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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL ASSIS BRASIL

NUTRIÇÃO ANIMAL

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA


Prof. Med. Vet. Mariana Rossoni
CONSIDERAÇÕES:

• A exploração dos animais domésticos é feita na sua


quase totalidade visando um interesse econômico;
• A utilização favorável do mercado situa o ambiente para
a indústria pecuária;
• Somente a técnica poderá produzir economicamente,
em qualidade e quantidade e para isto:

• 3 ASPECTOS

• -GENÉTICA
• -HIGIENE-MANEJO
• ALIMENTAÇÃO
GENÉTICA

• Ponto de partida para o desempenho de toda e qualquer


função = produção;
• Raças e variedades altamente especializadas obtidas
mediante seleção e cruzamentos adequados, permitindo
um usufruto mais rápido da produção animal;
• Á medida que cresce a especialização genética, cresce
também a necessidade da mais perfeita alimentação e
nutrição para aproveitar este potencial genético;
• PORTANTO: o potencial genético é exteriorizado através
da alimentação racional.
HIGIENE- MANEJO

• Ponto de partida às condições básicas , prevenindo as


enfermidades e dando condições de ¨ higidez
necessárias à criação animal;
• Apesar do cuidado que se dispense à criação, à forma
de exploração e controle das enfermidades , a menos
que se alimentem convenientemente, os animais não
poderão obter benefício que atinjam o objetivo
econômico;
• A alimentação constitui cerca de 60 a 80% do custo de
produção animal.
ALIMENTAÇÃO RACIONAL

• Tem por objetivo fornecer a um indivíduo ou a um grupo


de indivíduos de uma determinada raça ou espécie, os
alimentos capazes de manter a vida e assegurar, nas
melhores condições de rendimento, a elaboração das
produções que o homem pretende de um animal ou de
um grupo de animais;
• A cobertura das necessidades nutritivas representa:
PRODUÇÃO;
• O conhecimento das necessidades nutritivas do
organismo, em função de sua espécie, de sua idade, de
seu sexo, de suas produções : NUTRIÇÃO
AO EQUILIBRAR REGIMES
ALIMENTARES:

• Pensar primeiro em NUTRIENTES:

• 12 aminoácidos essenciais
• 17 vitaminas
• 15 ou mais minerais
• ácidos graxos
• glicídios
• fatores ainda não identificados;
A ALIMENTAÇÃO:

• Está em grande parte condicionada pela produção


agrícola;
• O abastecimento dos animais compreende questões
múltiplas, produção propriamente dita, colheita ,
conservação, transporte, complementação e
distribuição;
• Cabe aos técnicos envolvidos conhecerem
profundamente os problemas da nutrição animal pois a
mesma condiciona aquilo que é a sua finalidade:
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA AS
POPULAÇÕES.
ALIMENTOS
• Todas as substâncias que podem ser incluídas
nas dietas dos animais por conterem nutrientes;

• Produtos vegetais e animais e seus


subprodutos, mas também substâncias
nutritivas puras, quimicamente sintetizadas ou
produzidas por processos outros, como, por
exemplo, as fermentações microbianas.
O VALOR DE UMA SUBSTÂNCIA TIDA COMO
ALIMENTO É BASEADO EM SEU TEOR DE
NUTRIENTES,,,,
• ENTÃO,,,

• alimento (estufa 105ºC até peso constante)

• Diminuiu peso e volume

• Saiu a água

• Então o alimento é constituído por : água (UMIDADE) e


matéria seca (MS)
Mas a MS:
• EM UM OUTRO FORNO À 550ºC :

• queimou
• e volatilizou

• sobraram cinzas opa///

• Cinzas são os resíduos minerais ou seja NÃO


ORGÂNICOS
ENTÃO,,,,
• o alimento é constituído por água e MS , que por sua

vez possui partes orgânicas e minerais

O TEOR DE ÁGUA DOS ALIMENTOS E


CONSEQÜENTEMENTE SUA MATÉRIA SECA PODEM
VARIAR

DE 5 A 95% variando portanto, seu conteúdo


em nutrientes.
alimento
105ºC
água matéria seca(MS)
(UMIDADE)
505ºC

matéria orgânica matéria mineral

Glicídios Lipídios Proteínas Vitaminas

macroelementos microelementos
1-MATÉRIA ORGÂNICA

• GLICÍDIOS

• LIPÍDIOS

• PROTEÍNAS

• VITAMINAS
MATÉRIA MINERAL

• MACROELEMENTOS

• MICROELEMENTOS
MATÉRIA ORGÂNICA
• GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS: são substâncias
ternárias compostas de carbono, hidrogênio e oxigênio;

C-H-O

ACONTECE QUE : O hidrogênio H e o oxigênio O


NAS MESMAS PROPORÇÕES QUE NA
MOLÉCULA DA ÁGUA ou seja:

C-H2-O ex C6-H12-O6= glicose


ainda dos GLICÍDIOS/carboidratos

• São representados principalmente pelos açúcares,


amidos, celuloses, gomas e substâncias afins.
• Os açúcares e o amido são facilmente digeridos pelos
animais e têm elevado valor alimentício ( energético)
POR OUTRO LADO

- a celulose(principal constituinte das plantas e principal


fonte de energia para os ruminantes) e outros glicídios
complexos são digeridos com mais dificuldade
implicando muito dispêndio de energia em sua digestão,
salvo nos ruminantes , cuja flora microbiana é de
inestimável valor para a digestão da mesma.
LIPÍDIOS

• São substâncias insolúveis na água, mas extraíveis


pelos solventes orgânicos
como:éter;clorofórmio;benzeno,etc

• Contém: C-H-O porém com mais carbono e hidrogênio


em proporção ao oxigênio do que os glicídios;

São as GORDURAS OU GRAXAS = RANCIFICAÇÃO


PROTEÍNAS

• São compostos orgânicos extremamente complexos, de


natureza coloidal, formados fundamentalmente por: C,
H, O e N . Contêm ainda: S, P, Cu, etc...

• AMINOÁCIDOS:são o ALFABETO das proteínas;

• ENZIMAS: são catalizadores de reações químicas.


