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Teologia

sistemática II
1ª. aula
Teologia Sistemática
• É a sistematização do estudo da
Bíblia
• É uma maneira de facilitar o
entendimento do que a Bíblia
ensina.
Teologia Sistemática - conteúdo
Bibliologia (Estudo da Bíblia)
Teontologia (Estudo do ser de Deus)
Angelologia (Estudo dos anjos)
Antropologia (Estudo do homem)
Hamartiologia (Estudo do pecado)
Cristologia (Estudo de Cristo)
Pneumagiologia (Estudo do Espírito Santo)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Soteriologia (Estudo da salvação)
Eclesiologia (Estudo da igreja)
Escatologia (Estudo dos últimos acontecimentos)
Teologia
sistemática II
conteúdo
I - Cristologia
(Estudo de Cristo)
II - Soteriologia
(Estudo da salvação)
III- Hamartiologia
(Estudo do pecado)
Cristologia
A pessoa e a obra de Jesus
Cristologia (Estudo de Cristo)
• A Cristologia é o estudo sobre Cristo, é uma
parte da teologia cristã que estuda e define a
natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da
obra de Jesus Cristo, com uma particular
atenção à sua relação com Deus, às origens, ao
modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que
estas origens e seu papel dentro da doutrina de
salvação, tem sido objeto de estudo e discussão
desde os primórdios do Cristianismo.
CRISTOLOGIA
• O Senhor Jesus Cristo é o personagem
central da História da humanidade.
• Ele produziu as maiores e mais profundas
alterações nas civilizações dando uma
nova e radical visão do mundo e da
humanidade.
CRISTOLOGIA
Definição
Cristologia é a doutrina sobre a pessoa e a obra
de Jesus Cristo; o estudo de seu
relacionamento com Deus e de seu
relacionamento com os homens.
A Doutrina de Cristo
O Senhor Jesus Cristo é a figura
central de toda realidade cristã.
Por isso as verdades a seu respeito
são centrais para o cristianismo
Conhecimento de Jesus
O conhecimento de Jesus difere de outras
figuras da História

Jesus  histórico

O Cristo da fé
Conhecimento de Jesus
A investigação histórica de Jesus tem
legitimidade teológica e pode resultar em
entendê-lo melhor, principalmente diante
das tendências da Igreja de criá-lo à sua
própria imagem.
Nils Dajl
Conhecimento de Jesus
Os títulos cristológicos realmente provêm
do ministério terrestre de Jesus, e que
este quando foi submetido ao tribunal
romano, considera-se o Messias.
Charles H.Dodd
Conhecimento de Jesus
•É necessário basear o cristianismo nos
ensinos de Jesus conforme relatados nos
Evangelhos, que são fidedignos.
•Um dos perigos da abordagem crítica da
forma, é basear o cristianismo numa
forma abstrata de Cristo, e não na
realidade histórica que a teoria promete.
Joachim Jeremias
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
• A Cristologia tem sido debatida
incansavelmente durante séculos, em várias
nações, dentro de várias correntes cristãs,
com pontos de vista semelhantes, divergentes
e mesmo com algumas controvérsias.
• Alguns aspectos deste assunto muito
debatidos no eixo central da cristologia no
decurso da história do cristianismo são:
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
a natureza divino-humana de Jesus (União
Hipostática);
a sua encarnação;
a sua revelação de Deus;
os seus milagres;
os seus ensinamentos;
a sua morte expiatória;
a sua ressurreição;
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA
a sua ascensão;
a sua intercessão em nosso favor;
a sua parousia ( segunda vinda );
os seus ofícios (profeta, sacerdote e rei);
a sua posição como Cabeça de todas as coisas;
a sua centralidade dentro do mistério da
vontade de Deus, dentro da restauração.
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA

• A disputa mais antiga dentro do cristianismo


centrou-se sobre se Jesus era Deus.
• Alguns dos cristãos primitivos acreditavam
que Jesus não era divino, mas fora
simplesmente o Messias humano prometido
no Antigo Testamento.
EIXO CENTRAL DA CRISTOLOGIA

• A inclusão das genealogias de Jesus Cristo em


Mateus 1. 10-17 e em Lucas 3. 23-38 são
bases para essa afirmação.
• Uma explanação alternativa é que eram uma
oposição às doutrinas dos Cristãos Gnósticos
que afirmavam que Jesus Cristo teve somente
a ilusão de um corpo humano e, assim,
nenhuma ancestralidade humana.
A Doutrina de Cristo

Como Jesus pode ser plenamente


Deus e plenamente homem, e
ainda assim uma pessoa?
As Duas Naturezas de Cristo

Divina Humana
O Concílio de Calcedônia
A Cristologia ortodoxa tem por base o Concílio
de Calcedônia (em 451 d.C.), o qual estabelece
as bases desta corrente,
na qual o Cristo é verdadeiro Deus e
verdadeiro Homem e
 se apresenta em duas naturezas sem
distinção, indivisíveis e inseparáveis, de tal
forma que as propriedades de cada uma
permanecem ainda mais firmes quando unidas
numa só pessoa.
Questões metodológicas
Funcional Ontológica
• Proposta por teólogos e • Proposta por teólogos
exegetas bíblicos. sistemáticos.
• Ressalta a ação de Jesus • Ressalta a existência eterna
na Terra, como Homem. de Deus Filho.
• Enfatiza sua divindade, às
• Enfatiza sua Humanidade.
custas de sua humanidade.

Notemos que são tendências e não posições absolutas.


