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Castro,J.T.

P 1
.

Parafusos
©Jaime Tupiassú Pinho de Castro
Departamento de Engenharia Mecânica PUC-Rio

17/05/2011
Castro,J.T.P 2

Parafusos .

 os parafusos são elementos (quase sempre) cilíndricos


ou cônicos que têm em torno de seu perímetro um ou
mais filetes formando roscas helicoidais
 os parafusos são usados em inúmeros tipos de aplicações
para aplicar forças, fixar juntas desmontáveis, transmitir
potência e/ou acionar movimentos lineares
 os filetes (em geral enroladas segundo a regra da mão
direita) são planos inclinados que convertem os torques
aplicados nos parafusos em forças axiais
 em algumas poucas aplicações especiais (redutores tipo
sem fim e coroa envolvente, e.g.) o corpo do parafuso
pode não ser cilíndrico nem cônico
 rosca em em inglês é thread, e parafuso é screw (ou bolt,
quando usado para fixar componentes estruturais usando
porcas, nuts, e arruelas, washers)
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 em geral, as roscas dos parafusos são usinadas nos de .

menor e laminadas nos de maior resistência, sendo que


estes normalmente têm o pé da rosca arredondado, para
diminuir a concentração de tensões

 parafusos auto-atarrachantes para madeira e para metal


não requerem furos roscados já que cortam sua própria
rosca e, para facilitar sua penetração, são usinados em
torno de cones em vez de cilindros
 as roscas de dutos e tubulações também são cônicas,
para facilitar a vedação das conexões
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.

 os parafusos podem ter mais de um filete (ou entrada),


cujas hélices podem envolver cilindros ou cones
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.
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.
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.

 tipos de parafusos comerciais (no slide anterior) e de


porcas e arruelas, com a sua denominação em inglês
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 além de serem usados para .

fixar componentes, os
parafusos também podem ser
uma opção interessante para
transmitir potência (como nos
fusos dos tornos mecânicos)
ou para aplicar grandes forças
axiais (como no macaco
mecânico ilustrado ao lado)
 note que é a porca (cuja
coroa externa é acionada por
um parafuso sem-fim de
quatro entradas) e não o
parafuso vertical que gira
neste macaco, e que por isso
ela é apoiada em rolamentos
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.

 para gerar forças ou movimentos lineares em aplicações


onde a precisão e a suavidade do posicionamento axial
sejam requisitos de importância fundamental, pode-se
usar motores rotativos acoplados a parafusos (ou fusos)
que acionam suas porcas através de esferas recirculantes
 esta é uma solução cara mas muito eficaz que (como num
rolamento) transmite as forças entre o parafuso e a porca
através de esferas que rolam, diminuindo assim o atrito e
aumentando o rendimento da potência transmitida
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 parafusos ou fusos roscados .

de esferas recirculantes são


usados para aplicar forças em
algumas máquinas universais
de testes mecânicos, como na
ilustrada no esquema ao lado
 estas máquinas de teste são
rígidas (quando comparadas
com as máquinas hidráulicas),
têm controle simples e seguro
(os dois parafusos impõe um
deslocamento e não uma força
no cabeçote) e podem trocar a
facilmente a célula de carga,
mas em geral são bem lentas e
só servem para testes quase-
estáticos
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Tipos de Roscas .

 a grande maioria dos parafusos de fixação, e isto inclui


tanto os métricos quanto os em polegadas, usa a rosca
cilíndrica padronizada de dentes triangulares de ângulo
60o e avanço pela regra da mão direita
 a denominação dos parafusos métricos é MdP, onde d é
o diâmetro e P o passo da rosca, em mm (e.g. M242), e
a dos parafusos UN (de united national) é d-f, onde d é o
diâmetro em polegadas (ou um no de 0 a 10 se d < 1/4”) e
f é o no de fios (ou filetes de rosca) por polegada
 são cônicas as roscas de canos, dutos e tubulações (e.g.
tipo NPT, national pipe thread, para vedação); as dos
parafusos auto-atarrachantes para madeira (cuja rosca
às vezes é chamada de soberba); e as dos parafusos para
chapas metálicas finas (com saída para cavacos quando
usadas para abrir roscas nas chapas menos finas)
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.

 dP = d - 0.650P, dmin = d - 1.227P e dr = d - 0.938P são os


diâmetros do passo, da raiz e resistente (à tração) dos filetes
padronizados métricos e UN, que têm ângulo de 60o
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.

 as roscas NPT cônicas para tubos devem ser usadas com


vedantes (fitas de teflon ou veda-juntas, por exemplo)
 a rosca NPTF (National Pipe Taper Fuel, ANSI B1.20.3)
é similar e não requer vedantes, pois provê interferência
entre filetes e vedação metal-metal (mas é mais cara, já
que requer tolerâncias mais apertadas)
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.

 os filetes usados em parafusos para movimentar cargas


(em tornos, fresadoras, macacos mecânicos, grampos,
etc.) têm ângulos em geral menores do que os usados
em parafusos de fixação, para aumentar sua eficiência
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 a notação dos filetes trapezoidais métricos é Tr dP, .

onde d é o diâmetro e P o passo do parafuso


 quando o parafuso tem mais de uma entrada ou hélice,
sua notação é Tr a(P)P, onde a = nP é o avanço e n o
número de entradas
 a notação dos parafusos de rosca esquerda deve incluir as
letras RE ou LH após o diâmetro
 r1 = r2/2, onde r2 = 0.15mm se P = 1.5mm, r2 = 0.25mm
se P = 2-5mm, r2 = 0.5mm se P = 6-12mm, ou r2 = 1mm
se P > 14-44mm
 o filete quadrado é o mais eficiente, mas como é difícil
de fabricar em geral não é usado na prática
 os filetes tipo mísula só devem ser usados para cargas
unidirecionais, e a sua notação métrica é S dP
 os fusos de esferas recirculantes também usados para
movimentar cargas em geral são comprados prontos
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 nos parafusos cilíndricos métricos e UN de diâmetro d, .

o diâmetro do passo é dP = d - 33/8P = d - 0.650P , o


diâmetro mínimo no pé da rosca é dmin = d -1.227P e
o diâmetro resistente é dr = (dP +dmin)/2 = d - 0.938P
 d2r = 4FR/pSR, onde FR é a força que rompe o parafuso
por tração e SR é a resistência do seu material à ruptura
 e.g., a força nominal de ruptura de parafusos M243 com
SR = 800MPa é FR = 800p(24 - 0.9383)2/4 = 282kN
 os parafusos de rosca fina têm maior resistência à
tração do que os de rosca grossa (parafusos M242 do
mesmo material têm FR = 800p(24 - 0.9382)2/4 =
308kN, e.g.)
 mas a rosca pode cisalhar antes que o parafuso rompa sob
uma força Fc < FR quando seu passo é pequeno demais, e
como a área que resiste ao corte no pé da rosca pode ser
estimada por Ac  ap(d - 1.227P)P, onde a é o no de
 logo, para que um parafuso sob F rompa por tração e não
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.

