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Auditoria

Considerações iniciais
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• A auditoria é um exame analítico de determinada
operação, com o objetivo de atestar a sua validade
• A auditoria e frequentemente vista como o exame das
demonstrações financeiras de uma empresa.
Entretanto a auditoria também e um processo que
pode ser aplicado em muitas situações distintas,
incluindo a avaliação da eficiência e eficácia de um
processo ou de um departamento, os relatórios
financeiros de um órgão público, ou a obediência a
normas operacionais de uma empresa ou a
regulamentação governamental.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Os primeiros indícios de auditoria, no sentido similar
ao atualmente empregado, datam da civilização
suméria, em suas práticas de conferência de bens
oriundos da atividade pastoril, entretanto a origem é
imprecisa, mas há alguns pontos na história que
aceleraram seu processo evolutivo: no séc XV com as
expedições marítimas, Revolução industrial, Crash 29
quando surgem novas entidades regulatórias e agora
mais recentemente com as crises de quebra de
grandes corporações como a Enrom, WorldCom e
Parmalat, fazem ser repensados aspectos éticos da
auditoria
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Existem diversas formas de auditoria: Das demonstrações
contábeis(independente externa); interna, operacional e de
gestão; ambiental; sistemas; qualidade; impostos.
• gestão: trabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da
empresa, objetivando mensurar a eficiência da gestão das
operações e a sua consistência com os planos e metas
aprovados; Sistemas: exames e avaliações da qualidade dos
sistemas de computação e dos controles existentes no ambiente
de tecnologia visando otimização e minimização dos riscos;
Ambiental: avaliação dos processos operacionais e produtivos das
empresas visando i) à identificação de danos ao meio ambiente e
quantificação de contingências e ii) preparação da empresa para
receber a ISO14000.; Governamental: visa avaliar a gestão
pública pelos processos e resultados gerenciais e a aplicação de
recursos públicos. É uma ferramenta de controle do Estado para
melhor aplicação de seus recursos, visando corrigir desperdício,
improbidade, negligência e omissão.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Alguns outros exemplos
– Shopping
– Cinema
– Sorteio
– Fraude
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Auditoria das Demonstrações Contábeis
• É a técnica que consiste no exame dos documentos,
livros e registros, inspeções, obtenção de informações
e confirmações independentes e internas,
obedecendo a normas apropriadas de procedimentos,
objetivando verificar se as demonstrações contábeis
representam adequadamente a situação nelas
demonstrada, de acordo com os princípios
fundamentais e normas de contabilidade de maneira
uniforme.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Auditoria das Demonstrações Contábeis
• Processo sistemático de obtenção e avaliação objetiva de
evidencias relacionadas a afirmações a respeito de ações e
eventos econômicos, para aferir a correspondência entre essas
afirmações e critérios estabelecidos e a comunicação dos
resultados a usuários interessados.
• A auditoria de demonstrações financeiras, em seu contexto mais
amplo, e o processo de comprovação de afirmações a respeito de
ações e eventos econômicos. Portanto, é associada,
frequentemente, a um serviço de comprovação. A comprovação e
um processo realizado em tres partes: coleta de evidencias sobre
afirmações, avaliação dessas evidencias em confronto com
critérios objetivos e a comunicação da conclusão obtida a partes
interessadas.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Auditoria das Demonstrações Contábeis
(Auditoria Externa Independente)
• O objetivo do exame das demonstrações financeiras é
expressar uma opinião sobre a propriedade das
mesmas e assegurar que elas representem
adequadamente a posição patrimonial e financeira, o
resultado de suas operações e as origens e
aplicações dos recursos correspondentes ao período
em exame, de acordo com os princípios fundamentais
da contabilidade, aplicados com uniformidade durante
os perríodos
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Auditoria das Demonstrações Contábeis
(Auditoria Externa Independente)
• O exame de auditoria deve ser efetuado de acordo
com as normas usuais de auditoria, inclusive quanto
as provas nos registros contábeis e aos
procedimentos de auditoria julgados necessários nas
circunstâncias. Dessa forma o objetivo principal da
auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o
processo pela qual o auditor se certifica da veracidade
das demonstrações financeiras preparadas pela
empresa auditada
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Auditoria das Demonstrações Contábeis
(Auditoria Externa Independente)
• O objeto da auditoria é o conjunto de todos os
elementos de controle do patrimônio
administrado, os quais compreendem registros
contábeis, papéis, documentos, fichas,
arquivos, e anotações que comprovem a
legitimidade dos atos da administração, bem
como sua sinceridade na defesa dos interesses
patrimoniais.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Vantagens da auditoria:
• Para a empresa: fiscaliza a eficiência e eficácia dos controles
internos; assegura maior correção e confiança nos registros
contábeis; opina sobre a adequação das demonstrações
contábeis; dificulta o desvio de bens patrimoniais e
pagamentos indevidos; possibilita a apuração de omissão nos
registros das receitas e nos recebimentos; aponta falhas na
organização administrativa da empresa e nos controles
internos e aponta soluções. Para os investidores: contribui para
a maior exatidão das demonstrações contábeis bem como de
sua credibilidade; assegura transparência nas informações da
empresa. Para o fisco: permite maior exatidão das
demonstrações e dos resultados, bem como contribui para
maior observância das leis fiscais.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Ha várias partes envolvidas na produção e utilização das
demonstrações financeiras auditadas. O conselho de
administração de uma empresa possui responsabilidades de
supervisão sobre os executivos e utiliza o auditor para auditar
as demonstrações financeiras e emitir um parecer
independente sobre a fidedignidade das informações. Os
administradores são responsáveis por (a) gerir a organização,
(b) proteger os ativos confiados a eles e (C) preparar
demonstrações financeiras que representem a situação
econômica da empresa e os resultados de suas atividades em
um dado período, As demonstrações financeiras são
fornecidas a pessoas físicas ou jurídicas que (a) tenham
investido ou poderiam investir na empresa, (b) emprestaram
recursos a empresa, ou (C) poderiam ter algum interesse na
empresa.