Desde que ponderem cuidadosamente as declarações
da Palavra de Deus, ambas abordagens podem assumir
uma posição correta.
Os títulos de Jesus
Senhor
• Kurios, usada como sinal de respeito ou
reconhecimento de autoridade, Jo 20.15
(hortelão); 20.28 (Tomé).
• Para o gentio referia-se ao imperador ou rei, com
nuanças religiosas; ao deus de um grupo ou aos
deuses.
• Em oposição, usava-se kurios com frequência
para se referir a Jesus, Mc 7.28, “Senhor e Deus”.
Para o judeu se revestia de autoridade divina; na
versão dos LXX (Septuaginta) o nome Yahweh era
substituído pelo termo Senhor.
Os títulos de Jesus
Senhor
• Para o judeu cristão, “Senhor” expressa a completa
divindade de Cristo e igualdade com Deus:
– Hb 1.10- qualquer função divinas pode ser atribuída a ele,
 “E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus
são obra de tuas mãos”.
– At 7.59- Orações a Jesus como Senhor  “E apedrejaram a
Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito.
– 1Co 8.5,6-Único Senhor, Porque, ainda que haja também
alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra
(como há muitos deuses e muitos senhores),
Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e
para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo
qual são todas as coisas, e nós por ele.
Os títulos de Jesus
Cristo
Cristo, do grego, significa ungido.
• É a transliteração da palavra hebraica Messias,
com o mesmo significado.
– Jo 1.41  Este achou primeiro a seu irmão Simão,
e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é
o Cristo).
– Jo 4.25  A mulher disse-lhe: Eu sei que o
Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele
vier, nos anunciará tudo.
Os títulos de Jesus
Cristo
• Possui a força de um título.
– Atos 3.18  “Mas Deus assim cumpriu o que já
dantes pela boca de todos os seus profetas havia
anunciado; que o Cristo havia de padecer”.
• Paulo parece usá-lo neste sentido,
– Rm 6.3 “Ou não sabeis que todos quantos fomos
batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua
morte?”
– Rm 9.5 “Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo
segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito
eternamente. Amém”.
Os títulos de Jesus
Cristo
• Unção (costume judaico) – a não
compreensão do significado pode ter levado
os gentios cristãos de fala grega a usar o
termo como um nome próprio (“cristãos” e
não “jesuítas”!).
Os títulos de Jesus
• Unção no AT referia-se à alegria, Rt 3.3; Sl 45.7,
portanto a ideia de um “ungido sofredor” é uma
contradição em termos.
• O “ungido do Senhor”, 1Sm 16.6, refere-se ao rei
e, depois dos dias de Davi, indicava sempre um
“filho de Davi”, de onde se entendeu que a
messianidade envolve o reinado e a filiação de
Davi.
• Ciro, rei da Pérsia, é descrito como “ungido do
Senhor”, Is 45.1 – figura – reconstruiu o templo
Os títulos de Jesus
Cristo-ungido
• Revelação da messianidade velada:
1) Maria, Isabel, José, anjos, pastores, Simeão,
Ana, magos, Herodes, João Batista,
2) Satanás, demônios,
3) Discípulos,
4) Inimigos.
Os títulos de Jesus
Cristo-ungido
• Jesus não assumiu a posição devido ao conceito judaico
de messianidade
– Mt 16.22  ”E Pedro, tomando-o de parte, começou a
repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de
modo nenhum te acontecerá isso”.,
• Mas Jesus esperou que a revelação chegasse aos
discípulos e eles mesmos confessassem,
– Mt 16.16  “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo”.
• Depois, Jesus aceita o título e redefine a messianidade
nos termos de sofrimento e morte,
– Mt 16.21  “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus
discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas
coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos
escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.”.
Os títulos de Jesus
Cristo-ungido
• O sinal contraditado
- no julgamento de Jesus - o conceito judaico de
messianidade contradizia o que se tornou o
“Messias crucificado”, pedra de tropeço para o
devoto judeu, a confissão de fé de todo cristão,
1Co 1.23, e o assunto de toda pregação cristã
inicial, At 3.18.
Os títulos de Jesus
O Servo de Jeová
• Conceito presente na segunda metade do livro
de Isaías (sofrimento – morte – vitória final);
tema também encontrado em Atos 3.13 e
1Pedro 1.19 e na Cristologia paulina, Fp 2.7.
• Título que se funde ao “Filho de Deus” e ao
“Cordeiro de Deus”, em Jo 1.29; Is 53.7.
Os títulos de Jesus
O Servo de Jeová
• A voz dirigida a Jesus é ao “servo”
– Mt 3.17 = Is 42.1.
• Seu ministério de cura é igualado ao cântico
do servo em
– Isaías 42= Mt 12.17-21.
• Jesus menciona-se em correlação direta com
– Isaías 53= Mt 20.28 e 26.28.
Os títulos de Jesus
Profeta
• Pedro apresenta Jesus como profeta:- “O
Senhor teu Deus te suscitará do meio de ti,
dentre teus irmãos, um profeta semelhante a
mim; a ele ouvirás”. (Dt 18.15).
• Profeta é alguém que fala em nome de outro
( Êx 7.1). Deus comunica e o profeta anuncia a
mensagem de Deus.
Os títulos de Jesus
Profeta
• Jesus como Profeta:
– João 14.24: “a palavra que estais ouvindo não é
minha, mas do Pai que me enviou.”
– Lucas 24.19: “Ao que ele lhes perguntou: Quais?
Disseram-lhe: As que dizem respeito a Jesus, o
nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e
palavras diante de Deus e de todo o povo.”
Os títulos de Jesus