por corte das roscas deve-se ter st = F/Ar < sc = 3F/Ac,


ou um número de filetes ativos a 
3  (d - 0.94P)2
4  (d - 1.23P)  P
 na tabela de parafusos métricos a seguir, o parafuso de
passo fino M421.5 tem a menor razão P/d = 0.036, e o
de passo grosso M40.7 tem a maior P/d = 0.175
 logo, para romper por tração os parafusos M421.5 antes
de cortar suas roscas eles precisam ter mais que 12 filetes
ativos e dividindo igualmente a carga, e como este é um
número muito alto, pode-se esperar que estes parafusos
tendam a espanar a rosca quando a sua profundidade de
aparafusamento for pequena (< ~d/2)
 já o M40.7 só precisa de mais que 2.2 filetes ativos para
romper por tração antes de cortar suas roscas, logo não é
provável que elas espanem em serviço
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 as contas acima são razoáveis mas simplistas, pois não .

consideraram nem a concentração de tensões nas roscas


(importante em fadiga e nos parafusos de alta resistência,
menos tenazes), nem o carregamento não-uniforme dos
filetes (testes indicam que são os 3 primeiros filetes que
absorvem a maior parte da carga no parafuso)
 logo, só se deve usar roscas muito finas e que dependam
de muitos filetes para suportar as cargas axiais de serviço
após comprovar experimentalmente o seu desempenho
 os parafusos também podem falhar por corte transversal
ou da sua haste não roscada ou da rosca (mas em geral se
usa pré-cargas altas o suficiente para absorver por atrito o
cisalhamento que atua nas juntas aparafusadas)
 as dimensões e as cargas de ruptura, de prova (que causa
uma deformação residual de 100mm/m no parafuso) e de
corte da haste e da rosca de alguns parafusos métricos e
UN comerciais de alta resistência são listadas a seguir
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 dimensões e .

tolerâncias típicas
de parafusos Allen
(cujas cabeças têm
um furo sextavado)
métricos de alta
resistência, com
SRmin > 1240MPa
e SE > 1100MPa
(SRmin > 1300MPa
se d < 16mm) e
SRcis > 760MPa
 estes parafusos
são comercializados
com roscas grossas
ou finas
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.
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 dimensões dos .

parafusos Allen
(em polegadas)
UN padronizados
mais comuns
 UNRF e UNRC
(unified national
round fine ou
coarse) são siglas
para as roscas finas
ou grossas com um
perfil arredondado
e dimensões em
polegadas (padrão
unificado de 60o,
como discutido
acima)
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.
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 resistências e .

códigos (riscos
na cabeça) SAE
 a resistência
de prova SP gera
no parafuso uma
deformação
plástica residual
ep = 100mm/m,
enquanto SE, a
resistência ao
escoamento gera
ep = 2000mm/m
 a gama lista os
diâmetros dos
parafusos em
geral disponíveis
no comércio
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.
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 as várias .

classes de
resistência
padrão nos
parafusos
métricos
dependem
de SR e da
razão SE /SR
 e.g., 12.9
significa
SR > 1200
MPa, com
SE  0.9SR
 parafusos
classe 14.9
existem mas
são raros
 ex.1: estude o efeito da resistência do aço na escolha dos 18
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.

parafusos que fixam a tampa (que deve ser desmontada com


freqüência) de um vaso cilíndrico de diâmetro Dv = 250mm
que trabalha numa pressão p = 70MPa (ambos internos)
 os parafusos devem ser escolhidos para resistir elasticamente
a forças F  (apDv2p/4)/18, onde a é um fator que garante
a vedação na pressão p (e.g. a = 1.2  Fmin = 229kN)
 os parafusos resistem elasticamente a cargas F < SP Ar, onde
Ar = (d - 0.938P)2p/4 é a sua área resistente, P o seu passo
e d o seu diâmetro, logo d > (4Fmin /pSP)1/2 + 0.938P
 os parafusos classe 12.9 têm SPmin = 970MPa, logo deve-se
escolher d > (17.34 + 0.938P)  18 parafusos M202.5 (ou
maiores) para fechar o vaso (os parafusos allen M202.5 da
tabela comercial acima têm uma carga de prova de 245kN)
 caso se opte por parafusos classe 4.6 com SPmin = 225MPa,
deve-se usar d > (36 + 0.938P)  18 parafusos M424.5
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Pré-Carga e Torque nos Parafusos .

 medir a força aplicada por um parafuso não é uma tarefa


trivial, mas medir o torque nele aplicado é muito fácil
 e como é o torque de aperto T que induz a pré-carga que
atua no parafuso, é comum assumir que a força axial F
nas juntas aparafusadas é totalmente controlada por T
 assim, se d é o diâmetro do parafuso, é usual 5T
estimar F a partir de T pela relação empírica F 
d
 e.g., apertar os 4 parafusos M16 de uma roda de um carro
usando uma chave em cruz de 500mm de braço e (duas)
forças de 20kg (que induzem o torque T  100Nm) gera
uma força F  4(5100/(0.016)) = 125kN  12.5t na roda
 mas F também depende do atrito na rosca e na cabeça do
parafuso (que pode variar muito), logo a relação entre T
e F não deve ser suposta determinística na prática
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Rudimentos de Estatística .

 os fenômenos previsíveis com exatidão são chamados


de determinísticos
 e.g., a queda de potencial V causada por uma corrente I
fluindo num circuito de resistência (linear e constante) R
pode ser precisamente prevista pela lei de Ohm V = RI
 já os fenômenos que variam ao acaso, mesmo quando
sucessivamente medidos sob condições idênticas, são
chamados de aleatórios ou randômicos
 e.g., o resultado de uma jogada de 2 dados não pode ser
previsto a priori, só se pode estimar a probabilidade de
cada um dos 11 resultados possíveis {2, 3, . . . , 12}
 estes fenômenos são descritos por variáveis aleatórias,
que podem ser discretas (como nas cartas) ou contínuas
(como a resistência ou a vida de uma peça em serviço)
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 probabilidade: é o número 0  pr(x)  1 que quantifica a .

expectativa de ocorrência do evento aleatório x onde,


sendo O o número de ocorrências
de x em T testes ou tentativas, a pr(x) = lim ( O )
probabilidade de x é definida por T T
 se x nunca ocorre (i.e., quando se pode garantir que a
falha é certa) então pr(x) = 0, e se x ocorre sempre (i.e.,
se o sucesso é certo) então pr(x) = 1
ex.2: num jogo honesto (não tendencioso) de 2 dados:
pr(2) = pr(12) = 1/36, pr(3) = pr(11) = 1/18, pr(7) = 1/6,
pr(2) + pr(3) + . . . + pr(12) = 1, e pr(1) = pr(13) = 0 
 quando x e y forem eventos independentes (i.e., quando
a ocorrência de x não afetar a probabilidade de y e vice-
versa): pr(x ou y) = pr(x) + pr(y) e pr(x e y) = pr(x)pr(y)
ex.3: nos 2 dados pr(2 ou 3) = pr(2) + pr(3) = 3/36 e
pr(7 em 2 jogadas seguidas) = pr(7)  pr(7) = 1/36 
Castro,J.T.P 30
 no entanto, quando os eventos x e y forem dependentes, .

