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Esfera das
estrelas fixas
Mer Vên
Lua
Sol
Ter Mar
Júp
Sat
Neste sistema,
tudo gira em
torno da Terra
Movimento aparente não
“perfeito”
Leste Oeste
? “Laçada”
A laçada dos planetas sugeria
que eles não giravam
em torno da Terra
Sistema de Epiciclos
Epiciclo
E
Planeta
Terra
Apolônio,
séc. III a .C.
Círculo
Deferente
Geocentrismo
com epiciclos Mar Céu
Sat
Lua
Mer
Ter
Vên Júp
Sistema Complexo de Epiciclos
Epiciclo
Planeta
E
Deferente
Posição de Mercúrio ou de
Vênus em relação ao Sol
Vênus após o pôr-do-sol
Oeste
Leste
Sistema Híbrido
( Heráclides, séc. IV a .C. )
Esfera das
estrelas fixas
Mer
Lua Vên
Ter Mar
Neste sistema, Júp
Mercúrio e Vênus Sat
giram em torno do Sol
e este gira em torno
da Terra
Filósofos e Astrônomos
Pitágoras Famosos
Heráclides
Aristóteles
Aristarco
Eratóstenes
Hiparcos Ulugh Beg
Ptolomeu
400 200 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Copérnico
Tycho Brahe
Galileu
Kepler
Newton
Sistema Heliocêntrico
Copérnico,
1473- 1543
Esfera das
estrelas fixas Mer Vên Ter
Lua
Sol Mar
Júp
Sat
Neste sistema,
tudo gira em torno
do Sol
Explicação das “laçadas”
no sistema heliocêntrico
M3
T3
3 T4
M4 T2
4
M2 1
Sol T1
M1 2
Esfera das
estrelas fixas
Sistema Heliocêntrico
Meridiano
j l
Equado
r j <0
PS
Trace, então, uma reta perpendicular à reta do
meridiano, no ponto onde foi fincada a vareta. Essa
reta indicará os pontos Leste e Oeste. O Leste estará do
lado oposto onde foram marcadas as primeiras sombras,
ou seja, as sombras que foram marcadas ao nascer do
Sol. A partir daí podemos usar uma regra bem velha para
determinar os outros pontos: abra os braços e aponte o
braço direito para o ponto Leste, como na figura (e não
para onde o Sol está nascendo nesse dia). Se esticarmos
o braço esquerdo, ele apontará para o ponto Oeste, a
nossa frente estará o ponto Norte e atrás o Sul. Mas
devemos sempre lembrar que o braço direito deve estar
apontado realmente para o ponto Leste.
Pontos
Cardeais
Nascer do Sol
O Sol
não nasce
sempre no
Leste !
Sol
Gnômon
( Relógio de Sol )
Gnômon
Determinação do
meridiano
Sombra mínima
Nascente
Meridiano
Linha do Meio-dia
Ocaso
Pontos Cardeais
Ponto
Leste
Nascente
Ponto
Meridiano
Norte Ponto
Sul
Ocaso
Ponto
Oeste
Pontos cardeais a partir do
Cruzeiro do Sul
Pólo
Sul
Ponto Sul
Horizonte
solo
Ponto Leste Ponto Oeste
Os Movimentos da Terra
Vamos agora estudar separadamente alguns
movimentos que a Terra executa. No entanto, devemos
lembrar que a Terra realiza apenas um movimento, mas
que possui várias componentes estudadas separadamente
apenas para facilitar nosso estudo. Assim, a rotação ou a
revolução da Terra são apenas componentes de um
complicado movimento geral que a Terra realiza,
responsável por seu deslocamento geral.
Movimento de Revolução
Sol
A Terra completa
uma volta s
em torno do Sol Terra
em um ano
Uma decorrência da revolução da Terra em torno do Sol é
a paralaxe de estrelas, ou seja, a variação da posição
aparente de uma estrela de acordo com a posição da
Terra. Isso é análogo ao efeito que ocorre quando olhamos
um objeto de diferentes ângulos: nós o enxergaremos em
diferentes posições relativas aos objetos mais distantes.
No slide, quando a Terra está na posição (1) e olhamos
para a estrela próxima (amarela) temos a impressão que ela
está alinhada com a estrela (1) distante (vermelha). Já
quando a Terra está na posição (2) a mesma estrela próxima
parece estar alinhada com a estrela (2) distante (azul). A
paralaxe de estrelas é uma comprovação de que a Terra
de fato está em movimento no espaço.
