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Utilização do Teste

Rápido de
Imunocromatografia
para a Detecção de
HIV

LEVG - Laboratório de Estudos em Virologia e Genômica


Objetivos do Teste

Capacitar os profissionais da saúde para execução


do Teste de Imunocromatografia ou fluxo lateral
(lateral flow) para detecção de HIV.
Princípios do Teste
Utiliza-se uma membrana de nitrocelulose subdividida em quatro áreas:
 I. Área de amostra (A), onde é aplicada a amostra e a solução tampão;
 II. A Área intermediária (I), contém o conjugado, que geralmente é composto de ouro coloidal ligado a
anticorpos anti-HIV;
 III. A Área de teste (T), contem os antígenos fixados à membrana de nitrocelulose, onde se lê o resultado da
amostra testada;
 IV. Área de controle (C), é o local de controle da reação que permite a validação da reação.
1. A amostra do paciente será colocada na área da amostra (A) juntamente com a
solução tampão.
2. Os anticorpos da amostra fluirão pela membrana da área onde a amostra foi
depositada, passando pela área I, onde se inicia a ligação com o conjugado e
prosseguirão em direção à área de teste (T).
3. Na área T, o complexo anticorpo-conjugado se liga aos antígenos do vírus,
formando uma banda (linha) colorida.
4. O conjugado não ligado ao anticorpo e o excesso do complexo imune continua a
migração ao longo da membrana de nitrocelulose em direção a área C, onde são
capturados por anticorpos anti-imunoglobulina, formando outra linha colorida.
Materiais
Em geral, os kits para a realização dos testes rápidos são compostos dos itens:

- Lancetas para a punção da polpa digital;


- Dispositivos para coletar as amostras de sangue: tubos capilares, alças plásticas ou pipetas Pasteur;
- Dispositivo de teste (o formato varia conforme o fabricante);
- Reagentes necessários para a execução do teste;
- Instruções de uso.

Observação: Sempre leia as instruções do fabricante, pois eles auxiliam na execução do teste,
armazenamento do kit, leitura e interpretação do teste, sensibilidade, especificidade,
reprodutibilidade, dados do fabricante e os meios de contatá-lo e o número de registro na
ANVISA.
Além dos componentes do kit, são necessários materiais para a coleta, como:
 Antisséptico – álcool a 70% ou outro;
 Algodão hidrófilo ou gaze;
 Recipiente para descarte de materiais perfurocortantes (Descartex);
 Recipiente para descarte de lixo comum;
 Álcool a 70% (p/p) ou solução aquosa de hipoclorito de sódio (uma parte água sanitária comercial mais
quatro partes de água) para desinfecção de superfícies;
 Cronômetro;
 Caneta esferográfica;
 Caneta para marcação de vidros e superfícies plásticas;
 Curativo adesivo;
 Procedimento operacional padrão (POP).
Os equipamentos de proteção individual (EPI) são obrigatórios, pois em todos os locais onde há
manipulação de materiais biológicos existe o risco de contaminação.
Os EPI's são:
Jaleco ou avental de comprimento abaixo dos joelhos, com mangas longas, sistema de fechamento nos punhos
por elástico ou sanfona e fechamento até a altura do pescoço;
 Luvas descartáveis;
 Máscara;*
 Óculos ou protetor facial; *
 Roupas e calçados que cubram completamente os pés;
 Touca.*
*EPI's opcionais conforme a prática de cada área.
Local de Aplicação do Teste

O ambiente para a realização do teste deve ser preparado previamente:


 Organize uma área específica para realizar o teste rápido;
 Leia atentamente o POP e as instruções do fabricante do kit;
 Separe todo o material necessário para uso e os coloque sobre uma bancada plana e não porosa
(caso seja porosa, cubra com papel plástico e depois com outro papel absorvente para conter os
respingos após o uso, descartar em lixo potencialmente infectante);
 Sempre que possível, realizar os testes numa área exclusiva para esse fim e que o fluxo de pessoas
seja restrito.
Coleta e Execução do Teste Rápido

 Preparação do Material e Ambiente


1. Separe os componentes do kit e os materiais extras necessários em cima da superfície plana.
2. Verifique se você dispõe de todos os materiais que irá utilizar.

 Recepção e Identificação do Usuário e do Material


3. Identifique o dispositivo do teste e peça ao usuário que confira os dados constados de identificação. Explique
ao usuário como será feito o procedimento do teste rápido.

 Preparação do Profissional e do Usuário


4. Higienize as mãos, utilizando água e sabão, álcool a 70% ou outro antisséptico e vista as luvas.
5. Solicite ao usuário que realize a higienização das mãos.
 Preparação para a Coleta
6. Observe os dedos do paciente e escolha o que tiver menos calosidade, pode ser a ponta do dedo médio, anelar
ou indicador.
7. Caso a mão do usuário estiver muito fria, aqueça-a massageando ou utilize uma toalha umedecida em água
quente.
8. Se posicione em frente ao usuário.
9. Segure a mão do usuário com o lado da palma para cima, numa altura abaixo do cotovelo, pressione
levemente a mão na direção do punho para o dedo onde será realizada a coleta.
10. Faça a antissepsia no local da coleta do dedo com algodão ou gaze molhados com álcool 70%. Deixe o
álcool secar sozinho, não assopre.
 Coleta
11. Pressione firmemente a lanceta contra o dedo e perfure a pele. Após o uso da lanceta, despreze-a em
recipiente para descarte de material perfurocortante.
12. Pressione o dedo do usuário próximo ao local do furo para formar uma gota de sangue. Mantenha o dedo do
usuário levemente inclinado para evitar que o sangue escorra.
13. Colete a quantidade necessária da amostra utilizando um coletor de amostra que acompanha o kit. Evitar a
formação de bolhas no coletor.
14. Aplique a amostra no dispositivo de teste no local indicado pelo fabricante do kit
15. Despreze o coletor de amostra em recipiente para descarte de material potencialmente infectante
16. Cubra com gaze ou algodão o local perfurado pela lanceta e solicite que o usuário faça pressão no local