pr(xy) = pr(x)pr(yx), onde pr(yx) é a probabilidade


de y ocorrer tendo x já ocorrido
ex.4: pr(tirar 4 ases seguidos num baralho de 52 cartas) =
= (4/52)(3/51)(2/50)(1/49)  3.710-6 
 espaço amostral: é o conjunto das respostas possíveis
ex.5: o espaço amostral de uma jogada de 2 dados é dado
por {2, 3, . . . , 12}, e o da resistência à ruptura de todos os
materiais estruturais é {0 < SR < ~E/10} 
 histograma: gráfico onde se representa o número Oi de
ocorrências (ou as razões Oi/T das ocorrências) de cada
um dos eventos xi de uma dada amostra de tamanho T
retirada de uma dada população
 antes de construir histogramas de variáveis contínuas
deve-se primeiro discretizá-las (e.g., pode-se separar o
peso dos alunos da Universidade em intervalos de 5kg)
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.
 função de densidade de probabilidade (fdp) ou função
de freqüência p(x): descreve como a probabilidade da
variável aleatória x varia ao longo do espaço amostral
 quando x é discreta p(xi) = pr(xi), mas se x é contínua a
probabilidade de qualquer valor exato (e.g., de um aluno
pesar exatamente 80.00000...kg) tende a zero, apesar da
pr(a < x < b) (e.g., 79 < x < 81kg) ser bem definida
 logo, não se pode confundir a probabilidade pr(x) com
a função de freqüência ou a fdp p(x)
 pode-se pensar em p(x) como a função que ajustaria o
histograma que seria obtido quando o intervalo de
discretização dx  0 e o número de testes T  
 b

-
p( x )dx =1 e

pr(axb ) = p( x)dx
a
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 há muitos tipos de .

funções de densidade de
probabilidade (fdp), para
descrever os vários tipos
de fenômenos aleatórios
 os fenômenos simétricos
em relação à media são
em geral bem descritos
por fdps como a normal
ou gaussiana, que têm a
forma de um sino
 mas os fenômenos com
cauda distorcida em
relação à média (e.g., vida
dos adultos sadios) têm
que ser descritos por
outros tipos de fdps
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.
Castro,J.T.P 34

 amostragens de uma população aleatória são em geral .

feitas para identificar e quantificar a fdp que descreve o


seu comportamento, mas a fdp da população não deve
ser confundida com o histograma de uma amostra
 e.g., abaixo compara-se a fdp das jogadas possíveis com
2 dados com o histograma obtido numa única amostra
onde foram feitas T = 36 jogadas seguidas
fdp 7/36 O/T histograma de
6/36 6/36
5/36 5/36 uma amostra
4/36 4/36
3/36 3/36 de 36 jogadas
2/36 2/36 de 2 dados
1/36 1/36
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

 o histograma só iguala a fdp quando T 


 a fdp de uma população pode ser muito diferente do
histograma de uma amostra pequena!
Castro,J.T.P 35
 função de probabilidade acumulada (ou função de .

distribuição) P(x): a fpa descreve a probabilidade da


variável x ser menor que um valor x0: P(x0) = pr(x < x0)


x
 P(x) é a integral de p(x): P( x ) = p( x) dx
-
 pr(a  x  b) = P(b) - P(a)
 P(x) cresce monotonicamente de 0 até 1
 P(-) = 0, P() = 1
 na ausência de um bom programa que automatize os
cálculos estatísticos, é em geral mais fácil ajustar a fpa
de uma população aos dados ordenados obtidos numa
amostra (usando um papel de gráfico próprio), do que
ajustar a fdp correspondente ao histograma da amostra
Castro,J.T.P 36

Medidas de Tendência Central .

 a média m ou valor esperado E(x)


equilibraria como numa balança: -


é a ordenada sobre a qual a fdp se E( x) = m = x  p( x)dx


 média m de uma população discreta: m=  x i  p( x i )
-

 média x de uma amostra de T testes: x1  ...  x T


x=
T
 E(x  y) = E(x)  E(y), E(kx) = kE(x), k é uma constante
 E(xy) = E(x)E(y), se x e y são variáveis independentes
 se f(x) é uma função de x, então E[f(x)], a média da fdp
p(x) ponderada por f(x) (e.g., 

definida por: 
a média quadrática E(x2)) é E[f ( x)] = f ( x)  p( x)dx
-
Castro,J.T.P 37

 moda: localiza a(s) ordenada(s) xm do(s) pico(s) de .

uma fdp p(x), ou seja:


d p( x m ) d 2p( x m )
xm  = 0, 2
0
dx dx
 a moda de uma amostra é o seu valor mais freqüente
 mediana: é o ponto x50 com P(x50) = 0.5


x 50
que divide ao meio a fdp (i.e., a metade
p( x)dx = 0.5
da área da fdp fica abaixo da mediana):
-
 quando todos os T testes de uma amostra são ordenados
em ordem crescente, x50 = (xT/2 + x1+T/2)/2 se T par, e
x50 = x(T+1)/2 se T ímpar
 a média, a moda e a mediana medem a tendência
central dos fenômenos aleatórios, mas também são
necessárias medidas de dispersão para descrevê-los
Castro,J.T.P 38
.

 fdp e fpa de uma distribuição assimétrica, e a média m,


a mediana x50 e a moda xm correspondentes
Castro,J.T.P 39

Medidas de Dispersão .

 raiz da média quadrática: 


(rms) quantifica a energia E ( x 2 ) = rms =
contida num sinal aleatório -
x 2 p( x) dx

 variância: ( ŝ 2) quantifica a dispersão quadrática em


torno da média 
m da população 2 ˆ2
E[( x - m ) ] = s =
 -
2
( x - m )  p( x)dx

 ŝ 2 é igual à média quadrática rms menos o quadrado da


média m: s
ˆ 2 = E[( x - m) 2 ] = E(x 2 ) - [E(x)]2 = rms 2 -m2
 logo a variância ŝ 2 é igual ao valor rms2 quando m = 0
2 2 2 2 2 ˆ2
 s ( x  y ) = s ( x)  s ( y ) e s (k  x) = k  s ( x) ,
ˆ ˆ ˆ ˆ
onde x e y são variáveis independentes e k é constante
Castro,J.T.P 40

 desvio padrão: ( ŝ ) a raiz quadrada da variância, é a


.

medida mais usada para 


quantificar a dispersão de s
p(x) em torno da média m
ˆ =
-  2
( x - m )  p( x)dx

 só se usa o símbolo ŝ para o desvio padrão da população


 o desvio padrão s de uma amostra de T testes é:

 (
T 2 T 2 2
(
i =1 i
x - x) x
i =1 i
) - T  x
s= =
T -1 T -1
 notar o denominador (T- 1) usado na definição de s
 se a constante k for somada a todos os eventos de uma
amostra então a média aumenta de k e a dispersão fica
constante ( x = x  k e s = s), mas quando k multiplica
os eventos também multiplica x e s ( x = k  x e s = ks)
Castro,J.T.P 41

Distribuição Normal (ou Gaussiana) .

 a distribuição normal ou gaussiana é definida para todos


os reais - < x < , e
sua fdp é simétrica com p( x ) = 1 exp [- ( x - m ) ]
2
média m e variância ŝ 2: ˆs 2p 2sˆ 2
 a normal (também associada a deMoivre e a Laplace)
pode descrever bem a estatística de muitos fenômenos
contínuos e simétricos em relação à média, e.g.:
 medições repetidas em metrologia
 resistências (SE, SR, dureza, etc.) de um mesmo lote
 velocidade das moléculas de gases numa q fixa
 dimensão das peças de um lote de produção
 propriedades físicas como altura ou peso
 desgaste de peças sob condições similares
 gama de ruído eletromagnético, etc.
Castro,J.T.P 42
.