Mesmo o brilhante astrônomo Tycho Brahe, 1546-1601,
não foi capaz de medir a paralaxe, poi é um ângulo muito
pequeno. Por isso ele acreditava, mesmo após a obra de
Copérnico, que a Terra era imóvel.
Tente simular paralaxe da seguinte forma: estique uma
das mãos e olhe para um dos dedos com um dos olhos
fechados. Observe quais objetos distantes estão na
mesma linha de visada. Agora compare a posição aparente
de um dos seus dedos da mão com objetos distantes,
alternando entre um olho fechado ou o outro.
Estrelas
Paralaxe (2) distantes
(1)
de estrelas
2p
“um movimento Estrela pmáx. = 0,76”
aparente” próxima
Se os gregos Eclítica
soubessem!
(1)
(2)
Movimento de Rotação
da Terra
Outra componente do movimento geral da Terra é sua
rotação em torno de um eixo que passa pelo seu
centro. É devido a esse movimento que temos dia
(parte clara) e noite (parte escura), com duração total de
24 horas.
A evidência que os dias e as noites não possuem
mesma duração descarta a rotação da Terra com
eixo inclinado de 90 graus em relação à eclítica (ver
slide). A geometria correta é com o eixo inclinado de 23,5
graus em relação ao plano da eclítica.
Uma das consequências da rotação da Terra em torno
de seu eixo é o movimento das estrelas em nosso céu.
Por exemplo, se olharmos em direção ao pólo Sul
celeste durante a noite, perceberemos claramente o giro
das estrelas no sentido horário, ou de leste para oeste.
Na verdade não são as estrelas que estão girando em
torno da Terra, mas elas apenas executam esse
movimento aparente devido à própria rotação da Terra.
O pólo sul celeste é o ponto onde o eixo imaginário da
Terra cruza a esfera celeste, por isso esse ponto está fixo
enquanto as estrelas giram em torno dele. Imaginaram?
Como você acha que é o movimento das estrelas em torno
do pólo celeste norte?
É também devido à rotação da Terra que vemos o
Sol fazer seu movimento diurno no céu: nascer num
horizonte e se pôr no outro. Lembre-se que não é
correto dizer que o Sol nasce no leste e se põe no oeste.
Podemos, no entanto, dizer que o Sol nasce no lado
leste e se põe no lado oeste como decorrência da
rotação da Terra entorno de seu eixo.
Combinando essa rotação com a revolução da Terra
em torno do Sol, veremos que o Sol não nasce no
mesmo lugar dia-após-dia. O que observamos no nosso
dia-a-dia está ilustrado na figura.
O movimento do Sol de vai-e-vem no horizonte,
completando um ciclo em um ano, é denominado de
movimento pendular do Sol. Como entendê-lo do ponto
de vista de um observador fora da Terra é o objetivo dos
próximos três slides.
Será útil termos uma visão de fora da Terra dos pontos
cardeais. Lembre-se que esses pontos são definidos no
horizonte do observador (ou solo do observador) e portanto
são definidos num plano tangente à superfície da Terra.
Basta, então, localizarmos o meridiano do local, por onde
passará a linha Norte-Sul, e o paralelo do local, por onde
passará a linha Leste-Oeste. Observe que os pontos Leste e
Oeste são os encontros da linha do Equador com o
horizonte do observador.
Tente se passar por um observador na posição do solo
mostrado na figura. Se você estiver com sua face voltada para
o ponto Norte, como verá o nascer do Sol? Se você
respondeu que o Sol nascerá do seu lado direito acertou. Mas
veja que ele sempre nascerá exatamente no ponto Leste, o
que sabemos não é verdade. Somente dois instantes por ano
o Sol nasce exatamente no Leste (um em março e o outro em
setembro nos dias de equinócios). Algo precisa ser mudado
na figura em questão.
Bem, a esta altura você já sabe que o eixo de rotação da
Terra é inclinado em relação ao plano da Eclítica, de
maneira que a figura correta é a do presente slide.
Novamente tente se imaginar no solo indicado. Com sua face
voltada para o Norte você terá o Sol nascendo no lado Leste,
mas veja que ele nasce ao norte do ponto Leste.