Nem toda proteína é uma enzima, mas
toda enzima é uma proteína.
DAS PROTEÍNAS:
• Representam mais ou menos 18% do corpo de uma vaca,
• Fazem parte das estruturas celulares(dos tecidos) que formam
os órgãos, ossos, sangue, músculos, tendões, unhas, pelos e
são de extrema necessidade para a formação e
desenvolvimento do feto,
• Em excesso na ração podem ser usadas como fonte de
energia para os bovinos, porém o organismo não consegue
fabricar proteínas a partir de carboidratos e gorduras(que são
fontes de energia),
• São formadas por várias unidades nitrogenadas, chamadas
aminoácidos, as quais são absorvidas pelo organismo do
animal após a digestão(quebra) das proteínas,
• Após absorvidos, esses aminoácidos se juntam, de maneiras
diferentes, formando as proteínas requeridas pelo animal,
AINDA,,,,
• Para os ruminantes, a qualidade das proteínas não é
muito importante pois os microorganismos(MO) do
rúmen conseguem ¨fabricar¨proteína a partir de
substâncias nitrogenadas simples (não proteicas), como
a uréia, por exemplo,
• Quando os MO passam juntamente com os alimentos
para o abomaso e são digeridos, fornecem grande
variedade de aminoácidos para o animal,
• O ruminante jovem, ao contrário do adulto, não possui o
rúmen totalmente desenvolvido e necessita, por isso, de
proteína de boa qualidade na alimentação, cuja principal
fonte é o leite.
• Deve-se ter cuidado ao fazer a desmama precoce, com
a suplementação de proteína para o bezerro.
VITAMINAS
• São substâncias de natureza orgânica, cujas estruturas e
propriedades são ,mais ou menos, facilmente destruídas pelos
agentes físicos ou químicos,
• Estas substâncias, que o organismo animal não pode elaborar,
são indispensáveis à vida dos seres superiores,
• Sua ausência(avitaminose), causa distúrbios característicos
geralmente mortais,
• Sua ação é específica, não sendo as vitaminas umas
substituíveis pelas outras ou por outras substâncias vizinhas,
• As quantidades diariamente necessárias são muito pequenas e
não são utilizadas nem como matéria energética, nem como
alimento plástico,
• Sua ação é catalítica dos processo celulares.
TIPOS E FUNÇÕES
• Vitamina A: protege a visão, atua no metabolismo das
proteínas, mantém a saúde e atua nas oxidações biológicas
da pele e intervém na reprodução e no crescimento;
• Vitaminas do complexo B: apesar de cada vitamina deste
grupo ter sua própria função, elas atuam melhor em conjunto
e exercem diversas funções na construção de novas células
e na manutenção da vida;
• Vitamina C: intervém no metabolismo dos glicídios e de
alguns aminoácidos, transporta hidrogênio e atua nas
oxidações biológicas;
• Vitamina D:é essencial para o crescimento e atua no
metabolismo do Ca e do P;
• Vitamina E: possui ação antioxidante. Exerce importante
papel na reprodução( fertilidade) e nos tecidos nervoso,
conjuntivo e hepático;
• Vitamina K: possui ação anti-hemorrágica.
CLASSIFICAÇÃO DA VITAMINAS

• VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS: aquelas solúveis em


lipídios e extraíveis por solventes orgânicos
A; D; E; K

. VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS: solúveis em água


complexo B; e C
2-MATÉRIA MINERAL

• A água de bebida a os alimentos dos animais contém,


praticamente, todos os elementos minerais conhecidos,
mas em quantidade e sob formas variáveis;
• Certos minerais estão presentes sob a forma de traços
( oligoelementos traços) sob forma mal definida e
algumas vezes, em estado livre;
• Outros existem em quantidades mais ou menos
significativas, em estado sólido cristalizado e não
ionizado;
• É o caso dos elementos minerais do esqueleto e dos
dentes: fosfato tricálcico, carbonato de cálcio , por ex;
DOS MINERAIS,,,,

• Uma grande parte dos minerais, isto é, dos sais minerais está
em solução no meio celular ou nos líquidos intersticiais e
circulantes, ora em estado ionizado(cloreto de sódio, como
fosfatos e bicarbonatos alcalinos) , ora não ionizados;

• Outros, enfim, encontram-se combinados à matéria orgânica,


perdendo assim, temporariamente, suas características de
matéria mineral:ácido fosfórico dos fosfolipídios e das
nucleoproteínas, enxofre de certos aminoácidos(metionina,
cisteína, cistina), ferro da hemoglobina , etc...
MINERAIS DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA
ALIMENTAÇÃO ANIMAL
• MACROELEMENTOS: cálcio Ca, fósforo P, sódio Na,
cloro Cl, potássio K, magnésio Mg, enxofre S;

• MICROELEMENTOS: ferro Fe, iodo I,cobre Cu, flúor F,


manganês Mn, molibdênio Mo, zinco Z, cobalto Co,
selênio Se, cromo Cr, estanho E, níquel N, vanádio V, e
silício Si.
TERMOS USADOS EM NUTRIÇÃO

• 1-NUTRIENTE OU PRINCÍPIO NUTRITIVO:é o constituinte, ou


grupo de constituintes, que possui a mesma composição
química geral e contribui para a manutenção da vida do animal.
Ex: CHO, proteínas, vitaminas, etc...

• 2-NUTRIENTE DIGESTÍVEL:é a parcela de um nutriente, que


pode ser digerida e aproveitada pelo animal;

• 3-ALIMENTOS: são substâncias que,ao serem ingeridas,


podem ser transformadas e aproveitadas pelos animais, para a
manutenção da vida e da saúde, e para a produção;
• 4-RAÇÃO: é a quantidade de alimentos volumosos ou
concentrados, fornecida ao animal durante 24 horas;

• 5-RAÇÃO BALANCEADA:é o conjunto de alimentos que


atendem às necessidades diárias de um animal, contendo
todos os nutrientes necessários, em quantidades adequadas;

• 6-DIETA OU REGIME:é a alimentação que o animal recebe no


dia,capaz de cobrir ou não as suas necessidades;

• 7-NORMAS DE ALIMENTAÇÃO:são as quantidades e a


qualidade dos elementos nutritivos a serem incluídas nas
rações, baseadas em trabalhos experimentais.São apoiadas
nas necessidades de proteína, energia, minerais e vitaminas e
nos melhores modos de preparar o alimento para o
aproveitamento no crescimento, manutenção e produção do
animal;
• 8-ALIMENTOS BÁSICOS:são em geral, fontes concentradas
de energia, especialmente ricas em amido e açúcares, com
teor de proteína relativamente baixo , ex:milho , arroz, aveia,
cevada, trigo assim como seus subprodutos. Possuem,
geralmente, de 10 a 14% de proteína bruta e menos que 5% de
matéria graxa(gordura);

A principal diferença entre os alimentos básicos está na


quantidade de Energia Digestível (ED), geralmente
inversamente proporcional à riqueza em fibra.

