASILEIRAS EM
EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA

LEANDRO DE OLIVEIRA SOUZA

CELI ESPASANDIN LOPES

ANTONIO CARLOS DE SOUZA


RESUMO

Objetivo da pesquisa analisar e interpretar sobre as tendências metodológicas aplicadas


nas investigações sobre Educação Estatística no Brasil, destacando suas contribuições para a
área e a compreensão sobre novas oportunidades de pesquisa.
Questão de investigação:
Quais abordagens metodológicas têm prevalecido nas pesquisas em Educação Estatística e
quais os motivos que determinam essa prevalência?”,
RESUMO

O material pesquisado foram teses de doutorado defendidas e publicadas em revista


cientificas até o ano de 2007.
• Bolema
• Educação Matemática e Pesquisa
E alguns anais(registros) da Conferência Interamericana de Educação Matemática de 2011 e
2015

Palavras chave: Pesquisa, Educação Estatística e Educação Matemática.


INTRODUÇÃO

A Estatística, tem um papel importante na educação, logo isso gera uma preocupação sobre
o desenvolvimento das habilidades de analisar, interpretar e expressar os dados estatísticos
dentro do ambiente escolar.

E isso tem levado a Estatística a ocupar um papel importante nos currículos de


Matemática.
INTRODUÇÃO

Embora o ensino de estatística, esteja passando por


mudanças, na orientação de que se estimule a
compreensão dos conceitos em atividades aplicadas e
reais.

Problema
Existe uma grande dificuldade dos professores, no ensino
dessa disciplina, e isso levou os pesquisadores a se
interessarem pelo assunto.
A produção científica no Brasil sobre Educação Estatística teve inicio no final da década de 1990 .
Onde foram analisadas pesquisas produzidas até 2007, com o objetivo de evidenciar uma parte histórica
desse processo. Depois desse período, ouve um aumento significativo nas produções científicas, levando
em consideração que seria mais produtivo analisar os projetos de pesquisas por meio publicações em
periódicos e congressos, pois cobriria uma maior quantidade de produções científicas.

No qual, a principal razão que levou a escolha de pesquisar artigos nessas revistas e nos anais da
CIAEM foi a crença de que os artigos científicos publicados nesses instrumentos de divulgação contêm
uma amostragem representativa dos trabalhos científicos produzidos no Brasil.
OS PRIMEIROS ESTUDOS SOBRE EDUCAÇÃO
ESTATÍSTICA NO BRASIL
• Um dos primeiros estudos surgiu em 1998, com objetivo investigar e analisar o ensino da
Probabilidade e da Estatística dentro do currículo de Matemática nas escolas de Ensino
Fundamental. Esse estudo – uma dissertação de mestrado (LOPES, 1998) – teve como
questão orientadora as propostas curriculares de Matemática dos estados de Minas
Gerais, São Paulo, Santa Catarina e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), focando
o ensino da Probabilidade e da Estatística, tendo ainda como referencial alguns currículos
internacionais.
Em 1999, Lopes e Moran notaram que os conteúdos estatísticos era muito simplificados, e
que a Estatística não era usada como uma estratégia na solução de problemas, mas como
fim em exercícios, e que ainda a estatística embora faça parte do conteúdo da matemática,
ela acabava sendo abordada nos últimos tópicos dos livros didáticos, e as vezes acabava nem
sendo estudada.