gaussianas com mesma média e desvios padrão diferentes


Castro,J.T.P 43
 a normal tem uma álgebra muito simpática (tipo a soma .

ou a subtração de duas normais N1(m1,s ^ 1) e N2(m2,s ^ 2) é


também normal, com m = m1  m2 e sˆ = sˆ 12  sˆ 22 ), só que
o seu sino simétrico depende da média m (= x50 = xm) e do
desvio padrão ŝ, e não é integrável analiticamente
 mas via um truque simples pode-se transformar a fdp de
qualquer normal p(x) = N(m, ŝ) na normal normalizada
p(z) = N(0,1) com m = 0 e sˆ = 1: basta fazer z = (x - m) / s ˆ
1 z 2
para obter p(z) = exp (- )
2p 2
 e usando suas simetrias p(-z) = p(z), P(-z) = 1 - P(z) e


P(z > 0) = P(-z< 0), pode-se tabelar P(z) = p(z)dz

ou 1- P(z)=
 1 exp(- z 2/2)dz, como mostrado abaixo
z 2p
Castro,J.T.P 44
Operação Média Desvio padrão Coeficiente de Variação regras .

(m) (ŝ ) (V= s ˆ /m ) básicas das


x mx ŝ x sˆ x / m x principais
x+a mx + a ŝ x sˆ x /(a  m x ) operações
sˆ x / m x
álgébricas
a x a  mx a  sˆ x
com duas
x+y mx + my sˆ 2x  sˆ 2y sˆ x  y / m x  y variáveis
normais
x- y mx- my sˆ 2x  sˆ 2y s
ˆ x-y /mx-y indepen-
dentes
x y mx  my Vxy  mxy Vx2  Vy2 Nx(m x , sˆ x)
x/y mx / my Vxy  mxy Vx2  Vy2 Ny (m y , sˆ y)
1/x 1 / mx Vx / mx Vx  V=s
ˆ /m é
2 o coeficiente
x mx 2
2Vx  mx 2Vx de variação
x3 m x3 3Vx  mx 3Vx da variável
x4 m x4 4Vx  mx 4Vx N(m, sˆ )
Castro,J.T.P 45
.

a transformação z = (x -m)/ŝ padroniza qualquer normal


Castro,J.T.P 46
valores de .

1-P(z)
da curva
gaussiana
padrão
notação:
03 = 000, etc.
x = variável
aleatória
m = média
s
^ = desvio
padrão
x-m
z=
sˆ 2
-z
p(z) = e 2
2p

P(z) = p(z)
Castro,J.T.P 47
 a expressão da força axial média F causada pelo torque .

de aperto T não depende muito do diâmetro do parafuso


d nem do atrito: F = kT/d  5T/d, mas k = 5 corresponde
a uma confiabilidade R = 50% na força de aperto F(T))
 como F(T) é bem dispersa (V= s(F)/F
^  0.09 nas roscas
lubrificadas e V 0.15 nas não-lubrificadas), para
garantir uma pré-carga FPC(R) = kRT/d no parafuso com
R  0.5, assumindo que sua distribuição seja gaussiana,
basta calcular o valor kR = k(1 + zRV) correspondente
(note que zR é R zR kR, lub kR, ñ-lub
negativo para
confiabilidades
0.9 -1.282 4.4 4
R > 0.5) 0.99 -2.326 4 3.3
0.999 -3.090 3.6 2.7
 toda a dispersão da força F(T) é quantificada por kR, pois
o torque T e o diâmetro d são determinísticos nos testes
 ex.6: especifique um parafuso de classe 12.9 e ache o torque
Castro,J.T.P 48
.

mínimo necessário para garantir com confiabilidade de 99%


que ele gere uma pré-carga mínima de 100kN
 dos parafusos allen comerciais listados acima, o M142 com
FP = 120kN é o menor que resiste à pré-carga de 100kN sem
escoar, e se eles forem apertados sem lubrificar a cabeça e a
rosca kR = 3.3 para R = 99%, logo T = 105d/3.3 = 424Nm
 este T gera FPC > 100kN em 99% dos parafusos, mas devido
à grande dispersão da relação F(T) também gera pré-cargas
FPC > FP nos parafusos se kRP = FPd/T = 12014/424 = 3.96 =
k(1 + zRPV)  zRP = (3.96 - 5)/(50.15) = -1.38  RP = 0.916,
logo o torque T que gera FPC > 100kN com R = 0.99 também
escoa 91.6% dos parafusos M142 não lubrificados!
 parafusos lubrificados têm FPC menos dispersa (k0.99 = 4) e
requerem um T = 105d/4 = 350Nm menor, mas ainda assim
kRP = 12014/350 = 4.80  zRP = (4.8 - 5)/(50.09) = -0.44 
RP = 67% dos parafusos M14 escoariam ao serem apertados
Castro,J.T.P 49
 não é tolerável que a maioria dos parafusos apertados escoe .

para obter com R = 99% uma FPC > 0.83FP, a carga de prova
dos parafusos M14, e a única solução para este problema é
aumentar o diâmetro dos parafusos, já que a classe 12.9 é a
melhor que existe comercialmente
 assim, especificando parafusos allen M161.5 lubrificados,
cuja carga de prova FP = 174kN, deve-se apertá-los com um
torque T = 10016/4 = 400Nm (pois kRF = 4 para garantir uma
força F  100kN em 99% das juntas lubrificadas)
especificou-se um parafuso M16 de rosca fina pois sua FP
é 6.75% maior que a FP do parafuso de rosca grossa
 para estimar quantos destes parafusos escoam na pré-carga,
calcula-se kRP = FPd/T = 17416/400 = 6.96 = k(1 + zRPV) 
zRP = (6.96 - 5)/(50.09) = 4.36, variável normal normalizada
que corresponde a R = 7.410-6, logo a probabilidade de um
M161.5 escoar sob o torque T = 400Nm é desprezível
 z e R obtidos usando a tabela da gaussiana dada acima
Castro,J.T.P 50

Rigidez das Juntas Aparafusadas .

 uma característica interessante das juntas aparafusadas é


terem uma alta rigidez, muito maior que a do parafuso
enquanto estão fechadas pela sua pré-carga
 assim, as cargas alternadas DF = Fmax - Fmin que atuam
numa junta aparafusada apertada com uma pré-carga
FPC > Fmax não são todas absorvidas pelo parafuso
 como a rigidez do conjunto de membros da junta Kcm em
geral é bem maior que a rigidez Kp do parafuso, que com
eles atua como molas em paralelo nas quais a carga DF é
repartida em proporção às rigidezes, o parafuso só recebe
DFp = DFKp/(Kp + Kcm) enquanto os membros da junta
absorvem DFcm = DFKcm/(Kp +Kcm) (se Fmax < FPC)
 logo, a maior parte da carga alternada que atua na junta
é usada para descarregar a pré-carga, como enfatizado
pelo caso limite estudado no exemplo abaixo
Castro,J.T.P 51
 se uma balança, feita .

com uma mola de


rigidez Km presa entre
duas placas rígidas, é
tracionada por uma
pré-carga FPC, e se um
tubo grosso de rigidez
Kt >> Km é colocado
entre as placas para
manter a deflexão da
mola após retirar a pré-
carga, para qualquer
carga F posterior ela
indicará FPC se F < FPC
(mantendo a mola sob
carga fixa mesmo se F
for alternada), só
lendo F se F  FPC
Castro,J.T.P 52
 a rigidez de uma barra de área .

