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P 1
.
Parafusos
©Jaime Tupiassú Pinho de Castro
Departamento de Engenharia Mecânica PUC-Rio
17/05/2011
Castro,J.T.P 2
Parafusos .
fixar componentes, os
parafusos também podem ser
uma opção interessante para
transmitir potência (como nos
fusos dos tornos mecânicos)
ou para aplicar grandes forças
axiais (como no macaco
mecânico ilustrado ao lado)
note que é a porca (cuja
coroa externa é acionada por
um parafuso sem-fim de
quatro entradas) e não o
parafuso vertical que gira
neste macaco, e que por isso
ela é apoiada em rolamentos
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.
Tipos de Roscas .
tolerâncias típicas
de parafusos Allen
(cujas cabeças têm
um furo sextavado)
métricos de alta
resistência, com
SRmin > 1240MPa
e SE > 1100MPa
(SRmin > 1300MPa
se d < 16mm) e
SRcis > 760MPa
estes parafusos
são comercializados
com roscas grossas
ou finas
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.
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dimensões dos .
parafusos Allen
(em polegadas)
UN padronizados
mais comuns
UNRF e UNRC
(unified national
round fine ou
coarse) são siglas
para as roscas finas
ou grossas com um
perfil arredondado
e dimensões em
polegadas (padrão
unificado de 60o,
como discutido
acima)
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.
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resistências e .
códigos (riscos
na cabeça) SAE
a resistência
de prova SP gera
no parafuso uma
deformação
plástica residual
ep = 100mm/m,
enquanto SE, a
resistência ao
escoamento gera
ep = 2000mm/m
a gama lista os
diâmetros dos
parafusos em
geral disponíveis
no comércio
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.
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as várias .
classes de
resistência
padrão nos
parafusos
métricos
dependem
de SR e da
razão SE /SR
e.g., 12.9
significa
SR > 1200
MPa, com
SE 0.9SR
parafusos
classe 14.9
existem mas
são raros
ex.1: estude o efeito da resistência do aço na escolha dos 18
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.
Rudimentos de Estatística .
funções de densidade de
probabilidade (fdp), para
descrever os vários tipos
de fenômenos aleatórios
os fenômenos simétricos
em relação à media são
em geral bem descritos
por fdps como a normal
ou gaussiana, que têm a
forma de um sino
mas os fenômenos com
cauda distorcida em
relação à média (e.g., vida
dos adultos sadios) têm
que ser descritos por
outros tipos de fdps
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.
Castro,J.T.P 34
x
P(x) é a integral de p(x): P( x ) = p( x) dx
-
pr(a x b) = P(b) - P(a)
P(x) cresce monotonicamente de 0 até 1
P(-) = 0, P() = 1
na ausência de um bom programa que automatize os
cálculos estatísticos, é em geral mais fácil ajustar a fpa
de uma população aos dados ordenados obtidos numa
amostra (usando um papel de gráfico próprio), do que
ajustar a fdp correspondente ao histograma da amostra
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média m de uma população discreta: m= x i p( x i )
-
definida por:
a média quadrática E(x2)) é E[f ( x)] = f ( x) p( x)dx
-
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x 50
que divide ao meio a fdp (i.e., a metade
p( x)dx = 0.5
da área da fdp fica abaixo da mediana):
-
quando todos os T testes de uma amostra são ordenados
em ordem crescente, x50 = (xT/2 + x1+T/2)/2 se T par, e
x50 = x(T+1)/2 se T ímpar
a média, a moda e a mediana medem a tendência
central dos fenômenos aleatórios, mas também são
necessárias medidas de dispersão para descrevê-los
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.
Medidas de Dispersão .
(
T 2 T 2 2
(
i =1 i
x - x) x
i =1 i
) - T x
s= =
T -1 T -1
notar o denominador (T- 1) usado na definição de s
se a constante k for somada a todos os eventos de uma
amostra então a média aumenta de k e a dispersão fica
constante ( x = x k e s = s), mas quando k multiplica
os eventos também multiplica x e s ( x = k x e s = ks)
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P(z > 0) = P(-z< 0), pode-se tabelar P(z) = p(z)dz
ou 1- P(z)=
1 exp(- z 2/2)dz, como mostrado abaixo
z 2p
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Operação Média Desvio padrão Coeficiente de Variação regras .