Noções gerais sobre auditoria:
conceituação e objetivos
• Os auditores reúnem evidencias para determinar se as
demonstrações financeiras são apresentadas adequadamente
em conformidade com os princípios contábeis aceitos e emitem
um parecer independente que e compartilhado com esses
usuários externos, com os administradores e com o conselho
de administração. A auditoria adiciona Valor somente quando o
auditor:
– é competente na obtenção e avaliação de evidências sobre a
fidedignidade das demonstrações financeiras;
– é independente da administração e dos usuários externos;
– está familiarizado com os riscos e os padrões de divulgação financeira
da empresa.
Distinção entre auditoria interna, auditoria
independente e perícia contábil.
• Diferenças entre a auditoria independente e a auditoria
interna ou operacional
• Propósito do trabalho – Int: análise da atividade operacional;
ext: emissão de opinião sobre as demonstrações contábeis.
Parâmetros para execução do trabalho: Int: normas e controles
internos, políticas e procedimentos da empresa; Ext: Princípios
fundamentais da contabilidade e normas de contabilidade.
Preocupação com o controle interno: Int: Eficiência e qualidade
do controle; Ext: Efeitos relevantes nas demonstrações
contábeis Dependência Profissional: Int: Dependência do
emprego; ext: Independência profissional Relatório: Int: Não
padronizados (recomendações de controle interno e eficiência
administrativa); ext: Padronizados (parecer) Principais
usuários: Int: Gestores da empresa ; ext: Acionistas, mercado
de capitais e credores Continuidade do trabalho: Int: Contínuo;
ext: Periódico
Distinção entre auditoria interna, auditoria
independente e perícia contábil.
• Diferença entre as funções da auditoria, perícia e fiscalização
• Perícia: trabalhos voltados para o esclarecimento dos quesitos
formulados por um juiz, para atender a determinado processo
judicial, cível ou trabalhista. Como conseqüência, o perito
nomeado pelo juiz emitirá um laudo especial, com suas
conclusões, respondendo aos quesitos formulados. Segundo a
NBC TP01, a perícia contábil é um conjunto de procedimentos
técnicos que tem por objetivo a emissão de laudo sobre
questões contábeis, mediante exame, vistoria, indagação,
investigação, arbitramento, avaliação ou certificação.
• Apesar de não ser um auditor, o perito estará aplicando testes
idênticos aqueles utilizados em um trabalho normal de
auditoria.
Fraude e erro
• O termo fraude refere-se ao ato intencional de
omissão ou manipulção de transações,
adulteração de documentos, registros e
demonstrações contábeis. A fraude pode ser
caracterizada por: a) Manipulação, falsificação
ou alteração de registros ou documentos, de
modo a modificar os registros de ativos,
passivos e resultado; b) apropriação indébita
de ativos; c) registro de transações se
comprovação; d) aplicação de praticas
contábeis indevidas
Fraude e erro
• O termo erro, por sua vez, refere-se a ato não
intencional na elaboração de registros e
demonstrações contábeis, que resulte em
incorreções desses, consistentes em erros
aritméticos na escrituração contábil ou nas
demonstrações contábeis, aplicação incorreta
das normas contábeis e interpretação errada
das variações patrimoniais.
