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Profa.

Adriane Alves Byron de Souza


TANATOLOGIA
 Tanatos = deus grego da morte.

 Estudo da morte e seus eventos.

 Morte = cessação dos fenômenos vitais pela parada das


funções cerebral, respiratória e circulatória
(histológica, aparente, relativa, intermédia e real).
TANATOLOGIA
 Morte circulatória = parada cardíaca irreversível;

 Morte cerebral = parada total e irreversível das funções


encefálicas. ( Conselho Federal de Medicina – critérios
de morte encefálica – Resolução CFM 1480/97);
(transplantes de órgãos e tecidos)

 Morte= cessação completa e definitiva das funções


autoconservadoras, renovadoras e multiplicadoras da
matéria orgânica, que perde, assim, suas propriedades
vitais.
TANATOLOGIA
 Tanatognose = diagnóstico da realidade da morte pelo
estudo dos chamados sinais da morte (duvidosos,
prováveis e certos). Fenômenos cadavéricos.

 Cronotanatognose = cronologia da morte ou


diagnóstico cronológico da morte (determinação do
momento da morte).
TANATOLOGIA
 Diagnóstico da morte real:
 Duvidosos : imobilidade, perda da consciência, suor frio,
cessação dos batimentos cardíacos, ausência de pulso,
suspensão dos movimentos aparentes de respiração, face
cadavérica...
 Prováveis: resfriamento progressivo do corpo, paralisia
dos esfíncteres, rigidez cadavérica, manchas da
esclerótica, livores cadavéricos, hipostases....
 Certos: pergaminhamento da pele, mancha verde
abdominal e parada completa e prolongada da
circulação.
TANATOLOGIA

 Declaração de óbito = finalidade de assegurar a


realidade do óbito, esclarecer questões de ordem
sanitária e satisfazer as exigências da determinação da
causa jurídica da morte.
TANATOLOGIA
 Necropsia ou autópsia = exame externo e interno de
um cadáver com a finalidade de determinar a “causa
mortis”, a causa jurídica da morte, o tempo decorrido
da morte e, às vezes, a identificação do corpo.

 Justiça civil e penal, política sanitária e


desenvolvimento médico-científico.
TANATOLOGIA
 Formalidades=
 Necropsia determinada por um Juiz de Direito
(conhecimento de óbito suspeito); pela autoridade
sanitária (casos previstos na legislação – art. 13 CNS);
Art. 13. Em caso de óbito suspeito de ter sido causado por
doença transmissível, a autoridade sanitária competente promoverá
o exame cadavérico, podendo realizar a viscerotomia, a necrópsia e
tomar outras medidas que se fizerem necessárias à elucidação do
diagnóstico.
TANATOLOGIA
 Solicitada pela autoridade policial (instruir sindicâncias
ou inquéritos; e pelo médico assistente, e autorizada
pelos representantes legais do de cujos (esclarecer a
causa mortis, visando a expedição de atestado de óbito
ou colher subsídios científicos).
TANATOLOGIA
 Requisição da necropsia=
 Identificação;
 Justificativa do exame;
 História do caso;
 Hora, local e condições da morte;
 Atendimento hospitalar, se houve;
 Tudo que se constituir subsídio para o médico legista.
TANATOLOGIA
 Perícia = segue as normas ditadas pela processualística
penal e pelos regulamentos dos Institutos de Medicina
Legal (desde o recolhimento do corpo até o
encaminhamento do laudo).
TANATOLOGIA
 Quesitos oficiais propostos aos peritos
1. Se houve morte.
2. Qual a causa da morte?
3. Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
4. Se a morte foi produzida por veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou por meio de outro meio insidioso ou
cruel (resposta especificada)?
TANATOLOGIA
 Tanatognose = (diagnóstico da morte) baseada em
fenômenos cadavéricos imediatos, consecutivos e
tardios.
 Fenômenos que se fazem presentes durante todo o
processo da morte e que se seguem a ela.
TANATOLOGIA
 Fenômenos cadavéricos:

 Abióticos ou avitais negativos:


 Imadiatos
 Consecutivos

 Transformativos:
 Destrutivos (putrefação, maceração e autólise)
 Conservadores (mumificação e saponificação)
TANATOLOGIA
 Fenômenos abióticos:

 Imediatos: (presunção)
 Perda da consciência, insensibilidade, imobilidade e abolição
do tono muscular e a cessação da circulação;
 Face hipocrática ou cadavérica, relaxamento dos esfíncteres
(dilatação da pupila, do ânus, abertura dos olhos e da boca),
cessação da respiração e inexcitabilidade elétrica.
TANATOLOGIA
 Fenômenos abióticos:

