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Escola de Minas
Pós-Graduação em Geotecnia
Plano da Foto
Hobbs, Means & Williams (1976), An outline of Structural Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, figs.
Geology, Fig5.1 pg. 214. 4.11 e 4.10 pg. 66.
JUSTIFICATIVA
Para uma cava predominantemente de rochas ”duras”, Sem influencia das
faz-se necessário entender as potenciais rupturas que descontinuidades
possam existir.
𝜏 = 𝜎𝑛 tan ϕ + 𝑖
𝜏 = 𝜎𝑛 tan ϕ𝑟
BARTON (1973a): REVIEW OF A NEW SHEAR-STRENGHT
CRITERION OF ROCK JOINTS
Resolve o fato que as equações de Patton (1966) não consideram as chamadas de rugosidade de
segunda ordem para se determinar o parâmetro “i”.
Barton (1973a) determina uma equação empírica não linear de resistência de pico, que é sensível tanto à
rugosidade da descontinuidade quanto à resistência a compressão da parede da descontinuidade
O coeficiente de rugosidade das paredes da descontinuidade (JRC) representa uma escala deslizante de
rugosidade que varia de aproximadamente 20 a 0 da extremidade mais áspera até a mais suave do espectro. A
resistência a compressão da parede da descontinuidade (JCS) é igual à resistência a compressão uniaxial não
confinada da rocha (σc) caso as descontinuidades estiverem intemperizadas a resistência diminuir para
aproximadamente 1/4 σc.
E ϕ𝑏 é o ângulo de atrito entre superfícies de descontinuidades (Patton 1966)
BARTON E CHOUBEY (1977): THE SHEAR STRENGHT OF ROCK
JOINTS IN THEORY AND PRATICE
A partir da derivação da relação denominada “lei empírica do atrito”, descrita por Barton (1973a),
estabeleceu-se novos conceitos, definições e processos simplificados de obter os parâmetros
fundamentais que compõe tal modelo.
𝜏ൗ = tan 𝐽𝑅𝐶 ∙ 𝑙𝑜𝑔 𝐽𝐶𝑆
𝜎𝑛 10 + ϕ𝑏
𝜎𝑛
𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝝈𝒄 = 𝟎. 𝟎𝟎𝟎𝟖𝟖𝜸𝑹 + 𝟏. 𝟎𝟏
Determinação do Coeficiente de Rugosidade da Descontinuidade
(JRC):
Testes de inclinação utilizando uma rampa inclinada que visa simular o deslizamento entre os blocos
separados por uma descontinuidade de inclinação específica, medindo-se o chamado ângulo de atrito
básico (ϕb), para o caso de superfícies de descontinuidades macroscopicamente lisas.
A relação entre ângulo de atrito básico (ϕb) e ângulo de atrito
residual (ϕr)
O estudo da validade do parâmetro ângulo de atrito básico (ϕb) na resistência ao cisalhamento pela lei
empírica do atrito apontou que o ângulo de atrito básico (ϕb) é claramente aplicável para superfícies planas
e não alteradas, mas não se aplica para descontinuidades cujas paredes estejam alteradas.
Outra relação empírica para se estimar ϕr, a partir dos valores ϕb, foram obtidos a partir de ensaios de
inclinação residual, proposta por Barton & Choubey (1977):
ϕ𝑟 = ϕ𝑏 − 20° + 20 (𝑟Τ𝑅)
Se r = R ϕ𝑟 = ϕ𝑏
BARTON E BANDIS (1982): EFFECTS OF BLOCK SIZE ON THE
SHEAR BEHAVIOR OF JOINT ROCK
Uma grande diferença obtida nos ensaios de amostras
grandes ou pequenas deve-se ao fato que as pequenas
amostras têm maior grau de liberdade, permitindo
assim que estas possam girar ligeiramente e "sentir"
as menores e mais acentuadas asperezas dos blocos
vizinhos, enquanto os blocos grandes “sentem” apenas
as maiores asperezas da superfície plana o qual está
inclinado
Barton & Bandis (1982) mostraram que a maneira conveniente de interpretar os efeitos do tamanho dos
blocos é expressar resistência ao cisalhamento em termos de seus componentes.
