Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
sistemática II
1ª. aula
Teologia Sistemática
• É a sistematização do estudo da
Bíblia
• É uma maneira de facilitar o
entendimento do que a Bíblia
ensina.
Teologia Sistemática - conteúdo
Bibliologia (Estudo da Bíblia)
Teontologia (Estudo do ser de Deus)
Angelologia (Estudo dos anjos)
Antropologia (Estudo do homem)
Hamartiologia (Estudo do pecado)
Cristologia (Estudo de Cristo)
Pneumagiologia (Estudo do Espírito Santo)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Escatologia (Estudo dos últimos acontecimentos)
Teologia
sistemática II
conteúdo
I - Cristologia
(Estudo de Cristo)
II - Soteriologia
(Estudo da salvação)
III- Hamartiologia
(Estudo do pecado)
Cristologia
A pessoa e a obra de Jesus
Cristologia (Estudo de Cristo)
• A Cristologia é o estudo sobre Cristo, é uma
parte da teologia cristã que estuda e define a
natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da
obra de Jesus Cristo, com uma particular
atenção à sua relação com Deus, às origens, ao
modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que
estas origens e seu papel dentro da doutrina de
salvação, tem sido objeto de estudo e discussão
desde os primórdios do Cristianismo.
CRISTOLOGIA
• O Senhor Jesus Cristo é o personagem
central da História da humanidade.
• Ele produziu as maiores e mais profundas
alterações nas civilizações dando uma
nova e radical visão do mundo e da
humanidade.
CRISTOLOGIA
Definição
Cristologia é a doutrina sobre a pessoa e a obra
de Jesus Cristo; o estudo de seu
relacionamento com Deus e de seu
relacionamento com os homens.
A Doutrina de Cristo
O Senhor Jesus Cristo é a figura
central de toda realidade cristã.
Por isso as verdades a seu respeito
são centrais para o cristianismo
Conhecimento de Jesus
O conhecimento de Jesus difere de outras
figuras da História
Jesus histórico
O Cristo da fé
Conhecimento de Jesus
A investigação histórica de Jesus tem
legitimidade teológica e pode resultar em
entendê-lo melhor, principalmente diante
das tendências da Igreja de criá-lo à sua
própria imagem.
Nils Dajl
Conhecimento de Jesus
Os títulos cristológicos realmente provêm
do ministério terrestre de Jesus, e que
este quando foi submetido ao tribunal
romano, considera-se o Messias.
Charles H.Dodd
Conhecimento de Jesus
•É necessário basear o cristianismo nos
ensinos de Jesus conforme relatados nos
Evangelhos, que são fidedignos.
•Um dos perigos da abordagem crítica da
forma, é basear o cristianismo numa
forma abstrata de Cristo, e não na
realidade histórica que a teoria promete.
Joachim Jeremias
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
• A Cristologia tem sido debatida
incansavelmente durante séculos, em várias
nações, dentro de várias correntes cristãs,
com pontos de vista semelhantes, divergentes
e mesmo com algumas controvérsias.
• Alguns aspectos deste assunto muito
debatidos no eixo central da cristologia no
decurso da história do cristianismo são:
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
a natureza divino-humana de Jesus (União
Hipostática);
a sua encarnação;
a sua revelação de Deus;
os seus milagres;
os seus ensinamentos;
a sua morte expiatória;
a sua ressurreição;
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
a sua ascensão;
a sua intercessão em nosso favor;
a sua parousia ( segunda vinda );
os seus ofícios (profeta, sacerdote e rei);
a sua posição como Cabeça de todas as coisas;
a sua centralidade dentro do mistério da
vontade de Deus, dentro da restauração.
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
Divina Humana
O Concílio de Calcedônia
A Cristologia ortodoxa tem por base o Concílio
de Calcedônia (em 451 d.C.), o qual estabelece
as bases desta corrente,
na qual o Cristo é verdadeiro Deus e
verdadeiro Homem e
se apresenta em duas naturezas sem
distinção, indivisíveis e inseparáveis, de tal
forma que as propriedades de cada uma
permanecem ainda mais firmes quando unidas
numa só pessoa.
Questões metodológicas
Funcional Ontológica
• Proposta por teólogos e • Proposta por teólogos
exegetas bíblicos. sistemáticos.
• Ressalta a ação de Jesus • Ressalta a existência eterna
na Terra, como Homem. de Deus Filho.
• Enfatiza sua divindade, às
• Enfatiza sua Humanidade.
custas de sua humanidade.
LOGOS (Palavra)
• Logos, grego, traduzido por Verbo ou
Palavra.
• Termo filosófico raro, presente nos textos
dos filósofos do passado, de significado
amplo.
LOGOS (Palavra)
– Sofistas – poder do
pensamento, da fala e da
persuasão, chegando a ser,
predominantemente, a
razão humana.
