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MENSURAÇÃO DE VALOR JUSTO


IMPAIRMENT
IFRS - US GAAP - BR GAAP
CLÓVIS LUIS PADOVEZE
JOUBERT DA SILVA JERÔNIMO LEITE
jeronimo@contabilidadeapice.com
SÉRGIO DOUGLAS VILELA
sergio@contabilidadeapice.com

Outubro de 2012
OBJETIVOS
Apresentar, analisar, debater e aplicar as normas
contábeis internacionais, brasileiras e norte-americanas
(IFRS, BR GAAP e US GAAP), que tratam dos processos
de mensuração e reconhecimento de valor justo de
ativos e passivos, e de avaliação do valor recuperável de
ativos (teste de impairment), aplicáveis às empresas de
pequeno, médio e grande portes.

3
AGENDA TÉCNICA
1) Mensuração de valor justo; e

2) Teste de recuperabilidade ativos –


impairment

IFRS – US GAAP – BR GAAP

5
PALESTRANTES E CONSULTORES
Prof. Dr. Clóvis Luis Padoveze

 Consultor Associado e Instrutor da “Ápice Auditoria, Consultoria e Contabilidade”, de Goiânia/GO;


 Doutor em Controladoria e Contabilidade pela FEA-USP;
 Mestre em Ciências Contábeis pela PUC-SP;
 Controller e Consultor de Grandes Empresas Nacionais e Multinacionais, com mais de 22 anos de
Experiência;
 Professor de Contabilidade e Controladoria do Mestrado Profissional em Administração da UNIMEP;
 Professor e Instrutor da Escola de Negócios da Paraíba (ENP);
 Consultor com mais de 300 Treinamentos Empresariais Conduzidos;
 Autor dos Livros:

Manual de Contabilidade Internacional – IFRS – US GAAP – BR GAAP – Ed. Cengage


Controladoria Estratégica e Operacional - Ed. Pioneira Thomson
Curso Básico Gerencial de Custos – 2ª Ed. Ed. Pioneira Thomson
Contabilidade Gerencial, 5a. ed., Ed. Atlas
Manual de Contabilidade Internacional – Ed. Cengage
Controladoria Avançada – Ed. Pioneira Thomson
Sistemas de Informações Contábeis, 5a. ed., Ed. Atlas
Administração Financeira de Empresas Multinacionais – Ed. Pioneira Thomson
Análise das Demonstrações Financeiras – 2ª. Ed. Pioneira Thomson
Controladoria Básica - Ed. Pioneira Thomson
Manual de Contabilidade Básica, 6a. ed., Ed. Atlas
Introdução à Administração Financeira – Ed. Pioneira Thomson
Introdução à Contabilidade – para não contadores – Ed. Pioneira Thomson
Planejamento Orçamentário – Ed. Pioneira Thomson 7
Prof. Ms. Joubert da Silva Jerônimo Leite

 Diretor Executivo da “Ápice Auditoria, Consultoria e Contabilidade”; de Goiânia/GO;


 Doutorando em Ciências Contábeis pela American World University – AWU, Estado de Yowa, Estados Unidos;
 Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica pelo Centro Universitário Álvares Penteado – UNIFECAP,
de São Paulo;
 Sócio-Fundador, Diretor Acadêmico e Professor Titular da Escola de Negócios da Paraíba (ENP), de
João Pessoa/PB;
 Especialista em auditoria, consultoria e perícia com trabalhos focados em Contabilidade Societária (IFRS, US
GAAP e BR GAAP) Finanças e Controladoria, com mais de 16 anos de experiência atuando em empresas como:
Petrobras (Brasil), Klabin (Brasil), Chem-Trend (Estados Unidos), Saint-Gobain (França), Serasa Experian
(Irlanda), RR do Brasil (Itália), Reckitt Benckiser (Reino Unido), dentre outras;
 Consultor Global Certificado e Instrutor do Institute for International Research do Brasil – IIR, Informa
Group (Grupo inglês, líder mundial em treinamentos corporativos para executivos com atuação em mais de 40
países);
 Professor Titular do MBA em Contabilidade Internacional da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
(PUC-Campinas);
 Professor do MBA em Finanças e Controladoria da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP);
 Consultor e Instrutor de cursos e treinamentos empresariais sobre Contabilidade Internacional,
Controladoria e Finanças promovidos em todo o Brasil, conduzindo mais de 280 treinamentos;
 Autor do Livro “Manual de Contabilidade Societária e Regulatória Aplicável a Entidades do Setor Elétrico”,
Editora Cengage Learning, São Paulo, 2012;
 Coautor do Livro “Manual de Contabilidade Internacional: IFRS, US GAAP e BR GAAP – Teoria e Prática”,
Editora Cengage Learning, São Paulo, 2011;
 Coautor do livro “Estratégia Organizacional”, Akademika Editora, Campinas, 2006;
 Coautor do livro “Tópicos Avançados em Finanças no Brasil”, Alínea Editora, Campinas, 2005. 8
Prof. Ms. Sérgio Douglas Vilela

 Vice-Presidente da “Ápice Auditoria, Consultoria e Contabilidade”, de Goiânia/GO;


 Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP);
 Especialista em Auditoria e Análise de Balanço pela Universidade Católica de Goiás;
 Foi Contador Gerente da Holding Inco Brasil Ltda e de suas controladas e coligadas no Brasil, por
mais de 15 anos;
 Consultor com ampla experiência nas áreas: contábil, tributária, financeira, controladoria e US
GAAP;
 Professor em cursos de graduação e de pós-graduação de diversas instituições de ensino de
Goiás;
 Ex-Coordenador dos cursos de graduação e de pós-graduação da área de negócios das
Faculdades Alves Faria (Administração, Ciências Contábeis e Economia).

