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A HORA DA ESTRELA

Clarice Lispector
CLARICE LISPECTOR
 Uma escritora decidida a
desvendar as
profundezas da alma;
 Nasceu na ucrânia, mas
durante a guerra civil
russa 1922, mudou-se
para Maceió (BRASIL);
 Aos 19 anos, começou
sua trajetória literária;
 Morreu aos 56 anos.
CARACTERISTICAS DE
CLARISSE
Nas obras de Clarice se destacam:
 O emprego intenso da metáfora,
 O fluxo da consciência (epifania),
 Ausência de ação exterior – quase não há enredo –
repercussão dos fatos na personagem
 Personagens “sem importância” social, justamente
para criticar a sociedade.
 A representação do pensamento não é feita de
forma linear, é livre e desordenada.
 É possível ainda identificar a introspecção na
técnica de desenvolvimento de texto.
“Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a
vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o
sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.
Que ninguém se engane, só consigo a simplicidade através de muito trabalho.
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar
pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia
os monstros apocalípticos? Se esta história não existe passará a existir. Pensar é um ato.
Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que escrevo o que estou escrevendo. Deus é o
mundo. A verdade é sempre um contato interior inexplicável. A minha vida a mais verdadeira
é irreconhecível, extremamente interior e não tem uma só palavra que a signifique. Meu
coração se esvaziou de todo desejo e reduz-se ao próprio último ou primeiro pulsar. A dor de
dentes que perpassa esta história deu uma fisgada funda em plena boca nossa. Então eu
canto alto agudo uma melodia sincopada e estridente – é a minha própria dor, eu que carrego
o mundo e há falta de felicidade. Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas
nordestinas que andam por aí aos montes.”
("A Hora da Estrela", 1977)(Página 11)
GERAÇÃO DOS 45
 A terceira geração modernista nasce no contexto pós
2ª Guerra Mundial e, no Brasil, depois da ditadura
Vargas. Os novos tempos são de Guerra Fria e governo
JK.
 Terceira Fase Modernista (1945-1980), já inclui
aspectos pós-modernos, com rupturas entre a primeira
e a segunda fase.
 De tal modo, a geração de 45 reuniu artistas
preocupados em buscar uma nova expressão literária,
por meio da experimentação e inovações estéticas,
temáticas e linguísticas. E foram exploradas nesse
período, no entanto, de maneira mais intimista,
regionalista e urbana.
O livro
 O romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa,
que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por
um escritor fictício chamado Rodrigo S.M.
 O foco narrativo do livro acontece tanto no primeiro e na
terceira pessoa, pois a autora inventa um narrador (chamado
Rodrigo S.M.) e também um personagem, e assume a
narrativa como tal para contar a história de Macabéa.
 PERSONAGENS:
MACABÉA AS QUATRO MARIAS
OLIMPICO DE JESUS MADAMA CARTOLA
GLÓRIA O MÉDICO
SEU RAIMUNDO O NARRADOR
A TIA
A Hora da Estrela é o penúltimo romance e último livro
publicado em vida pela escritora brasileira Clarice
Lispector.
“A história de uma moça, tão pobre que só comia
cachorro quente. Mas a história não é isso, é sobre uma
inocência pisada, de uma miséria anônima.” Clarice
Lispector, sobre o livro, logo após sua publicação em
1977.
FRAGMENTOS DA ESTRELA
QUESTÕES
 (ACAFE) Sobre o romance A hora da estrela, de Clarice Lispector, é
FALSO afirmar que:
(A) ao ser atropelada e morta por um caminhão Mercedes Bens, a
protagonista tem, enfim, um grande momento, à maneira de uma
estrela de cinema, no centro da cena cinematográfica.
(B) narra a história de Macabéa, uma alagoana simples que se muda
para o Rio de Janeiro, onde passa a morar numa pensão.
(C) distante de seu meio, alheia ao mundo da cultura e sem
compreender claramente os valores que regem uma cidade grande e
competitiva como o Rio de Janeiro, Macabéa não consegue definir
sua própria identidade.
(D) opondo-se a um curso sentimental, retórico, ornamental da
poética nacional, a autora construiu uma poesia antilírica,
anticonfessional, presa ao real e dirigida ao intelecto.
(E) Olímpio, namorado de Macabéa e também nordestino, ao
contrário dela, deseja ascender na vida a qualquer preço.
  (PUC-CAMP) Maquiavel (...) admitia que a posição
dos subalternos é estratégica para a análise de
quem está por cima. Relacionando-se a frase acima
com o romance A hora da estrela, de Clarice
Lispector, verifica-se que a afirmação de Maquiavel
(A) se confirma, pois Rodrigo faz excelente análise
das classes privilegiadas.
(B) se confirma, pois Macabéa faz análise crítica do
poder de seus superiores.
(C) não se confirma, pois Rodrigo tem reduzida
consciência de sua classe social.
(D) não se confirma, pois Macabéa não tira proveito
crítico de sua posição.
(E) não se confirma, pois Olímpico não se interessa
por quem tem algum poder
 (FUVEST) A narração hesitante e digressiva, em constante autoexame, não se limita
apenas a registrar o sentimento de culpa do narrador, mas traduz, também, uma
autocrítica radical, em que ele questiona sua própria posição de classe e, com ela, a
própria literatura.
Esta afirmação aplica-se a:
(A) Memórias de um sargento de milícias
(B) Memórias póstumas de Brás Cubas
(C) Morte e vida severina
(D) O primo Basílio
(E) A hora da estrela
  (FUVEST) Sobre o narrador de A hora da estrela, de Clarice Lispector, pode-se afirmar
que:
(A) é do tipo observador, pois revela não ter conhecimento sobre o que se passa no
universo sentimental e psíquico da personagem (Macabéa).
(B) é onisciente, pois assume o papel de criador de uma vida, sobre a qual detém todas as
informações; o poder da onisciência é, para ele, fonte de satisfação, pois Rodrigo S.
percebe que os fatos dependem de seu arbítrio.
(C) é do tipo observador, pois limita-se a descrever superficialmente as emoções de
Macabéa, o que fica evidente nas ocorrências enigmáticas do termo “explosão“,
apresentado sempre entre parênteses.
(D) constitui-se como um personagem, pois narra em primeira pessoa; não há, entretanto,
referências à sua história pessoal, visto que seu objetivo é falar sobre um personagem de
ficção (Macabéa).
(E) é um dos personagens do livro; entretanto, ao apresentar-se não só como narrador,
mas também como criador da história, problematiza a essência da literatura de ficção, que
reside na recriação arbitrária do real.

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