Passados seis meses da situação anterior teremos a
situação indicada nesse novo slide, ou seja, agora um
observador no solo indicado verá o Sol nascer no lado Leste,
mas ao Sul do ponto Leste.
Finalmente, passados três meses (1/4 da rotação
completa) a posição da Terra e a orientação do seu eixo de
rotação serão as indicadas nessa nova figura. O Sol agora
nasce exatamente no ponto Leste; veja que o Sol está
exatamente sobre a linha do Equador (para facilitar a
visualização apenas uma fração do Sol foi desenhada).
Então, espero que você tenha percebido, que a
combinação da rotação com a revolução da Terra nos
dá o movimento do Sol no céu durante o ano. É bem
conhecido que certas épocas do ano, no verão, o Sol
caminha no céu e passa acima de nossas cabeças
(zênite) enquanto em outras épocas do ano, no inverno,
o Sol passa mais deitado, mais para o lado norte.
Como se vê, a revolução combinada com a rotação
produz um movimento que é responsável pelas
estações do ano, que passaremos a estudar.
Movimento de Rotação
da Terra 23,5
errado correto
eclítica
Sol Sol
Dia Noite
Dia e noite
Dia e noite iguais diferentes
Movimento noturno aparente
olhando ao Sul
20 horas 24 horas
22 horas
Pólo Sul
Sul
Leste Oeste
solo
Movimento diurno
aparente do Sol
Z
PS
E N S
W
47
Equador
Rotação e os
Pólo Norte pontos cardeais
Se fosse sempre
paralelo meridiano assim o Sol
nasceria sempre
no Leste
Equador
Norte
Sol
Oeste Leste
Sul
Eclítica
Pólo Sul solo
Inclinação do
eixo de rotação
Agora o Sol
nasce ao Norte
do ponto Leste
Sol
Eclítica
solo
Inclinação do
eixo de rotação
Seis meses
depois da
Agora o Sol posição
nasce ao Sul anterior
do ponto Leste
Sol
Eclítica solo
Inclinação do
eixo de rotação Três meses
depois da
Agora o Sol posição
anterior
nasce exatamente
no ponto Leste
Sol
Eclítica solo
Estações do ano
Nome dado aos períodos em que foi dividido o ano, de
acordo com o deslocamento do Sol no céu.
Sabemos da prática que as estações do ano são
diferentes entre os hemisférios Norte e Sul. Podemos
dizer que são contrárias: enquanto é Primavera no
hemisfério Norte, é Outono no hemisfério Sul, e vice-
versa. O mesmo ocorre para as estações Verão-
Inverno. Mas de onde vem essa diferença? Ou, antes
disso, qual a causa das estações do ano?
É errado afirmar que verão (ou inverno) se deve à Terra
estar mais próxima (ou mais distante) do Sol. Se assim
fosse, teríamos verão ou inverno simultaneamente em
ambos os hemisf’érios. Sabemos que isso não ocorre.
Veja as definições dos termos equinócio e solstício
relacionados ao começo das estações.
Nesse slide vemos a trajetória da Terra em seu
movimento de translação ao redor do Sol, definindo o
plano da eclítica. Veja também que em relação a esse
plano o eixo de rotação da Terra está inclinado e sua
direção permanece fixa ao longo de toda a trajetória.
Essa é a causa das estações do ano: a inclinação
fixa do eixo de rotação da Terra durante seu
movimento de revolução. Como conseqüência, numa
época do ano um dos hemisférios recebe mais calor (ou
luz) do Sol por estar exposto mais de frente ou mais a pino
aos raios solares (verão). Tempos depois esse mesmo
hemisfério estará menos exposto aos raios solares e se
aquecerá menos (inverno). Há duas épocas em que ambos
os hemisférios estão recebendo igual quantidade de
calor. Isso ocorre na primavera e no outono. Por que,
então, essas estações não são iguais nos dois
hemisférios?
A explicação que acabamos de ver se baseia no sistema
heliocêntrico, ou seja, é dada por um observador que sabe
que a Terra gira em torno do Sol. Podemos explicar
asestações do ano do ponto de vista geocêntrico, isto é, de
um observador situado na Terra, com o Sol girando ao seu
redor.