A, comprimento L e módulo E
sob tração é K = EA/L, logo a
rigidez do parafuso é dada por
K hK r Ah Ar
Kp = =E
Kh  Kr Lr Ah  Lh Ar
onde os índices h e r referem-se
à haste e à rosca do parafuso
 a espessura total dos membros aparafusados, incluindo as
arruelas, é L = Lh  Lr, e o comprimento do parafuso deve
ser Lp  L  tporca (tipicamente 0.75d  tporca  d)
 a rigidez dos membros é estimada supondo que a tensão
compressiva gerada pelo parafuso penetra nos membros
seguindo troncos de cone de semi-ângulo a = 30o, logo
a rigidez Km de um membro da junta com espessura t,
diâmetro da cabeça (base menor) do tronco de cone dc,
diâmetro do furo df e módulo E é obtida por
Castro,J.T.P 53
t
t
 
.

1 = dy dy
=
Km 0 EA(y) 2
0 E p [(y tan a  dc / 2) - df2 /4]
 resolvendo a integral e fazendo a = 30o obtém-se
pEdf tan a  0.577  pEdf
K m=
(2t tan a  dc - df )(d c  df ) (1.15t  dc - df )(d c  df )
ln ln
(2t tan a  d c  df )(d c - df ) (1.15t  d c  df )(dc - df )
 como os membros de uma junta aparafusada trabalham
em série, a rigidez do conjunto de membros é dada por
Kcm = [S(1/Kmi)]-1 a qual, quando todos os membros são
do mesmo material, as cabeças do parafuso e da porca
têm dc = 1.5d  1.5df, e a espessura total da junta (ou de
todas as peças aparafusadas, inclusive arruelas) é L, vira
0.577pEdf  0.577pEdf
K cm =
2ln  (0.577L  dc - df )(dc  df )  2ln  2.887L  2.5df 
 (0.577L  dc  df )(dc - df )   0.577L  2.5df 
Castro,J.T.P 54
 o parafuso pode ser fixado .

no membro externo da junta


(que deve ter o furo roscado
para funcionar como a porca)
 imaginando as linhas de força
que ligam a rosca à cabeça do
parafuso, parece bem razoável
supor que a carga transmitida
através do parafuso seja toda
ela absorvida pelos filetes do membro roscado até uma
profundidade ad, como esquematizado na figura
 é usual supor que a = d/2, e assim o tronco de cone de
semi-ângulo 30o usado para estimar a rigidez da junta
partiria do membro roscado de uma profundidade d/2
(ou da espessura t daquele membro se esta for menor
que d/2), onde d é o diâmetro do parafuso
Castro,J.T.P 55
 logo, a rigidez total de uma junta aparafusada KJ é dada .

pela soma das rigidezes do parafuso e do conjunto dos


membros aparafusados (pois enquanto estes estiverem
sob compressão a junta funcionará como duas molas em
paralelo), KJ = Kp + Kcm (se Fmi < 0)
 assim, quando uma força F < FPC, onde FPC é a carga de
aperto ou a pré-carga no parafuso, é aplicada na junta de
forma a tentar (mas sem conseguir) separar os membros
aparafusados, ela (a força F) se reparte entre o parafuso
e os membros da junta em proporção às rigidezes Kp e
Kcm de cada um deles (como na balança de mola)
 portanto, se F < FPC é a força atua numa junta de rigidez
KJ, Fp = FPC + FKp/KJ é a força que atua no parafuso e
Fcm = FPC - FKcm/KJ é a força que atua nos membros
da junta (que são parcialmente descarregados)
 ex.7: um vaso de pressão de aço tem tensão admissível naCastro,J.T.P 56
.

parede cilíndrica sadm = 120MPa, tampas toroidais fixadas


por 8 parafusos passantes com 2 arruelas e porcas sextavadas
através de flanges de espessura tf = 30mm, diâmetro interno
di = 300mm e deve ser projetado para trabalhar sob pressões
internas pulsantes entre 0 e pmax = 10MPa
a) ache por Tresca a menor espessura da parede cilíndrica tc,
considerando o efeito da pressão interna em sr
 calculando sq por paredes finas e usando o raio externo,
é sempre seguro obter a espessura por sq sr =sadm 
sadm =
p(r  t)
t  t 
 p  120 = 10 150  t  1  t = 150 = 15mm
10
b) ache o menor parafuso métrico de rosca grossa e classe
12.9 que resiste elasticamente à sobrecarga pSC = 3pmax
 FSC = pSCpr2 = 30p1502 = 2.12MN e Fp = FSC /8 = 265kN
são as forças que pSC gera na tampa e em cada parafuso
escolhe-se o M222.5, cuja carga de prova é FP = 303kN
c) se para evitar vazamentos a soma das pré-cargas SFPC deve
Castro,J.T.P 57
.

ser  1.2pAtampa, calcule o menor torque T nos parafusos


que mantém, com 99% de confiabilidade, o vaso estanque
sob pteste = 1.5pmax  FPC = p1502 1.21.510/8 = 159kN
 assumindo que ao apertar parafusos lubrificados na média
FPC = 5T/d e V= 9%, para ter FPC(R = 0.99) = kR =0.99T/d
supõe-se kR gaussiana e (usando a tabela anexa) k0.99 = 4
 T = 22159000/4 = 875Nm
 mas este T pode gerar pré cargas FPC >> 159kN, só que a
probabilidade de gerar FPC > FP é desprezível neste caso:
FP = 303000 = 5(1 + zR 0.09)875/0.022  zR = 5.818,
logo R  310 -9 (valor obtido na tabela da gaussiana)
d) ache as tensões alternada e média que atuam sobre cada
parafuso durante a operação normal do vaso
 a espessura de cada flange é tfl = 30mm, a das arruelas é
0.2d < tar < 0.25d e a das porcas é 0.75d  tpo  d (valores
típicos), onde d = 22mm é o diâmetro do parafuso
Castro,J.T.P 58
 sendo Lp > 2(tfl + tar) + tpo = 70 + 22 = 92mm, o parafuso .