9
NORMAS CONTÁBEIS INTERNACIONAIS,
NORTE-AMERICANAS E BRASILEIRAS
MENSURAÇÃO DE VALOR JUSTO:

IFRS: IFRS 13, do IASB (entrará em vigor a partir de 1°.01.2013);


US GAAP: SFAS 157, do FASB;
BR GAAP: ainda não há norma específica do CPC.
Observação: são semelhantes em seus aspectos relevantes.

IMPAIRMENT:

IFRS: IAS 36, do IASB;


US GAAP: SFAS 144, do FASB;
BR GAAP: CPC 01 (R1), do CPC.
Observação: as normas internacionais e brasileiras são
semelhantes em seus aspectos relevantes. Porém, divergem em
dois pontos da norma norte-americana. 11
DEFINIÇÕES DE VALOR JUSTO
IFRS – US GAAP – BR GAAP

12
Definições de Valor Justo

 Inicialmente o termo Fair Value (Valor Justo) representava o


montante que os investidores consideravam um “retorno justo”.

 Este conceito tem sido utilizado desde o final do século


passado.

 Alguns autores relatam que a utilização conceitual foi


expandida:
 por pressão das empresas de utilidade pública, que desejavam
o cômputo de valores correntes, e,
 pelos tribunais, que decidiram exigir a sua aplicação, a fim de
garantir uma apresentação mais adequada dos fatos relevantes
nas demonstrações contábeis. 13
Definições de Valor Justo

 A grande questão está em como determinar o verdadeiro “valor


econômico” (valor justo) dos ativos líquidos de uma companhia,
numa negociação entre partes conhecedoras do assunto.

 A “subjetividade” é parte integrante do processo de avaliação e


mensuração do valor justo (valor econômico), pois as
preferências pessoais dos agentes negociadores podem
influenciar a sua determinação.

 Então, como a “Contabilidade” pode fazer para determinar o


valor justo com clareza, um certo grau de objetividade,
consistência e coerência?
14
Definições de Valor Justo

 Definição da IFRS 13, do IASB:

“…o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou


um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e
dispostas, em uma transação sem favorecimentos”.

 Definição do SFAS 157, do FASB:

“...preço que poderia ser recebido pela venda de um ativo


ou pago pela transferência de um passivo em uma
transação ordenada entre participantes do mercado, sem
favorecimentos.” 15
Definições de Valor Justo

 Definição de alguns pronunciamentos contábeis do CPC,


tais como: CPC 02 (R2), CPC 04 (R1), CPC 10 (R1), CPC 15
(R1) e CPC 16 (R1):

“Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,


ou um passivo liquidado, entre partes interessadas,
conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória.”
16
MENSURAÇÃO DE VALOR JUSTO EM IFRS

17
Valor Justo e IFRS

 A principal Norma Contábil Internacional que trata do assunto


mensuração de valor justo é:

 IFRS 13, do IASB – Fair Value Measurement.

 Inicialmente, aplica-se a todos os pronunciamentos que


referem-se a valor justo.

 Os principais métodos que podem ser utilizados na


determinação do valor justo são:

 Valor de mercado;
 Custo de reposição;
 Fluxo de caixa descontado. 18
MENSURAÇÃO DE VALOR JUSTO EM US GAAP

19
Valor Justo e US GAAP

 A principal Norma Contábil Norte-Americana que regulamenta


o processo de mensuração do valor justo é:
 SFAS 157, do FASB – Fair Value Measurements.

 Inicialmente, aplica-se a todos os pronunciamentos que


referem-se a valor justo.
 Os principais métodos que podem ser utilizados na
determinação do valor justo são:
 Valor de mercado;
 Custo de reposição;
 Expectativa de obtenção de benefícios futuros. 20
Valor Justo e US GAAP

Níveis Hierárquicos:

 Valor de Mercado: Provável valor de realização de um ativo


ou liquidação de um passivo, na data da avaliação (Nível 1).
 Custo de Reposição: Valor que se pagaria para repor o bem,
levando em consideração sua utilidade e obsolescência (Nível
2).
 Expectativa de Obtenção de Benefícios Futuros: Projeção de
resultados futuros (Fluxo de Caixa) trazidos à valor presente
através de taxa de atratividade que reflete o custo de
oportunidade dos provedores de capital (Nível 3). 21
Valor Justo e US GAAP

Reconhecimento:

 Inicial: Ocorre na “combinação de negócios” quando os ativos


e passivos adquiridos são avaliados e contabilizados com
base nos seus valores justos.
 Recorrente: Ocorre no caso de “ativos financeiros disponíveis
para venda” em que as mudanças (ganhos e perdas) no valor
justo são reconhecidas quando incorridas.
 Não Recorrente: Ocorre quando o valor justo é utilizado para
mensurar o efeito de uma perda de substância econômica de
ativos, por exemplo: “Impairment”. 22
MENSURAÇÃO DE VALOR JUSTO EM BR GAAP

23
Valor Justo e BR GAAP
 Algumas das principais normas brasileiras do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC que usam o valor justo na avaliação e mensuração de ativos
e passivos são:

 CPC 01 (R1) – Impairment;


 CPC 02 (R2) - Efeitos Cambiais e Conversão de Demonstrações Contábeis;
 CPC 04 (R1) - Ativos Intangíveis;
 CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado em Ações;
 CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios;
 CPC 16 (R1) – Estoques.
 Os principais métodos que podem ser utilizados na determinação do valor
justo são:

 Valor de mercado;
 Valor de mercado de similares;
 Custo de reposição;
24
 Fluxo de caixa descontado.
Valor Justo e BR GAAP

 O CPC 04 (R1) determina que um ativo intangível adquirido


numa combinação de negócios, que possa ser identificado
individualmente e separado dos demais, seja avaliado e
mensurado a valor justo.