O slide mostra a trajetória do Sol visto da Terra ao longo do
ano. Como se vê, no inverno o Sol passa, para nós aqui
do hemisfério sul, bastante ao norte, e portanto seus
raios solares nos atingem com bastante inclinação. Já no
verão esses raios nos atingem bem mais a pino, pois o
Sol se encontra bem mais ao sul. Para um habitante no
hemisfério norte tudo se passa ao contrário.
Neste outro slide temos a visão geocêntrica das
estações do ano para um observador externo à Terra. Veja
como o ângulo de incidência dos raios solares varia de
acordo a revolução da Terra em torno do Sol, ora
aquecendo mais um hemisfério ou outro.
Neste outro slide temos a visão heliocêntrica das
estações do ano para um observador externo à Terra.
Veja como o ângulo de incidência dos raios solares varia de
acordo a revolução da Terra em torno do Sol, ora
aquecendo mais um hemisfério ou outro.
É bastante instrutivo ter a visão heliocêntrica da
forma mostrada neste slide. Observe que durante
sua revolução a Terra mantem a orientação fixa do seu eixo
de rotação.
Em 22/junho (22/12) os raios solares incidem mais a
pino no hemisfério norte (sul), sendo assim verão (inverno)
no norte (sul). Esses são os solstícios. Já em 21/março
(22/setembro) os hemisférios são igualmente iluminados e
temos a primavera no norte (sul) e o outono no sul (norte).
Esses são os equinócios.
A visão que acabamos de ilustrar é conveniente para se
definir algumas linhas imgaginárias sobre nosso planeta. No
solstício de 22/junho há uma latitude terrestre em que os
raios solares atingem o solo verticalmente, isto é, exatamente
a pino. Se esses raios pudessem marcar o chão traçariam,
durante a rotação da Terra, um círculo paralelo ao equador,
denominado de Trópico de Câncer, círculo amarelo no slide
na latitude norte de 23.5 graus. A figura também mostra que
abaixo do Círculo Polar Antártico, círculo branco na latitude
sul de 66.5 graus, não há incidência de raios solares. Na
verdade na região polar escura não há incidência de sol por
cerca de 3 meses. Já o polo norte recebe luz solar.
No slide seguinte temos a situação dos raios solares no
solstício de 22/dezembro. O Trópico de Capricórnio, círculo
formado pela incidência a pino do Sol nesse dia, situa-se na
latitude sul de 23.5 graus. Também vemos que acima do
Círculo Polar Ártico, círculo branco na latitude norte de
66.5 graus, não há incidência de raios solares.
Sol
Ano das Estações
Inclinação dos raios solares
implica em
estações do ano
g
n
o
m
o
n
Norte Sul
Primavera Inverno
Verão Outono
Equinócio Equinócio
do Outono da Primavera
Austral Austral
Outono Inverno Primavera Verão
Solstício Solstício
No Hemisfério do Inverno do Verão
Sul Austral Austral
Órbita da Terra em torno do Sol
Afélio
Sol
Periélio
23,5º
Periélio
Afélio Eixo de
rotação
Plano da Eclíptica S
Motivo das Estações
Mais calor
eclítica no Sul
Verão Inverno
eclítica Sol
Inverno Verão
Mais calor
no Norte
Sol Primavera
ou
Iluminação igual Outono
no Norte e no Sul
12
Trajetórias
11
13 10
diurnas
9 do Sol
14 Verão
8
7
15
6
5
Inverno
7 Leste
16
Norte 17 Sul
18
17 Oeste 19
Visão geocêntrica das estações
Verão no Norte
Inverno no Sul Eclítica
22 jun
N Sol
Plano equatorial
Sol Equinócios
23,5
Sol S
Primavera no Norte
Verão no Sul Outono no Sul
Inverno no Norte 21 mar
22 dez
Visão heliocêntrica
22/12 N
23/9
23.5
Solstício Equinócio
S
Sol
Eclítica
Equador
23.5
21/3 22/6
Equinócio Solstício
Terra em 22/junho - solstício
N
Sol
chão
Trópico de
Câncer
23,5 Equador
66.5 C
- O pólo Norte
é iluminado
Círculo
- O pólo Sul não polar antártico
Raios solares
S
não alcançam
esta região polar
Terra em 22/dezembro - solstício
Círculo Raios solares
polar ártico não alcançam
horizonte esta região polar
C 66.5
Equador
23,5
Trópico de
Capricórnio chão
Sol
- O pólo Sul S
é iluminado
- O pólo Norte não
Terra em 23/9 ou 21/3 - equinócios
Trópico de
horizonte
Câncer
Equador
Sol
chão
Trópico de
Capricórnio
S Ambos os pólos
são iluminados
Fases da Lua
Fases da Lua
Todos sabemos bem que a Lua, satélite natural da Terra,
tem seu aspecto mudado dia após dia. As vezes nos
apresenta brilhante, parece enorme, outras vezes se
mostra como uma pequena fatia. Esses diferentes
aspectos lunares são denominados de fases da Lua.