M22 comercial de menor comprimento tem Lp = 100mm


e Lrosca = 56mm  Lh = Lp - Lrosca = 100 - 56 = 44mm e
Lr = L - Lh = 70 - 44 = 26mm (Lrosca é o comprimento
total da rosca, Lr é o da rosca entre a cabeça do parafuso
e a face da porca e Lh é o da haste), diâmetro resistente
dr = d -0.938P = 19.7mm, área resistente Ar = 303mm2 e
da haste Ah = 380mm2, logo a rigidez do parafuso Kp é
= 200000  380  303 = 992kN/mm
A h Ar
Kp = E
Lr Ah  Lh Ar 26  380  44  303
 já a rigidez de todos os membros da junta é estimada por
K cm = 0.577pEdf = 0.577p  200000  23 = 4.28 mmMN
(2.887L  2.5df ) 2ln (2.887  70  2.5  23)
2ln
(0.577L  2.5df ) (0.577  70  2.5  23)
df = 23mm é o furo requerido para a passagem do M22
deve-se notar que a rigidez dos membros Kcm  4.3Kp
Castro,J.T.P 59
 para obter as tensões normais (nominais) nos parafusos .

usa-se sua área resistente (baseada em dr = d -0.938P),


logo s = F/Ar = 4F/pdr2
 a tensão mínima que atua nos parafusos depende de FPC, a
pré-carga de aperto: se FPC = 159kN, a menor pré-carga
que garante a vedação do vaso na pressão de teste pteste,
smin = 159000/303 = 524MPa; quando FPC = FPC = 5T/d,
a carga média gerada pelo torque de aperto, FPC = 199kN
e smin = 657MPa, etc.
 supondo que a carga variável que atua sobre a tampa DFt
é dividida igualmente pelas 8 juntas aparafusadas durante
o serviço do vaso, cada uma delas deve suportar a carga
DF = DFt/8 = 10p3002/48 = 88.4kN, da qual o parafuso
só absorve DFp = DFKp/(Kp +Kcm) = 16.6kN, o que gera
as tensões alternada sa = Ds/2 = DFp/2Ar = 27.4MPa e
média sm = sa +smin 
Castro,J.T.P 60

Fadiga em Parafusos de Fixação .

 cargas alternadas significativas podem causar fadiga em


parafusos, um tipo de falha que deve ser evitado
 em juntas que trabalham sob gamas de carga DF trativas
com tensão nominal mínima no parafuso smin = FPC/Ar e
máxima smax = smin + (DF/Ar)[Kp /(Kp +Kcm)], o dano
à fadiga é quantificável por uma regra tipo Goodman
ou Gerber, usando Kf (o fator de concentração de
tensões à fadiga que considera a sensibilidade ao
entalhe) apenas na componente alternada da tensão sa,
onde K
f
dureza graus graus roscas roscas filete da
HB SAE métricos roladas usinadas cabeça
< 200 0 a 2 3.6 a 5.8 2.2 2.8 2.1
> 200 4 a 8 6.6 a 10.9 3.0 3.8 2.3
Castro,J.T.P 61
 além disso, Juvinall recomenda que ao usar este Kf, se .

estime SL, o limite de fadiga do material do parafuso,


desprezando o efeito do acabamento superficial (i.e.,
usando ka = 1), pois ele já estaria considerado em Kf
 alternativamente, Shigley recomenda usar os limites de
fadiga ao lado
graus diâmetros SL
na curva sasm,
assumindo que SAE 5 0.25 a 1” 18.6kpsi
ka = kb = Kt = 1, 1.125 a 1.5” 16.3kpsi
já que estes SL SAE 7 0.25 a 1.5” 20.6kpsi
incluem todos SAE 8 0.25 a 1.5” 23.2kpsi
os efeitos dos ISO 8.8 M16 a M36 129MPa
entalhes que ISO 9.8 M1.6 a M16 140MPa
concentram as
tensões nos
ISO 10.9 M5 a M36 162MPa
parafusos ISO 12.9 M1.6 a M36 190MPa
 ex.8: se duas peças de aço de 60mm de espessura são
Castro,J.T.P 62
.

aparafusadas usando um parafuso Allen classe 12.9 de


24mm de diâmetro, duas arruelas de 4mm de espessura
e uma porca e pré-carga igual a 60% da carga de prova
do parafuso, compare as gamas de carga (trativa) DF que
podem ser aplicadas nesta junta sem trincar os parafusos
por fadiga, segundo Goodman e Gerber
 sendo E = 205GPa, df = 25mm (furo para M24),
comprimento da haste Lh = 120mm e dos membros
aparafusados L = 128mm, então
K cm = 0.58pEdf = 0.29  p 205000  25 = 4.1106 N
   
2ln 2.88L  2.5d f ln 2.88  128  2.5  25
0.58L  2.5d f 0.58  128  2.5  25
mm

 e se dr = d - 0.94P = 21.2mm, Ar = 352 e Ah = 452mm2


Kp = EA h A r = 205000  452  352 = 7.1  105 N
Lh A r  Lr A h 120  352  8  452 mm
 como KJ = Kcm + Kp = 4.81106N/mm e K p/KJ = 0.15, só
Castro,J.T.P 63
.

15% da carga alternada solicita o parafuso com a junta


fechada, logo sa = (Kp/KJ)DF/2Ar = 2.110-4DFMPa é
a gama da tensão nominal que atua no parafuso
 a carga de prova FP na tabela dos parafusos Allen 12.9 é
353kN, e a tensão nominal causada pela pré-carga no
parafuso é smin = 0.6FP/Ar  600MPa
 supondo o limite de fadiga SL = 190MPa, a maior gama
de força aplicável na junta por Goodman é obtida por
sa  smin  sa = 2.1  10-4 DF  600  2.1 10-4 DF = 1
SL SR 190 1240
logo DFGdmax = 400kN, enquanto por Gerber obtém-se

  = 1  DF
2
sa  smin  s a = 590kN
Gbmax
SL SR
 ex.9: calcule a maior carga pulsante aplicável numa juntaCastro,J.T.P 64
.

composta de 2 peças de aço de 60mm de espessura fixada


por um parafuso M273 da classe 10.9 com 160mm de
comprimento, 2 arruelas de 5mm e uma porca, dentro de
um fator de segurança à fadiga F = 2 por Goodman
 o parafuso classe 10.9 tem SP = 830 e SR = 1040MPa (dentro
de R = 0.99), Lh = 160 - 66 = 94 e Lr = 2(60  5) - 94 = 36mm,
Ah = p272/4 = 573 e Ar = p(27 - 0.9383)2/4 = 459mm2  as
rijezas Kp = EAhAr = 200000  573  459 = 825kN/mm e
LrAh  LhAr 36  573  94  459
0.29pEdf
Kcm = = 0.29  p  200000  28 = 4.55MN/mm
ln  
2.89L  2.5df ln 2.89  130  2.5  28
0.58L  2.5df 
0.58  130  2.5  28
Fmax Kp -4 Fpc
 sa = = 1.6710 Fmax e sm =  sa, onde
2Ar Kp  Kcm Ar
sa e sm são as tensões alternada e média e Fpc a pré-carga
no parafuso, e Fmax é a maior força aplicada na junta
Castro,J.T.P 65
 assim, a vida à fadiga do parafuso depende da pré-carga e .

da força alternada aplicada na junta, mas como Fmax ≤ Fpc


para mantê-la fechada, a maior força nela aplicável por
Goodman dentro de F = 2 deve ser limitada a
Fmax -4
sa spc  sa 1 - 4
1.67  10 Fmax 459  1.67  10 Fmax
    1
SL SR F 162 1040 2
 Fmax[1.67  10-4( 1  1 )  1 ]  1  Fmax 152kN
162 1040 459  1040 2
 onde SL = 162MPa é o limite de fadiga da classe 10.9
 é interessante notar que se as peças (e as arruelas também,
para facilitar as contas) fossem menos rígidas, digamos de
Al com E = 70GPa e Kcm = 1.59MN/mm, o parafuso teria
que absorver uma parte maior da carga aplicada na junta, e
neste caso sa = 3.7210-4Fmax  Fmax ≤ Fpc = 105kN
 isto também pode ocorrer em juntas de aço mais finas, e.g.
se L = 30mm, Kcm = 8.74 e Kp = EAr/Lr = 3.06MN/mm (o
M27 não tem haste pois L < 66mm)  Fmax ≤ 122kN 
Castro,J.T.P 66

Fator de segurança .