 Realização do Teste
17. Adicione os reagentes em volumes indicados pelo fabricante no dispositivo de teste. Adicione os reagentes o
mais rápido possível para evitar a formação de coágulos que poderão interferir no resultado do teste
18. Inicie o cronômetro (a leitura do resultado varia de acordo com cada kit, tem um tempo mínimo e máximo
para leitura, por isso, sempre leia o manual de instruções do fabricante). Quando o tempo não é respeitado, o
resultado poderá ser alterado e não confiável, induzindo resultados falso-negativo ou falso-positivo.

 Conclusão da Coleta
19. Verifique se o fluxo de sangue no dedo do usuário parou. Quando parado, retire o algodão ou a gaze do dedo
do usuário e descarte-o no recipiente para material potencialmente infectante
20. Se o fluxo não parou, ofereça ao usuário nova gaze ou algodão e peça a ele manter pressionado sobre o furo
por mais tempo.
 Finalização do Teste Rápido
22. Continue a execução do teste de acordo com as instruções no manual de uso do fabricante
23. Faça a leitura do resultado do teste:

24.Descarte o dispositivo do teste em recipiente para descarte de material potencialmente infectante


25. Retire o papel absorvente utilizado para forrar a área de trabalho e descarte-o em recipiente para material
potencialmente infectante
26. Faça a desinfecção da superfície utilizada com álcool 70% ou solução de hipoclorito de sódio (uma parte
agua sanitária comercial mais quatro partes de água).

 Registro do resultado do teste rápido


27. Anote o resultado na ficha do usuário (com os dados da pessoa corretamente), informe a data de realização
do teste e assine
28. Encaminhe o resultado à profissional responsável ou setor, para informar o resultado do teste ao usuário
Cuidados Com a Biossegurança

Trate todas as amostras como material potencialmente


infectante, portanto, as normas Universais de biossegurança
devem ser adotadas, incluindo o uso de equipamentos de
proteção individual (jaleco e luvas).
Condutas a serem adotadas em caso de acidentes
Nesta situação, o uso de testes rápidos no paciente fonte do material biológico ao qual o profissional
de saúde foi exposto se justifica pelo fato de se ter um curto período de tempo para se iniciar a terapêutica
profilática com antirretroviral no acidentado, que reduz o risco de infecção em pelo menos 80%.
1. Nesses casos, a terapia antirretroviral deve ser iniciada preferencialmente entre 1 e 2 horas após a exposição
de risco, e mantida por um período de 4 semanas.
2. Sempre que possível, a solicitação de teste do paciente-fonte deverá ser feita com o seu consentimento e
informando ao mesmo sobre a natureza do teste, o significado dos seus resultados e as implicações para o
profissional de saúde envolvido no acidente.
3. O achado de um resultado não reagente evita o início ou a manutenção desnecessária da quimioprofilaxia
antirretroviral para o profissional de saúde acidentado. Considera-se que a possibilidade do paciente-fonte
estar em um estágio muito recente da infecção ("janela imunológica") é rara. Porém, a ocorrência de
resultados falso negativos por esse e mesmo por outros motivos devem ser sempre levadas em conta na
avaliação de qualquer teste anti-HIV em função dos dados clínicos e epidemiológicos do paciente.
Portanto, em casos de alta suspeição, recomenda-se uma investigação laboratorial mais detalhada.
Local de armazenamento do documento, técnico
responsável pela elaboração do POP e meios
alternativos de acesso
O documento deverá ser arquivado em um local seco, de fácil acesso e que não possua
nenhum risco à integridade do material no qual o POP está contido. De preferência em uma gaveta
dentro do estabelecimento.
O responsável pelo POP deverá ser o elaborador e responsável pelo estabelecimento, sendo
ele farmacêutico, clínico ou laboratorial. O mesmo deverá ser responsável pela atualização periódica
para manter a qualidade do documento.
O POP deverá ser atualizado anualmente para garantir a manutenção da qualidade da
aplicação do teste.
Referências Bibliográficas

 Portaria SVS/MS nº 151, de 14/10/2009


 http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/page/2012/50768/pop_treinamento_tr_dpp_hiv_
versao_final_pdf_21812.pdf
 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/HIV_estrategias_testes_rapidos_brasil.pdf
Anexo
 Janela imunológica
Classicamente a definição de janela imunológica é: “O período correspondente entre o início da
infecção e a detecção dos anticorpos pelos 18 TELELAB | HIV: Estratégias para utilização de testes rápidos no
Brasil testes laboratoriais”. Com o desenvolvimento de novos testes que detectam antígenos, o período para o
diagnóstico da infecção foi reduzido.
Desse modo, considera-se janela imunológica o período correspondente entre o início da infecção e a
detecção de um marcador do HIV (antígeno ou anticorpo ou genoma viral) pelos testes laboratoriais. Durante a
janela imunológica os testes não detectam a infecção.
Assim, os resultados serão negativos, mesmo se a pessoa estiver infectada pelo vírus. A utilização de
testes moleculares, que detectam ácidos nucleicos virais, permite reduzir o período de janela imunológica em
relação aos testes convencionais utilizados para o diagnóstico da infecção pelo HIV.
Os testes que detectam anticorpos têm resultado somente após a soroconversão.

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