1-P(z)
da curva
gaussiana
padrão
notação:
03 = 000, etc.
x = variável
aleatória
m = média
s
^ = desvio
padrão
x-m
z=
sˆ 2
-z
p(z) = e 2
2p
P(z) = p(z)
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a expressão da força axial média F causada pelo torque .
para obter com R = 99% uma FPC > 0.83FP, a carga de prova
dos parafusos M14, e a única solução para este problema é
aumentar o diâmetro dos parafusos, já que a classe 12.9 é a
melhor que existe comercialmente
assim, especificando parafusos allen M161.5 lubrificados,
cuja carga de prova FP = 174kN, deve-se apertá-los com um
torque T = 10016/4 = 400Nm (pois kRF = 4 para garantir uma
força F 100kN em 99% das juntas lubrificadas)
especificou-se um parafuso M16 de rosca fina pois sua FP
é 6.75% maior que a FP do parafuso de rosca grossa
para estimar quantos destes parafusos escoam na pré-carga,
calcula-se kRP = FPd/T = 17416/400 = 6.96 = k(1 + zRPV)
zRP = (6.96 - 5)/(50.09) = 4.36, variável normal normalizada
que corresponde a R = 7.410-6, logo a probabilidade de um
M161.5 escoar sob o torque T = 400Nm é desprezível
z e R obtidos usando a tabela da gaussiana dada acima
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A, comprimento L e módulo E
sob tração é K = EA/L, logo a
rigidez do parafuso é dada por
K hK r Ah Ar
Kp = =E
Kh Kr Lr Ah Lh Ar
onde os índices h e r referem-se
à haste e à rosca do parafuso
a espessura total dos membros aparafusados, incluindo as
arruelas, é L = Lh Lr, e o comprimento do parafuso deve
ser Lp L tporca (tipicamente 0.75d tporca d)
a rigidez dos membros é estimada supondo que a tensão
compressiva gerada pelo parafuso penetra nos membros
seguindo troncos de cone de semi-ângulo a = 30o, logo
a rigidez Km de um membro da junta com espessura t,
diâmetro da cabeça (base menor) do tronco de cone dc,
diâmetro do furo df e módulo E é obtida por
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t
t
.
1 = dy dy
=
Km 0 EA(y) 2
0 E p [(y tan a dc / 2) - df2 /4]
resolvendo a integral e fazendo a = 30o obtém-se
pEdf tan a 0.577 pEdf
K m=
(2t tan a dc - df )(d c df ) (1.15t dc - df )(d c df )
ln ln
(2t tan a d c df )(d c - df ) (1.15t d c df )(dc - df )
como os membros de uma junta aparafusada trabalham
em série, a rigidez do conjunto de membros é dada por
Kcm = [S(1/Kmi)]-1 a qual, quando todos os membros são
do mesmo material, as cabeças do parafuso e da porca
têm dc = 1.5d 1.5df, e a espessura total da junta (ou de
todas as peças aparafusadas, inclusive arruelas) é L, vira
0.577pEdf 0.577pEdf
K cm =
2ln (0.577L dc - df )(dc df ) 2ln 2.887L 2.5df
(0.577L dc df )(dc - df ) 0.577L 2.5df
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o parafuso pode ser fixado .
= 1 DF
2
sa smin s a = 590kN
Gbmax
SL SR
ex.9: calcule a maior carga pulsante aplicável numa juntaCastro,J.T.P 64
.
Fator de segurança .
que pode ser feito por uma porca especial com diversos
parafusos auxiliares distribuídos circunferencialmente
em torno do furo roscado onde se atarraxa o parafuso de
suporte da célula de carga
a célula é montada com os parafusos circunferenciais
recolhidos, que depois são apertados igualmente para
pré-tensionar o grande parafuso central, o que é muito
mais fácil do que apertar diretamente a porca, tarefa que
exigiria um torque imenso
a folga radial entre o parafuso e a estrutura neste sistema
permite alinhar a célula com o macaco hidráulico para
minimizar os fletores espúrios no trem de carga, um
bônus adicional muito interessante na prática
a pré-carga gerada pelos parafusos auxiliares deve ser
maior que os 2.5MN necessários, e deve ser considerada
no projeto à fadiga do parafuso da célula de carga
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esquema da .
porca que
pré-tensiona
o parafuso
da célula de
carga
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supondo que a estrutura de reação tenha uma espessura .