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O documento discute o comunitarismo como uma crítica ao liberalismo, defendendo que a comunidade e seus valores éticos devem orientar a política e a justiça, ao invés dos direitos e liberdades individuais defendidos pelo liberalismo. O comunitarismo defende o papel das instituições sociais em inculcar valores comunitários e uma democracia mais deliberativa.
O documento discute o comunitarismo como uma crítica ao liberalismo, defendendo que a comunidade e seus valores éticos devem orientar a política e a justiça, ao invés dos direitos e liberdades individuais defendidos pelo liberalismo. O comunitarismo defende o papel das instituições sociais em inculcar valores comunitários e uma democracia mais deliberativa.
O documento discute o comunitarismo como uma crítica ao liberalismo, defendendo que a comunidade e seus valores éticos devem orientar a política e a justiça, ao invés dos direitos e liberdades individuais defendidos pelo liberalismo. O comunitarismo defende o papel das instituições sociais em inculcar valores comunitários e uma democracia mais deliberativa.
• O Comunitarismo é uma vertente teórica da Filosofia do Direito e da Teoria Política que emerge enquanto um contraponto ao Liberalismo, sobretudo, sua noção de justiça. Para tal, resgata, em suas reflexões, certos pressupostos assumidos por autores do chamado Idealismo Político como Platão e Aristóteles cuja ética deve sobrepor-se à política.
• Visa o retorno da noção de bem como guia da
compreensão sobre o que é a justiça. Conjuntura de aparecimento
• EUA - década de 1980;
• Final da Guerra Fria;
• Multiculturalismo; • É um pensamento que busca, basicamente, a moralização da política e da justiça, sendo a comunidade ética pressuposto à comunidade política
• As instituições sociais adquirem forte peso, pois,
serão responsáveis por inculcar os valores comunitários, que por sua vez, servirão de orientação para a criação dos códigos morais que irão reger os princípios de justiça;
• A formação moral deve buscar a cooperação e
não a competição; Tentativa de reestabelecer o liberalismo o reorganizando sob uma perspectiva menos individualista e mais comprometida com os interesses comuns Principais ataques aos princípios liberais: • questionamento da predisposição de um sujeito universal, racional e “desprendido” do mundo;
• ênfase na diversidade cultural, étnica e moral das
comunidades em detrimento da noção de direitos individuais;
• ataque à concepção de justiça liberal, cuja norma -
virtude na aplicação das regras da justiça - deve ser orientada pela noção de bem, construído dentro da própria comunidade, e não restrita ao Direito; A crítica ao Racionalismo e ao Universalismo • Os comunitaristas atacarão a visão liberal cujos indivíduos são considerados sujeitos racionais (dotados de capacidade de escolha racional, livre e individual) e universais (todos os seres humanos são, por direito natural, livres e iguais);
• A racionalidade é mais um elemento da organização social
e política, ou seja, o mundo é mais complexo do que nossa capacidade racional de categorizá-lo e defini-lo;
• Normas universais são expressões de interesses
individuais e não coletivos; A crítica ao individualismo exacerbado • A política de direitos, liberal, deve ser substituída por uma política do bem comum;
• De acordo com Charles Taylor, as teorias liberais,
na forma como as conhecemos hoje, fazem com que os indivíduos não estabeleçam uma relação de necessidade com o contexto comunitário para exercitar e desenvolver sua auto-determinação. A autonomia que desenvolvem, então, passa a ser antagônica ao bem comum, enquanto na verdade deveriam estar vinculadas uma à outra; A crítica à igualdade de oportunidades • Os direitos civis devem ser reavaliados, no sentido, de que nunca foram, realmente, atingidos;
• os sujeitos não possuem igualdade de oportunidades,
mesmo se considerarmos, por exemplo, as políticas de ações afirmativas (política liberal que toma o contrato social como equidade garantida pela forma justa de atenuação dessas diferenças);
• a discussão sobre as escolhas e caminhos a tomar deve
ser mais complexa e tomadas em suas particularidades. A justiça não pode ser igual para todos, simplesmente, porque as pessoas não são iguais; A crítica à neutralidade estatal • No liberalismo o papel do Estado é garantir, sobretudo, as liberdades individuais, sendo a neutralidade do Estado (no que tange a esfera privada) um ponto positivo. Para os comunitaristas é papel do Estado formar moralmente seus cidadãos;
• É o modo de vida de cada comunidade que deve
orientar a legislação. Há, então, uma preferência às formas comunitárias de organização do poder e deliberativas de conceber a democracia; É, então, papel do Estado… • Reconhecer a diversidade cultural dentro do próprio governo e das instituições políticas, criando leis que isentem grupos e não outros de sua aplicabilidade, criando condições especiais de representação aos grupos de minoria e marginalizados, modificando símbolos culturais que reconheçam a presença de diversos grupos culturais nas instâncias do poder;
• Promoção de uma democracia mais deliberativa e
menos representativa;
• Os princípios da justiça devem ser da ordem da
interpretação cultural e não da argumentação filosófica; • A base para a legitimidade do Estado não deve ser a justiça, mas o bem; Os cidadãos liberais aceitam posições conflitantes por considerarem que o princípio da justiça garante estabilidade. Ou seja, pessoas de diferentes matrizes culturais toleram-se mutuamente não por possuirem um senso compartilhado de mundo e sociedade, mas porque o Direito as assegura de “livre pensamento”. • Os princípios da justiça devem ser da ordem da interpretação cultural e não da argumentação filosófica; ou seja: a única forma de definir os pressupostos sobre o que é ou não justo, é observar como cada comunidade, em particular, compreende o valor dos bens sociais, políticos, econômicos, culturais etc. Uma sociedade justa é aquela onde a justiça atua de acordo com os entendimentos compartilhados entre os seus membros. “Dizer que pessoas ‘têm direitos’ não é dizer muita coisa. Os seres humanos possuem, de fato, direitos que vão além da vida e da liberdade, mas eles não derivam da humanidade: derivam de conceitos compartilhados de bens sociais, são locais e particulares (Walzer, 2003)”
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