 Os preços de mercado cotados em mercado ativo oferecem


uma estimativa confiável do valor justo de ativo intangível. O
preço de mercado adequado costuma ser o preço corrente de
oferta de compra. Se não estiver disponível, o preço da
operação similar mais recente pode oferecer uma base de
estimativa do valor justo, desde que não tenha ocorrido
nenhuma mudança econômica significativa entre a data da
operação e a data em que o valor justo do ativo é estimado.
25
Valor Justo e BR GAAP

 Caso não exista mercado ativo para um ativo


intangível, o seu valor justo será o valor que
a entidade teria pago por ele, na data de
aquisição. Na apuração desse valor, a
entidade deve considerar o resultado de
operações recentes com ativos similares.

26
Valor Justo e BR GAAP

 As entidades envolvidas na compra e venda de ativos intangíveis


exclusivos (ou únicos) podem desenvolver técnicas para mensurar
indiretamente os seus valores justos. Essas técnicas podem ser
utilizadas para a mensuração inicial de ativo intangível adquirido
em uma combinação de negócios se o seu objetivo for estimar o
valor justo e se refletirem operações correntes no setor a que
esses ativos pertencem. Tais técnicas incluem, conforme o caso:
(a) a aplicação de múltiplos que refletem as atuais operações de
mercado a indicadores que determinam a rentabilidade do ativo
(tais como: receitas, participação de mercado e lucro operacional)
ou o fluxo de royalties que pode ser obtido com o licenciamento do
ativo intangível a terceiros em operação sem favorecimento; ou
(b) a estimativa de fluxo de caixa futuro líquido descontado gerado por
esse ativo. 27
ESTUDO DE CASO DE MENSURAÇÃO E
RECONHECIMENTO DE VALOR JUSTO

28
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

Mensuração, Reconhecimento e Avaliação de


Valor Justo de Ativos Financeiros Disponíveis
para Venda – Grandes Empresas

 A empresa adquiriu a vista títulos do governo em 30


de abril de X1 por R$40.000, com renda mensal de
R$120 e vencimento em 30 de abril de X4. Os
gestores da empresa têm a intenção de vender esses
títulos em X3 e o seu valor de mercado em 31 de
dezembro de X1 é de R$44.000.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Resumo:

 30.04.X1 = Aquisição por R$40.000 e rendimento mensal de R$120


 31.12.X1 = Valor de mercado é de R$44.000
 X3 = Intenção de venda
 30.04.X4 = Vencimento

Mensuração e reconhecimento pela sistemática antiga em BR


GAAP: os títulos e valores mobiliários eram mensurados e reconhecidos
pelo custo de aquisição mais rendimentos.
Mensuração e reconhecimento pela sistemática nova em IFRS e
BR GAAP: os títulos e valores mobiliários classificados como
disponíveis para venda são mensurados e reconhecidos inicialmente
pelo custo de aquisição, ajustado pelos rendimentos e variações no
valor justo até a sua realização financeira (venda).
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Mensuração e Reconhecimento:

a) Aquisição dos Títulos em 30.04.X1 = R$40.000

Débito = Títulos disponíveis para venda (Ativo Circulante)


Crédito = Banco (Caixa e Equivalentes – Ativo Circulante)

b) Rendimento Financeiro em 31.12.X1 = R$960 (8


meses X R$120)

Débito = Títulos disponíveis para venda (Ativo Circulante)


Crédito = Receita financeira (Resultado)
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Mensuração e Reconhecimento:

c) Ganho não Realizado – Ajuste a Valor Justo (valor de mercado)


em 31.12.X1 = R$3.040 (R$44.000 – R$40.000 – R$960)
Débito = Títulos disponíveis para venda (Ativo Circulante)
Crédito = Ajustes de avaliação patrimonial de títulos disponíveis para
venda (Outros Resultados Abrangentes - Patrimônio Líquido)

d) Impostos Diferidos sobre Ganho não Realizado em 31.12.X1 =


R$1.034 (R$3.040 X 34%)
Débito = Ajustes de avaliação patrimonial de títulos disponíveis para
venda (Outros Resultados Abrangentes - Patrimônio Líquido)
Crédito = Impostos diferidos (Passivo Não Circulante)
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:

Sistemática antiga em BR GAAP: os títulos e valores mobiliários eram


mensurados e reconhecidos pelo custo de aquisição mais rendimentos.
Sistemática nova em IFRS e BR GAAP: os títulos e valores mobiliários
classificados como disponíveis para venda são mensurados e reconhecidos
inicialmente pelo custo de aquisição, ajustado pelos rendimentos e variações no
valor justo até a sua realização financeira.

