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M. João Dantas 2
O bloco do motor serve de suporte à maioria dos
órgãos internos e externos do motor. Ao bloco
do motor, estão fixados vários órgãos e
componentes do motor, tais como, a cambota, a
cabeça do motor, a distribuição, o alternador, a
bomba de óleo, o cárter inferior, etc. o bloco do
motor deverá ter as seguintes características:
Deve ser rigido para resistir a esforços
provocados pela combustão nos cilindros.
Deve permitir, por condução e convecção, a
evacuação de parte de calor que é gerado pelas
combustões nos cilindros.
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Existem dois tipos de sistemas de refrigeração de um bloco
de motor.
Refrigeração por liquido
Refrigeração por ar
Observando o bloco motor verifica-se que os cilindros
encontram-se rodeados por espaços ocos ou cavidades, onde
circula o chamado liquido refrigerante ou liquido de
arrefecimento. O liquido refrigerante tem como função a
refrigeração do motor, de modo a evitar que este atinja
temperaturas que ponha em causa o material, e logo, o
funcionamento do motor.
Como o liquido refrigerante tem que circular pelo interior do
bloco, este tem condutas canais para o efeito.
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Nos blocos refrigerados a ar , os cilindros
são independentes entre si e, estão rodeados
por alhetas cuja função é aumentar a
superfície do bloco em contacto com o ar que
circula no exterior, e assim, facilitar a
dissipação de calor.
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Geralmente, os blocos de motor são
fabricados em um dos dois seguintes
materiais:
- Ferro fundido
- Liga de aluminio
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Os blocos em ferro fundido têm a vantagem
de proporcionar uma boa rigidez.
O ferro fundido é ligado com metais como o
níquel e o crómio.
Actualmente é bastante utilizado o ferro
fundido G.S. (grafite esferoidal). Este ferro
fundido possui uma grande facilidade de
moldagem e, propriedades mecânicas
equivalentes , às do aço, com excepção da
soldabilidade.
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Os blocos em liga de alumínio têm as
seguintes vantagens: .
-São muito leves (são mais leves que os de
ferro fundido).
-Têm grande facilidade na dissipação do
calor (grande condutabilidade térmica)
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É no interior dos cilindros que se deslocam os
êmbolos.
O bloco do motor é caracterizado pelo número e
disposição dos cilindros.
No que respeita ao número de cilindros,
existem, blocos de 1 (um), 2 (dois), 3 (três), 4
(quatro), 5 (cinco), 6 (seis), 8 (oito), 10 (dez) e 12
(doze) cilindros.
Nos orifícios que formam os cilindros, podem ser
ou não introduzidas, as chamadas camisas,
podendo então haver em relação à montagem
dos cilindros os 2 (dois) casos.
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1) CILINDROS SEM CAMISAS
Os cilindros são talhados directamente no
material do bloco do motor, deslocando-se o
êmbolo no interior dos cilindros. Não existem
camisas.
2) CILINDROS COM CAMISAS
Há a inserção de camisas (bainhas) no
interior dos cilindros, deslocando-se os
êmbolos no interior dessas camisas. Existe a
distinção entre cilindros com camisas
húmidas e cilindros com camisas secas.
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No caso dos blocos de motor com Cilindros sem camisa os
blocos têm as seguintes caracteristicas:
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A camisa do cilindro (nos casos em que existe camisa)
consiste no forro interior do cilindro e, como tal, é no seu
interior que o êmbolo se desloca. Quando existir um
desgaste excessivo do interior do cilindro. Ou até mesmo
um problema de “gripagem”, procede-se apenas à
substituição das camisas, evitando-se assim a . I.
rectificação do bloco ou até mesmo a sua substituição.
A utilização das camisas tem ainda a vantagem, destas
poderem ser fabricadas em ma-teriais diferentes do bloco
do motor. Assim, as camisas podem ser fabricadas com
materiais de grande dureza superficial e resistência ao
desgaste, enquanto que o bloco do motor pode ser
fabricado com materiais’ mais ligeiros como as ligas de
aluminio, com todas as vantagens que dai advém.
