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“Luís, o poeta, salva a nado o

poema”, Almada Negreiros


1- Autor:
José Sobral de Almada Negreiros, nasceu a 7 de abril de 1893 em
Roça Saudade, em Trindade, em São Tomé, morreu a 15 de junho de
1970 em Lisboa. Foi um artista mundial Português do século XX, era
pintor e escritor.

Trindade
Poema: Estrutura rimática
estrófica
Era uma vez A Dias e dias L Nada que nada T Sou português A X T
Estas palavras A minha vida
um português A grande pensar D sempre a nadar D de Portugal A D D
vão alegrar vai acabar
de Portugal. B juntou Luís C livro perdido U depois de morto Y J Ha
a minha gente mas estes versos
a recordar. D no alto mar. D não vou mudar. D D D
de um só pensar. hão-de gravar.
O nome Luís C Ficou um livro M
há-de bastar D ao terminar. D _ Mar ignorante V Sou português A Z V
À nossa terra O livro é este
toda a nação E que queres roubar? D de Portugal A irão parar D é este o canto Y
ouviu falar. D muito importante N A minha vida Q acaba a vida T V Ia
lá toda a gente assim se pensa
para estudar: D ou este cantar? D e sigo igual. A D B
há-de gostar. em Portugal.
Estala a guerra F Ia num barco O A vida é minha W
e Portugal B ia no mar D ta posso dar D Meu corpo é Terra Z Da Ja
Só uma coisa Depois de pronto
chama Luís C e a tormenta P mas este livro M de Portugal A D D
vão olvidar Faltava dar
para embarcar. D vá d'estalar. D há-de ficar. D e morto é ilha Aa Ea T
o seu autor a minha vida
no alto mar. D aqui a nadar. D para o salvar. D
Na guerra andou G Mais do que a vida Q Estas palavras X
a guerrear H há-de guardar D hão-de durar D Há portugueses Ba Fa
É fado nosso
e perde um olho I o barco a pique R por minha vida T a navegar D A
é nacional
por Portugal. B Luís a nadar. D quero jurar. D por sobre as ondas X Ba
não há portugueses
Tira-me as forças X me hão-de achar. D há Portugal. A
Livre da morte J Fora da água S podes matar D
pôs-se a contar D um braço no ar D a minha alma S A vida morta Ca Ga
Saudades tenho
o que sabia K na mão o livro M sabe voar. D aqui a boiar D D
mil e sem par
de Portugal. B há-de salvar. D mas não o livro M T
saudade é vida
se há-de molhar. D sem se lograr. D
Estrutura métrica:

Es/tas/ pa/la/vras
1 2 3 4
Tetrassílabo ( 4 metros)
Fo/ra/da á/gu/a
1 2 3
Trissílabo (3 metros)
Era uma vez
Nacionalidade de
um português
de Portugal.
Camões

O nome Luís
há-de bastar Identidade de Camões
toda a nação e o nível da sua fama
ouviu falar.

Estala a guerra
e Portugal
chama Luís
para embarcar. Camões perde o olho na
Batalha de Ceuta 1547
Na guerra
andou
a guerrear
e perde um
olho
por Portugal.
Livre da morte
pôs-se a contar Fama imortal
o que sabia devido à sua Obra
de Portugal.

Dias e dias
grande pensar
juntou Luís
a recordar.
Ficou um livro Estudos de Camões
ao terminar. para a obra Os
Lusíadas
muito importante
para estudar:
Ia num barco
ia no mar Lusíadas
e a tormenta
vá d'estalar.

Mais do que a vida Viagem de


há-de guardar Camões
o barco a pique
Luís a nadar.
Fora da água
um braço no ar
na mão o livro
há-de salvar.
Naufrágio no rio Mekong
Nada que nada
sempre a nadar
livro perdido
no alto mar.

_ Mar ignorante
que queres roubar?

FALA CAMÕES
A minha vida Camões com um tom
ou este cantar? satírico, acusa o mar de
A vida é minha tentar lhe retirar a vida e o
ta posso dar livro. Camões sobreleva o
mas este livro livro à sua vida.
há-de ficar.
Estas palavras
hão-de durar
por minha vida
quero jurar. Camões contínua com um tom satírico a dirigir-se ao
Tira-me as forças rio, afirma que a sua “alma”, Os Lusíadas, é imortal.
podes matar
a minha alma
sabe voar.

Sou português
de Portugal
depois de morto
não vou mudar.

Sou português
de Portugal Camões reforça o seu patriotismo.
acaba a vida
e sigo igual.

Meu corpo é Terra


de Portugal
e morto é ilha
no alto mar.
Há portugueses Camões anuncia que outros
a navegar portugueses irão achar o seu
por sobre as ondas corpo
me hão-de achar.

A vida morta
aqui a boiar
mas não o livro
se há-de molhar.

Estas palavras
vão alegrar Camões diz que a sua obra será muito
a minha gente famosa em Portugal
de um só pensar.

À nossa terra
irão parar
lá toda a gente
há-de gostar.
Só uma coisa
vão olvidar Camões diz que os portugueses
o seu autor vão se esquecer deste momento
aqui a nadar.

É fado nosso
é nacional
não há portugueses
há Portugal.
Camões tem saudades de Portugal
Saudades tenho
mil e sem par
saudade é vida
sem se lograr.
A minha vida
vai acabar
mas estes versos
hão-de gravar.

O livro é este
Camões afirma que mesmo com o fim da sua vida, a
é este o canto
sua obra ficará gravada eternamente no espírito
assim se pensa
português
em Portugal.

Depois de pronto
faltava dar
a minha vida
para o salvar.

FIM
Estilo
Linguagem: Antiquada, alegórica

Recursos de estilo:
Era uma vez
Aliteração: Intensificação da ideia
um português
que Camões era português
de Portugal

Estala a guerra
e Portugal Metonímia de valor hiperbólico: Exagerar que todo o país
chama Luís chama Luís Camões para embarcar
para embarcar.
Na guerra andou
a guerrear
Aliteração
e perde um olho
por Portugal.

Livre da morte
pôs-se a contar Metáfora: fama
o que sabia
de Portugal.

muito importante
para estudar:
Ia num barco Paronomásia e anáfora: realçar
ia no mar os estudos de Camões da
e a tormenta viagem de V.Gama
vá d'estalar.
- Mar ignorante
que queres roubar?
A minha vida
Interrogação retórica e personificação: intensificar a ignorância do
ou este cantar?
mar ao querer roubar o canto português
A vida é minha
ta posso dar
mas este livro
há-de ficar.

Depois de pronto
Faltava dar Aliteração: Intensificação da sobrelevação do livro à sua vida
a minha vida
para o salvar.
FIM
Autores: Artur Putyato nº3, Xavier Cruz nº26

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