LOGOS (Palavra)
• Logos, grego, traduzido por Verbo ou
Palavra.
• Termo filosófico raro, presente nos textos
dos filósofos do passado, de significado
amplo.
LOGOS (Palavra)
– Sofistas – poder do
pensamento, da fala e da
persuasão, chegando a ser,
predominantemente, a
razão humana.
– Aristóteles – fonte da A escola de Atenas – Raphael 1483-1520 - Vaticano

virtude humana “já que as


ações são determinadas
pelo entendimento, e é
pela fala que chegamos ao
entendimento”.
LOGOS (Palavra)
Estóicos
– Logos é a alma inteligente,
interior, autoconsciente e
universal, da qual a nossa razão
é parte e “expressa a natureza
ordenada e teleologicamente
orientada do cosmos”.
– Paulo conversou com estóicos
no Areópago em Atenas, At
17.18,19.
Zenon
LOGOS (Palavra)
como ideia grega, é impessoal, já o
logos de João é pessoa e recebeu o nome
de Jesus, possibilitando o entendimento
“primeiro do judeu e também do grego”,
Rm 1.16.
O que descarta a influência
filosófica grega é que nunca
houve paralelo com a verdade
da encarnação, em que o Logos
(Verbo) se fez carne, Jo 1.14.
Os títulos de Jesus
Logos = Palavra
• Logos é usado como um título para Jesus em
João 1.1,14; 1João 1.1 e Apocalipse 19.13.
Este termo engloba dois pensamentos:
– Atividade criadora preexistente.
– Perfeita expressão e revelação de Deus.
• Esta ideia está presente em Paulo, Cl 1.15-20 e
em Hb 1.1-3 na categoria de Sabedoria.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
A Palavra existia no princípio; nunca houve
tempo em que a Palavra não tenha existido.
• Ele estava antes de toda criação de Gn 1.1, portanto
não pode fazer parte da criação; não pode ter sido uma
criatura porque nada há no universo que não tenha
vindo dele: Todas as coisas foram feitas por ele, e sem
ele nada do que foi feito se fez. João 1:3
• Antes do tempo começar e tudo ser criado, o Verbo já
existia: Antes que Abraão existisse...Eu sou, Jo 8:58
• Esta afirmação se refere à sua eternidade; “no princípio
Deus criou...”, mas João afirma que “no princípio era...”,
ou seja, já existia. “Era”, imperfeito grego, é existencial
e transmite ideia de continuidade.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
• O contexto bíblico confirma:
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele. Cl 1:17
E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com
aquela glória que tinha contigo antes que o mundo
existisse. Jo 17:5
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver,
também eles estejam comigo, para que vejam a minha
glória que me deste; porque tu me amaste antes da
fundação do mundo. Jo 17:24
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
• A pré-existência de Cristo é eterna; o
Filho já existia na eternidade:
E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os
milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em
Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade. Mq 5:2
...Pai da Eternidade..., Is 9:6 (Aquele que tem em si a
eternidade e pode partilhá-la)
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e
eternamente. Hebreus 13:8
• Jesus não pode ser a primeira criatura (TJ) porque haveria
um período na história em que ele não teria existido.
• Se ele passou a existir a partir do dia em que foi criado,
como pode ser ele o mesmo antes de existir?
• Em qualquer tempo da eternidade passada, “os tempos
antes dos séculos”, Tt 1.2, ele era o Verbo, o mesmo, pois
é imutável.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
TODAS as coisas foram feitas POR
INTERMÉDIO DELE, e sem ele NADA do
que foi feito se fez. João 1:3
• A palavra grega para por intermédio dele é
(dia), “através de, por meio de, por, causa de”
é a mesma palavra aplicada a Deus-Pai:
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém. Romanos 11:36
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
• Se o Filho fosse criado, então existiria no
universo uma criatura que não foi feita por ele,
que seria ele mesmo!
• Mas o texto de João é claro e objetivo desejando
exatamente mostrar que nada há neste universo
que não seja criado pelo Senhor Jesus!

Jesus Criação
Por intermédio

TODAS as coisas Sem Ele NADA do


por meio dele que foi feito se fez
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Ário (256-336 d.C.)
Era um diácono/presbítero em
Alexandria que propôs a doutrina
chamada arianismo. Ele defendia
que:
• O Logos e o Pai não eram da
mesma essência Ário
• O Filho era uma criação do Pai
• Houve um tempo em que o Filho
(ainda) não existia
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Ário - Questão lexicográfica
Ário usava a Septuaginta (versão grega
da Bíblia hebraica). Uma de suas bases
doutrinárias está em Pv 8.22, em que
ele associava a Sabedoria com Jesus,
traduzida desta forma:
• “O Senhor me possuiu” – ARC
• “O Senhor me possuía” – ARA
• “Jeová me possuiu” – TB
• “O Senhor me criou” – LXX, a Bíblia
de Alexandria
O verbo qanah =“obter, adquirir, criar,
fundar, comprar, possuir, produzir”.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Ário - Questão lexicográfica