– Aristóteles – fonte da A escola de Atenas – Raphael 1483-1520 - Vaticano
Jesus Criação
Por intermédio
Deus Jesus
Criador, Gn 1.1 Criador, Jo 1.3,10
Vida, Dt 30.20 Vida, Jo 1.4; 5.26; 14.6
Luz, 1Jo1.5; 1Tm 6.16 Luz, Jo 1.4,9; 8.12;
O Verbo era Deus - Jo 1.1c
Deus é amor, 1Jo.4.16
• Para que o amor tenha significado, deve existir
quem seja capaz de amar e de receber amor.
• Para ser perfeito, o amor deve ser recíproco.
Quando não, é trágico, causa dor e divisão.
• Se o Filho não amasse o Pai com a mesma
intensidade que o Pai o ama geraria desequilíbrio
na divindade – algo destrutivo à unidade de Deus.
• “Deus é amor” é garantia final de que o Pai e o
Filho são idênticos em todos os aspectos.
Os títulos de Jesus
Filho do Homem
• Título favorito escolhido pelo próprio Jesus - 12 X
usado por Jesus no Ev. de João; 70 X nos sinópticos.
• Titulo com dois sentidos distintos no AT:
– Simples homem, representativo da figura terrena, Sl
8.4; Ez 2.1;
– Figura celestial, quase divina, Dn 7.13 (expectativa dos
judeus).
• Não havia “Messias sofredor” para o judeu; não
deveria haver “o Filho do homem há de padecer”,
Mt 17.12,.
Os títulos de Jesus
Filho do Homem
• Pedro, At 2.22; e Estevão, 7.56 apontam, pelo
contexto, para o “Filho do homem” celestial e
não o da representação humana ou figura
terrena.
• O termo aparece em Hb 2.6 (Sl 8.4) e na visão do
Cristo ressuscitado em Ap 1.13; 14.14. Paulo
enfatiza o “último Adão”, 1Co 15.45, e o
“segundo homem”, 15.47, enfatizando que o
segundo é vindo do céu.
Os títulos de Jesus
Filho de Deus
• Título usado livremente tanto pelos:
demônios, Mt 8.29; estrangeiros, 27.54;
discípulos, 14.33.
• Em Mt e Lc - associa-se ao nascimento
virginal, Mt 1.23; Lc 1.35.
• Em Mc e Jo, enfatizam a origem celestial, Mc
1.1; Jo 1.14.
• Favorita em Paulo e em sua pregação, Rm 1.3;
At 9.20.
Os títulos de Jesus
Filho de Deus
• No AT, o título foi usado para:
– Anjos, Gn 6.2; Jó 1.6; Dn 3.25;
– Ao descendente de Davi (Sl).
– Referir-se à divindade completa, Sl 45.6. Jesus
aceita o título, pois, os judeus entenderam que
reivindicava igualdade com Deus, Jo 5.18.
• Ser Filho significa ser Deus, mesmo em
dependência, obediência e sofrimento, Hb
5.8.
• “Filho de Deus” indica divindade de Cristo.
Os títulos de Jesus
Salvador
• O próprio nome de Jesus já continha esta
ideia, Mt 1.21.
• Este é um epíteto, título, uma qualificação de
Deus, 2Sm 22.3; Jd 25; ou de alguém
levantado por ele, Is 19.20.
• João apresenta duas vezes, “Salvador do
mundo”, Jo 4.42; 1Jo 4.14.
• Lucas 2.11 menção direta; Pedro em At 5.31;
Paulo em At 13.23; Fp 3.20; 2Tm 1.10; Tt 1.4.
Os títulos de Jesus
Salvador
• Usado desde o início da Igreja, pois, a palavra peixe em
grego "ichthyos" (ΙΧθΥΣ), era usada como um
anagrama, pois suas cinco letras eram também a
abreviação da frase: Iesous Christos Theou Yios Soter
(Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador).
A pré-existência de Jesus Cristo
• No AT, Deus se revelou em sua unidade, sem qualquer distinção
interpessoal perceptível nesse tempo.
• No AT, não é correto identificar Deus com a pessoa do Pai revelada no
NT, pois, antes da vinda de Jesus, as três pessoas falavam com a
mesma voz, e é impossível dizer qual delas era mais presente ou
ausente que as demais.
• Para alguns comentaristas, afora as manifestações figuradas e indiretas
do Filho no AT, apesar de presente e ativo na divindade, não há
evidência de revelação específica e direta do Filho no AT.
(Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e
pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela
fé, não alcançaram a promessa, Hebreus 11:38-39
Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos
antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos
por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por
meio de quem fez o universo. Hebreus 1:1-2
A pré-existência de Jesus Cristo
• Jesus introduziu a novidade de chamar a
Deus de Pai no Pai Nosso, Mt 6.
• Escandalizou os judeus ao chamar Deus
de seu Pai, Jo 5.18. Paulo - experiência
exclusivamente cristã, Gl 4.6.
• Os judeus entendiam que chamar a Deus
de Pai era ter um relacionamento entre
iguais. Um filho é igual ao pai no nível
humano básico.
