Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Primeira
Geração do
Modernismo
(1922-1928)
A Semana de Arte Moderna, também
chamada de Semana de 22, ocorreu em
São Paulo, no ano de 1922, nos dias 13,
15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal.
Cada dia da semana foi dedicado a um
tema, unindo pintura e escultura, poesia,
literatura e música.
Manifestos:
Pau-Brasil (1924): Oswald de Andrade, neste manifesto,
pregava uma literatura extremamente vinculada à realidade
brasileira, buscando um redescoberta do Brasil. Arte tipo
“exportação”
Além disso, propunha a utilização de uma linguagem sem
erudição e a valorização de elementos cotidianos de nossa
cultura. De raiz, telúrica e primitiva.
“Contra o gabinetismo, a prática culta da vida. (...) A língua sem
arcaísmo, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição
milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.”
“Só não se inventou a máquina de fazer versos –
já havia o poeta parnasiano.”
“Nenhuma fórmula contra a contemporânea expressão do
mundo. Ver com olhos livres.”
Manifestos:
Verde-Amarelo (1924) e Anta (1929): formado por
Guilheme de Almeida,Plínio Salgado e Menotti del
Picchia, o grupo propunha uma proposta primitivista e
ufanista.
Idolatria ao Tupi e à Anta como símbolo nacional.
Arte nacionalista ufanista
Valorização elemento indígena
Contra os estrangeirismo. Caráter direitista
“Anta. É este um animal que abre caminhos, e aí
parece estar indicada a predestinação da gente tupi.”
Manifesto Antropofágico (1928):
o manifesto é uma
extensão do manifesto
Pau-Brasil, pregando a
postura antropofágica,
de aproveitamento das
influências
estrangeiras, porém
adequadas à nossa
realidade – vinculação
com a postura do
Tropicalismo.
Abaporu (do tupi-garani aba e poru,
"homem que come. Tarsila do Amaral
O manifesto foi publicado
no primeiro número da
Revista de Antropofagia.
Oswald
MODERNISMO 1922-1928
FASE DE DESTRUIÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO
•Rompimento com o academicismo literário.
•Ruptura com a gramática normativa, em especial
com a sintaxe.
•Liberdade formal, uso do verso livre e formas não
regulares,
•pontuação subjetiva, ou ausência de pontuação.
•Livre associação de idéias.
• Iconoclastia
OSWALD DE ANDRADE
(1890-1954)
•Filho da burguesia de São
Paulo
•Postura destruidora
•Nacionalismo crítico e
paródico
•Ruptura com os padrões
Lingüísticos (sintaxe lógica)
•Linguagem fragmentada /
elíptica
•Visão social (década de 30)
OSWALD DE ANDRADE (1890-1954)
Características literárias
•linguagem falada, fragmentada e cotidiana;
•Uso de paródias;
•Poemas curtos e sintéticos (“poema-minuto”,
“poema-piada”).
•Fusão dos gêneros Prosa e Poesia,
•Criação de neologismos, metáforas insólitas,
• Colagem de fragmentos desconexos.
Erro de Português
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Canto de Regresso à Pátria
1. Leitor:
Está fundado o Desvairismo.
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiburi!
Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano!
"— Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
Um colar... — Conto e quinhentos!!!
Más nós morremos de fome!"
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares! (...)
Horríveis as cidades!
Vaidades e mais vaidades...
Nada de asas! Nada de poesia! Nada de alegria!
Oh! Os tumultuários das ausências!
Paulicéia - a grande boca de mil dentes;
e os jorros dentre a língua trissulca
de pus e de mais pus de distinção...
Giram homens fracos, baixos, magros...
Serpentinas de entes frementes a se desenrolar...
Estes homens de São Paulo,
Todos iguais e desiguais,
Quando vivem dentro dos meus olhos tão ricos,
Parecem-me uns macacos, uns macacos.
Baseada em
lendas reunidas
indígenas.
Narra a história
de Macunaíma,
índio, que parte
(após matar a
mãe) em busca
de aventuras com
seus irmãos
Maanape e Jiguê.
MODERNISMO – 1ª GERAÇÃO
Referências:
TUFANO, Douglas. Estudos de língua e
literatura. 5. ed. Volume 3. São Paulo:
Moderna, 1998.
CEREJA, William Roberto; COCHAR,
Thereza. Português: linguagens. São
Paulo: Atual, 2003.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda
europeia e Modernismo brasileiro. 10 ed.
Rio de Janeiro: Record, 1987.
http//.www.google/search