Esses alimentos formam quase 2/3 das rações de bovinos


(excluindo-se os volumosos), sendo importantes para o
balanceamento, principalmente das necessidades de energia
das rações.
• 9-SUPLEMENTOS:são fontes concentradas de proteínas, de
um mineral, de uma vitamina ou de um conjunto deles –
misturas com mais de 30% de proteínas.Entretanto, alimentos
simples, com mais de 20% de proteínas, são considerados
suplementos.Para se formar uma ração equilibrada, há
necessidade de se suplementar os alimentos básicos com
alimentos ricos em determinados nutrientes(que precisam ser
adicionados á ração);

• 10-CONCENTRADO:na indústria e no comércio das rações, e


também na prática da alimentação, este termo é usado para
indicar suplementos especialmente preparados. Esses
produtos possuem concentrações de um ou mais nutrientes e
são destinados para correção de alimentos básicos e para o
perfeito equilíbrio das rações;
• 11-VOLUMOSOS:possuem como característica principal o alto
teor de fibra.Em muitos países, é considerado volumoso
qualquer material para alimentação de gados e que possua
mais de 18% de fibra bruta na matéria seca. São volumosos:
pastagens, forragens verdes, silagens, fenos, palhas, bagaços
e cascas de certos grãos e sementes;

• 12-SUCULENTOS: são alimentos ricos em água; por isso, têm


grande volume, mas seu teor em fibra na MS lembra mais os
alimentos concentrados;

• 13-ADITIVOS:são substâncias não-nutritivas adicionadas a um


alimento, geralmente em pequenas quantidades, para melhorar
sua aparência, sabor, textura ou conservação.Em alimentação
animal são adicionados também com outras
finalidades:estimulantes, terapêuticas e nutritivas
ex:aminoácidos sintéticos, antioxidantes,hormônios,vitaminas,,,
14-VALOR NUTRITIVO:
é dado pela soma dos nutrientes que compõem o alimento ou
ração. Os nutrientes brutos são determinados através da
análise química dos alimentos. Os nutrientes digestíveis
totais são os realmente aproveitados pelo animal, podendo-se
estimar sua porcentagem num determinado alimento somente
após o conhecimento da digestibilidade.

NDT= PD +FD+ ENN+ EE X 2,25

ONDE:
PD- proteína digestível
FD- fibras digestíveis
ENN- extrativos não-nitrogenados
EE- extrato etéreo- graxas
PARA PODERMOS FORNECER AOS ANIMAIS
TODOS OS NUTRIENTES QUE NECESSITAM:
• É preciso combinar diversos tipos de alimentos, pois alguns
são ricos em determinado nutriente, com proteína, por ex, e
pobres em energia; outros são ricos em energia e pobres em
proteína, e assim por diante. Essa combinação de alimentos,
além de satisfazer todas as necessidades dos animais, seja na
manutenção e produção , deve ser a mais econômica possível
e incluir o máximo de alimentos de fácil aquisição na região de
cada propriedade;
• O criador deve procurar produzir o máximo de alimentos que
puder em sua propriedade e utilizar alimentos de baixo custo
dentro de cada época, devendo substituir os alimentos, cujo
preço aumente por algum motivo, por outros mais baratos, que
possuam valor nutritivo semelhante.
• Para isso, os alimentos foram agrupados
em categorias, dentro das quais estão os
de valores nutritivos parecidos e que ,
portanto, podem substituir uns aos outros

• e também por causa disto que se criou


a ?????
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS

• 1- ALIMENTOS VOLUMOSOS: engloba todos os


alimentos de baixo valor energético(energia utilizável)
por unidade de peso, principalmente em virtude de seu
elevado teor em fibra bruta, ou em água;
• Todos os alimentos que possuem mais do que 18% de
fibra bruta são considerados alimentos volumosos, ex:
a-FORRAGENS SECAS- fenos
- forragens desidratadas
- palhas
-outros produtos com mais de
18% de FB tais como: cascas de sementes,etc...
• b-FORRAGENS VERDES: pastos
capineiras
culturas forrageiras
silagens
frutos
raízes e tubérculos

2- ALIMENTOS CONCENTRADOS: são aqueles que contém alto teor de


energia utilizável por unidade de peso, graças a um elevado teor em amido,
gorduras,e um baixo teor de FB, DIVIDEM-SE EM:

a- CONCENTRADOS BÁSICOS- menos que 16 a 18% de PB


principalmente grãos de cereais e seus subprodutos-milho,
aveia,trigo,cevada,centeio,arroz e sorgo.

b-CONCENTRADOS PROTÉICOS- + de 20% de PB


- de origem vegetal
- de origem animal
• CONCENTRADOS PROTEICOS DE ORIGEM
VEGETAL: sementes de oleaginosas e seus subprodutos,
farelo de algodão, de soja, de girassol, de amendoim, de
gergelim, de linhaça, de coco.

• CONCENTRADOS PROTEICOS DE ORIGEM


ANIMAL: farinhas de carnes, de sangue , de pescado, de
penas, crisálidas, cama de frango, (excremento de galinha),
leite e seus subprodutos(leite em pó).
3-OUTROS ALIMENTOS:

• Subprodutos industriais, bagaços, resíduos de


cervejaria, melaço de cana, polpas e uréia.

4-ADITIVOS: aglomerantes, antioxidantes, aromatizantes,


condimentos, antibióticos, graxas, hormônios,elementos
minerais, tranqüilizantes, vitaminas.
• Os alimentos volumosos constituem a base da alimentação dos
herbívoros, principalmente dos ruminantes, cuja grande
capacidade do aparelho digestivo permite a ingestão de
grandes volumes de alimentos e notadamente em função da
flora microbiana do rúmen, capaz de desdobrar a celulose
fornecendo energia.

• A FB por outro lado, limita a energia dos alimentos dos


monogástricos pois estes não possuem nos seus sucos
digestivos enzimas capazes de hidrolizá-las, nestes a fibra
funciona apenas como auxiliar na formação do bolo fecal,
permitindo seu trânsito pelo intestino.
• Os alimentos concentrados, em virtude de seu elevado valor
energético ou protéico, adaptam-se principalmente aos
monogástricos ou como suplementos aos ruminantes para
elevar o valor energético ou protéico dos alimentos volumosos;

• É importante ressaltar que, embora os alimentos se agrupem


em categorias de propriedades químicas ou nutritivas similares,
estas podem variar para diferentes amostras de um mesmo
alimento;

• Esta variação ocorre em virtude de diferentes tipos de solos, de


fertilização, de variedades, de condições climáticas, de
processamentos culturais ou industriais, etc..