É importante reconhecer que essas fases ocorrem
devido à posição relativa do astros Sol, Terra e Lua, e
não por estar a Lua mais ou menos iluminda. Todo
tempo o Sol ilumina metade da Lua, mas dependendo
da posição relativa desses três corpos nós aqui na
Terra vemos apenas parte da superfície lunar.
Dividimos as fases da Lua em quatro, em função do
tamanho da área iluminada que conseguimos enxergar:
Nova, Quarto Crescente, Cheia e Quarto Minguante.
O slide esquematiza os aspectos que a Lua adquire aqui
da Terra nas diferentes fases e os respectivos nomes que
damos. Também mostra a duração entre uma fase Lunar e
outra, chamada de lunação.
Mas afinal, qual é a causa das fases da Lua?
As fases da Lua são causadas pelo ângulo formado
entre o Sol, a Terra e a Lua no espaço. Quando a Lua
está entre a Terra e o Sol, temos a Lua Nova, quando
então o Sol ilumina o lado da Lua que nós não vemos. Nos
dias próximos à Lua nova ela poderá ser vista apenas
durante o dia. Quando a Terra estiver entre o Sol e a Lua
temos a Lua cheia, e aí o Sol ilumina a Lua de frente e
podemos ver totalmente o seu lado iluminado. Quando
Sol, Terra e Lua formam um triângulo retângulo no
espaço temos os Quartos Crescente e Minguante (a
hipotenusa é uma semi-reta imaginária ligando a Lua e o
Sol). Por isso a Lua aparece na forma de um semi-círculo
nessas fases.
Importante: o plano da órbita da Lua em torno da
Terra não é o mesmo da órbita da Terra ao redor do
Sol: há uma diferença de 5°. Assim, a Lua não está
exatamente entre o Sol e a Terra quando temos Lua Nova,
mas um pouco acima ou um pouco abaixo. Apenas em
alguns casos acontece de os três astros ficarem alinhados,
e aí teremos um eclipse.
eclítica 5°
Crescente Minguante
Lunação
29,530589 dias ~ 29 d 12 h 44 m 03 s
Sol
Lua
Nova
Lua
Quarto
Crescente
Eclipses
Eclipse é o fenômeno em que um astro deixa de
ser visível, totalmente ou em parte, pela interposição
de outro astro entre ele e o observador, ou porque, não
tendo luz própria, deixa de ser iluminado ao colocar-se
no cone de sombra de outro astro.
Vamos agora estudar os eclipses comuns vistos da
Terra.
Sol, Terra e Lua podem formar dois tipos de eclipses para
um observador situado na Terra: solar ou lunar.
Um eclipse solar acontece quando a Lua entra na
frente do Sol e forma um cone de sombra sobre
determinado ponto na superfície terrestre, tapando assim a
luz solar. Em alguns casos a Lua chega a tapar
inteiramente o Sol. Apesar do Sol ser muito maior que a
Lua, isso é possível pois os discos solar e lunar, no nosso
céu, tem tamanhos angulares praticamente iguais, já que
coincidentemente o Sol é cerca de 400 vezes maior que a
Lua (em diâmetro), mas também está aproximadamente
400 vezes mais distante de nós.
Um eclipse lunar acontece quando a Lua se encontra
no cone de sombra formado pela Terra. Assim, os raios
solares não iluminam totalmente a metade da Lua voltada
ao Sol, e portanto nós não podemos vê-la totalmente.
Há três tipos de eclipses solares: total, anelar ou parcial.