Porém em 1997, houve uma implementação dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais )
de matemática, com isso os conteúdos de estatística receberam uma atenção maior, pois o
PCN, passaram a dar mais importância no ensino da estatística para o desenvolvimento nas
habilidades essenciais da tomada de decisões, comunicação, resolução de problemas,
interpretação de dados e ações diárias.
NOS PCN A MATEMÁTICA PASSOU A SER
DIVIDIDA POR CONTEÚDOS EM BLOCOS
PARA OS ANOS INICIAIS E FINAIS DO ENSINO
PNLD
FUNDAMENTAL. Programa criado em 1985 pelo
governo federal que consiste na
Onde a Estatística, a Probabilidade e a Análise Combinatória passaram a distribuição gratuita de livros
fazer parte do Bloco de Conteúdos denominado de Tratamento da didáticos para os alunos das escolas
Informação, e que esses conteúdos fossem abordados em todas as públicas de ensino fundamental de
séries, de forma integrada aos outros conteúdos da Matemática e de
forma interdisciplinar.
todo o país. Professores.
É destinado a avaliar e a
disponibilizar obras didáticas,
O tratamento fragmentado dado aos conteúdos, depois da pedagógicas e literárias, entre
implementação do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), não outros materiais de apoio à prática
acontece mais, pelo menos nos livros didáticos. Isso porque o programa
educativa, de forma sistemática,
faz avaliações trienais dos livros, pautadas nas recomendações dos PCN,
em resultados de pesquisas e nas demandas da sociedade em geral. A regular e gratuita, às escolas
partir dessas avaliações trienais às quais os livros didáticos são públicas.
submetidos, eles passam a ser recomendados ou não pelo MEC.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/pnld/apresentacao
A partir do ano 2000, estudos em nível de doutorado, focados em educação estatística começaram
a ser produzidos, onde as primeiras teses defendidas tinham como objetivo o estudo do ensino de
estatística no ensino superior, (Vendramini, 2000; Cordani, 2001;Sganzerla, 2001; Cazorla, 2002 e
Gonzales, 2002).
Onde foram utilizadas metodologias quantitativas pautadas em questionários e escalas de atitudes.
A primeira tese (Vendramini, 2000) teve por objetivo relacionar as implicações de atitudes
correlacionar as implicações das atitudes e das habilidades matemáticas na aprendizagem dos
conceitos de Estatística. A abordagem foi de observação direta, por meio de questionários a 319
estudantes.

O estudo afirmou que, quanto melhor o desempenho na


solução de problemas matemáticos, mais positivas são as
atitudes dos sujeitos em relação a aprender Estatística.
A metodologia quantitativa utilizada no estudo permitiu inferir sobre atitudes dos
estudantes em relação ao processo de aprendizagem; no entanto, para inferir sobre
como a Matemática deveria ser abordada, outras variáveis, como por exemplo, as
crenças dos professores que ensinavam Estatística nos cursos de graduação,
necessitavam ser analisadas

Estudos mais recentes (PIERCE; CHICK, 2011) apontam


que as crenças dos professores sobre o ensino de
Estatística influenciam suas ações em sala de aula, por
exemplo:
As outras duas teses defendidas na Unicamp (CAZORLA, 2002; GONZALES, 2002) tratam também de investigações
que utilizaram metodologias de pesquisa quantitativa por meio de questionários, avaliações e escala de atitudes.

Na primeira pesquisa foram envolvidos 814 sujeitos que cursavam a disciplina de Estatística em diversos cursos de
graduação de uma universidade estadual do interior da Bahia e, na segunda tese, foram selecionados 1096 estudantes
universitários ingressantes em cursos de Pedagogia de duas universidades particulares do estado de São Paulo no
período de 1998 a 2001.

CAZORLA, procurou investigar fatores que interferem na leitura de gráficos estatísticos , onde conclui que o
sucesso de leitura depende do domínio do conceito estatístico, background gráfico, da habilidade viso-pictórica e do
gênero.

Para Vendramini (2000) e Cazorla (2002), o rendimento e as atitudes positivas na aprendizagem de Estatística estão
associados às habilidades matemáticas e de gênero.
ENSINO DE ESTATÍSTICA VOLTADA PARA ALUNOS
DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

• A primeira tese defendida na área foi de (GUIMARÃES, 2002) ela foi desenvolvida na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no programa de doutorado em Psicologia
Cognitiva, e teve por objetivo investigar como alunos do 4º ano do Ensino Fundamental
representavam dados em tabelas e gráficos de barras. O estudo combinou métodos
quantitativos e qualitativos para a análise e teve como sujeitos alunos entre 9 e 10 anos
de duas escolas, em duas diferentes cidades do estado de Pernambuco: Olinda e Jaboatão
dos Guararapes
Para a pesquisa montados dois grupos de estudos: com o primeiro, a autora centrou o enfoque
na análise das habilidades dos alunos para categorizar dados e representá-los em tabelas. No
segundo grupo, investigou como os alunos interpretavam gráficos e tabelas e como construíam
gráficos a partir de diferentes tipos de variáveis.
Para cada grupo foram aplicadas três atividades: um pré-teste, uma situação interativa e um
pós-teste. Durante as situações interativas, com os alunos combinados em pares, a investigadora
procurou identificar possíveis avanços por meio das reflexões durante os diálogos.

