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RELAÇÃO COM A ÉPOCA

ÉPOCA DO CONTO: 1850-1860

ÉPOCA DA PUBLICAÇÃO DO CONTO: 1906


FIM DO SÉCULO XIX
 Contexto histórico (cinco primeiros parágrafos):
- Senso de atemporalidade
- Escravidão
- Abolicionismo
- Desintegração do Império
- Relações de trabalho livre: mal remuneradas e instáveis
- Miserabilidade social
UNIVERSO DAS INSTITUIÇÕES
DA ÉPOCA
a) Objetos
 anúncios de escravos fugidos
 instrumentos de tortura
- ferro ao pé
- ferro ao pescoço
- máscara de folha-de-flandres
b) Ofícios
 Trabalho escravo: prolonga-se para além da escravidão
EXEMPLO DE ANÚNCIO
RODA DOS ENJEITADOS
CAÇADOR DE ESCRAVOS
 Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não
seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se
mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza
implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em
tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade
de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso,
e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra
via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo
para pôr ordem à desordem.
(Machado de Assis, Pai contra Mãe)
INTERTEXTOS
 "A abolição é a aurora da liberdade;esperemos o sol;
emancipado o preto,resta emancipar o branco."
(Machado de Assis. Esaú e Jacó)
 "A ordem social e humana nem sempre se alcança sem o
grotesco, e alguma vez o cruel."
(Machado de Assis. “Pai contra mãe”)
FASE REALISTA MACHADIANA
 Atitude crítica
 Objetividade
 Temas contemporâneos
- Escravidão
- Emergência do trabalhador livre
- Relação pessoal com a escravidão
 Diálogo com o leitor
 Ironia
FAORO - I
 "liberdade sem pão não representa nada, se excluída a
perspectiva do futuro, futuro na terra, com participação nos
bens que ela dá (...) O problema supremo é o pão, difícil de
conquistar com suor, as canseiras e a labuta de todos os
dias". (FAORO, 1976: 326)
FAORO - II
 "O enquadramento social do trabalhador livre no contexto
da miséria permitiu a Machado de Assis medir o escravo sob
ângulo original. Somente ele insistiu na calamidade que a
alforria poderia significar para o cativo. O escravo seria
livre, mas ficaria sem trabalho e sem pão, entregue à
mendicância. O senhor, só ele, lucraria com o ato de
generosidade ao se desfazer de uma boca inútil, envelhecida
ou estropiada pelo trabalho. A liberdade não passava, nas
circunstâncias, de retórica cruel ou de mentira". (FAORO,
1976: 326.)
MUNIZ
 "Ano(s) após a Lei Áurea, não havia mais sentido voltar à
questão do escravo, no entanto já se vislumbravam para
Machado os problemas e as dificuldades que iriam
enfrentaro novo e o velho trabalhador livre. Neste caso, a
cor da pele terá sua significância relativizada.A miséria não
distancia quem dela faz parte, ao contrário, ela iguala os
participantes na hora da partilha". (MUNIZ, 1996)

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