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Estado Sólido
Modelo de Sommerfeld
Simara Campos
Apresentação
Arnold Johannes Wilhelm Sommerfeld (1868–1951)
5 December 1868
Born
Königsberg, Province of Prussia
26 April 1951 (aged 82)
Died
Munich, West Germany
Residence Germany
Nationality German
Fields Physics
University of Göttingen
Technische Universität Clausthal
Institutions
University of Aachen
University of Munich
Alma mater University of Königsberg
Doctoral advisor Ferdinand von Lindemann
Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Peter Debye, Paul Sophus Epstein, Hans Bethe, Ernst
Guillemin, Karl Bechert, Paul Peter Ewald, Herbert Fröhlich, Erwin Fues, Helmut Hönl,
Doctoral students
Ludwig Hopf, Walther Kossel, Adolf Kratzer, Alfred Landé, Otto Laporte, Wilhelm Lenz,
Rudolf Peierls, Walter Rogowski, Rudolf Seeliger, Heinrich Welker, Gregor Wentzel
Other notable students Herbert Kroemer, Linus Pauling, Walter Heitler, WalterRomberg
Drude–Sommerfeld model, Fine-structure constant, Sommerfeld identity, Sommerfeld–Kossel
Known for
displacement, Sommerfeld–Wilson quantization, Sommerfeld–Bohr theory
Influenced Léon Brillouin, Karl Herzfeld
Matteucci Medal (1924), Max-Planck Medal (1931), Lorentz Medal (1939), Oersted Medal
Notable awards
(1949), Fellow of the Royal Society[1]
http://en.wikipedia.org/wiki/Arnold_Sommerfeld
2
Apresentação
3
II.1- Hipóteses do modelo
4
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
5
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
• Os estados de um elétron é obtido resolvendo a
eq de Schrödinger:
2
−ℏ 𝛻 2 𝜓 = 𝜀𝜓 , ou 𝐻 𝜓 = 𝜀𝜓.
2𝑚
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
8
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
9
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
10
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
2𝜋 2𝜋 2𝜋
𝑘𝑥 = 𝑛 𝑥 , 𝑘𝑦 = 𝑛 𝑦 e 𝑘𝑧 = 𝑛 ,𝑧
𝐿 𝐿 𝐿
com 𝑛𝑥, 𝑛𝑦, 𝑛𝑧 ∈ℤ
• Os estados possíveis para o elétron então
dependem dos 3 números quânticos 𝑛𝑥 , 𝑛𝑦, 𝑛𝑧 e
eles definem que as três componentes do vetor
de onda são múltiplos de 2𝜋
𝐿
.
• No espaço k os estados disponíveis para o
elétrons representam pontos com coordenadas:
2𝜋 2𝜋
𝑘𝑥 = 𝑛 𝑥 , 𝑘𝑦 = 𝑛 𝑦 e 𝑘𝑧 = 2𝜋 𝑛 .𝑧
𝐿 𝐿 𝐿
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
kz
ℏ2𝑘2 ℏ2 𝑘2 + 𝑘2 + 𝑘2
𝜀𝐤 = = 𝑥 𝑦 𝑧
2𝑚 2𝑚
ky
kx
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
• O número de elétrons que compõe o gás é muito grande (~1022
cm-3).
• Como cada estado (𝑘𝑥, 𝑘𝑦, 𝑘𝑧) ou (𝑛𝑥, 𝑛𝑦, 𝑛𝑧) pode acomodar até 2
elétrons (com dois valores da componente z do spin diferentes!),
precisaremos de um número bastante grande de estados para
acomodar todos os elétrons do gás.
• O volume no espaço k que será usado para alocar todos os
elétrons será tão grande que a “granulosidade” dos estados será
imperceptível
– Granulosidade: o fato dos estados serem quantizados indica que em
um certo volume do espaço k nem todos os pontos representam
estados permitidos.
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
• Qual será então o tamanho da região no espaço
k que precisaremos para alocar todos os
elétrons do gás?