 Consecutivos (tardios):
 Evaporação tegumentar (desidratação)(perda de peso,
pergaminhamento da pele, dessecação da mucosas)
 Resfriamento do corpo (cessação da função termogênica)
(idade, nutrição, causa da morte, vestes do morto, umidade,
arejamento do ambiente);
TANATOLOGIA
 Consecutivos (tardios):
 Hipóstase (fixação entre 8 a 12 horas):

 Sangue sujeito à gravidade; acúmulo em regiões de declive;


palidez em regiões opostas;
 Livores coloração enegrecida à violácea (intoxicação
monóxido de carbono – rósea; intoxicação cloreto de
potássio – achocolatada; afogamentos em águas frias –
vermelho claro; ambientes gelados – vermelho; asfixia real –
violáceo escuro)
TANATOLOGIA
 Consecutivos (tardios):
 Rigidez cadavérica (cessada a circulação => acidificação =>
rigidez muscular):
 Sequência – mandíbula, nuca, tronco, membros torácicos e
membros abdominais (Lei de Nysten) (desaparecimento na
mesma ordem)
 Início em 2 a 3 horas, máxima em 8 horas, desaparecimento em
24 horas (quando se inicia a putrefação).
 Espasmo cadavérico: rigidez cataléptica ou estatuária (rigidez
cadavérica instantânea – sem o relaxamento muscular que
precede a rigidez comum).
TANATOLOGIA
 Fenômenos transformativos: (cessação dos fenômenos
vitais, as células se lisam, os tecidos se decompõem e o
corpo se transforma)

 Destrutivos:
 Autólise = cessada a troca nutritiva da célula – acidose –
desintegração tissular, início da decomposição –
autodestruição da célula pelas suas próprias enzimas.
TANATOLOGIA
 Destrutivos:
 Putrefação = prosseguimento da autólise devido à ação dos
microorganismos e suas toxinas (fenômenos que influenciam –
intrínsecos ou pertinentes ao corpo e extrínsecos ou ligados as
ambiente):
 Período de coloração ou manchas, período gasoso, período
coliquativo, período de esqueletização. (início com a
mancha verde abdominal e término com a esqueletização);
 Mancha verde abdominal aparecimento em torno de 24
horas, comumente na fossa ilíaca direita, depois se estende.
TANATOLOGIA
 Destrutivos:
 Maceração = destruição dos tecidos moles, decorrente do
excesso de umidade ou presença mesmo de muito líquido (feto
morto intrauterinamente – feto sem bactérias que morre numa
cavidade asséptica e cheia de líquido – engruvinhamento e
deslocamento da pele).
TANATOLOGIA
 Fenômenos transformativos:

 Conservadores: (por falta de atuação bacteriana, a autólise


não avança, no sentido da putrefação) (processos físicos e
químicos)
 Mumificação = pode ser provocado (embalsamento) ou
espontâneo (desidratação intensa). Decorrente de certas
condições do meio que dificultam a putrefação.
(principalmente a falta de umidade – meio quente e arejado).
TANATOLOGIA
 Conservadores:
 Saponificação =o cadáver se transforma em substância de
consistência untuosa, mole e quebradiça, às vezes de colorido
amarelo escuro (impressão de cera, sabão ou queijo) (meio
saturado de umidade, solo argiloso ou semilíquido) (fenômeno
de esterificação ou transformação de gordura em cera).
TANATOLOGIA
 Provas da morte: (circulatórias, químicas e
respiratórias)
 Circulatórias:
 De Bouchut = verificação, pela ausculta, da parada cardíaca;
 Fundoscopia ocular = notando o esvaziamento da artéria
central da retina, descoramento da papila óptica e da coróide;
 De Magnus = o estrangulamento da extremidade digital não
altera sua cor;
 De Ott = formação de bolha de gás na pele com a aproximação
de uma chama; havendo vida, forma flictena serosa.
 Do eletrocardiograma.
TANATOLOGIA
 Respiratórias:
 Ausência do murmúrio pulmonar;
 Sinal de Wislow = empregando um espelho, uma vela ou uma
felpa de algodão.