• O termo qanah parece 83 vezes no AT, sendo que


somente em 6 vezes parece ter o sentido de
“criar”: Gn 14.19,22; Dt 32.6; Sl 74.2; 73.2; 78.54; 77.54; 139.13
• “O significado ‘criar’ é para ser rejeitado... Os
substantivos derivados de qana (qyniqn, miqna, miqneh)
nunca se referem a concepção ou criação”, The
Theological Dictionary of the Old Testament
• “O Senhor me possuía simplesmente significa: Eu
era o Senhor”. Comentário Bíblico de Moody.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a

• O verbo “criar”, no hebraico é bara (criar do nada,


iniciar uma coisa nova), é usado somente com
referência à atividade de Deus, especialmente para
expressar o conceito de criação divina.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Ário - Questão teológica
• Não há vínculo direto entre a “Sabedoria” de
Provérbios 8.22 com Cristo.
• Não há afirmação expressa que essa sabedoria
seja o Senhor Jesus.
• A palavra no hebraico para sabedoria em
Provérbios é chokmah que significa em geral:
– habilidade na guerra
– sabedoria em administração
– perspicácia
– prudência em assuntos religiosos
– ética religiosa
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
Ário - Questão teológica
• Tertuliano (155-222) – associou
Tertuliano sabedoria aos estágios da história do
Logos
• Justino, o Mártir – associou sabedoria
com o Logos
Justino Mártir
• Irineu – associou-a ao Espírito Santo
• Não há consenso entre comentaristas
e especialistas na Palavra.
Irineu de Lion
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
• Paulo chama Jesus de Sabedoria de
Deus, porém usa a palavra sophia, e
não Logos: Mas para os que são
chamados, tanto judeus como gregos, lhes
pregamos a Cristo, poder de Deus, e
sabedoria de Deus. Mas vós sois dele, em
Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por
Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e
redenção, 1Co 1.24,30.
• Paulo chama-o também de “poder”,
“justiça”, “santificação”, “redenção”,
não personalizando as palavras, mas
exaltando os feitos de Jesus em cada
uma das áreas. A sabedoria é parte
divina bem como as demais virtudes.
No princípio era o Verbo - Jo 1.1a
• “O conceito eternidade do Logos é o mesmo que a
Bíblia apresenta como um dos atributos
incomunicáveis de Deus: ‘O teu trono está firme
desde então; tu és desde a eternidade’, Sl 93.2.
• Isso significa que Deus é livre de toda distinção
temporal de passado ou de futuro, ele não teve
um começo e nem terá fim em seu Ser, é de
duração infinita de tempo, sem início nem fim.
• É essa a ideia que o apóstolo transmite ao afirmar
‘no princípio era o Verbo’”.
Esequias Soares
O Verbo estava com Deus - Jo 1.1b
Significando não só a existência da Palavra no ser de Deus,
mas que a Palavra era separada como entidade diferente.
• O termo “Deus” = Pai; quando theos vem acompanhado
de artigo “ho”, ou sem qualificação, refere-se sempre ao
Pai. (E. S.)
• A frase “com o Deus” (pros ton theon) mostra ideia de um
relacionamento dinâmico numa comunhão perfeita na
eternidade passada entre o Pai e o Filho. A preposição
grega “pros”, “com”, na construção de João indica um
plano de intimidade e igualdade, face a face.
• Isto indica que o Pai é uma Pessoa distinta do Verbo.
Uma contrariedade às doutrinas que se seguiram na
história da Igreja:
O Verbo estava com Deus - Jo 1.1b
• A manifestação das três pessoas distintas nas
Escrituras.
– O batismo de Jesus, Mt 3.16,17;
– a oração sacerdotal de Jesus, Jo 17;
– outras passagens: Jo 8.17,18; 1Jo 2.22-24.
• João enfatizou duas vezes que o Pai é uma
pessoa e o Filho outra: Jo 1.1b e v.2 “ele
estava no princípio com Deus”.
O Verbo era Deus - Jo 1.1c
Afirmação taxativa; tudo o que se diz de uma pessoa
deve ser automaticamente aplicado também à outra.
• A ideia progressiva culmina com a afirmação enfática “e o
Verbo era Deus”.
• A divindade do Verbo é expressa e explicitamente
demonstrada no prólogo do evangelho de João.
• Todo contexto bíblico mostra: Jesus é Deus igual ao Pai:
Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque
não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era
seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Jo 5:18
Eu e o Pai somos um. Jo 10:30
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade; Cl 2:9
O Verbo era Deus - Jo 1.1c
Afirmações comparativas