• Portanto sempre deve ser levada em conta a variação possível


entre os alimentos de um mesmo grupo e mesmo a variação
para um determinado alimento.
Comparação entre os animais e vegetais
• Nos animais, as paredes das células do organismo são
constituídas principalmente de proteínas, enquanto que nas
plantas são compostas de celulose e outros CHO;
• Nas plantas a reserva alimentar é armazenada, na maioria das
vezes sob forma de amido e nos animais na forma de gordura;
• A maior diferença entre animais e vegetais está nas suas
fontes de energia;
• As plantas podem usar a energia do sol- fotossíntese
• Os animais retiram a energia de compostos orgânicos ricos em
energia elaborados pelas plantas;
• Após as transformações que se processam durante a digestão,
estes compostos orgânicos são transformados em tecidos do
corpo ou são decompostos dentro do organismo, para produzir
calor e energia;
• São assim , as plantas, máquinas de potência solar que
fornecem alimentos para o sustento da vida animal.
ALIMENTOS VOLUMOSOS SECOS
• FENOS: as plantas cortadas e expostas ao sol perdem água
lentamente, originando um produto de igual valor nutritivo,
maciez e sabor, porém com umidade de 20 ou até 10%(quando
a umidade anterior era de 60 a 85%).Esse processo chama-se
fenação e consiste numa maneira simples e econômica de
conservação de forragens pois:1kg de alimento substitui 3kg
de silagem, pois o feno é mais concentrado, palatável,
nutrtivo e ótima fonte de vitamina A e D.
• O fornecimento de feno deve serà base de 3kg para cada
100kg de peso vivo : 3KG/100KGPV.
• Quando fornecido juntamente com a silagem, usa-se 1/3 de
feno para 2/3 de silagem.
• Em fenos de má qualidade, pode-se adicionar, para torná-los
de melhor palatabilidade uma parte de melaço para duas
partes de água (1:2)
• FORRAGENS DESIDRATADAS: são forragens secadas
artificialmente através de aparelhos especiais. Na verdade, são
fenos de melhor qualidade, uma vez que as perdas são
mínimas, e são mais digestíveis. Deste modo, pode-se produzir
um ótimo feno sob quaisquer condições de tempo, mas com
gastos com energia e equipamentos limitam seu uso para
grandes empresas.

• PALHAS E CASCAS: são alimentos de emergência, podendo-


se incluir entre elas o sabugo do milho, por possuir
características semelhantes.Estes alimentos são ricos apenas
em fibras e não devem formar mais que 15% da mistura de
concentrados ou 1/3 dos volumosos da ração.Sempre que
esses alimentos entrarem na ração, todos os outros elementos
deverão ser devidamente balanceados para não ocorrerem
deficiências nutricionais.
ALIMENTOS VOLUMOSOS VERDES
• PASTOS:em muitas criações de gado no Brasil, os pastos
constituem a única fonte de alimentos volumosos;

• A composição desses alimentos varia muito, pois depende das


forragens que os compõe, tipo do solo, da idade das plantas e
das adubações; entretanto, pode-se dizer que as plantas
verdes são fontes de caroteno(precursor da vitamina A), de
precursores de vitamina D, de vitamina E, e de várias vitaminas
do complexo B;

• Normalmente ,os pastos possuem 15 a 25% de MS quando


tenros e , 35% quando maduros;
• Os pastos de gramíneas, em geral, são pobres em P e Na.
Pastos maduros são menos digestíveis e seu aproveitamento
fica bem reduzido;
• O pasto é uma alimentação econômica, pois dispensa o
trabalho que o fornecimento de outros tipos de alimentos
requer;
• Um bovino adulto consome, por dia, 2 a 3kg de MS de pasto
por 100kg de PV, dependendo do pasto;
• Os pastos devem ser valorizados e não tratados como áreas
que não necessitam cuidados;
• Um bom manejo e tratos culturais são essenciais para que as
pastagens possam construir a base da alimentação de
ruminantes.
CAPINEIRAS:
São áreas de forragens verdes, reservadas para serem cortadas
ao atingir o ponto máximo de valor nutritivo, quando então
serão fornecidas no cocho para os animais.Como essas áreas
são livres de pisoteio, consegue-se maior produção de massa
verde por área.A forragem deve ser cortada diversas vezes ao
ano, inclusive na época de secas. Existe a desvantagem de
corte e transporte diários.
As forragens para ser usadas como capineiras , devem ter bom
rendimento e ser de fácil instalação e crescimento.Devem ser
cortadas cedo, quando seu valor nutritivo é melhor.
Podem ser usadas para capineiras:capim elefante, capim napier,
cana-de-açúcar,tanzânia,mandioca,guandu, entre outros....
SORGO
• Existem 4 tipos de sorgo, a saber: granífero, forrageiro,
sacarino e vassoura;
• O sorgo é uma gramínea de grande resistência à seca e de
alta produtividade. Os grãos de sorgo possuem composição e
valor semelhantes aos grãos do milho, podendo substituí-los
na alimentação animal;
• O sorgo-forrageiro é usado como feno e silagem,possuindo
variedades de ciclo curto,que, em115 dias, produzem 50 a 60t
de massa verde/há.Hà também as variedades de ciclo longo
que , em 140 a 200 dias, produzem de 70 a 80t /há;
• O sorgo-sacarino é rico em açúcar e serve para silagem.
Produz boa quantidade de massa verde;
• O sorgo-vassoura não serve para alimentação animal;
• O sorgo quando novo -50 a 70cm- possui um princípio tóxico-
ácido cianídrico- prejudicial aos animais , cuidar manejo de
pastoreio;
SILAGEM
• É o produto resultante da fermentação controlada de plantas
com um certo grau de umidade.Desse modo, as plantas, bem
como seu valor nutritivo, podem ser conservadas,e este
produto, suculento e palatável, constitui um ótimo alimento
para as épocas de secas;
• A silagem é rica em vitamina A e possui um leve efeito laxativo,
importante para o gado leiteiro;
• Para o gado leiteiro são necessárias algumas precauções no
uso da silagem, para que não prejudiquem o odor e sabor do
leite devendo ser fornecida após a ordenha, ou em um espaço
de tempo relativamente longo antes da ordenha;
• Animais jovens com menos de 3meses , podem apresentar
problemas digestivos se alimentados com silagens. Esta deve
ser fornecida aos poucos para animais com mais de 3 meses,
para haver adaptação.
FRUTOS