Ativo Circulante em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:


Títulos e valores mobiliários = R$40.960 (custo + rendimentos)

Ativo Circulante em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:


Títulos e valores mobiliários = R$44.000 (custo + rendimentos + valor justo)

Diferença de “R$3.040” inerente a um ganho não realizado com a


valorização do título, que impacta diretamente os “índices de
liquidez” na análise econômico-financeira.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:

Liquidez Corrente em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:

Ativo Circulante (AC) = R$100.960

Caixa e equivalentes de caixa = R$10.000


Títulos e valores mobiliários = R$40.960
Contas a receber = R$20.000
Estoques = R$30.000

Passivo Circulante (PC) = R$80.000

Liquidez Corrente = AC = R$100.960 = R$1,26


PC R$80.000
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:

Liquidez Corrente em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Ativo Circulante (AC) = R$104.000

Caixa e equivalentes de caixa = R$10.000


Títulos e valores mobiliários = R$44.000
Contas a receber = R$20.000
Estoques = R$30.000

Passivo Circulante (PC) = R$80.000

Liquidez Corrente = AC = R$100.960 = R$1,30


PC R$80.000
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Liquidez Corrente em 31.12.X1 – Comparação:

Liquidez Corrente (sistemática antiga em BR GAAP) = R$1,26

Liquidez Corrente (sistemática nova em IFRS e BR GAAP) = R$1,30

Análise conservadora: podem ser excluídos os ganhos e


perdas não realizados com os valores justos, como forma
de minimizar o risco da incerteza.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Passivo Não Circulante em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:

Sem impacto, pois não há ajustes contábeis de impostos diferidos de valor justo.

Passivo Não Circulante em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Impostos diferidos = R$1.034 (impostos diferidos de valor justo)

Diferença de “R$1.034” inerente a um ganho não realizado com a


valorização do título, que impacta diretamente os “índices de
liquidez, estrutura e endividamento” na análise econômico-
financeira.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:

Liquidez Geral em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:

Ativo Circulante (AC) = R$100.960

Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo (ARLP) = R$200.000

Passivo Circulante (PC) = R$80.000

Passivo Não Circulante (PNC) = R$100.000


Empréstimos e Financiamentos = R$100.000

Liquidez Geral = AC + ARLP = R$300.960 = R$1,67


PC + PNC R$180.000
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:

Liquidez Geral em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Ativo Circulante (AC) = R$104.000

Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo (ARLP) = R$200.000

Passivo Circulante (PC) = R$80.000

Passivo Não Circulante (PNC) = R$101.034


Empréstimos e Financiamentos = R$100.000
Impostos Diferidos = R$1.034

Liquidez Geral = AC + ARLP = R$304.000 = R$1,68


PC + PNC R$181.034
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Liquidez Geral em 31.12.X1 – Comparação:

Liquidez Geral (sistemática antiga em BR GAAP) = R$1,67

Liquidez Geral (sistemática nova em IFRS e BR GAAP) = R$1,68

Análise conservadora: podem ser excluídos os ganhos e


perdas não realizados com os valores justos, como forma
de minimizar o risco da incerteza.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Patrimônio Líquido em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:

Sem impacto, pois não há ajustes contábeis de valor justo.

Patrimônio Líquido em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Ajustes de avaliação patrimonial – Outros resultados abrangentes = R$2.006


(valor justo – impostos diferidos)

Diferença de “R$2.006” inerente a um ganho não realizado


com a valorização do título, que impacta diretamente os
“índices de estrutura, endividamento, rentabilidade e
imobilização do patrimônio líquido” na análise econômico-
financeira.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP
 Avaliação:
Imobilização do Patrimônio Líquido em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAP:

Ativo Circulante (AC) = R$100.960


Ativo Não Circulante = R$800.000
Realizável a Longo Prazo = R$200.000
Investimento (AP) = R$50.000
Imobilizado (AP) = R$500.000
Intangível (AP) = R$50.000
Passivo Circulante (PC) = R$80.000
Passivo Não Circulante (PNC) = R$100.000
Patrimônio Líquido (PL) = R$720.960
Capital Social = R$500.000
Reserva de Lucros = R$220.960

Imobilização do PL = AP = R$600.000 = 0,83222


PL R$720.960
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:
Imobilização do Patrimônio Líquido em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Ativo Circulante (AC) = R$104.000


Ativo Não Circulante = R$800.000
Realizável a Longo Prazo = R$200.000
Investimento (AP) = R$50.000
Imobilizado (AP) = R$500.000
Intangível (AP) = R$50.000
Passivo Circulante (PC) = R$80.000
Passivo Não Circulante (PNC) = R$101.034
Patrimônio Líquido (PL) = R$722.966
Capital Social = R$500.000
Reserva de Lucros = R$220.960
Outros Resultados Abrangentes = R$2.006

Imobilização do PL = AP = R$600.000 = 0,82991


PL R$722.966
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Imobilização do Patrimônio Líquido em 31.12.X1 –


Comparação:

Imobilização do PL (sistemática antiga em BR GAAP) = 0,83222

Imobilização do PL (sistemática nova em IFRS e BR GAAP) = 0,82991

Análise conservadora: podem ser excluídos os ganhos e


perdas não realizados com os valores justos, como forma
de minimizar o risco da incerteza.
Valor Justo
Caso de Mensuração, Reconhecimento e
Avaliação em IFRS e BR GAAP

 Avaliação:

Resultado em 31.12.X1 – Sistemática Antiga em BR GAAP:

Receita financeira = R$960 (rendimentos).