Deus Jesus
Criador, Gn 1.1 Criador, Jo 1.3,10
Vida, Dt 30.20 Vida, Jo 1.4; 5.26; 14.6
Luz, 1Jo1.5; 1Tm 6.16 Luz, Jo 1.4,9; 8.12;
O Verbo era Deus - Jo 1.1c
Deus é amor, 1Jo.4.16
• Para que o amor tenha significado, deve existir
quem seja capaz de amar e de receber amor.
• Para ser perfeito, o amor deve ser recíproco.
Quando não, é trágico, causa dor e divisão.
• Se o Filho não amasse o Pai com a mesma
intensidade que o Pai o ama geraria desequilíbrio
na divindade – algo destrutivo à unidade de Deus.
• “Deus é amor” é garantia final de que o Pai e o
Filho são idênticos em todos os aspectos.
Os títulos de Jesus
Filho do Homem
• Título favorito escolhido pelo próprio Jesus - 12 X
usado por Jesus no Ev. de João; 70 X nos sinópticos.
• Titulo com dois sentidos distintos no AT:
– Simples homem, representativo da figura terrena, Sl
8.4; Ez 2.1;
– Figura celestial, quase divina, Dn 7.13 (expectativa dos
judeus).
• Não havia “Messias sofredor” para o judeu; não
deveria haver “o Filho do homem há de padecer”,
Mt 17.12,.
Os títulos de Jesus
Filho do Homem
• Pedro, At 2.22; e Estevão, 7.56 apontam, pelo
contexto, para o “Filho do homem” celestial e
não o da representação humana ou figura
terrena.
• O termo aparece em Hb 2.6 (Sl 8.4) e na visão do
Cristo ressuscitado em Ap 1.13; 14.14. Paulo
enfatiza o “último Adão”, 1Co 15.45, e o
“segundo homem”, 15.47, enfatizando que o
segundo é vindo do céu.
Os títulos de Jesus
Filho de Deus
• Título usado livremente tanto pelos:
demônios, Mt 8.29; estrangeiros, 27.54;
discípulos, 14.33.
• Em Mt e Lc - associa-se ao nascimento
virginal, Mt 1.23; Lc 1.35.
• Em Mc e Jo, enfatizam a origem celestial, Mc
1.1; Jo 1.14.
• Favorita em Paulo e em sua pregação, Rm 1.3;
At 9.20.
Os títulos de Jesus
Filho de Deus
• No AT, o título foi usado para:
– Anjos, Gn 6.2; Jó 1.6; Dn 3.25;
– Ao descendente de Davi (Sl).
– Referir-se à divindade completa, Sl 45.6. Jesus
aceita o título, pois, os judeus entenderam que
reivindicava igualdade com Deus, Jo 5.18.
• Ser Filho significa ser Deus, mesmo em
dependência, obediência e sofrimento, Hb
5.8.
• “Filho de Deus” indica divindade de Cristo.
Os títulos de Jesus
Salvador
• O próprio nome de Jesus já continha esta
ideia, Mt 1.21.
• Este é um epíteto, título, uma qualificação de
Deus, 2Sm 22.3; Jd 25; ou de alguém
levantado por ele, Is 19.20.
• João apresenta duas vezes, “Salvador do
mundo”, Jo 4.42; 1Jo 4.14.
• Lucas 2.11 menção direta; Pedro em At 5.31;
Paulo em At 13.23; Fp 3.20; 2Tm 1.10; Tt 1.4.
Os títulos de Jesus
Salvador
• Usado desde o início da Igreja, pois, a palavra peixe em
grego "ichthyos" (ΙΧθΥΣ), era usada como um
anagrama, pois suas cinco letras eram também a
abreviação da frase: Iesous Christos Theou Yios Soter
(Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador).
A pré-existência de Jesus Cristo
• No AT, Deus se revelou em sua unidade, sem qualquer distinção
interpessoal perceptível nesse tempo.
• No AT, não é correto identificar Deus com a pessoa do Pai revelada no
NT, pois, antes da vinda de Jesus, as três pessoas falavam com a
mesma voz, e é impossível dizer qual delas era mais presente ou
ausente que as demais.
• Para alguns comentaristas, afora as manifestações figuradas e indiretas
do Filho no AT, apesar de presente e ativo na divindade, não há
evidência de revelação específica e direta do Filho no AT.
(Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e
pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela
fé, não alcançaram a promessa, Hebreus 11:38-39
Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos
antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos
por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por
meio de quem fez o universo. Hebreus 1:1-2
A pré-existência de Jesus Cristo
• Jesus introduziu a novidade de chamar a
Deus de Pai no Pai Nosso, Mt 6.
• Escandalizou os judeus ao chamar Deus
de seu Pai, Jo 5.18. Paulo - experiência
exclusivamente cristã, Gl 4.6.
• Os judeus entendiam que chamar a Deus
de Pai era ter um relacionamento entre
iguais. Um filho é igual ao pai no nível
humano básico.
• O conceito de eternidade judaico - os
pais se “eternizam” nos filhos; havendo
filhos não há encerramento da
existência, ideia que iguala pais e filho
no mesmo nível.
• Ao chamar Deus de Pai, Jesus disse a
todos que também era Deus.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
1) Negações da humanidade de Jesus
• Docetismo – Como a matéria é
intrinsecamente má, Cristo não
encarnou plenamente, mas tinha uma
aparência de corpo humano. Ideia pré-
gnóstica combatida em Colossenses e
João surgida nos fins do século I.
• Apolinarianismo – Apolinário, bispo
de Laodicéia dizia que, em Cristo, o
Logos (alma divina) tomou o lugar da
alma humana. Gregório de Nazianzo
contrariou: “O que não é assumido
não é curado”. O Concílio de
Constantinopla em 381 condenou o
apoliarianismo.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
1) Negações da humanidade de Jesus
• Eutiquianismo (monofisismo – monos
= apenas uma; physis = natureza) –
Eutiques, monge em Constantinopla,
afirmava que a natureza divina
absorveu a natureza humana.
Portanto, Cristo, após a união, possuía
totalmente a natureza divina e apenas
se revestia de carne humana. O
Concílio de Calcedônia em 451
rejeitou esta doutrina.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
2) Negações da divindade de Cristo
• Ebionismo – Ebion é uma
palavra hebraica que significa
pobre, necessitado, miserável,
mendigo, pedinte de esmolas.
Jesus era um profeta
extraordinário, que se
identificava com os pobres,
mas não era Deus, sendo filho
natural de José e Maria
(reavivado pelo unitarismo,
teólogos liberais e teologia da
libertação).
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
2) Negações da divindade de Cristo
• Adocionismo – Jesus era tão submisso
ao Pai que o Pai o adotou como o seu
Cristo e Salvador dos homens vindo a
possuir uma posição exaltada e divina.
• Arianismo – Cristo era apenas uma
criatura, não o Deus eterno. A frase-
chave do movimento é “houve um
tempo quando Cristo não era”.
Estimulou a elaboração do Credo de
Nicéia em 325, no primeiro grande
Concílio onde esta doutrina foi
refutada (TJ).
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
3) Negação da união pessoal divino-humana de Cristo