Eclipse solar total: acontece quando o tamanho aparente
da Lua é maior que o do Sol. Assim, na região da umbra
(sombra total), o Sol estará completamente coberto pela
Lua. Nas regiões de penumbra, o eclipse será parcial: a
Lua cobrirá apenas parcialmente o Sol.
Eclipse solar anelar: ocorre quando a Lua está mais
afastada da Terra, e assim seu tamanho aparente é menor
do que o do Sol. No auge do eclipse, ainda é visto um anel
luminoso em torno da Lua: o Sol. Outras regiões também
verão o eclipse parcial, como acontece no Total.
Eclipse solar parcial: acontece quando o alinhamento
entre o Sol e a Lua não intercepta a superfície terrestre, ou
seja, quando a região de umbra se der em um ponto do
espaço, mas ainda sim uma das regiões de penumbra se
encontrarem na superfície terrestre. Nesse caso, qualquer
observador capaz de ver o eclipse verá apenas uma parte
do disco solar ser ocultado pela Lua.
Os Eclipses lunares também podem ser de três tipos: o
umbral total, o umbral parcial, e o penumbral.
Eclipse lunar umbral total: também chamado de Lunar
Total, acontece quando a Lua se encontra inteiramente no
cone de sombra da Terra. No entanto isso não significa que
não podemos ver a Lua, como já foi dito anteriormente.
Eclipse lunar umbral parcial: ou Eclipse Lunar Parcial,
acontece quando apenas parte da Lua se encontra na
Umbra. Assim, a Lua ficará apenas parcialmente obscurecida.
Eclipse lunar penumbral: ocorre quando a Lua se
encontra na região da penumbra terrestre. No entanto, a
redução no brilho da Lua é notada apenas com o uso de certos
instrumentos científicos, não sendo o eclipse visível a olho nu.
Se pensarmos que Lua nova é a fase em que a Lua está
entre a Terra e o Sol, e Lua cheia a fase em que a Terra está
entre a Lua e o Sol, poderíamos chegar a conclusão que
deveriam acontecer dois ou três eclipses por mês, já que
temos luas cheia e nova todos os meses. Nós sabemos, que
isso não é verdade.
Não ocorrem dois ou três eclipses por mês porque,
como já foi dito, o plano da órbita da Lua em torno da
Terra é diferente do plano da órbita da Terra ao redor do
Sol. Isso faz com que a Lua gire um pouco acima ou um pouco
abaixo do plano da órbita da Terra. Só podemos ter eclipses se
a Lua estiver sobre a linha de interseccão desses planos
(chamada linha nodal). Isso ocorre penas em algumas épocas
do ano.
O eclipse lunar serve também como prova da
esfericidade da Terra. Durante um eclipse lunar, a Terra
encobre a Lua ou parte dela com sua sombra. Ora, como
a sombra da Terra projetada na Lua tem formato circular, é
de se esperar que a Terra tenha formato parecido, ou seja,
que a Terra é redonda. Esse foi um dos argumentos
usados pelos primeiros defensores da esfericidade da
Terra.
Tipos de Eclipses
Penumbra
A sombra da Lua
atinge algumas
regiões da Terra
Eclipse Lunar
Lua
Penumbra
Penumbra
por mês?
Lua
Terra
O plano da órbita da Lua
ao redor da Terra
não é o mesmo que o da
Lua
órbita da Terra ao redor do Sol
Eclipses e fases da Lua
Eclipse
Plano da órbita lunar
Lunar
T L
S LC
Lua no cone
de sombra
da Terra
Terra
LC
LN
Eclipse Lua acima
S Terra da eclítica
Solar
L
Eclítica T
S
Eclipses
Período de Saros, 18 anos, 11 dias + 1/3 dia,
para um mesmo tipo de eclípse se repetir, mas
não no mesmo lugar da Terra.
Durante um Lua
eclipse lunar
vemos a sombra Sombra
da Terra da
projetada na Lua Terra
Marés
Se observarmos o nível do mar durante o intervalo de um
dia, por exemplo, perceberemos que o nível da água
muda. Vai de um extremo em que o nível está mais baixo -
maré baixa - até outro que ele está mais alto - maré alta.
Qual a causa dessas mudanças?
A principal causa das marés é a força gravitacional
exercida pela Lua sobre nosso planeta. O Sol também
colabora, porém em quantidade muito menor, por estar
muito mais afastado de nós.