 Químicas:
 De Lecha-Marzo = o papel de tornassol acusa acidez quando
colocado entre o globo ocular e a pálpebra;
 De Dominicis = o papel tornassol, colocado sobre a pele
escarificada, revela acidez.
TANATOLOGIA
 Cronotanatognose=
 Cronologia da morte ou diagnóstico cronológico da
morte;
 Determinação do momento da morte, tomando-se por
base os conhecimentos dos fenômenos cadavéricos
(diagnóstico da data da morte tão exatamente quanto
possível, porém não com certeza absoluta);
 Importância responsabilidade criminal e processos civis
ligados à sobrevivência e direito sucessório.
(pré-moriência e comoriência)
TANATOLOGIA
 Conjunto de fenômenos estudados na
Cronotanatognose:
 Fenômenos cadavéricos:
 Resfriamento do corpo (0,5°C nas primeiras 3 horas, a seguir,
decréscimo de 1°C por hora);
 Rigidez cadavérica;

 Livores e hipostase;

 Mancha verde abdominal;

 Gases de putrefação (9 a 12 horas após o óbito);

 Decréscimo de peso (valor relativo – cças e recém-natos –


8g/Kg de peso nas primeiras 24 horas).
TANATOLOGIA
 Crioscopia do sangue (ponto de congelação do sangue);
 Cristais de sangue putrefato (só aparecem após 3° dia de
morte);
 Crescimento dos pelos da barba;
 Conteúdo gástrico;
 Fauna cadavérica.
TANATOLOGIA
 Fauna cadavérica (biotanatologia);
 Entomologia médico-legal (estudo da aplicação dos
conhecimentos dos ciclos vitais e da estrutura das populações
dos insetos e dos outros artrópodes relacionados com o
interesse);
 Importância da determinação da cronologia da morte em
cadáveres expostos ao ar livre;
 Surgem com certa regularidade, preparando terreno aos outros
grupos, sendo as etapas das diversas turmas distintas e em
número de oito;
 8 legiões.
TANATOLOGIA
 1ª legião = entre o 8 e 15 dias (destruição cadavérica até a
formação de ácidos graxos);
 2ª legião = permanece cerca de 15 a 20 dias (surge com o odor
cadavérico);
 3ª legião = 3 a 6 meses da morte (período de ávida destruição);
 4ª legião = 10 meses após o óbito (depois da fermentação );
 5ª legião = mais de 10 meses (liquefação enegrecida das
matérias orgânicas);
 6ª legião = desseca todos os humores que ainda restam no
cadáver;
 7ª legião = entre 1 e 2 anos (destrói ligamentos e tendões,
deixando os ossos livres);
 8ª legião = cerca de 3 anos (consome todos os resquícios
orgânicosdeixados pelos precedentes).
TANATOLOGIA
 Calendário Tanatológico:
 Corpo quente, flácido e sem livores – menos de 2 horas;
 Rigidez (face e mandíbula 1 a 2 horas, músculos tóraco-
abdominais 2 a 4 horas, dos membros superiores 4 a 6
horas, generalizada mais de 8 e menos de 36 horas);
 Manchas de hipostase (início 2 a 3 horas, fixação 8 a 12
horas)
 Mancha verde abdominal (entre 18 e 24 horas, extensão
3 a 4 dias);
 Flacidez (início cerca de 36 horas, generalizada mais de
48 horas);
TANATOLOGIA
 Calendário Tanatológico:
 Mancha verde abdominal e flacidez generalizada (mais
de 48 horas);
 Gases de putrefação (entre 9 e 12 horas);
 Fauna cadavérica (1ª legião 8 a 15 dias, 2ª legião 15 a 20
dias, 3ª legião 3 a 6 meses, 4ª legião 10 meses, 5ª legião 10
meses, 6ª legião 10 a 12 meses, 7ª legião 12 a 24 meses, 8ª
legião mais de 36 meses);
 Esqueletização ( mais de 36 meses).
TANATOLOGIA
 Cronologia tanatológica:
 30 min. = início da rigidez do músculo cardíaco e diafragma;
 45 min. = perda da transparência da córnea (olhos abertos);
 1 hora = queda da temperatura retal em 1 grau (um grau por
hora nas 4 primeiras horas);
 1 a 2 horas = sensível resfriamento dos pés, mãos e face.
 Até 2 horas = corpo flácido, quente e sem livores;
 15 a 24 horas = equilíbrio térmico;
 14 horas = perda da transparência da córnea( olhos fechados);
 38 a 82 horas = perda da mobilidade dos espermatozóides nas
vesículas seminais;
 3 a 4 dias = término completo da rigidez;
 8 dias = cadáver completamente esverdeado.
TANATOLOGIA
 Determinação do tempo de morte pelo aspecto ósseo:
 Ossos recobertos de mofo = 2 a 4 anos;
 Canal medular revestido por uma camada enegrecida = 6 a 8
anos;
 Desaparecimento dos ligamentos e cartilagens = mais de 5
anos;
 Desaparecimento das graxas dos ossos = 5 a 10 anos;
 Canal medular tão branco quanto à superfície = mais de 10
anos;
 Persistência de restos de polpa dentária = até 14 anos;
 Desaparecimento completo da polpa dentária = 16 a 20 anos;
 Desaparecimento dos canais de Havers = mais de 20 anos;
 Osso quebradiço, frágil, e superfície porosa = mais de 50 anos.
TANATOLOGIA
 Diagnose diferencial entre lesões produzidas em vida e
depois da morte:
 Esclarecerá à Justiça se as lesões encontradas no cadáver
foram causadas: bem antes da morte, imediatamente
antes da morte, logo após a morte, certo tempo após a
morte;
 Exame macroscópico do de cujus ou microscópico de
seus tecidos;
TANATOLOGIA
 Lesões produzidas no morto:
 Origem acidental (arrasto nos afogados, depredação por
animais, etc)
 Origem intencional (injeções, incisões, esquartejamento, etc)
 Lesões corporais sofridas in vitam:
 hemorragia e coagulação do sangue, retração dos tecidos,
escoriações, equimoses, reações inflamatórias, embolias,
consolidação de fraturas, eritema, flictenas, fuligens nas vias
aéreas, coágulo de espuma, presença de líquido nos pulmões e
estômago dos afogados, substâncias sólidas na traquéia e
brônquios no soterramento...
TANATOLOGIA
 Meios clássicos que buscam sinais ou reações vitais, ou
seja , processos fisiopatológicos realizados ainda em vida
(hemorragia; coagulação do sangue; retração dos
tecidos; presença e evolução das equimoses, presença e
estado das escoriações; reação inflamatória; evolução de
calos e fraturas; embolias ; etc.).
TANATOLOGIA
 Hemorragia = hemorragia interna lesão produzida no
vivo – grandes coleções hemáticas, o sangue infiltra-se e
coagula nas malhas dos tecidos; no morto – coleção
hemática reduzida, ou não existe, e o sangue não
coagula – sinal de Donné);
 Retração dos tecidos = ferimentos incisos e os
cortocontundentes – margens afastadas, devido à
retração dos tecidos (ausente no cadáver – perda da
contratilidade muscular);
 Escoriações = presença de crosta recobrindo – lesão no
vivo; pergaminhamento da pele escoriada – no morto;
TANATOLOGIA
 Equimoses = sobrevêm de repente no vivo após
traumatismo, e se apagam paulatinamente, pela
reabsorção dos pigmentos (espectro equimótico de
Legrand Du Saulle) / no cadáver não ocorrem as
variações de tonalidades cromáticas;
 Reações inflamatórias = importante informativo de que
a lesão foi produzida bem antes da morte (vasodilatação,
marginação dos glóbulos brancos, exsudação serosa,
alterações celulares locais);
 Consolidação de fraturas = (1 a 2 meses) a visualização
radiológica ou direta da fase evolutiva dos calos de
fratura – sinal comprobatório de reação vital.
TANATOLOGIA
 Embolias = sinais de ação lesiva durante a vida;
 Técnicas laboratoriais:
 Prova de Verdereau (análise de reação leucocitária do
organismo às lesões);
 Prova histológica (exame dos tecidos).

