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Principais anticonvulsivos
A carbamazepina
O ácido valpróico
Na última década deu-se uma atenção crescente ao
uso de medicações anticonvulsivantes clássicas na
psiquiatria para promover principalmente a
estabilização do humor.
Drogas anticonvulsivantes como a carbamazepina e o
ácido valpróico, que agem preferencialmente sobre o
lobo temporal ou sistema límbico, sejam eficazes em
pacientes com transtorno bipolar, especialmente a
mania aguda.
O valproato produz efeito significativo no conteúdo
de GABA do cérebro e atua como inibidor fraco de
dois sistemas enzimáticos que inativam o GABA.
Há evidências de que o valproato potencializa a ação
do GABA, além de possuir efeitos sobre os canais de
sódio.
A carbamazepina
A carbamazepina foi sintetizada originalmente em
1957 e introduzida no mercado europeu no início
da década de 1960 como tratamento para
epilepsia, especialmente que envolve os lobos
temporais.
Seu uso no transtorno bipolar vem desde o início
da década de 1970, quando pesquisadores
japoneses relataram que ela era eficaz em muitos
pacientes com doença maníaco-depressiva,
incluindo pacientes cuja condição era refratária ao
lítio.
Em 1980, Ballenger e Post relataram que a
carbamazepina foi eficaz num ensaio duplo-cego com
cruzamento em pacientes com transtornos bipolares
agudo.
Eficaz na terapia de manutenção.
Como opção inicial ela não é tão boa quanto ácido
valpróico e o lítio no tratamento do transtorno
bipolar.
A carbamazepina tem perfis de interação
medicamentosa e efeitos colaterais que tornam mais
difícil o seu uso e, embora bem estudada, não o foi
tanto quanto o lítio ou o ácido valpróico até o
momento.
Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de sódio.
Indicações clínicas
Há vários estudos controlados da carbamazepina no
tratamento da mania aguda e outros sobre o seu uso
como estabilizador do humor no tratamento de
manutenção do transtorno bipolar.
Pode agir mais rapidamente do que o lítio, porém não
tão rapidamente quanto os antipsicóticos na mania
aguda.
Alguns pacientes que têm uma resposta à
carbamazepina melhoram ou se estabilizam só com
esta droga; outros evoluem melhor com a
carbamazepina mais o lítio ou a carbamazepina mais
um neuroléptico.
O principal problema na avaliação do valor
clínico de uma droga como a carbamazepina,
que é usada principalmente no tratamento de
pacientes psiquiátricos com sintomas graves
no quais tratamentos mais convencionais
mostraram-se ineficazes, é que todas as outras
medicações raramente são suspensas antes de
adicionar-se a carbamazepina.
A carbamazepina não foi bem estudada no
tratamento da depressão maior.
Efeitos colaterais
Risco de agranulocitose ou anemia aplásica
(condições letais).
Sedação, fadiga, náuseas e tonteiras são os efeitos
colaterais mais comuns.
A doses mais altas podem evidenciar-se ataxia,
diplopia (visão dupla), transtorno da coordenação
muscular e nistagmo.
A intoxicação por dose excessiva de
carbamazepina pode ocasionar coma e morte.
Erupções cutâneas têm uma incidência de 5%
durante o início da terapia.
Interações medicamentosas
A carbamazepina pode influenciar o metabolismo de
diversas drogas, uma característica que complica seu
uso clínico.
Ela diminui o efeito de drogas como esteróides, os
anticoncepcionais orais, os ATC, os benzodiazepínicos.
Essa interação reduz os níveis séricos dessas drogas e
pode diminuir sua eficácia.
Contra indicada durante a gravidez.
Ácido Valpróico (Valproato)
Aprovado pela FDA para o uso na epilepsia e em
crises parciais e na profilaxia da enxaqueca.
Ele recebeu a aprovação da FDA para o tratamento
da mania aguda em 1994.
O ácido valpróico é atualmente a droga mais
comumente usada no tratamento do transtorno
bipolar na psiquiatria norte-americana.
Ele está sendo examinado para o tratamento de
muitos tipos de sintomas, incluindo agressividade,
agitação e impulsividade,em pacientes com
transtornos diversos.
Indicações clínicas
Estudos na década de 1960 identificaram o
valproato como eficaz na mania e mania
esquizoafetiva, quando adicionado a uma
grande variedade de outras drogas.
Deve-se ressaltar que os efeitos
antimaníacos do valproato foram
observados nos primeiros dias do
tratamento.
Efeitos Colaterais
Risco de hepatotoxicidade grave se não fatal.
O ganho de peso é a razão mais comum para os pacientes
suspenderem o uso de valproato.
A sedação está entre os mais comuns efeitos colaterais da
terapia com o valproato.
Desconforto gastrintestinal é o segundo efeito colateral
mais comum depois do ganho de peso. Pode assumir a
forma de náuseas, cólicas, e diarréia.
Coma e morte são raros quando o valproato é tomado
com intenção suicida.
Estudos mostram tendência do valproato em desenvolver
ovários policísticos.
Interações medicamentosas
Interações medicamentosas graves são raras
com o valproato.
Os ISRS e a aspirina por exemplo, podem
aumentar os níveis de valproato.
A carbamazepina pode diminuir os níveis de
valproato.
Deve ser suspenso durante a gravidez.