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
• Qual o volume do cubo 5
da figura? 4
3
3
2𝜋 2
𝐿 0
-1
-2
• Qual o volume que
1
2 -3
3 -4
4
-5
cada ponto ocupa 5
então?
3
2𝜋 8𝜋 3
=
𝐿 𝑉
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
17
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
18
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
3
𝑘𝐹
𝑛= (III.4)
3𝜋 2
• Propriedades de 𝑘𝐹:
• Vetor de onda de Fermi.
• Todos os estados com 𝑘 < 𝑘𝐹 são ocupados e todos os estado com
𝑘 > 𝑘𝐹 estão desocupados em T=0.
• A superfície no espaço 𝑘 definida pelo vetor de módulo 𝑘𝐹 é chamada de
superfície de Fermi e é uma esfera (no modelo de Drude- Sommerfeld).
• O momento 𝑝𝐹 = ℏ𝑘𝐹 é chamado de momento de Fermi e a energia
ℏ2𝑘 2𝐹
ℇ𝐹 = 2 𝑚 é a energia de Fermi do gás de elétrons
• ℇ𝐹 representa o último estado energético ocupado ou, em outras
palavras, é a energia do elétron mais energético no gás de elétrons.
• 𝑣𝐹 = 𝑝 𝐹 / 𝑚 é a velocidade de Fermi e ela tem a mesma importância no
modelo de Sommerfeld que a velocidade térmica teve para o modelo de
Drude do gás clássico.
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II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
20
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
21
II.2- Estado fundamental do gás de elétrons
22
II.3- Energia do estado fundamental
23
II.3- Energia do estado fundamental
• Considere a 𝐹(𝐤) que varia lentamente com 𝐤 e
que queremos calcular 𝑘 𝐹(𝐤).
– Variar lentamente significa que no intervalo típico de
valores de 𝐤 = 2𝜋, a função praticamente não varia.
𝐿
• Vamos mostrar que podemos fazer uma troca da
somatória em todos os valores possíveis de 𝐤 por
uma integral no espaço 𝐤.
• Comecemos com um “truque” matemático:
• Vamos chamar de ∆𝐤 o volume ocupado por cada
estado disponível no espaço 𝐤
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II.3- Energia do estado fundamental
• Repetindo slide 14 ... 5
da figura? 1
3 0
2𝜋 -1
𝐿 -2
-3
45
eu tenho dentro deste -5
-5 -4
-3 1
23
volume? -2
-1
0
1 -2
-1
0
1 2
3
4
-4
-3
-5
• Qual o volume que cada
5
• Então:
𝑘 𝐹(𝐤) = 𝑘 𝐹(𝐤)∆𝐤.
8𝜋 3
• Como normalmente o volume do sólido é muito
grande, em comparação com as distâncias
típicas dos elétrons no sólido, ∆𝐤 deve ser
pequeno, já que depende de 1/𝑉.
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II.3- Energia do estado fundamental
10000 10000
100000 100000
60000 60000
F(k)
6000 6000
F(k)
40000 40000
4000 4000
20000 20000
0 0 2000 2000
0 200 400 600 800 1000 200 220 240 260 280 300
k (Å) k (Å)
4200 4200
4500 4500
4100 4100
F(k)
F(k)
4000 4000
4000 4000
3900 3900
200 205 210 215 220 200 201 202 203 204 205
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II.3- Energia do estado fundamental
29
II.3- Energia do estado fundamental
30
II.3- Energia do estado fundamental
31
II.3- Energia do estado fundamental
• Conhecendo a densidade de energia, podemos
calcular algumas propriedades termodinâmicas do gás
de elétrons:
• Pressão: 𝑃 = −
𝜕𝐸
= 2 𝐸.
𝜕𝑉 3𝑉
• Módulo de elasticidade e “bulk modulus” (módulo
volumétrico – mede a tendência de um material em se
deformar sob ação de uma pressão hidrostática, ou seja,
igual em todas as direções):
1 𝜕𝑃 2
𝐵= = −𝑉 = 𝑛ℇ𝐹
𝐾 𝜕𝑉 3
5
6,13
𝐵= ×1010𝑑𝑦𝑛𝑒𝑠/𝑐𝑚2
𝑟𝑠 / 𝑎0
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II.3- Energia do estado fundamental
• O modelo não reproduz
perfeitamente os valores
experimentais mas pelo menos
a ordem de grandeza é correta.