Essa atração gravitacional rege as marés da seguinte
forma: vamos imaginar primeiro que todo nosso planeta
fosse coberto por água. A água, por ser líquida, não resiste
muito a essa atração gravitacional, e se desloca em direção
à origem da força.
A força gravitacional é a causadora das marés, como
descrito primeiramente por Isaac Newton. A Lua atrae mais
fortemente a porção de água que fica mais perto dela (P),
atrae um pouco menos a própria Terra, por estar um pouco
mais distante (C), e por fim atrai ainda menos a porção de
água atrás da Terra, mais distante (D). Isso provoca um
levantamento maior das águas na parte mais próxima da
Lua (P), mas também provoca um levantamento, menor, na
parte mais distante da Lua (D). Ou seja, “montanhas” de
água estarão sempre no lado mais próximo da Lua, e no
lado mais distante, mas sempre acompanhando a linha
Terra-Lua.
Sabemos também que as marés variam diariamente
em qualquer ponto da Terra. Isso acontece porque a Terra
gira, e assim determinado ponto é levado até uma região de
maré alta ou baixa.
A maré alta será ainda mais alta se a Lua e o Sol
estiverem alinhados, o que aconterce na Lua Nova.
Observando o nível do mar
Maré alta
Nível do mar
Maré baixa
P2
Forças causadoras
C P
das Marés
D
Lua
FD FC FP
P3 M m
Lua água
F=G 2
d
Lua
Maré alta
Maré
não tão alta
Maré baixa
Seqüência
da Maré
Efeitos das Marés
O atrito das águas com o fundo dos oceanos
causa desaceleração da rotação da Terra: há
400 milhões de anos o dia tinha 22 horas.
Fez com que a Lua passasse a apontar a
mesma face para a Terra: rotação síncrona.
A Lua se afasta da Terra cerca de 3 cm por
ano.
Precessão
Períodos
Um dia (período claro) e uma noite (período escuro)
definem naturalmente um período de tempo fundamental. Em
média o Sol demora o que chamamos de 1 dia, 24 horas,
para passar consecutivamente pelo mesmo meridiano
local. Dividindo esse intervalo em 24 partes iguais temos as
horas, e divindo as horas em 60 partes iguais teremos os
minutos. Estes por sua vez divididos em 60 partes iguais
definem o segundo. Daqui para a frente a divisão é por dez,
definindo o décimo, o centésimo, etc, de segundo.
Dissemos que em média o Sol demora 24 horas para
retornar ao mesmo meridiano, pois, seu movimento não é
uniforme. A Terra não revoluciona o Sol com velocidade
constante: ela é mais rápida em janeiro, quando está
levemente mais perto do Sol e mais lenta em julho, quando
está levemente mais longe do Sol.
O período conhecido por semana ao que tudo indica
não está ligado à astronomia. Os Judeus, e posteriormente os
Romanos, tinham o costume de se abster por um dia a cada
período de sete. Os Romanos acabaram associando esses
sete dias aos sete deuses conhecidos, conforme a tabela no
slide.
O período compreendido entre duas fases
consecutivas da Lua é denominado de Lunação, ou Mês
Sinódico, e dura aproximadamente 29.530589 dias. Isso
permitiu que se agrupasse os dias em blocos de 29 ou 30, com
o nome de Mês Lunar.
Ano Trópico ou Ano Solar
O período entre duas primaveras, ou qualquer outra
estação do ano, se chama ano trópico ou solar e
corresponde a aproximadamente 365 dias, mais
precisamente 365,242199 dias.
Construir um calendário consiste em agrupar
um número inteiro de meses, cada um com um
número inteiro de dias, que no final resultem em
365,242199 dias. Isso é possível, na verdade,
aproximadamente, sendo necessárias correções de
tempos em tempos.
Nosso calendário atual é chamado de Gregoriano,
após a reforma feita no calendário Juliano em 1582,
ordenada pelo papa Gregorio XIII. Pequenas correções
atuais fazem com que o erro desse calendário seja da
ordem de um dia a cada 20.000 anos! Nada mal.
Períodos
importantes
Os fenômenos envolvendo Sol - Terra - Lua,
bem como os planetas conhecidos na antiguidade,
Mecúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno,
definem os seguintes períodos importantes:
eclítica Sol
Equador
Crescente Minguante
365,2421970