Resultado em 31.12.X1 – Sistemática Nova em IFRS e BR GAAP:

Receita financeira = R$960 (rendimentos).

Não há diferença.
IMPAIRMENT
IFRS, US GAAP E BR GAAP

46
Definições

O impairment é o instrumento utilizado


para adequar o ativo a sua real capacidade
de retorno econômico. Significa dano,
deterioração, desvalorização

O impairment é aplicado, principalmente,


em ativos relevantes de longa duração,
quais sejam, ativos tangíveis e intangíveis,
goodwill, investimentos societários, dentre
outros. 47
Objetivo

 O objetivo do CPC 01 (R1), IAS 36 e SFAS 144 é


definir procedimentos visando a assegurar que os
ativos não estejam registrados contabilmente por
um valor superior àquele passível de ser recuperado
por uso ou por venda.

 Caso existam evidências claras de que ativos estão


avaliados por valor não recuperável no futuro, a
entidade deverá imediatamente reconhecer a
desvalorização por meio da constituição de provisão
para perdas ajustada no resultado.
48
Alcance

As normas CPC 01 (R1), IAS 36 e SFAS 144


são de natureza geral e se aplica a todos os
ativos relevantes mantidos e utilizados
relacionados às atividades industriais,
comerciais, financeiras, de serviços e
outras.

49
Alcance

Principais ativos relevantes sujeitos a


avaliação:

 Ativos financeiros avaliados pelo custo;


 Investimentos societários;
 Imobilizado de longa duração vinculado às
operações;
 Intangível.
50
Definições

 Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de


ativos que gera as entradas de caixa resultantes de uso contínuo,
que são em grande parte independentes das entradas de caixa
de outros ativos ou de grupos de ativos (Exemplos: linhas de
produtos, segmentos de negócios, unidades, plantas, escritórios,
dentre outros).
 Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um
ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em
bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas,
menos as despesas estimadas de venda.
 Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros
estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa.
 Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de
caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo
e seu valor em uso.
51
Definições

Exemplo de Unidade Geradora de Caixa

Se houver qualquer indicação de que um ativo possa estar desvalorizado, o valor


recuperável deve ser estimado individualmente para cada ativo. Se não for possível
estimar o valor recuperável individualmente, a entidade deve determinar o valor
recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

1. Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte
às suas atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor
(residual) de sucata e ela não gera entradas de caixa provenientes de uso contínuo
que sejam em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de
outros ativos da mina.

2. Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro porque seu valor em
uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata.
Portanto, a entidade estima o valor recuperável da unidade geradora de caixa à
qual a estrada de ferro pertence, isto é, a mina como um todo. 52
Definições

EXEMPLO DE IMPAIRMENT PARA O IMOBILIZADO

Exemplo de Impairment em BR GAAP de Unidade Geradora de Caixa


(linha de produtos):

Valor Contábil Líquido = R$1.000.000


Valor em Uso = R$950.000 Valor Recuperável
Valor Líquido de Venda = R$900.000

Perda = R$50.000 (R$1.000.000 - R$950.000)

Débito = Perda por desvalorização de ativos (Resultado)


Crédito = Perda por desvalorização de ativos (Redutora do Ativo)

PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO/PRUDÊNCIA 53
Identificação de
Ativos Desvalorizados

Um ativo está desvalorizado quando seu


valor contábil excede seu valor recuperável.

54
Identificação de
Ativos Desvalorizados

Uma entidade deve avaliar em cada data de balanço se há


qualquer indicação de que um ativo possa ter sofrido
desvalorização (estar com impairment):

 Se existir qualquer indicação, a entidade deve estimar o


valor recuperável do ativo.

Independentemente de existir ou não qualquer indicação de


impairment, uma entidade deve também testar anualmente:

 Goodwill (ágio por expectativa de rentabilidade futura);

 Ativos intangíveis com vida útil indefinida ou ainda não


disponíveis para uso. 55
Identificação de
Ativos Desvalorizados

Os fatores que indicam a necessidade de aplicação do teste de impairment


são:

Fontes Externas de Informação:


 diminuição significativa do preço de mercado do ativo;
 alteração relevante com efeito adverso na empresa, relativa ao ambiente
econômico, tecnológico, mercadológico ou legal;
 diminuição do valor de mercado da empresa com relação ao valor contábil dos seus
ativos líquidos escriturados.

Fontes Internas de Informação:


 mudança significativa na forma de utilizar o bem que reduza sua vida útil;
 obsolescência ou danificação do bem;
 expectativa real de que o ativo será vendido ou baixado antes do término de sua
vida útil anteriormente prevista;
 indicação em relatórios internos de avaliação de desempenho que o ativo avaliado
não terá o resultado esperado. 56
Identificação de Ativos Desvalorizados

ATIVOS SUJEITOS A AVALIAÇÃO

1) Ativos financeiros avaliados pelo custo:


 Sérios problemas financeiros com o emissor do título, tais como: passivo
a descoberto, recuperação judicial, falência, etc.
2) Investimentos societários:
 Sérios problemas financeiros com a controlada, tais como: passivo a
descoberto, recuperação judicial, falência, etc.
3) Imobilizado de longa duração vinculado às operações:
 Redução significativa nos preços de mercado, séria danificação,
significativa obsolescência, mudança relevante na forma de utilizar o bem
que reduza a sua vida útil, etc.
4) Intangível:
 indicação em relatórios internos de avaliação de desempenho que o ativo
avaliado não terá o resultado esperado, redução significativa nos preços
de mercado da empresa, significativa obsolescência, etc. 57
Mensuração do
Valor Recuperável