• Na verdade seria inesperado
que o módulo de elasticidade
ou as propriedades mecânicas
de um metal dependesse SÓ
do gás de elétrons.
• No entanto, o resultado mostra
que apesar do gás de elétrons
5
não reproduzir perfeitamente o
6,13 resultado, ele contribui com um
𝐵= ×1010𝑑𝑦𝑛𝑒𝑠/𝑐𝑚2
𝑟𝑠 / 𝑎0 termo que é importante e não
pode ser negligenciado em
modelos mais apurados.
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
(III.11)
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
43
II.4- Propriedades térmicas
II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
49
II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
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II.4- Propriedades térmicas
𝜋 2 𝑘𝐵 𝑇
𝑐𝑉 = 𝑛𝑘𝐵
2 𝜀𝐹
2,0
T=0.1F
u (a.u.)
8
1,5
6
1,0
4
0,5
2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
F
F
58
II.4- Propriedades térmicas
NPGFI – 2016-2 61
II.4- Propriedades térmicas
𝑐𝑉
𝑐𝑉 = 𝛾𝑇 + 𝑎𝑇3 = 𝛾 +a𝑇2
𝑇
NPGFI – 2016-2 62
II.5 – Condução nos metais
62
II.5 – Condução nos metais
63
II.5 – Condução nos metais
64
II.5 – Condução nos metais
65
II.5 – Condução nos metais
66
II.5 – Condução nos metais
67
II.5 – Condução nos metais
69
II.5 – Condução nos metais
• O segundo aspecto que precisa ser analisado com cuidado é a
descrição do sistema quântico de N elétrons.
– Pela discussão anterior, a descrição “semi-clássica” de Sommerfeld
para a questão do princípio da incerteza está compatível, desde
que reinterpretemos o que significaria “localizar o elétron”.
• No entanto, a descrição clássica não é obviamente correta para
um sistema de N elétrons que evolui no tempo sob ação de
campos externos, que é o caso aqui.
– O estado quântico dos N elétrons tem que ser a cada instante
compatível com o princípio de incerteza e com o princípio de
exclusão de Pauli.
– Mas a ação do campo externo modifica a energia dos elétrons e se
esta modificação for tratada classicamente, poderemos ter
situações na qual uma determinada configuração não obedeça
mais um destes princípios.
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II.5 – Condução nos metais
• Em que condições então seria possível usar o tratamento
semi-clássico de Sommerfeld?
• Consideremos o sistema dos N elétrons no instante t=0 num
estado de forma que cada elétron ocupe um dos estados de
“1-elétron” dados pela solução da eq de Schrödinger,
𝜓 𝑚 𝑖 𝐫,0 , com 𝑚𝑖 números quânticos que indexam cada um
dos estados de “1-elétron”.
• O estado de N elétrons é normalmente construído da
seguinte forma:
II.5 – Condução nos metais
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II.5 – Condução nos metais
• Conclusão:
– A dinâmica do sistema de N elétrons é
determinado pelo comportamento de 1 elétron.
– O único aspecto que precisa ser modificado
então no modelo de Drude é a lei de distribuição
de velocidades, de clássica para quântica.
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II.5 – Condução nos metais
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II.5 – Condução nos metais
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92Å 𝑟𝑠
ℓ= 𝑟/𝑎
𝑠 0
2 𝜌𝜇 ~1−20𝜇Ω 𝑐𝑚 e ~2 −6, ℓ ~102Å
𝜌𝜇 𝑎0
(𝜇Ω 𝑐𝑚)
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II.5 – Condução nos metais
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II.5 – Condução nos metais
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𝑘𝐵 𝑇
𝑆 = −142 𝜇𝑉/ 𝐾
𝜀𝐹
80
II.5 – Condução nos metais
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