• Devido à suculência e sabor adocicado, a abóbora é


muito apreciada pelos animais.Pode ser fornecida
picada, junto com alimentos concentrados pouco
palatáveis.Vacas leiteiras podem consumir até
30kg/cab/dia.A abobora é rica em água e energia e
altamente digestível,porém é pobre em
proteínas,gorduras,fibras e minerais;
RAÍZES E TUBÉRCULOS

• Encontram-se neste grupo a batatinha,a batata-doce, a


beterraba, a cenoura, o nabo e a mandioca.Esses
alimentos, geralmente não são cultivados com a
finalidade de alimentação animal, mas, eventualmente,
são usados, principalmente os refugos da
comercialização;
ALIMENTOS CONCENTRADOS BÁSICOS
• São ricos em energia e pobres em proteína;
• Geralmente possuem em média 70 a 80% de NDT;5% de EE; e 6% de FB;
• Apresentam poucas diferenças, podendo ser substituíveis entre si;
• MILHO:excelente fonte de energia, é muito apreciado pelos animais.Os
grãos de milho são ricos em gordura,e, por isso, de difícil conservação
quando moídos.Quando possuem mais de 15%de umidade, são facilmente
fermentáveis;
• Quando misturado ás rações de gado leiteiro, o milho deve ser dado em
forma de quirera ou fubá, pois os grãos inteiros não são bem digeridos,
devendo constituir, no máximo, 30% da ração;
• Pode ser desintegrado com palha, aproveitando-se assim, a espiga
inteira.Neste caso, pode compor 70% da ração;
• Pode-se ainda desintegrar a espiga toda(grãos mais sabugos) sem a palha,
ficando um pouco mais rico em proteína,graxa,CHO, e P, e, mais pobre em
fibra e Ca;
AINDA DO MILHO:

• É o cereal mais amplamente utilizado como alimento


energético, apresentando um valor médio de NDT em
torno de 80%, cerca de 3400kcal de energia
metabolizável, respectivamente para aves e suínos;
• É muito rico em ENN, essencialmente amido, por isso
tão energético, é mais rico em gordura que qualquer
outro cereal, excluindo-se a aveia, é pobre em fibra
bruta e, portanto , altamente digestível;
• Para todas as classes animais o milho precisa ser
suplementado com alimentos protéicos pois é por
excelência um alimento energético;
SUBPRODUTOS DO MILHO

• Farelo de milho: é obtido da moagem seca da mistura


do gérmen(com ou sem remoção do óleo) tegumentos e
de parte da porção amilácea da semente,assemelha-se
ao fubá ou quirera e praticamente tem o mesmo valor
nutritivo para as diversas espécies animais.Apresenta
um pouco mais de proteína que o grão integral sendo
mais volumoso pois contêm mais fibra, porém é de valor
energético equivalente quando não extraída a gordura
do gérmen.
• Farinha de milho degerminado:no preparo da farinha do milho para
consumo humano, germens e tegumentos são removidos junto com
pequenas partículas amiláceas por meio de uma peneira fina.Esses
elementos constituem a chamada farinha de milho ¨de canjiqueira¨,
equivalente ao produto acima.Em virtude de apresentar, geralmente, um
elevado teor de umidade é de difícil conservação.
• Solúveis de milho:é o resíduo resultante da evaporação da água na
qual o milho é inicialmente amolecido para se extrair o amido ou glicose.
Para aves e suínos esse resíduo praticamente não é empregado devido
à baixa qualidade de sua proteína, o que exige suplementação muitas
vezes antieconômica da ração.
• Farelo proteinoso de milho:também chamado de farelo de glúten,
apresenta alto teor protéico, mas esta proteína é de baixa qualidade,
razão pela qual não se recomenda a sua utilização em rações de aves e
suínos como principal fonte de proteína. É principalmente empregado
na alimentação de vacas leiteiras como um dos ingredientes das
misturas dos concentrados desses animais ,embora possa ser usado
como único concentrado, desde que as vacas recebam também boas
forragens volumosas. Pode ser usado como suplemento protéico
bastante satisfatório para o gado de corte, equinos e ovinos.
• Farinha proteinosa de milho:consiste principalmente em
glúten de milho obtido pelo processo de moagem úmida,
quando da extração do amido.Apresenta mais de 40% PB mas
com deficiência de aa, razão pela qual não pode ser usado
como como principal suplemento protéico para aves e suínos,
mas pode usar para vacas combinado com volumosos.
• Farinha desengordurada de gérmens de milho:produto
resultante da extração dos óleos dos gérmens do milho seco e
prensado. Apresenta um pouco menos de proteína, sendo mais
usada para aves e suínos.
• Farinha de gérmens de milho:produto de composição
química semelhante ao anterior, sendo um pouco inferior em
proteína e superior em ENN , produzido na moagem a seco
quando da industrialização do fubá e da farinha de milho.
TRIGO
• É o cereal mais importante na alimentação humana;
• Pode ser usado para animais quando o preço for acessível
ou mesmo na falta de outros grãos ou excedente;
• Para animais se valor nutritivo é semelhante ao milho porém
com mais proteína, sendo, entre os cereais o que mais
apresenta este nutriente;entre 8,8 e 12% porém deficiente
em leucina e alanina, e ás vezes treonina;
• Os níveis de ácido glutâmico são superiores aos do milho;
• É pobre em Ca e rico em P; 2% de gordura-metade do
milho;
• Deficiente em caroteno e vit. D, pobre em riboflavina e boa
fonte de tiamina
• Os níveis de colina são superiores ao milho e EM
semelhantes;
Do trigo:
• Quando usado para substituir o milho em rações deve ser
considerado o balanço de aa e a adição de pigmentantes,
visando uma coloração desejável na gema do ovo bem como
na carcaça de frangos;
• É bem aceito pelos animais, como é um alimento pesado,
sugere-se não usar mais do que 1/3 ou ½ da mistura da ração
para bovinos.
• Quando fornecido em excesso pode ocasionar sobrecarga,
com perturbações digestivas, podendo haver maior incidência
de meteorismo;
• Inteiro, amassado ou moído é muito bom para ovinos;
• Para eqüinos deve ser moído grosseiramente ou amassado,e,
de preferência ser fornecido juntamente com alimentos
volumosos para evitar cólicas;
• Alimento de excelente qualidade para suínos/apetibilidade;
• Para aves possui valor nutritivo igual ou superior ao milho.
triguilho
• Durante o processo de limpeza do trigo são separados
grãos quebrados, chochos, pequenos, sementes de
outras plantas e outras impurezas, resultando a
somatória no produto denominado triguilho;

• Apresenta PB mais elevada que o milho, 13-14%, 2,7 a


3,0% de FB, e em média 2,2% de gordura.