• Nestorianismo – Naturezas
incompletas, quando se unem
forma a natureza completa (alma
+ corpo = ser humano). Naturezas
completas não podem se unir
(divindade + humanidade).
Portanto, as duas naturezas em
Cristo são duas pessoas unidas
somente por suas vontades e
propósitos comuns. Rejeitado no
III Concílio de Éfeso em 431.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
4) Negações da distinção entre o Pai e o Filho
• Sabelianismo – Sabélio, Presbítero de Ptoleimada dizia
que só existe uma Pessoa divina, Deus-Pai, que se
manifesta nas três formas: Pai, Filho e Espírito Santo
(Deus se transformou no processo da história).
Combatido por Hipólito, Tertuliano e Origines, dentre
outros, e mais tarde pelos reformadores.
• Modalismo – Surgiu com Paulo de Samosata, bispo de
Antioquia, 260-272; Deus apresentou-se de três modos
e não existe eternamente como três pessoas, mas
somente uma. O Espírito Santo é mero atributo
impessoal de Deus. Essa doutrina foi o prenúncio do
arianismo. Rejeitado no Sínodo de Antioquia em 268.
Heresias Antigas - As falsas concepções
sobre a Pessoa de Cristo
• O unitarismo, movimento moderno de
tendências racionalistas alcançou grande
ímpeto na Nova Inglaterra, no século XIX.
Negava a doutrina da Trindade, mas também
negava a divindade de Cristo; tendia a
considerar o pecado como uma imperfeição
passageira na natureza humana, que é
essencialmente boa. Um retorno ao
ebionismo.
A Anunciação
Onde a encarnação de fato iniciou?*
• Este relato ocupa somente treze versículos e aparece
somente em um evangelho, Lc 1.26-37.
A Anunciação
• Até 1751 havia uma festa da
anunciação, fixada em 25 de
março, exatos nove meses antes
do Natal. A data era considerada
o início do ano litúrgico, pois a
encarnação de Jesus ocorreu no
momento de sua concepção no
ventre de Maria*.
• Ignorar a anunciação é incentivar
a negação do nascimento virginal
de Cristo (os católicos romanos
jamais abandonaram a
anunciação).
A Anunciação
• Lucas inter-relaciona Maria e Isabel (três primeiros meses
de gestação de Maria sobrepõem-se aos três últimos de
Isabel, quando passaram juntas).

• João Batista no ventre da mãe moveu-se quando da


aproximação de Maria. Isabel compreendeu o fato como
revelação especial, chamando Maria de “a mãe do meu
Senhor”, Lc 1.43, mencionando com isto que o próprio
Deus se encontrava no ventre de Maria para nascer!
A Anunciação
A Anunciação
A figura dos nomes:
• José e Maria – nomes ligados ao início e
ao fim do período de escravidão no
Egito (José, filho de Jacó, que de escravo
chegou a Governador do Egito e Miriam
(Maria), irmã de Moisés que vivenciou a
libertação do Egito).
• Jesus (Javé é Salvação) – Josué, sucessor
de Moisés, que tirou a casa de Jacó do
deserto e a fez entrar na terra
prometida.
• Davi – o rei que conquistou a terra que
foi prometida à Abraão. Jesus é o
herdeiro de Davi, autorizado a governar
o reino sem fim prometido pelo anjo
Gabriel.
A Anunciação
• Jesus era descendente de Davi, não por
Maria, mas por José, o pai não biológico.
Jesus não era descendente de Davi por
descendência sanguínea, mas por contrato
matrimonial. A herança régia procede do
pai adotivo de Jesus, não da mãe.
• A Trindade atuou na concepção de Jesus.
Gabriel afirmou que o Espírito Santo
desceria sobre ela e o poder do Altíssimo
(Deus) a cobriria com a sua sombra, para
que o fruto do ventre fosse o Filho de Deus.
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o
Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a
sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus. Lucas 1:35
A encarnação
O Verbo se fez carne, Jo 1.14
• Vimos que o Logos foi estratégia do
Espírito Santo ao inspirar João na
produção de seus escritos, um
recurso extraordinário para
alcançar judeus e gregos pois deles
era conhecido os conceitos de
dabar, em hebraico e logos, em
grego (Dabar é usado nas
traduções hebraicas do Novo
Testamento).
A encarnação
O Natal
• A doutrina que mais dá testemunho das verdades
fundamentais do evangelho na sociedade secular; a
grande festa da encarnação!
Cuidado com a aversão ao Natal presente em algumas igrejas!!!
A encarnação
• A encarnação é mencionada indiretamente em
Mateus, Lucas, Filipenses 2.5-11, Colossenses,
Hebreus e outras passagens. Porém o principal
foco é João 1.14: A Palavra tornou-se carne.
• Para Atanásio (296-373 d.C.) esse versículo era a
chave da Cristologia.
• A encarnação é mais passiva que ativa, tendo os
cristãos a defendido mais do que compreendido.
Ela é mais sentida e aceita que entendida, assim
como o que Jesus realizou na cruz parece ser
mais importante que a sua identidade.
A encarnação
• Prefere-se contar a historia do Natal do que
explicá-la.
• A encarnação possui um significado
profundamente espiritual e histórico, “é o
princípio do ato final da obra divina da
salvação – os últimos dias”, Gerald Bray.
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos
dias pelo Filho, Hb 1.1.
A encarnação
O Verbo se fez carne e habitou entre nós, Jo 1.14

