A LEITURA, A ESCRITA E A

INTERPRETAÇÃO EM
CRIANÇAS DOS 4 AOS 7 ANOS:
UM ESTUDO DE CASO.
Sónia Pacheco
A LEITURA, A ESCRITA E A INTERPRETAÇÃO EM CRIANÇAS DOS 4
AOS 7 ANOS: UM ESTUDO DE CASO.

 * “Eventos de lectoescrita”
 * “Pré-História” da aprendizagem

 * Promoção da interpretação textual crítica e

criativa

Leitores pró-activos

“ A educação pré-escolar e os primeiros anos de

escolaridade são um período crucial para aquisições
linguísticas de grande importância” (Inês Sim-Sim)
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AOS 7 ANOS: UM ESTUDO DE CASO.

 Textualidade Disciplina

* Potencia a acção do indivíduo perante um texto;

* Interpreta, questiona e compreende

• Procura de sentido
• Cruzamento de significados
• Círculo hermenêutico
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 “Como funciona o texto?

 Do que é que fala o texto?

 O que é que o texto me diz que seja comum à

experiência de leitura dos outros?

 Como é que o meu mundo mudou em função da leitura

do texto?”.
 (Ricoeur)
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 Textualidade, Interpretação e Compreensão Leitora

 Sujeito Interpreta um texto Procura de Sentido

Desconstrução

Interpelação
Recíproca

Texto Leitor

Sujeitos/ Leitores
Activos, Críticos, e Socialmente Participativos
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 Metodologia:

* Qualitativa
 * Entrevistas Semi-directivas
 * Observações directas não-participantes
 * Análise de conteúdo

 Corpus:
 * 1 Professora do 1º Ciclo do Ensino Básico (entrevistada A)
 * 1 Educadora de Infância (entrevistada B)
 Crianças dos 4 aos 7 anos
 Ministério da Educação; Distrito de Setúbal
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 O Panorama Escolar Português

 * O Prazer de Ler

“(…) no 1º ano tem que ser uma boa entrada, tem de ser uma entrada
motivadora porque se não tiver um bom arranque (…)”
Entrevistada A
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 * Pressões:
 Expectativas sentidas pela família e as crianças
“ (…) havia uma mãe que estava muito preocupada e eu disse-lhe: “Não se
preocupe isto é mágico e eles lá para Fevereiro dão o clic.”... e a mãe
dizia: “Ela faz tudo, escreve tudo mas não sabe o que está a fazer.” “Pois
mas isso vai lá”(...)”
 Entrevistada A

“Nós estamos a apercebermo-nos nestas crianças novas que entraram que

[os pais] pensaram que os meninos vinham para aqui para aprender a ler e
a escrever mesmo…”
 Entrevistada B
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 Reproduções: incentivo à produção e interpretação

“ (…) mas neste momento, quer dizer as necessidades deles são de

produção, mesmo quando copiam coisas é porque querem escrever aquilo e
geralmente é com intenções comunicativas…”
 Entrevistada A

“ (…) eu dou com eles a escrever tudo o que eu ponho nos placares, vão
buscar a folhinha e copiam porque me vêem a fazer isso, eles dão muita
importância à escrita porque tudo o que dizem vêem que eu escrevo.”
 Entrevistada B
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 Críticas e lacunas
a. “Penso que não se pensa sobre o assunto, que não se discute e que as
pessoas… se preocupam muito com as fichas (…) e que não se preocupam
com o processo de aprendizagem (…)”;

b. “ (…) passa tudo como se a escola não tivesse um papel de formador.”

 Entrevistada A
 Cristalização

a. “Acho que se devia dinamizar de outra forma, o despertar, o levar a

criança a interessar-se pelo livro, procurar a leitura, a forma de ler, de se
interessar principalmente.”
 Entrevistada B
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 Impotências

 Cultura Institucional e docente

“(…) não faço ideia nenhuma como é que se muda esta cultura das
pessoas, como é que se põe as pessoas a pensar sobre a importância
que os processos têm, todos estes processos de aprendizagem...acho que
é tão cultural que a mudança, é tão de base, é tão grande que não me
parece com políticas educativas,... A postura é crítica pela crítica e
como é que se muda isto? Os meninos têm é que aprender como sempre
aprenderam e acabou-se a conversa. Como é que isto se muda? (…)”;
Entrevistada A
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o Impotências
 Formação
“Nós, a minha geração não sai da escolaridade com uma cultura aceitável,
não sai da universidade com uma formação aceitável e não é um professor
aceitável, portanto há deficiências de base a todos os níveis, quer sejam
metodológicas e científicas (…)”;

• Prática integrada
“(…) não há uma estruturação do caminho, acho que não há um rumo
definido para aquilo que nós fazemos enquanto prática e acho que não
melhora nada geracionalmente (…)”;
 Entrevistada A
 Participação dos pais
“Estimular mais as crianças, os pais participarem mais (…)”
 Entrevistada B
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 Plano Nacional de Leitura

 Positivo

“(…)eu acho muito positivo (…)”;

• Estratégias propostas
“(…) quando [tive] o 1º ano fiz sempre meia-hora a 45m de leitura
diária com eles e quando não havia plano nacional de leitura (…)”;
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 Plano Nacional de Leitura

 Importância do livro para as aprendizagens linguísticas e
literácitas
“(…)eu sempre achei que no 1º ano é importantíssimo… mas sempre me
pareceu que se eu quero desenvolver vocabulário, se eu quero
desenvolver a oralidade, compreensão que isso tudo se tem de basear
num livro e como eles não lêem tenho de ser eu a ler para eles portanto
sempre li.”

 Questões logísticas
“Tenho algumas questões em relação ao plano mas que são logísticas, por
exemplo se eu leio uma hora por dia para quê que é um livro por período?
O que nós fazemos, é ler um livro geralmente por dia.”
 Entrevistada A
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 Plano Nacional de Leitura

 Tipo de livros e adequação à faixa etária
“(…) alguns que eu acho que são para creche (…)”

 Autores nacionais
“(…) são pouquíssimos de autores portugueses, deveríamos ter mais, há
livros muito mais interessantes (…)”

 Abertura para adoptar outros livros

“(…) acho que dão abertura para outro tipo de livros… acho que também
depende do educador saber gerir”
 Entrevistada B
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 Considerações finais

 Procura de sentido
 Evolução do sujeito
 Pré-escolar
 1º ciclo do Ensino Básico
 Construção social do individuo

Estudo de caso

 Texto:
 Lugar de destaque
 Manipula-se com facilidade

 Interesse

 Base de trabalho
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AOS 7 ANOS: UM ESTUDO DE CASO.

 Exemplos:
 Textos que se constroem colectivamente
 Registos de participações críticas e criativas
 Promoção de processos interactivos entre os sujeitos e o
material escrito
 Aceitam-se os diferentes contributos dos elementos de grupo
 Tem-se em conta a “pré-história” das crianças
 Incentiva-se a crítica, a criatividade e autonomia
 Promovem-se projectos de leitura
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 Pré-Escolar 1º Ciclo

Livro, Leitura, Escrita e Interpretação

Positivo
Produtivo

Benefícios para a aprendizagem

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 Obrigado
 Sónia Pacheco

 sonia.cris.pch@gmail.com