• O conceito de eternidade judaico - os
pais se “eternizam” nos filhos; havendo
filhos não há encerramento da
existência, ideia que iguala pais e filho
no mesmo nível.
• Ao chamar Deus de Pai, Jesus disse a
todos que também era Deus.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
1) Negações da humanidade de Jesus
• Docetismo – Como a matéria é
intrinsecamente má, Cristo não
encarnou plenamente, mas tinha uma
aparência de corpo humano. Ideia pré-
gnóstica combatida em Colossenses e
João surgida nos fins do século I.
• Apolinarianismo – Apolinário, bispo
de Laodicéia dizia que, em Cristo, o
Logos (alma divina) tomou o lugar da
alma humana. Gregório de Nazianzo
contrariou: “O que não é assumido
não é curado”. O Concílio de
Constantinopla em 381 condenou o
apoliarianismo.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
1) Negações da humanidade de Jesus
• Eutiquianismo (monofisismo – monos
= apenas uma; physis = natureza) –
Eutiques, monge em Constantinopla,
afirmava que a natureza divina
absorveu a natureza humana.
Portanto, Cristo, após a união, possuía
totalmente a natureza divina e apenas
se revestia de carne humana. O
Concílio de Calcedônia em 451
rejeitou esta doutrina.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
2) Negações da divindade de Cristo
• Ebionismo – Ebion é uma
palavra hebraica que significa
pobre, necessitado, miserável,
mendigo, pedinte de esmolas.
Jesus era um profeta
extraordinário, que se
identificava com os pobres,
mas não era Deus, sendo filho
natural de José e Maria
(reavivado pelo unitarismo,
teólogos liberais e teologia da
libertação).
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
2) Negações da divindade de Cristo
• Adocionismo – Jesus era tão submisso
ao Pai que o Pai o adotou como o seu
Cristo e Salvador dos homens vindo a
possuir uma posição exaltada e divina.
• Arianismo – Cristo era apenas uma
criatura, não o Deus eterno. A frase-
chave do movimento é “houve um
tempo quando Cristo não era”.
Estimulou a elaboração do Credo de
Nicéia em 325, no primeiro grande
Concílio onde esta doutrina foi
refutada (TJ).
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
3) Negação da união pessoal divino-humana de Cristo
• Nestorianismo – Naturezas
incompletas, quando se unem
forma a natureza completa (alma
+ corpo = ser humano). Naturezas
completas não podem se unir
(divindade + humanidade).
Portanto, as duas naturezas em
Cristo são duas pessoas unidas
somente por suas vontades e
propósitos comuns. Rejeitado no
III Concílio de Éfeso em 431.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
4) Negações da distinção entre o Pai e o Filho
• Sabelianismo – Sabélio, Presbítero de Ptoleimada dizia
que só existe uma Pessoa divina, Deus-Pai, que se
manifesta nas três formas: Pai, Filho e Espírito Santo
(Deus se transformou no processo da história).
Combatido por Hipólito, Tertuliano e Origines, dentre
outros, e mais tarde pelos reformadores.
• Modalismo – Surgiu com Paulo de Samosata, bispo de
Antioquia, 260-272; Deus apresentou-se de três modos
e não existe eternamente como três pessoas, mas
somente uma. O Espírito Santo é mero atributo
impessoal de Deus. Essa doutrina foi o prenúncio do
arianismo. Rejeitado no Sínodo de Antioquia em 268.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
• O unitarismo, movimento moderno de
tendências racionalistas alcançou grande
ímpeto na Nova Inglaterra, no século XIX.
Negava a doutrina da Trindade, mas também
negava a divindade de Cristo; tendia a
considerar o pecado como uma imperfeição
passageira na natureza humana, que é
essencialmente boa. Um retorno ao
ebionismo.
A Anunciação
Onde a encarnação de fato iniciou?*
• Este relato ocupa somente treze versículos e aparece
somente em um evangelho, Lc 1.26-37.
A Anunciação
• Até 1751 havia uma festa da
anunciação, fixada em 25 de
março, exatos nove meses antes
do Natal. A data era considerada
o início do ano litúrgico, pois a
encarnação de Jesus ocorreu no
momento de sua concepção no
ventre de Maria*.
• Ignorar a anunciação é incentivar
a negação do nascimento virginal
de Cristo (os católicos romanos
jamais abandonaram a
anunciação).
A Anunciação
• Lucas inter-relaciona Maria e Isabel (três primeiros meses
de gestação de Maria sobrepõem-se aos três últimos de
Isabel, quando passaram juntas).
• O verbo usado
“habitar”, skenoo,
significa “morar em
uma tenda, cabana ou
tabernáculo”,
enfatizando uma
morada provisória.
A encarnação
Porque nele habita corporalmente toda plenitude
da divindade, Cl 2.9
• Nesse caso “habitar” é
o verbo grego katoikeo
que significa “viver,
habitar” e cuja ideia é
morada permanente.