Segundo Joel Coelho Duarte, é possível que , nos primeiros 10


minutos após a morte, ainda haja reações vitais.
TANATOLOGIA
 Morte natural, suspeita, súbita e violenta:
 Morte natural: resultante de um estado mórbido,
herdado ou de uma perturbação congênita, incompatível
com a vida extrauterina prolongada.
 Patológica (doença);
 Teratológica (defeito congênito).
 Morte violenta: resulta essencialmente de ação externa e
lesiva (homicídio, suicídio, acidentes).
TANATOLOGIA
 Morte súbita: é imprevista; qualquer morte rápida, sem
causa desde logo visível (dças cardiovasculares 60% ;
respiratórias 15% ;sistema nervoso 15% ; outras causas
10% ).
 Morte mediata: permite a sobrevivência por algumas
horas após o surgimento da causa (classificação baseada
no tempo decorrido entre a causa e o efeito – a morte).
TANATOLOGIA
 Morte agônica: se processa lentamente estudo do
acúmulo de glicogênio no organismo – pesquisarão o
glicogênio e a glicose no fígado // adrenalina nas
glândulas suprarrenais.
 Docimasia hepática (ausência de glicogênio no fígado,
intensamente metabolizado – morte agônica // presença
regular da concentração – morte súbita);
 Docimasia suprarrenal (na morte agônica a hipoxemia
estimula diretamente a medula adrenal, provocando secreção
de adrenalina).
(diagnóstico diferencial entre a morte súbita e a morte agônica)
TANATOLOGIA
 Morte suspeita: necessário esclarecer as circunstâncias
em que se deu a morte, para possíveis aplicações
jurídicas.
 Exame do local do óbito;
 Ouvir testemunhas;
 Realização de necropsia;
 Exames complementares;
 Etc.
“E Deus limpará de seus olhos toda
lágrima, e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor, porque já
as primeiras coisas são passadas”.
Apocalipse 21:4

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