A perda por impairment deve ser reconhecida quando


o valor contábil do ativo for superior ao seu valor
recuperável (fair value). Os principais métodos para
determinar o recuperável:

Valor em uso: fluxo de caixa descontado;

Valor líquido de venda: preço de venda do ativo menos as


despesas estimadas para vendê-lo, valor de mercado do ativo
ou de similar;

58
Mensuração
do Valor em Uso
Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em uso
do ativo:

a) estimativa dos fluxos de caixa futuros antes dos impostos sobre a renda
que a entidade espera obter com esse ativo ou unidade geradora de
caixa;

b) expectativas sobre possíveis variações no montante ou período desses


fluxos de caixa futuros;

c) o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre


de risco;

d) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e

e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado


iriam considerar ao determinar os fluxos de caixa futuros que a entidade
59
espera obter com o ativo.
Mensuração
do Valor em Uso

A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes


passos:
(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso
contínuo do ativo e de sua baixa final, para um período máximo
de cinco anos, a menos que se justifique, fundamentadamente,
um período mais longo; e
(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa
futuros, antes dos impostos, que reflita as avaliações atuais de
mercado.
Exemplo: a taxa de avaliação atual de mercado do ativo é o retorno que
os investidores exigiriam se eles tivessem que escolher um investimento
que gerasse fluxos de caixa de montantes, tempo e perfil de risco
equivalentes àqueles que a entidade espera extrair do ativo. Pode ser o
60
custo médio ponderado de capital.
Mensuração
do Valor em Uso

As estimativas de fluxos de caixa futuros não


devem incluir:

a. entradas ou saídas de caixa provenientes de


atividades de financiamento; ou

b. recebimentos ou pagamentos de tributos sobre a


renda.

61
Mensuração
do Valor em Uso

Exemplo de Representação Gráfica do Fluxo de Caixa

Entradas $ 30.000 $ 50.000 $ 40.000

Tempo
Períodos 0 1 2 3 4

Saídas $ 50.000 $ 50.000


62
Mensuração
do Valor em Uso
Exemplo de Mensuração do Valor em Uso
Fluxo Líquido Taxa de Fluxo
Períodos de Caixa Desconto Descontado

Ano 1 1.850.000 1,1200 1.651.786

Ano 2 2.120.000 1,2544 1.690.051

Ano 3 2.380.000 1,4049 1.694.037

Ano 4 2.740.00 1,5735 1.741.320

Ano 5 2.920.000 1,7623 1.656.886

Total 12.010.000 8.434.080

Valor Líquido de Venda - - 6.903.693

63
Mensuração do
Valor Líquido de Venda

Os seguintes elementos devem ser considerados no cálculo do


valor líquido de venda do ativo ou unidade geradora de caixa:

a) Contrato de Venda Firme

A melhor evidência de um valor líquido de venda é um preço de


um contrato de venda firme em uma transação em bases
comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas,
ajustado por despesas adicionais que seriam diretamente
atribuíveis à venda do ativo.

Exemplos de despesas: despesas legais, taxas e impostos,


despesas de remoção do ativo e gastos para deixar o ativo na
condição de venda. 64
Mensuração do
Valor Líquido de Venda

b) Preço de Mercado

Se não houver contrato de venda firme, porém um ativo é negociado


em um mercado ativo, o valor líquido de venda é o preço de
mercado do ativo menos as despesas de venda. O preço de
mercado adequado é normalmente o preço atual de cotação. Os
preços de transações mais recentes podem ser utilizados como
base.
Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições
existem:
a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;
b) vendedores e compradores com disposição para negociar são
encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e
c) os preços estão disponíveis para o público. 65
Mensuração do
Valor Líquido de Venda

c) Melhor Informação Disponível

Se não houver um contrato de venda firme ou mercado ativo


para um ativo, o valor líquido de venda deve ser baseado na
melhor informação disponível para refletir o valor que uma
entidade possa obter, na data do balanço, para a baixa do ativo
em uma transação em bases comutativas, entre partes
conhecedoras e interessadas, após deduzir as despesas da baixa.
Ao determinar esse valor, a entidade deve considerar o resultado
de transações recentes para ativos semelhantes, do mesmo setor.

66
Ajustes da
Depreciação e Amortização

Após o reconhecimento de uma perda, a


depreciação e a amortização do ativo devem
ser ajustadas nos períodos futuros,
considerando a sua vida útil remanescente.

67
Reversão da
Perda por Desvalorização

BR GAAP E IFRS

Uma perda de um ativo, que não seja o goodwill,


reconhecida em períodos anteriores deve ser
revertida, até o limite do montante registrado, se
houver uma alteração nas estimativas do valor justo
do ativo.

US GAAP

Não há reversão de perda.