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As camisas devem ter as seguintes
características:
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Existem dois tipos distintos de camisas:
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Na camisa húmida a sua superfície externa encontra-se em
contacto directo com o liquido refrigerante.
Entre as paredes da camisa húmida e o bloco, existe um espaço
suficiente para a circulação do líquido refrigerante. : Para que
haja uma união estanque entre a camisa e o bloco do motor,
para evitar fugas do liquido de arrefecimento, são utilizadas dois
tipos de juntas de estanquecidade:
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As camisas húmidas têm as seguintes vantagens e
desvantagens:
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No sentido de evitar a corrosão devida ao contacto directo
da camisa húmida com o li1uido refrigerante, a superfície
exterior da camisa recebe um tratamento especial à base
de alumínio ou cerâmica. Os blocos do motor com camisas
humidas, são blocos fabricados em ferro fundido ou em
liga de alumínio.
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A camisa seca não entra em contacto com o líquido refrigerante.
A camisa seca é montada à pressão no interior do cilindro ou
montada por contracção térmica. A camisa é arrefecida (contrae)
e o bloco de cilindros é aquecido (dilata), permitindo uma mais
fácil introdução da camisa no bloco de cilindros.
As camisas secas têm as seguintes vantagens em relação às
camisas húmidas:
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Os blocos do motor com camisas secas, podem ser fabricados
em ferro fundido ou em I · liga de alumínio. Nos blocos do
motor em ferro fundido, as camisas secas podem ser
substituídas em caso de desgaste excessivo. Nos blocos do
motor em liga de alumínio, as camisas secas são montadas
durante a moldagem e, por isso, podem ser rectificadas mas não
substituídas.
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CARACTERíSTICAS DO ÊMBOLO
O êmbolo , também chamado pistão, é o órgão do motor que
recebe directamente o impulso provocado pela expansão dos
gases devido à combustão da mistura ar/combustível e, o
transmite à cambota por intermédio da biela.
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O êmbolo é geralmente uma peça única, constituida por duas partes
fundamentais:
a cabeça e a saia.
Na Cabeça existem:
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Na Saia existe:
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A cabeça do êmbolo pode ter formas distintas. Essa forma depende ‘da
proeminência das válvulas, da relação volumétrica, da câmara de
combustão, etc.
A coroa do êmbolo, é a parte do êmbolo que suporta directamente as
pressões e temperaturas do gases da combustão e, por isso, está
submetida “aos maiores valores de pressão e temperatura.
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O orifício do cavilhão encontra-se na saia do êmbolo
e aloja o cavilhão.
O cavilhão é o elemento que faz a ligação do êmbolo
à biela.
A saia serve de guia ao pé da biela (extremo superior
da biela).
Suportando também os esforços laterais e a fricção
contra as paredes dó cilindro. A saia contém o orifício
onde é alojado o cavilhão do êmbolo, que efectua a
união do êmbolo à biela.
A zona ou caixa dos segmentos, aloja os segmentos.
Os segmentos servem para evitar eu passem gases da
combustão para o cárter e, para evitar que passe óleo
para a câmara de combustão.
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Existem êmbolos fabricados num só material,
que normalmente é uma liga leve. ::m muitos
casos utilizam-se ligas de alumínio e de
magnésio. Utiliza-se o duraluminio e Alpax (liga
de aluminio e silicio).
O cobre e o níquel são utilizados para endurecer
o aluminio mantendo este a sua leveza.
Existem êmbolos que têm no seu interior tiras
em ferro fundido especial nas zonas que são
submetidas a maiores esforços.
Devido à dilatação térmica dos êmbolos, estes
têm por vezes, ranhuras transversais , para
permitir que se verifique a dilatação do êmbolo
sem que este aumente de tamanho.
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