O ângulo de atrito (ϕ) em uma descontinuidade rochosa pode ser expresso como: ϕ = ϕ𝑟 + 𝑖
O componente de rugosidade total (i) também pode ser expresso da seguinte forma: 𝑖 = 𝐽𝑅𝐶 𝑙𝑜𝑔10 (𝐽𝐶𝑆Τ𝜎′𝑛 )
O efeito combinado da redução da rugosidade efetiva e do aumento das áreas de contato
individuais causam uma mudança acentuada na forma das curvas de deslocamento no
cisalhamento à medida que o tamanho da amostra aumenta. Estes efeitos estão demostrados
Para as devidas correções de escala a lei empírica do atrito assume a seguinte forma:
𝐽𝐶𝑆𝑛 𝐽𝐶𝑆𝑛
𝜏 = 𝜎𝑛 tan 𝐽𝑅𝐶𝑛 𝑙𝑜𝑔10 + ϕ𝑟 ϕ 𝑚𝑜𝑏 = 𝐽𝑅𝐶𝑚𝑜𝑏 ∙ 𝑙𝑜𝑔10 + ϕ𝑟
𝜎 𝜎𝑛
𝑛
A magnitude do deslocamento de pico (δpico) que representa a deformação necessária para mobilizar a
resistência máxima ao cisalhamento, é aproximada pela equação:
valor mais centralizado (indica é o valor com maior frequência é o valor do meio em uma
onde se concentra os dados de (o mais comum em um conjunto sequência ordenada de dados
uma distribuição) de dados)
DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PESO ESPECÍFICO SECO
DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL
LEVANTAMENTO DE CAMPO
Realizou-se uma campanha de aquisição de dados durante o mês de janeiro de 2018, a
qual aferiu 20 pontos de controle, com a avaliação de 60 superfícies de
descontinuidades e aquisição de cerca de 1000 medidas do número de rebote do
escleromêtro, denominada “Q”.
Se R = 30 e ɣs = 60 kN/m³
UCS = 500 MN/m²
DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ATRITO RESIDUAL
Para análises bidimensionais (RocPlane) faz-se
necessário utilizar o ângulo aparente da
descontinuidade na direção da seção analisada.
ANÁLISE CINEMATICA COM INCREMENTO DA COMPONENTE DE
RUGOSIDADE (i)
Setor 04: Analise Potencial de Cunha em Sb x S2 Setor 05: Analise Potencial de Cunha em Sb x S3
A obtenção de tais parâmetros revelou-se uma tarefa Devido à grande variabilidade apresentada nos
razoavelmente complexa, visto que diversas adaptações foram resultados, uma abordagem probabilística fez-
necessárias em função da natureza das formações ferríferas da se necessária para cada um dos parâmetros
fm. Cauê em função da imensa quantidade de dados.
O levantamento dos parâmetros de descontinuidades baseou- O potencial geométrico para rupturas planares, tanto no contexto
se nas recomendações propostas por Barton e Choubey (1977). de bancada (Apêndice V) como global (Apêndice VI), mostrou-se
Porém, nos últimos 40 anos, diversas novas tecnologias no geral variando de baixo a moderado; ao analisar em software
surgiram possibilitando, assim, uma melhoria na aquisição de de estabilidade a probabilidade de deslizamento determinada foi,
dados. Desta forma, em função da disponibilidade de em geral, muito baixa (Apêndice VIII), e os fatores de segurança
equipamento mais modernos, realizou-se as adaptações foram superiores aos praticados para taludes de mineração (F.S
necessárias. = 1,3) em todos os casos.
A aquisição de dados consistiu no levantamento de 20 pontos Os fatores de segurança mínimos por vezes apresentam
de controle por toda a extensão da cava, nos quais avaliou-se condições críticas (F.S < 1,0), mas a probabilidade desta
60 superfícies de descontinuidade e se obteve cerca de 1000 ocorrência é praticamente nula pela análise do software, devido
valores de coeficiente de rebote do escleromêtro (Q) e 180 ao número de simulações em que os cenários são estáveis é
perfis de descontinuidade; posteriormente em laboratório se muito maior que simulações de cenários instáveis.
testou 90 vezes o ângulo de atrito básico de 9 corpos de provas.
• Disponibilizar um maior número de resultados de ensaios de resistência à compressão uniaxial (UCS)
determinada em laboratório com a determinação do número de rebote do esclerômetro (Q) na mesma
direção da prensa hidráulica, possibilitando outras correlações entre a resistência e o coeficiente de
rebote do esclerômetro;
• Para aplicação da metodologia em cenários específicos realizar a correção dos parâmetros de JCS e
JRC para escala da descontinuidade analisada.
• Realizar o teste de inclinação (Tilt-Test) individualmente para cada tipo de formação ferrífera e
utilizar a mesa inclinadora adequada para obtenção do ângulo de atrito básico com a correção de
Stimpson (1981);
• Determinação das condições hidráulicas dos maciços rochosos do Complexo Vargem Grande. Abordando
principalmente as condições hidráulicas nas superfícies de descontinuidades e a relação destes elementos com o
aquífero fissural (secundário) presente;
• Determinação do coeficiente de sismicidade ideal para as minas do Quadrilátero Ferrífero em função das
detonações e a sismicidade natural;
• Avaliação dos efeitos da presença de água na determinação do ângulo de atrito básico das formações
ferríferas e quantificação desta influência nos valores das componentes de rugosidade, ou seja, no ângulo de
dilatação de pico (dn) e na componente de cisalhamento das asperezas (sn);
• Reinterpretação da lei empírica do atrito em função do modelamento digital das superfícies das descontinuidades,
utilizando uma impressora 3D para geração de moldes físicos das superfícies modeladas, com as variações e
correções necessárias. Assim, ao pesquisador se permitirá uma maior liberdade para testar as variações dos
perfis de rugosidade, podendo ser analisados para diversos tipos ou diferentes misturas de materiais.