68
Principais Divulgações

 O valor da perda (reversão de perda) com desvalorizações


reconhecidas no período, e eventuais reflexos em reservas de
reavaliações;

 Os eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou


reversão da desvalorização;

 Relação dos itens que compõem a unidade geradora de caixa e uma


descrição das razões que justifiquem a maneira como foi identificada a
unidade geradora de caixa; e

 Se o valor recuperável é o valor líquido de venda, divulgar a base


usada para determinar esse valor e, se o valor recuperável é o valor do
ativo em uso, a taxa de desconto usada nessa estimativa. 69
Comparações entre Práticas
Contábeis

PROCEDIMENTOS SFAS 144 CPC 01 (R1)


E IAS 36
Avaliação do Fluxo de Caixa Não Fluxo de Caixa
Impairment Descontado Descontado
Cálculo do Valor da Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa
Perda Descontado Descontado
Reversão da Perda Não Sim

70
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

Para a simulação do teste de impairment de acordo com as


normas contábeis, foram utilizadas três situações distintas.

Situação 1 = refere-se ao teste em que não há perda de


valor por impairment;

Situação 2 = descreve o caso em que será necessário


reconhecer uma perda de valor por impairment; e

Situação 3 = descreve um caso em que há valorização dos


ativos.

71
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

1) VALOR RECUPERÁVEL – VALOR JUSTO:

Para cálculo do valor recuperável dos ativos foi adotada a


metodologia de fluxo de caixa descontado, considerando o valor
em uso.

Dado as peculiaridades dos ativos do segmento de produtos


farmacêuticos, não seria possível precisar valor de mercado, pois na
maioria das vezes não há mercado especifico e organizado para
esses bens, não sendo possível também determinar o valor de
mercado de bens similares, considerando que as características do
projeto o tornam particular, inclusive na composição dos ativos, não
sendo possível, portanto, a sua comparação com bens similares.
72
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

2) PROCEDIMENTO CONTÁBIL:

Os principais procedimentos contábeis para avaliação e cálculo do


impairment de acordo com as normas contábeis foi:

BR GAAP E IFRS avaliação e cálculo = comparar o valor contábil


líquido dos ativos com o valor recuperável estimado, considerando o
fluxo de caixa descontado (valor em uso).

US GAAP avaliação = comparar o valor contábil líquido dos ativos com


o valor recuperável estimado, considerando o fluxo de caixa não
descontado.
US GAAP cálculo = comparar o valor contábil líquido dos ativos com o
valor recuperável estimado, considerando o fluxo de caixa descontado.
73
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

3) FLUXO DE CAIXA:

A expectativa de obtenção de benefícios econômicos decorrentes


do segmento de produtos farmacêuticos (unidade geradora de
caixa) na conjuntura atual é de 25 anos.

As receitas, custos e despesas do fluxo de caixa foram projetadas


considerando, principalmente, as expectativas de produção e
mercado, bem como o histórico de crescimento do setor e do
segmento de produtos farmacêuticos, a partir do planejamento
financeiro da empresa.
74
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

4) SITUAÇÃO PATRIMONIAL – INFORMAÇÕES CONTÁBEIS:

A empresa apresentava a seguinte situação patrimonial:

1. No Balanço Patrimonial de X10, Ativos Imobilizados num montante


de $1.500. Desse total, $1.000 correspondiam a ativos de fabricação
de produtos farmacêuticos (máquinas, equipamentos e outros) -
unidade geradora de caixa.

2. A depreciação dos ativos segue o método das unidades produzidas.


As taxas de depreciação para os exercícios utilizados na simulação
foram estimadas em: 0,71% (X10), 0,71% (X11), 1,76% (X12) e
3,16% (X13).
75
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

O valor contábil dos ativos, ao final de X10, estava assim registrado (em
milhões $):

ATIVO IMOBILIZADO EM X10

Valor Contábil Bruto (custo histórico) 1.000


Depreciação Acumulada (170)

Valor Contábil Líquido 830

76
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO 1:

Ao final de X11 a Companhia realizou o teste de impairment para saber


se teria que registrar uma perda por desvalorização desses ativos. Para
tanto, considerou o valor em uso (BR GAAP e IFRS) e o fluxo de caixa
futuro (US GAAP) dos seus ativos.

Para cálculo do valor em uso, utilizou-se o fluxo de caixa futuro


proporcionado pelos ativos vinculados a unidade geradora de caixa.
Para o caso do valor presente do fluxo de caixa futuro, considerou-se
uma taxa livre de risco de 10%.

A tabela 1 a seguir mostra o fluxo de caixa vinculado aos ativos.

77
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica
TABELA 1 – FLUXO DE CAIXA
Ano Receita Custos e Tributos Fluxo de Caixa Não Fluxo de Caixa
Despesas Descontado Descontado (10%)
X11 178,8 27,6 47,1 104,2 104,2
X12 208,9 24,4 60,6 123,8 112,6
X13 183,5 20,3 55,0 108,2 89,4
X35 81,3 9,3 54,5 17,5 1,8
Total 3.035,9 322,4 990,8 1.723 837

1. Em BR GAAP e IFRS, primeiramente apurou-se o valor contábil liquido do


imobilizado, representado pelo seu valor líquido em X10 menos a taxa de
depreciação dos ativos no período, ou seja, $830 – ($830 x 0,71%) = $824;

2. Para a verificação do impairment comparou-se o valor contábil líquido com o valor


recuperável (valor em uso) de $837. Nesse caso, o valor contábil foi menor que o
valor em uso, não havendo perda por impairment ($824 < $837).
78
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO EM X11 US GAAP BR GAAP E IFRS

Valor Contábil Líquido 824 824


Fluxo de Caixa Nominal 1.723 -
Valor Recuperável (valor em uso) - 837
Perda por Impairment - -