 Norton recomenda frágil  2dúctil  max(1, 2, 3)


Castro,J.T.P 67
 já Juvinall recomenda: .

 E = 1.25-1.5 para materiais muito confiáveis, usados em


condições ambientais controladas sob cargas e tensões
determináveis com exatidão, quando o peso é importante,
onde E é o fator de segurança ao escoamento
 E = 1.5-2, para materiais bem conhecidos, usados em
condições ambientais aproximadamente constantes e
sujeitos a cargas e tensões determináveis sem dificuldade
 E = 2-2.5, para materiais medianos, usados em condições
ambientais ordinárias e sujeitos a cargas e tensões
determináveis
 E = 2.5-3, para materiais menos testados em serviço ou
mais frágeis, usados em condições ambientais ordinárias
e sujeitos a cargas e tensões determináveis
 E = 3-4, para materiais não testados em serviço, usados
em condições ambientais ordinárias e sujeitos a cargas e
tensões determináveis
 E = 3-4, para materiais bem conhecidos, usados em
Castro,J.T.P 68
.

condições ambientais e sujeitos a cargas e tensões


incertas
 L = 1.25-4, onde L é o fator de segurança contra o
início do trincamento por fadiga nos casos de cargas
variáveis, mantendo as condições descritas nos itens
acima (que são relacionados ao fator de segurança ao
escoamento)
 I = 2-4, onde I é o fator de segurança para as forças
impulsivas, mantendo as condições descritas nos itens
relacionados ao fator de segurança ao escoamento, mas
incluindo um fator de impacto no cálculo das tensões
 R = 2E, onde R é o fator de segurança à ruptura, no
caso de materiais frágeis (sujeitos às mesmas condições
descritas nos itens relacionados ao fator de segurança ao
escoamento)
Castro,J.T.P 69

Estudo de caso: reprojeto do parafuso .

de fixação de uma célula de carga


 o parafuso 3½-8UN que fixava a célula de carga numa
estrutura usada para testar à fadiga grandes peças sob
cargas de até 2.5MN estava repetidamente fraturando
após ~2-3105 ciclos sob gamas DF = 230t pulsantes
 o parafuso era feito de aço 4340 temperado e revenido
com dureza de 450HB, e era fabricado com cuidado,
inclusive com as roscas roladas após a usinagem
 o parafuso era atarraxado na estrutura, e depois a célula
era nele atarraxada manualmente
 este problema irritante atrasava muito os testes, e tinha
que ser resolvido sem alterar o diâmetro e o passo do
parafuso, para aproveitar a célula de carga disponível
Castro,J.T.P 70
 parafusos padrão M e UN de diâmetro d e passo p têm .

diâmetros resistente dr = d - 0.94p


 a troca do material do parafuso não evitaria a falha:
como ele tem SR  4503.4 = 1530  SL’ = 700MPa, o
limite de fadiga não melhoraria muito trocando o aço
 se o parafuso falha em 3105 ciclos sob gama pulsante
Ds = 2.3106/p[3.525.4 - 0.94(25.4/8)]2/4 = 397MPa,
por Goodman pode-se estimar Ds[SR + SF]/2SRSF = 1 
SF(3105) = DsSR/(2SR - Ds) = 228MPa, logo uma curva
de Wöhler NSB = C onde B = log(NF/N3)/log(S3/SF) =
log(3102)/log(15300.67/228) = 3.79 e C = 31052283.79
= 2.661014, cujo limite é 106SLB = C  SL = 166MPa
 este é o limite de fadiga proposto por Juvinall para filetes
usinados, o que faz sentido, pois o parafuso era temperado
após ter a sua rosca rolada, removendo assim as tensões
residuais benéficas introduzidas neste processo
Castro,J.T.P 71
 para evitar as falhas em serviço, o projeto à fadiga deste .

parafuso deve incluir um fator de segurança apropriado


 F  2 contra o início do trincamento sob DFmax pode
ser uma escolha razoável neste caso, pois esta gama de
carga máxima é limitada pelo macaco hidráulico
 se DFmax = 2.5MN pulsante  sa = sm = 216MPa, por
Goodman se deveria ter sa[SR + SL]/SRSL = 0.5, ou seja,
um limite de fadiga SL = saSR/(0.5SR - sa) = 602MPa
para o parafuso, um valor inalcançável na prática
 todavia, a forma de fixar a célula ao parafuso não era
apropriada, pois a célula não era pré-carregada como o
devido durante a sua montagem no parafuso, para que
se tivesse DFp = DFKp/KJ, enquanto Fmax < FPC e a
junta estivesse fechada pela compressão induzida pela
pré-carga
Castro,J.T.P 72
 agora finalmente se pode resolver o problema da falha .

do parafuso: não podendo aumentar o seu diâmetro,


nem melhorar muito sua resistência à fadiga (e nem
diminuir a carga dos testes), só resta aplicar-lhe uma
pré-carga adequada, e para isto há duas soluções
implementáveis num custo razoável
 usar uma arruela bipartida entre a célula de carga e a
estrutura da máquina de fadiga; ou
 usar uma porca especial para pré-tracionar o parafuso
durante a montagem da célula
a primeira opção tem que ser escolhida quando o
parafuso deve ser atarraxado na estrutura de reação, pois
a segunda requer que o parafuso atravesse-a
 a chamada arruela bipartida é na realidade composta por
duas arruelas similares, as quais têm uma das faces
ligeiramente inclinada e um furo para passagem do
parafuso bem maior do que o usual
Castro,J.T.P 73
.

 esquema da arruela bipartida para manter o parafuso


sob pré-carga em serviço: a arruela deve ser travada sob
uma carga maior que a máxima do teste
Castro,J.T.P 74
 quando montadas uma sobre a outra mantendo suas faces .

inclinadas em contato, as 2 metades da arruela bipartida


formam um conjunto com faces externas paralelas, mas
com uma espessura que pode ser variada movendo-as
radialmente, e para usá-las deve-se:
fixar o parafuso na estrutura de reação
introduzir a arruela bipartida entre a célula e a estrutura
com as faces ajustadas na espessura mínima
atarraxar a célula apertando-a sobre a arruela com força
suficiente para eliminar qualquer folga mecânica
montar na máquina uma peça resistente e nela aplicar a
máxima carga que o macaco hidráulico pode gerar
mover as faces da arruela para aumentar a sua espessura,
apertando-as contra a célula e a estrutura para eliminar
as folgas causadas pela carga aplicada no parafuso
 desta forma, quando a carga é removida, o parafuso fica
tracionado por uma pré-carga maior do que a máxima
carga aplicável durante o teste
Castro,J.T.P 75
 como o parafuso é atarraxado na célula e na estrutura de .