• O verbo usado
“habitar”, skenoo,
significa “morar em
uma tenda, cabana ou
tabernáculo”,
enfatizando uma
morada provisória.
A encarnação
Porque nele habita corporalmente toda plenitude
da divindade, Cl 2.9
• Nesse caso “habitar” é
o verbo grego katoikeo
que significa “viver,
habitar” e cuja ideia é
morada permanente.

O físico era provisório, o divino é permanente.


A encarnação
“...e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio
de graça e de verdade”,
• Na esfera puramente natural era
impossível ver a glória da Palavra
na carne humana de Jesus.
– Em Nazaré foi rejeitado pelos de
sua vila;
– Nicodemos reconhecia seus
ensinos da parte de Deus
analisando seus milagres.
– Não se tratava de um tipo de
conhecimento natural, discernível
por qualquer pessoa reflexiva.
A encarnação
• Reconhecer a glória de
Jesus implicava numa
revelação divina
especial, como no caso
de Pedro, Mt 16.17.
Poucos homens, a
princípio foram
tocados pelo Espírito
de Deus para
contemplar a glória da
Palavra em Jesus.
A encarnação
A Palavra Escrita
• Segundo Gerald Bray, a
Palavra que se tornou
carne em Jesus, também
se transformou, de forma
diferente, em papel e
tinta, nas palavras da
Bíblia.
• As Sagradas Escrituras
são a voz de Deus para a
igreja. A Bíblia realiza
para nós o mesmo papel
que o corpo encarnado
do Filho de Deus
desempenhou para os
discípulos.
A encarnação
A Palavra Escrita
• O ensino de Jesus aplica-se ao ensino da
Bíblia.
• Cristo é uma pessoa divina com duas
naturezas: divina e humana. A Bíblia
também.
• A voz divina nos fala no texto e por meio
dele. A revelação da divindade de Cristo
foi um presente divino e não resultado
da pesquisa humana,
• Assim também o reconhecimento das
Escrituras como Palavra de Deus só pode
provir do testemunho do Espírito.
• Contemplamos hoje a glória da Palavra
por meio da Bíblia, Jo 5.39 – “As
Escrituras testemunham de mim”.
• A Palavra de Deus, por meio do Espírito,
continua habitando em nós!
Conhecendo mais o Filho de Deus

"Quem o povo diz que eu sou?"


Marcos 8.27
Quem é Jesus?
Qual dessas opiniões você já ouviu?
• Um simples homem; • grande médico;
• grande mestre moral; • espírito evoluído;
• fundador de uma grande • guru;
religião;
• impostor;
• um louco;
• alguém que nunca existiu; • um revolucionário;
• o responsável por iniciar • um profeta;
uma série de males no • um grande poeta;
mundo (Cruzadas, • o maior socialista;
Inquisição, guerras
religiosas, colonialismo • o primeiro democrata;
evangelístico, etc.); • o primeiro hippie;
• o iluminado; • um extraterrestre; etc.
• um enganador;
Como posso conhecer Jesus?
1. Pela “carteira de identidade”= As Escrituras

Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras,


porque pensam que nelas vocês têm a vida
eterna. E são as Escrituras que testemunham a
meu respeito. João 5.39

• Mais de 300 impressionantes profecias do AT

• Elas confirmam que Jesus é quem diz ser: o Filho


de Deus, o Messias, o próprio Deus.
Algumas profecias

ACONTECIMENTO PROFECIA DATA CUMPRIMENTO DATA

Nascido de uma virgem Isaías 7.14 758 a.C. Mt1.18,24,25; 5-4


Lc.1.26 a.C.

Nascido em Belém Miquéias 5.2 710 a.C. Mt.2.1.4- “


8/Lc.2.4-7

Crucificado Salmo 22.16 1017 a.C. Lc.23.33 “

Ressuscitado Salmo 16.10; 1060-1023aC At.2.31/13.33/ “


30.3; 41.10 Mt.28.6
Como posso conhecer Jesus?
2. Olhe para o que ele fez = Suas obras

...a própria obra que o Pai me deu para concluir,


e que estou realizando, testemunha que o Pai
me enviou. João 5.36

• Cada ato de Jesus mostra quem ele é. Tudo ele


fez perfeito.
Como posso conhecer Jesus?
3. Pense no que ele disse – Suas palavras
“Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de
vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o
Santo de Deus" João 6.68,69.
As palavras que eu lhes disse são espírito e vida,
João 6.63
• Pelo que ele dizia podemos avaliar quem ele era.
Nele não vemos incoerência entre o que fez e
falou. Suas palavras e obras foram comparadas:
At 1.1
O que Jesus diz a respeito de si?
1. Que Ele e o Pai são o mesmo Deus
Eu e o Pai somos um. Jo 10.30-33.