• Produto de alto valor para alimentação animal,


entretanto, poderá vir contaminado com sementes de
plantas tóxicas, muitas vezes com excesso de
impurezas, o que limita sua utilização.
Subprodutos do trigo
• Farelo de trigo:é um subproduto grosseiro, consiste
principalmente no tegumento que envolve o grão;
• É cerca de duas vezes mais volumoso que a aveia e determina
ligeiro efeito laxativo;
• Em média 16% de PB, 4,5% de gordura, em torno de 10% de
FB, e 67% de NDT, com 1300kcal de EM para aves e 2500kcal
de EM para suínos;
• Sua proteína é de melhor qualidade que a do milho e a do grão
total do trigo, rico em P, pobre em Ca, rico em niacina , médio
em tiamina e pobre em riboflavina;
• É um dos alimentos mais populares para o gado leiteiro e
geralmente fornecido com grãos e com alimentos mais ricos
em proteína;
• Para o gado de corte utilizar o farelo basicamente na
alimentação de animais de reprodução e bezerros novos;
• Por ser muito volumoso, não deve constituir a maior parte de
ração de grãos para os bezerros de engorda;
• Para eqüinos e muares é bastante utilizado, sendo um dos
mais úteis alimentos por ser leve e apresentar propriedades
ligeiramente laxativas;
• É de alto valor para suínos em crescimento e engorda, limitado
apenas pela energia, por ser laxativo, é usado para gestantes;
• Para aves usado para poedeiras;
• Existem outros subprodutos como:farelinho de trigo,resíduos
de trigo, farinha de gérmen de trigo e a farinha desengordurada
de trigo. São mais ricos que o farelo em nutrientes porém, no
Brasil não são usados comercialmente.
CEVADA
• Praticamente toda a produção de cevada é destinada à
produção de malte, sendo menor quantidade empregada na
alimentação animal;
• A PB varia de 6 a 13% com média de 9 a 10% e de baixa
qualidade;
• Gordura em torno de 2%,e como apresenta menos casca que a
aveia a FB é menor, porém a EL é maior que a aveia, fornece
mais NDT que a aveia e um pouco menos que o milho;
• Os teores de Ca e P são intermediários da aveia e do milho;
• Deficiente em caroteno e vit. D e pobre em vit. B2, porém rico
em niacina;
• Excelente alimento para o gado leiteiro, quando constituindo 40
a 60% da mistura de concentrados das vacas apresenta valor
semelhante ao milho;deve ser fornecida triturada ou amassada
e não finamente moída-palatabilidade;
• A cevada fornecida ao gado de engorda, como grão único, por
longos períodos, pode diminuir o consumo- misturar com aveia
e ou milho;
• Se de boa qualidade pode alcançar até 87% do valor do milho
na alimentação de carneiros de engorda, mas precisam ser
equilibradas com fenos de boa qualidade e suplementos
protéicos, é bom misturar cevada com milho;
• Para eqüinos deve ser achatada ou moída e misturada com
volumosos como o farelo de trigo, feno ou mesmo aveia moída;
• Para suínos deve ser amassada ou moída;
• Para aves pode substituir o milho ou o trigo, embora seu valor
seja um pouco menor;
• Quando para frangos de corte atentar para suplementação de
vit. A e pigmentantes quando se destina a frangos de corte ou
poedeiras;
• Deve ser moída e não ultrapassar 30% nas rações iniciais para
pintos e 15% para frangos devido ao teor de casca o que pode
baixar o rendimento;
Subprodutos da cevada
• Brotos do malte:na indústria é colocada de molho em h2o
morna por alguns dias- brotação- separados- brotos do
malte;
• Rico em proteína 24%, pouco palatáveis mas podem ser
utilizados particularmente para o gado leiteiro- fonte
econômica de proteína e NDT;
• Polpa de cervejaria:após a maior parte do amido ser
convertida em açúcar, este e outras substâncias são
extraídas formando o mosto.O resíduo deixado pela
extração do mosto denomina-se polpa úmida de cervejaria,
que pode conter também resíduos de arroz, milho e cascas
de aveia;
• O material úmido apresenta em torno de 70-75% de h2o e
pode ser empregado desta maneira na alimentação de
bovinos, ovinos e caprinos;
• Para a armazenagem recomenda-se a secagem. A polpa seca
de cervejaria apresenta um valor médio de 18% de PB e 15%
de FB, embora a sua composição varie dependendo da
natureza dos aditivos empregados;
• É mais usada na alimentação de vacas leiteiras, tendo um
valor muito restrito para aves e suínos, espécies para as quais
não deve ser dada na forma úmida.

• Lúpulo:o lúpulo utilizado na fabricação da cerveja,depois de


seco, é empregado na mistura de alimentos. É um produto
bastante fibroso cujo valor nutritivo é comparável a um feno de
má qualidade. Não é bem aceito pelos animais devido ao seu
sabor amargo.
• Levedura seca de cervejaria:o mosto, fervido com lúpulo,
após ser filtrado recebe o fermento, iniciando-se a
fermentação;
• O fermento que se desenvolve nesse processo
é recuperado, secado e vendido como levedura
de cervejaria; é um produto rico em PB, média
de 40%, alta digestibilidade e pode ser
empregado para todas as classes de animais
principalmente aves e suínos;