A partir dos resultados do teste de impairment, não houve perda no valor econômico dos
ativos. Dessa maneira, o valor do ativo imobilizado permaneceu inalterado. A situação
patrimonial final pode ser observada assim:

ATIVO IMOBILIZADO EM X11 US GAAP BR GAAP E IFRS

Valor Contábil Líquido 824 824


Perda por Impairment - -
Valor Contábil Líquido 824 824
79
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO 2:

Ao final do exercício X12, ocorreram mudanças significativas na empresa,


principalmente em relação a capacidade de produção e das variáveis
macroeconômicas dos produtos farmacêuticos. Para efeito de projeção do fluxo
de caixa, considerou-se que os cenários vislumbrados pela Companhia se
deterioram enormemente, sendo que os principais fatores impactantes foram:

 a necessidade de melhorias no processo produtivo (aumento dos custos);


 a deterioração no cenário dos preços dos produtos farmacêuticos;
 séria danificação de ativos de produção;
 revisão da taxa de juros livre de risco, dado às condições micro e
macroeconômicas.

O novo fluxo de caixa evidencia a nova expectativa de retorno dos ativos.


80
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica
TABELA 2 – FLUXO DE CAIXA
Ano Receita Custos e Tributos Fluxo de Caixa Não Fluxo de Caixa
Despesas Descontado Descontado
(12%)
X11 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
X12 114,9 30,5 33,3 51,0 51,0
X13 100,9 25,3 30,2 45,3 40,5
X35 56,9 10,6 38,2 8,1 0,6
Total 1.799,5 351,6 581,1 801 335

1. Em BR GAAP e IFRS, o valor contábil líquido dos ativos em X12: valor líquido do
imobilizado em X11 menos a taxa de depreciação dos ativos no período, ou seja,
$824 – ($824 x 1,76%) = $810;

2. No teste de impairment o resultado apurado foi o seguinte: valor contábil líquido


em X11 menos o valor recuperável (valor em uso) igual a uma perda de $475
($810 - $335= $475).
81
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO EM X12 US GAAP BR GAAP E IFRS

Valor Contábil Líquido 810 810


Fluxo de Caixa Nominal 801 -
Valor Recuperável (valor em uso) 335 335
Perda por Impairment 475 475

O efeito da redução do valor do ativo por impairment foi o seguinte:

ATIVO IMOBILIZADO EM X12 US GAAP BR GAAP E IFRS

Valor Contábil Líquido 810 810


Perda por Impairment (475) (475)
Valor Contábil Líquido (recuperável) 335 335

82
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

CONTABILIZAÇÃO DA PERDA EM X12

DÉBITO = Perda por redução ao valor recuperável de ativos


imobilizados – impairment
(Resultado)

CRÉDITO = Perda por redução ao valor recuperável de ativos


imobilizados – impairment
(Redutora do Ativo)

VALOR = 475
83
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO 3:

As situações micro e macroeconômicas melhoraram, da mesma


forma que o custo do capital da Companhia reduziu, fazendo com
que a taxa livre de risco voltasse à condição de X11.

A tendência dos preços dos produtos melhorou. Além disso, com


as melhorias empregadas pela Companhia no decorrer de X13,
aumentaram as expectativas em relação a produção
significativamente, impactando na elevação das receitas previstas.

84
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica
TABELA 3 – FLUXO DE CAIXA
Ano Receita Custos e Tributos Fluxo de Caixa Não Fluxo de Caixa
Despesas Descontado Descontado
(10%)
X11 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
X12 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
X13 156,0 26,1 46,7 83,1 83,1
X35 69,1 11,0 46,4 11,8 1,4
Total 2.251,0 330,7 750,7 1.170 586

1. Em BR GAAP e IFRS, o valor contábil líquido dos ativos em X13: valor líquido do
imobilizado em X12 menos a taxa de depreciação dos ativos no período, ou seja,
$335 – ($335 x 3,16%) = $324;

2. No teste de impairment o resultado apurado foi o seguinte: o valor contábil


líquido em X12 foi menor que o valor recuperável (valor em uso), não ocorrendo
perda de valor, pelo contrário, os ativos valorizaram-se em $262 ($324- $586= -
$262). 85
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

SITUAÇÃO 3 EM X13 US GAAP BR GAAP-IFRS

Valor Contábil Líquido 324 324


Fluxo de Caixa Nominal 1.170 -
Valor Recuperável (valor em uso) - 586

Reversão de Perda por Impairment - (262)

86
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

CONTABILIZAÇÃO DA REVERSÃO DA PERDA


EM X13 EM BR GAAP E IFRS

DÉBITO = Reversão de perda por redução ao valor recuperável


de ativos imobilizados – impairment
(Ativo)

CRÉDITO = Reversão de perda por redução ao valor recuperável


de ativos imobilizados – impairment
(Resultado)

VALOR = 262
87
Estudo de Caso em
Indústria Farmacêutica

ATIVO IMOBILIZADO EM X13 US GAAP BR GAAP-IFRS

Valor Contábil Líquido 324 324

Reversão de Perda por Impairment - 262

Valor Contábil Líquido (recuperável) 324 586

88
AGENDA DE TREINAMENTO 2012
ÁPICE AUDITORIA, CONSULTORIA E CONTABILIDADE

89
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SÃO PAULO
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LIVROS

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304 páginas

Nas principais livrarias do país

93
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CFC
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IBRACON
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NACIONAIS
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Outubro de 2012

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