2. Que quem o vê, está vendo ao Pai


Jesus respondeu: - Faz tanto tempo que estou com
vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem
me vê, vê também o Pai. Jo 14.8.9

3. Que Ele é o Messias, o Cristo


-Você é o Messias, o Filho do Deus Bendito? Jesus
respondeu: -Sou. Mc 14.61,62; Jo 4. 25,26
O que Jesus diz a respeito de si?
4. Que Ele é o único caminho
Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”,
Jo 14.6
5. Que Ele é o Filho
Portanto, vão e façam discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo..., Mt 28.19,20
O que outros disseram de Jesus?
1. Seus inimigos - disseram que Ele se fazia igual a
Deus
...os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de
matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele
afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se
assim igual a Deus. Jo 5.18.

Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em


pedras para lhe atirar... Não é por obra boa que te
apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo
tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. Jo 10.30-33.
O que outros disseram de Jesus?
2. Pedro - disse que Ele era o Cristo, o Filho de Deus
Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo". Mc 16.16,17.

3. Marta - disse que Ele era o Cristo, o Filho de Deus


Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de
Deus que devia vir ao mundo, Jo 11.27.

4. Tomé – o chamou de Senhor e Deus


Disse-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Jo 20.27,28.
Resposta de Jesus:
Porque me viu, você creu?
Felizes os que não viram e creram. Jo 20.29.
O que a Bíblia diz de Jesus?
1. Jesus é Deus, mas também é homem
(Jesus) o qual, subsistindo em forma de Deus, não julgou
que o ser igual a Deus fosse coisa de que não devesse
abrir mão, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo,
feito semelhante aos homens; e sendo reconhecido como
homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a
morte, e morte de cruz. (TB) Fp 2.6-8

2. Jesus é o segundo membro da Trindade


Quem me vê, vê também o Pai., Jo 14.8,9.
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, Mt 28.19
Jesus estava no Antigo Testamento
• Jesus é o Verbo, Jo 1.1,2,14; Gn 1.1-3
• Jesus Criador e a sustentador, Jo 1.3; Cl 1.16,17
• Jesus o “Filho” de nome não conhecido, Pv 30.4
• Jesus o “Príncipe do Exército do Senhor”, Js 5.13-15
– Anjos não aceitam adoração, Ap 19.10
• Jesus era “o Anjo do Senhor” revelado a Moisés,
Êx 3.2-5.
Como você imagina Jesus?
Que imagens veem à sua mente quando você
pensa em Jesus?
Como você imagina Jesus?
Que imagens veem à sua mente quando você pensa
em Jesus?
Como você imagina Jesus?
Que imagens vêem à sua mente quando você
pensa em Jesus?

De acordo com a imagem do sudário


Como você imagina Jesus?
• Os primeiros retratos de Jesus - 400 d.C.
• Para os gregos: Jesus como um jovem sem
barba parecido com o deus Apolo.
Como você imagina Jesus?
• Documento de 1514, atribuído a Públio Lêntulo,
governador romano que sucedeu Pôncio Pilatos,
descreveu Jesus assim:
“É um homem alto; a cor do cabelo não tem comparação,
de cachos graciosos... repartidos no alto da cabeça,
caindo para frente em cascata, à moda dos nazireus; tem
testa alta, grande e impressionante; as faces não têm
mancha nem ruga, belas e coradas; o nariz e a boca são
talhados com primorosa simetria; a barba, de cor igual à
do cabelo, abaixo do queixo e repartida no meio como um
garfo; os olhos, de um azul luminoso, claros e serenos...
Ninguém o viu sorrir”.
Como você imagina Jesus?
• Uma tradição do século II acreditava que Jesus
fosse corcunda.
• Na Idade Média foi difundida a idéia de que
Jesus sofrera de lepra.
O que dizer da aparência de Jesus?
• Nas moedas o judeu
palestino é apresentado
com pele de cor
azeitonada (escura),
olhos castanhos, nariz
adunco (curvo), cabelos
negros e aparados,
barbas fartas.
O que dizer da aparência de Jesus?
• É pouco provável que fosse
alto. Sabe-se que os judeus
do século I eram de baixa
estatura.
• Ele devia usar roupas sem
mangas,
• Cinto, capa, sandálias
• Devia carregar um cajado nas
viagens.
O que dizer da aparência de Jesus?
• A única descrição física de Jesus:
Assim como houve muitos que ficaram pasmados
diante dele; sua aparência estava tão desfigurada,
que ele se tornou irreconhecível como homem; não
parecia um ser humano; Ele não tinha qualquer
beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia
em sua aparência para que o desejássemos. Foi
desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de
dores e experimentado no sofrimento. Como alguém
de quem os homens escondem o rosto, foi
desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
Isaías 52.14; 53.1,2 (NVI).
Como era a personalidade de Jesus?
• Jesus era carismático, atraente – O povo ficava três
dias sem comer para ouvir suas palavras, Mt 15.32.
• Jesus era emotivo – tinha compaixão, se indignava,
celebrava, se angustiava, entristecia, etc.
• Jesus não ocultava suas necessidades - chorou
• Jesus elogiava as pessoas
• Jesus estabelecia intimidade com as pessoas
• Jesus era sensível
• Jesus não era rígido
• Jesus era um “homem dos outros” – (Bonhoeffer).
• Jesus não queria “aparecer”
• Jesus era alegre
Como você vê Jesus?
Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás
de mim uma grande voz, como de trombeta... E, virando-
me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais,
um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de
uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de
ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã
branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo; e os
seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse
sido refinado numa fornalha; e a sua voz, como a voz de
muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da
sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto
era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu,
quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre
mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o
Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui
estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves
da morte e do inferno. Ap 1.10-18

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