• é uma excelente fonte de vit. Do complexo B,


rica em P, pobre em Ca, sabor amargo-
bovinos, mas aves , ovinos e suínos
consomem bem;
• Resíduos de destilação:no processo de industrialização da
cerveja, os materiais solúveis são extraídos na destilação ou
então a massa é fermentada destilando depois o álcool.Este
material é filtrado e o resíduo resultante deste processo pode
servir como alimento principalmente para ruminantes, devido á
sua natureza fibrosa. Neste processo, além da cevada, podem
ser usados outros grãos e, portanto, a natureza do produto
resultante da fermentação e destilação vai variar dependendo
da mistura de grãos empregados;é um produto que apresenta
mais PB que a polpa de cervejaria;
SORGO
• O sorgo é cultivado principalmente para a alimentação animal,
mas também pode ser utilizado para o processamento
industrial como o milho, produzindo amido , açúcar e óleo, os
subprodutos também podem ser utilizado em rações;
• Os grãos de sorgo são semelhantes aos do milho em
composição e valor nutritivo.
• São ricos em ENN, constituídos principalmente por amido,
pobres em FB, e ricos em E;
• Geralmente o teor de PB é pouco maior que o milho, porém de
baixa qualidade, são mais pobres em gordura e em energia
metabolisável do que o milho e apresentam as mesmas
deficiências nutritivas dos outros cereais, são pobres em Ca,
não possuem caroteno e os níveis de vitaminas do complexo B
são semelhantes ás do milho;
• O amido é o principal glicídio 65-70% do grão inteiro;
• Sacarose, frutose, glicose, maltose e outros mais complexos,
estão nos grãos em torno de 1 a 2%;
• Teor médio de lipídios 3,6%- triglicerídios e pequenas
quantidades de ácidos graxos , ésteres e fosfolipídios;
• PB variável conforme a espécie de 8 a 18%, existe variação
nos aa encontrados sendo a lisina, a metionina e a treonina
limitantes;
• Além do caroteno, o grão de sorgo também é defIciente em
pigmentos como as xantofilas, importantes para promover a cor
amarela da gema dos ovos e da carcaça das aves de
corte;pigmentantes;
• Usar variedades com teor abaixo de 0,4% de tanino-
palatabilidade;
• Para ruminantes e suínos alcança 90 a 95% do valor nutritivo
do milho; para aves de postura não ultrapassar 10% da ração.
• Subprodutos sem escala comercial.
AVEIA BRANCA
• Cereal cultivado para produção de grãos empregados na
alimentação humana e animal, sendo também uma excelente
planta forrageira de inverno;
• Alimento tradicional para eqüinos, mas pode ser usado para
outras espécies, ruminantes(preços)
• Contém cerca de 11,5% de PB, com digestibilidade em torno
de 80%;
• Teor de FB de 10,60% , maior que o milho porém, menor valor
energético;
• Os teores de P e Ca um pouco superiores ao milho;
• As cascas – sílica- sem carotenóides e pobres em vit. A;
• Para aves limite -15% nas rações- cascas mal digeridas;
• Se for descascada pode usar sem restrições sendo
economicamente viável;
• Em virtude do teor de FB , para suínos, a aveia vale 75 a 80%
do valor nutritivo do milho, para animais jovens usar aveia
descascada e preferivelmente moída ou amassada, nesta
forma usar até 30% da ração especialmente para reprodutores;
• É um alimento excelente para bovinos de leite ou corte; para o
gado leiteiro vale aproximadamente 80% do valor do milho,
acontecendo o mesmo quando usada como grão exclusivo
para engorda de carneiros;
• A aveia constitui o alimento básico principal para cavalos de
corrida pois , tendo as cascas leves forma no estômago dos
eqüinos uma massa fofa, facilmente adaptável e digestível,
razão pela qual é o alimento padrão para esta espécie;
• Deve ser fornecida moída ou amassada, devendo-se evitar a
aveia muito nova ou mofada, pois podem ocorrer cólicas;
ARROZ
• Cereal cultivado para alimentação humana , podendo ser
utilizado para animais o excedente, grãos quebrados ou
deficientes e seus subprodutos;
• Pode ser administrado aos animais substituindo outros cereais
como o milho, aveia, centeio, trigo, cevada e o sorgo quando o
preço for conveniente e ressalvadas as deficiências
comparativas, com casca ou descascado mas sempre moído-
duro;
• A fibra do arroz com casca é quase igual à aveia assim, para
aves e suínos, deve ser administrado de preferência sem
casca;cristais-mucosas
• É mais pobre que o milho em PB 6,5% descascado e 8% com
casca;
• O teor de fibra com casca quando comparado com os outros
cereais, com exceção da aveia é alta;
• A casca é rica em sílica e constitui cerca de 20% do peso total
do grão, quase não contém carotenóides, não apresentando,
portanto, valor de pigmentação e em provitamina A;
• O arroz em casca é preferencialmente empregado na
alimentação dos ruminantes e eqüinos, o descascado para
aves e suínos podendo substituir 30% do milho, desde que
consideradas as suplementações necessárias tais como
pigmentantes, vit. A, metinina, e sua economicidade;
• Quebrados de arroz:durante a industrialização do arroz,
muitos grãos são quebrados, podendo-se destiná-los para
rações animais –preço;
• Casca de arroz:dura, alto teor de lignina e sílica e baixo valor
nutritivo, a digestibilidade da proteína da casca é quase nula e
o NDT é mais baixo que as palhas da aveia;
não é recomendada como alimento animal, salvo sofrendo
tratamentos que a tornem mais digestível, podendo ser usado
como volumoso p/ ruminantes;
Subprodutos do arroz
• Farelo de arroz:provém do beneficiamento; constituído pelos
tegumentos que envolvem o grão,removidos para a
alimentação humana;
• Produto valioso para animais quando utilizado fresco ou
quando é prontamente estabilizado com antioxidantes;
• 11 a 13%de PB, 10 a 15% de gordura, e 11,5% de FB;
• GORDURA ALTAMENTE INSATURADA-RANSIFICAÇÃO
• Para suínos:10 a 20% quando estabilizado e recente, para
aves não aconselhado; para vacas leiteiras pode substituir o
farelo de trigo em até 1/3;
• O farelo desengordurado pode ser usado em substituição total
do farelo de trigo;
CENTEIO
• A disponibilidade de centeio para alimentação animal é
pequena. É mais utilizado na alimentação humana, sendo o seu
subproduto destinado à alimentação animal;
• Composição química parecida com o trigo, porém menos
aceitável;
• Comparado com o milho corresponde em 90% do valor nutritivo;
• Para vacas leiteiras pode compor até 40% da ração
concentrada;
• Para o gado de corte pode até ser empregado como grão único;
• Para eqüinos recomenda-se misturá-lo com aveia ou outro
alimento volumoso e de preferência grosseiramente moído ou
amassado;
• Bom alimento para ovinos adultos;
• Para suínos não deve ultrapassar 10% da ração total;
Farelo de centeio
• O subproduto resultante da fabricação da farinha de
centeio é o farelo ou farelinho.É inferior ao farelo de trigo
com relação à PB,(16,5%), PD(12,5%),à energia, bem
como à apetibilidade;