reação, supõe-se que as linhas de força partem de uma


profundidade d/2 e formam um tronco de cone de semi-
ângulo 30o, seguindo a prática usual
 apesar disso, deve-se penetrar mais profundamente na
peça roscada, pois ter mais filetes disponíveis para
suportar a carga é uma prática sensata e econômica
 para calcular a rigidez deste parafuso, pode ser razoável
considerar a sua parte roscada que resiste à carga, que é
desprezada na modelagem das juntas que usam porcas,
assumindo Lr = d para o comprimento da parte roscada,
e a menor haste possível, com um comprimento igual à
espessura da arruela bipartida, Lh = tar e com diâmetro
dh = dmin = d - 1.23p = 85mm para diminuir o seu Kt
 Ar = p[3.525.4 - 0.94(25.4/8)]2/4 = 5.80103mm2 é a
área resistente da parte roscada, enquanto a área da haste
é Ah = p[3.525.4 - 1.23(25.4/8)]2/4 = 5.67103mm2
 sendo Lh  70mm e Lr = d = 3.5”  90mm, a rigidez do
Castro,J.T.P 76
.

parafuso pode ser estimada por:


E Ah Ar 205000  5.80  5.67  106 N
Kp = = = 7.34  106 mm
1 Lr A h  Lh A r
(90  5.80  70  5.67)  103
 esta hipótese pode subestimar a rigidez do parafuso,
pois os filetes que suportam a carga trabalham sob
forças que diminuem à medida que o parafuso penetra
na peça roscada, logo pode-se recalcular a rigidez
desprezando a contribuição da parte roscada:
EAh 205000  5.67  103
Kp = = = 1.66  107 N mm
2 Lh 70
 como esta estimativa deve superestimar a rigidez do
parafuso, a sua rigidez correta deve estar entre as duas,
digamos Kp = (Kp1 + Kp2)/2 = 1.2107N/mm
Castro,J.T.P 77
 estas estimativas são importantes para obter a resistência .

à fadiga do parafuso e para o dimensionar o ângulo dos


planos inclinados da porca bipartida
 como ela não pode deslizar sob a pré-carga do parafuso,
este ângulo é limitado pelo coeficiente de atrito naqueles
planos (que de f = 0.6-0.78 em superfícies limpas e secas,
pode cair para f  0.27 se as faces em contato estiverem
oxidadas, ou para f  0.15 se elas estiverem oleadas)
 d1 = Fmax/Kp1 = 2.5MN/7.34MN/mm = 0.34mm, a maior
deflexão calculada usando a menor rigidez do parafuso
pode ser subestimada, porque é duvidoso que um aperto
manual da célula de carga consiga remover totalmente as
folgas entre os seus filetes e os dos furos roscados
 assim é aconselhável projetar o curso da arruela bipartida
com alguma folga, ou então providenciar lâminas finas
para tirar eventuais folgas grandes ao pré-carregar o
parafuso
Castro,J.T.P 78
 a rigidez dos membros aparafusados em geral é estimada .

desprezando a contribuição das peças roscadas (porque


elas funcionam como porcas)
 a arruela bipartida de aço é quase simétrica, logo sendo
Ka a rigidez de cada uma das suas metades, que têm
dc = d(1 + tan30) = 140mm, df = 90mm, e t = 35mm
 0.58  p  205000  90 7
Ka  7.87  10 N mm
(1.15  35  140 - 90)(140  90)
ln
(1.15  35  140  90)(140 - 90)
 a rigidez total dos membros aparafusados é composta
por dois destes troncos de cone furados em paralelo, ou
seja, Kcm = 3.93107  KJ = Kp + Kcm = 5.13107
 logo, o parafuso pré-carregado absorve Kp/KJ = 23.4%
da gama da carga de fadiga DF = 2.3MN imposta sobre
a junta
 assim, supondo SL = 166 e sPC = FPC/Ar = 431MPa, por
Castro,J.T.P 79
.

Goodmam pode-se estimar que


-1
 DsK p  FPC DsK p   
-1
 SR  =   = 1.69
F =  SL    46.4  431 46.4
 2K J  Ar 2K J    166 1530 
 este valor é menor do que F = 2 desejado, mas é uma
opção muito melhor do que a original
 dobrando o tamanho da haste do parafuso e a espessura
da arruela bipartida, a razão Kp/KJ cai para 0.19 e o fator
de segurança sobe para FGd = 1.87, ou para FGb = 3.12
usando Gerber em vez de Goodman para quantificar o
dano da carga média
 assim, esta solução deve resolver o problema da falha
mas seria sensato instrumentar um destes parafusos
modificados para medir a gama da força que realmente
o solicita em serviço, e verificar as muitas hipóteses
usadas nos cálculos
Castro,J.T.P 80
 a outra solução requer o pré-tracionamento do parafuso, .

que pode ser feito por uma porca especial com diversos
parafusos auxiliares distribuídos circunferencialmente
em torno do furo roscado onde se atarraxa o parafuso de
suporte da célula de carga
 a célula é montada com os parafusos circunferenciais
recolhidos, que depois são apertados igualmente para
pré-tensionar o grande parafuso central, o que é muito
mais fácil do que apertar diretamente a porca, tarefa que
exigiria um torque imenso
 a folga radial entre o parafuso e a estrutura neste sistema
permite alinhar a célula com o macaco hidráulico para
minimizar os fletores espúrios no trem de carga, um
bônus adicional muito interessante na prática
 a pré-carga gerada pelos parafusos auxiliares deve ser
maior que os 2.5MN necessários, e deve ser considerada
no projeto à fadiga do parafuso da célula de carga
Castro,J.T.P 81
 esquema da .

porca que
pré-tensiona
o parafuso
da célula de
carga
Castro,J.T.P 82
 supondo que a estrutura de reação tenha uma espessura .

t = 400mm igual ao tamanho da haste do parafuso (e.g.)


e desprezando a rigidez das partes roscadas do parafuso,
pode-se estimar que
EAh 205000  5.67  103
Kp = = = 2.91  106 N mm
Lh 400
 já a rigidez da estrutura de aço, supondo dc = 140mm,
df = 90mm, e 2t = 400mm, é estimada por
0.91  205000  90
Ke   1.63  107 N mm
(1.15  200  140 - 90)(140  90)
ln
(1.15  200  140  90)(140 - 90)
 a rigidez da junta é KJ = Kp + Ke = 1.92107N/mm, logo
a parte da carga dinâmica de fadiga absorvida pelo
parafuso devidamente pré-carregado é Kp/KJ = 15.1%
Castro,J.T.P 83
 assim, usando um fator de segurança 1.2 na pré-carga, .

logo sPC = FPC/Ar = 1.22.5106/5.8103 = 517MPa, o


F do parafuso por Goodman é estimado por
-1
 DsK p  FPC DsK p   
-1
 S R  =   = 1.86
F =  SL    29.9  517 29.9
 2K J  Ar 2K J    166 1530 
 este valor também não alcança o FGd = 2 arbitrado, mas
é sensato argumentar que Gerber provavelmente seria
uma melhor opção para descrever o dano da carga média,
e neste caso FGb = 3.25
 portanto, pode-se considerar que esta solução é adequada
para evitar as falhas do parafuso
 para terminar, como em projetos seguro morreu de velho,
não custa nada recomendar que os novos parafusos sejam
jateados com granalhas após o seu tratamento térmico,
para melhorar a sua resistência intrínseca ao início do
trincamento

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