Guimarães (2002) reflete que, quando os alunos trabalham em duplas, interagindo, é possível
analisar e compreender melhor suas concepções, uma vez que se pode analisar suas falas e
interagir com eles, e por isso tornasse possível verificar avanços simétricos e assimétricos.
PESQUISA EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NA
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
As primeiras pesquisas foram defendidas por Lopes (2003) e Oliveira(2003), pela Unicamp,
onde esses trabalhos foram pioneiros, ao olhar o ensino de estatística nos primeiros anos
do ensino fundamental, onde foi utilizado uma abordagem qualitativa na observação onde
ouve uma iteração entre o pesquisador e os sujeitos.
• Lopes. (2003)
• Oliveira(2003)
PESQUISA EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA NA
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Costa (2004). Desenvolveu sua pesquisa durante um trabalho de formação de um grupo de
professores e gestores das séries iniciais do Ensino Fundamental. Utilizou-se de uma
abordagem qualitativa com observação participante, que ocorreu por meio de um processo
de formação continuada. O trabalho de investigação se propôs a responder à seguinte
questão: “Quais são os fatores significativos de um processo de formação de professores,
na perspectiva da mediação da aprendizagem, ao utilizar o computador para a construção
de práticas pedagógicas de Matemática.
• Software
Analisada a evolução metodológica das três últimas pesquisas descritas (LOPES, 2003;
OLIVEIRA, 2003; COSTA, 2004), conseguimos observar que existe, por parte dos
pesquisadores, a intenção de modificar a prática docente por meio da reflexão, da discussão
e da ação em serviço. Nessa perspectiva, a metodologia de pesquisa ação passou a ser
invocada nos projetos e nas investigações, que tinham a intenção, de um lado, de atuar
sobre a formação do professor e, do outro, de modificar as abordagens pedagógicas
procedimentais matemáticas que ainda são transferidas ao ensino de Estatística
No seu projeto, Ara (2006) defende que a problemática da compreensão do ensino de Estatística decorre
de uma visão equivocada da realidade, consequência da pouca familiaridade dos alunos com os fenômenos
aleatórios que, embora estejam presentes no cotidiano, em geral, não são estudados no Ensino
Fundamental e Médio, devido ao carácter excessivamente determinista dos currículos escolares.

O autor entende que o livro didático utilizado pelo professor é um indicador importante de sua
concepção sobre o ensino da Estatística e, consequentemente, de sua forma de abordar os conteúdos.

Com o projeto, se propõe fazer uma análise hermenêutica dos principais livros didáticos utilizados por
docentes em cursos de Engenharia e constatou que esses livros direcionam as abordagens para uma
concepção predominantemente determinista da realidade e que existe um desequilíbrio que não favorece
o estudo da aleatoriedade.
Já a tese defendida por Campos (2007), na Unesp, embora também trata do ensino de Estatística nos cursos
de graduação, se diferencia dos demais estudos apresentados anteriormente pela abordagem metodológica
adotada.

O pesquisador se pauta em uma análise teórica qualitativa delineada a partir de dois projetos que emergiram
de situações de ensino e aprendizagem dentro das salas de aula de um curso de graduação em Ciências
Econômicas, nas disciplinas de Estatística e Introdução à Estatística Econômica, sob a orientação e a
responsabilidade do investigador.

O estudo teve por objetivo inter-relacionar estudos teóricos, levando em conta fundamentos da didática da
Educação Estatística, da Educação Crítica e da Modelagem Matemática.
Até o ano de 2007 houve predominância de pesquisas de
doutorado que focavam na compreensão e reorganização do
ensino de Estatística na Educação Superior. Foi observado
poucos estudos voltados para alunos da Educação Básica,
muito embora a formação do campo de pesquisa tenha
acompanhado os movimentos das abordagens metodológicas
utilizadas na Educação Matemática. Também é fato que os
estudos de Educação Estatística são bem mais recentes no
Brasil.
NOVAS TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS NAS
PESQUISAS EM EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA
Nesta pesquisa foram levantados 72 artigos relacionados à área de Educação Estatística e
Probabilidade. , foram analisados a sua metodologia empregada em cada um desses artigos
e, foram subdivididos em três grupos: estudos de observação direta; estudos de observação
participante; e estudos teóricos.
Descritos a seguir os critérios que foram adotados para definir cada uma das categorias:
Estudo de observação direta: Conduzido no ambiente natural, no campo onde ocorre a interação entre os sujeitos
da pesquisa., tendo o pesquisador como instrumento-chave na coleta de dados. O foco está nas perspectivas dos
participantes; no entanto, a interpretação dessas perspectivas é tarefa isolada do pesquisador ou de um grupo de
pesquisa.