• O maior problema de sua utilização tem a ver com as


contaminações com Claviceps purpurea- fungo que se
desenvolve entre os grãos da espiga e produz alcalóides
tóxicos : ergotamina, ergotoxina e ergotina que causam
perturbações psíquicas e gangrenosas;
ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL
• Os alimentos de origem animal utilizados na elaboração de
concentrados ou rações balanceadas devem seguir as normas
estabelecidas pela legislação vigente de acordo com a origem
e utilização destinada à espécies previamente estabelecidas;
• Citaremos os produtos disponíveis como subprodutos:
• Suplementos protéicos:/de origem animal
• Farinha de carne;
• Farinha de resíduos de abate de aves;
• Farinha de sangue;
• Farinha de penas;
• Farinha de peixe;
• Solúveis de pescado;
• Farinha de fígado;
• Farinha de cerdas e/ou pelos.
Suplementos energéticos/ de origem animal
• Óleos e gorduras animais;

• Suplementos minerais
• Farinha de ossos;
• Farinha de casca de ostras;

• Outros suplementos
• Leite e derivados;
• Farinhas de subprodutos de centrais de incubação;
• Farinha de cama de galinheiro e de dejeções animais;
• Farinha de conteúdo de rúmen;
SEMENTES DE OLEAGINOSAS E SEUS
SUBPRODUTOS
• As dietas animais têm com um dos seus constituintes
principais, as fontes protéicas representadas por ingredientes
que, quanto à sua origem estão divididas em dois grandes
grupos:
• 1-suplementos protéicos de origem animal;

• 2-suplementos protéicos de origem vegetal- representados


pelas sementes de oleaginosas, pelo subproduto da extração
do óleo nelas contido, chamado convencionalmente de torta,
bem como outras substâncias residuais que podem ser usadas
como alimento;
SOJA
• É uma leguminosa (Glycine max) e compreende mais de 7000
variedades;
• Entre as sementes de oleaginosas são as mais utilizadas na
alimentação animal;
• Possui entre 38 e 39% de PB, e de elevada qualidade;
• Contém pouca FB-7%
• Significativo teor de óleo-18 a 19%;
• Pobre em Ca-0,25% e 0,59 de P;
• Devido , principalmente ao alto teor de lipídios, se classifica
acima do milho em energia;
• Pouco caroteno e deficiente em vit. D, os níveis de B1 e B2 são
pouco superiores aos cereais, com , regular teor de ácido
nicotínico;
• Ao elevado teor protéico está associado um excelente equilíbrio
de aa, o que torna a soja o mais adequado suplemento protéico
vegetal disponível para alimentação.
Uso da Soja crua
• Ruminantes:as sementes moídas são um excelente
suplemento protéico igual à farinha de linhaça e ligeiamente
superior à de algodão.
• Quando se administram grãos crus de soja em grande
quantidade na ração , hà um decréscimo na utilização do
caroteno, vit A, pelo menos entre bovinos, aumentando assim
suas necessidades;
• Quando da administração de sementes cruas deve-se evitar a
utilização conjunta de uréia, em virtude da urease contida nas
sementes desdobrar a uréia, dando amônia;
• As sementes cruas moídas não devem ser armazenadas por
longos períodos, principalmente em presença de calor e
umidade, pois rancifican-se devido ao elevado teor em AGI;
SUÍNOS E AVES

• A soja crua não é recomendada para


estas espécies em virtude de apresentar
fatores tóxicos.
Semente de soja aquecida
• Após ser submetida ao calor(cozimento ou tostagem)têm seu
valor alimentício consideravelmente aumentado e serão
conseqüentemente melhor aproveitadas pelos suínos e aves
em virtude de:
• 1-tornar sua proteína de melhor valor para estas espécies, e,
• 2-destruir substância inibidora da tripsina e da eripsina,
necessárias para a digestão das proteínas, bem como a soijina
que interfere na absorção dos aa sulfurados e no metabolismo
da vit. A.
• O cozimento(aquecimento) excessivo reduz o valor biológico
da proteína pela destruição de alguns aa, principalmente pelo
bloqueio da lisina.Com cozimento adequado a soja fornece
uma proteína cujo valor se aproxima daquela do leite e
pescado, para suínos e aves;
Torta de soja tostada
• Produzida por processo de expeler ou solvente,
apresenta em média 44% de PB, 1,5% de gordura e 7%
de FB;
• É pobre em Ca-0,32%, medianamente rica em P- 0,63%
• Após moída denomina-se farinha de torta de soja, forma
na qual é utiluzada nas rações;
• A torta de soja tostada é mais palatável que aquela que
não foi suficientemente aquecida, ptincipalmente para
aves e suínos;
• Para ruminantes e eqüinos não hà diferenças de valor
entre cozida e a crua;
• A diferença é facilmente perceptível, pelo sabor
característico de feijão cru desta última;
Farinha de torta de soja descascada
• O processo de extração de óleos, que utiliza os grãos de soja descascados,
origina uma farinha de 48 a 50% de PB,e conseqüente baixo teor em FB 2-
3%, o que eleva o seu valor energético, resultando assim um excelente
ingrediente para rações de alta energia;

• Resíduos da soja:nos processos de extração que utiliza os grãos


descascados, resta um resíduo que é constituído pela casca e fargmentos
de soja.O farelo constituído por estes resíduos apresenta em média 17% de
PB, e 29% de FB, não sendo ,por tanto, um alimento de alto valor.
• Assemelha-se ao feno quanto ao teor de FB,porém está muito longe do
valor da farinha de torta de soja, sendo utilizado normalmente apenas em
rações de ruminantes, uma vez que, inclusive não sofre a ação do calor;
• As cascas sem o fragmento do grão, têm sido usadas com bons resultados
em rações de suínos de engorda, até 7% da ração.
Utilização da farinha de torta de soja
tostada
• Ruminantes:é atualmente o melhor suplemento protéico,
sendo superior à própria semente moída ou outras farinhas.
• Em experimentos com bovinos em engorda rendem 28% mais
quando comparada com a farinha de torta de algodão;
• O processo de extração de óleo não influi no valor alimentício,
porém, quando são utilizadso solventes, diminui um pouco a
apetibilidade;
• Para bezerros e ovinos poderá também representar o único
suplemento protéico das rações.

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