Estudo de observação participante: Envolve um projeto emergente e em evolução, de modo que não precisa,
necessariamente, ser previamente descrito. A coleta de dados ocorre a partir das interações do sujeito com o
pesquisador no ambiente natural, no campo. Pode modificar-se durante a coleta de dados. Tem o foco nas perspectivas
dos participantes, porém, nesse caso, o processo de análise é condicionado ao movimento das ações do sujeito durante
o processo de interação com os pesquisadores.

Estudo teórico: Tem por base a análise de documentos, produções científicas, estudos filosóficos e biografias. Não
existe interação entre sujeitos e pesquisadores e pode ocorrer em qualquer ambiente. O foco está em definir fronteiras
dos conhecimentos produzidos, paradigmas e questionamentos
No Quadro 1, a seguir, podemos perceber que, nos artigos coletados, existe um equilíbrio
entre os estudos classificados nas três categorias descritas anteriormente
No entanto, exite, um descompasso em relação ao foco dos níveis de ensino estudados. Estudos
sobre o Ensino Superior, sobre formação inicial e continuada de professores e sobre os anos
finais do Ensino Fundamental são mais comuns, enquanto estudos sobre os anos iniciais, o Ensino
Médio e a EJA ocorrem com menor frequência

Distribuição de Estudos

25
21

20

15 13
12 12

10
6
4
5 3

0
Téorico Professores Superior Anos Finais Ensino Anos Iniciais EJA
Médio
Das quatro pesquisas focadas nos anos iniciais, três
apresentaram características metodológicas de
observação direta, ou seja, não houve o envolvimento do
pesquisador diretamente com o sujeito em um processo
de formação. Apenas um desses trabalhos
(WODEWOTZKI; CAMPOS, 2015) apresentou
características metodológicas de observação participante.

Outra situação que chamou a atenção foi o desenvolvimento


da pesquisa participante em ambientes extraclasse, ou seja, fora
do período regular de aulas.
As pesquisas Lira e Monteiro (2011) e Estevam e Fürkotter
(2011), os investigadores envolvidos na ação tinham formação
na área de ciências exatas o que também nos chamou a atenção
foi o fato de que, nessas pesquisas, foram constituídos
processos de formação em período de contraturno dos alunos,
com objetivo de trabalhar com recursos tecnológicos.
Com relação às pesquisas
executadas com alunos do
Ensino Médio, da EJA e na
formação de professores da
Educação Básica, foi notado,
movimento em sentido oposto
às pesquisas desenvolvidas com
estudantes do Ensino Superior.
Na EJA, apesar de haver poucas
pesquisas, todas têm como
características a observação
participante, assim como a
maioria das pesquisas
desenvolvidas no Ensino Médio e
na formação de professores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação acadêmica do pesquisador e seu envolvimento profissional irão determinar o


delineamento dos aspectos metodológicos e a escolha dos sujeitos que serão envolvidos
nos seus trabalhos de pesquisa.
A Educação Estatística ela necessita de mais pesquisas nos anos inicias, pois os problemas
de ensino estão em todos os níveis, e a necessidade de inovação das ferramentas
pedagógicas, para facilitar o aprendizado dos alunos.
• Objetivo da pesquisa: Analisar e interpretar as tendências metodológicas aplicadas nas
investigações sobre Educação Estatística no Brasil, destacando suas contribuições para a
área e a compreensão sobre novas oportunidades de pesquisa.
• Questão de investigação: Quais abordagens metodológicas têm prevalecido nas pesquisas
em Educação Estatística e quais os motivos que determinam essa prevalência?”,

• Motivação / justificativa: Existe uma grande dificuldade dos professores, no ensino da


disciplina de estatística.

• Metodologia: Pesquisa de artigos e registros.


• Natureza da pesquisa: Qualitativa.

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