Fraude e erro
• Os erros, tanto os intencionais (fraude) como
os voluntários, podem ainda, ser classificados
em três tipos: erro de princípio, erro de omissão
e erro de perpetração. Um erro de princípio
consiste na aplicação equivocada das diretrizes
contábeis, resultando em registros e
demonstrações incorretas. Um erro de
omissão consiste em deixar de fazer um
registro contábil, o que igualmente resulta em
demonstrações contábeis inexatas. Um erro de
perpetração caracteriza-se pela falta de
cuidado, intencional, ou não, e os resultados
são idênticos aos dois casos anteriores.
Fraude e erro

• De qualquer modo, os erros intencionais serão


sempre consequencia de um plano deliberado de
uma ou mais pessoas que têm o objetivo de gerar
prejuízos ou perdas para uma entidade ou para
uma pessoa. Já os erros involuntários decorrem
de simples equívocos e normalmente dizem
respeito a falta de cuidado ou desconhecimento
das técnicas contábeis
Falhas na profissão
• Não há divergência a respeito da existência de sérios
problemas na profissão contábil durante o final da década de
1990 e no início da década de 2000 com Enron, WorldCom,
Lucent entre outras fraudes financeiras importantes. Mais
recentemente, tem havido problemas representados pela não
identificação tempestiva de deficiências em instituições
financeiras, ou pior, a incapacidade de identificar esquemas
Ponzi (pirâmides)
• Essas falhas têm exercido efeito profundo sobre a profissão de
auditoria e vão muito além do caso Arthur Andersen - a maior
empresa de contabilidade externa a falir até hoje. O que
ocorreu? Não há uma única resposta, mas alguns dos
problemas foram os seguintes:
Falhas na profissão
- Os princípios contábeis aceitos em geral passaram a ser vistos
como um conjunto de regras que poderiam ser interpretadas (com
poucos limites) de acordo com os objetivos de divulgação dos
administradores.
- Uma proporção significativa da remuneração dos administradores
passou a ser feita sob a forma de ações ou opções de compra de
ações, pois a receita federal americana limitou a dedutibilidade dos
salários a US$ 1 milhão. Portanto, os administradores passaram a
ser motivados a elevar o preço da ação - mesmo que as operações
não justificassem esse aumento de preço.
- Os auditores, essencialmente, eram contratados e dispensados
pelos administradores, embora as empresas fossem obrigadas a
ter membros no conselho de administração que fossem
independentes dos administradores (pelo menos no papel).
Falhas na profissão
- Os auditores passaram a ter forte motivação para agradar os
administradores. A identificação de uma maneira de alcançar
um objetivo de divulgação da administração - por exemplo,
retirar prejuízos do balanço, como no caso Enron - geralmente
resultava em contratos lucrativos de consultoria para as
empresas de auditoria.
- A profissão não estava preparada para os critérios exigidos
para a implantação da contabilidade baseada em princípios
Esta e uma questão que afetara todos os auditores no futuro,
assim como a demanda por critérios baseados em princípios
continuará a crescer em razão da dificuldade de elaboração de
regras claras e inequívocas em toda e qualquer circunstância ou
transação.
Falhas na profissão
- Muitos contadores acreditaram que era perfeitamente aceitável
aplicar os princípios da contabilidade de modo que atingisse os
objetivos dos administradores. Em outras palavras, a
mentalidade estava errada: “Se o Fasb não proibe, então deve
ser permitido”
- A profissão de auditoria precisava ser mais rentável para reter
sócios e gerentes. Para isso, muitas empresas de auditoria
reduziram o volume de testes aplicando inadequadamente a
auditoria um enloque baseado em conceitos de risco.
- Os reguladores tinham recursos limitados e sua carga de
trabalho era excessiva. Desse modo, o ambiente regulatório
gerou menos supervisão e, combinado com uma atitude pro-
empresarial, permitiu maior flexibilidade na divulgação de
informações.
Normas profissionais
• Em 13 de fevereiro de 2009, o CFC editou a Resolução
1.156/09, que dispõe sobre a Estrutura das Normas
Brasileiras de Contabilidade, que devem seguir os mesmos
padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas
internacionais.
• As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)
compreendem o Código de Ética Profissional do
Contabilista, Normas de Contabilidade, Normas de Auditoria
Independente e de Asseguração, Normas de Auditoria
Interna e Normas de Perícia.
• Essas normas cobrem aspectos profissionais (NBC P+)
e técnicos (NBC T+) para cada uma das áreas acima
(Contabilidade, Auditoria Independente, Auditoria Interna e
Perícia). As NBC Ps estabelecem preceitos de conduta para
o exercício profissional, enquanto as NBC Ts estabelecem
conceitos técnicos doutrinários, de estrutura e
procedimentos a serem aplicados.
Normas Profissionais
Normas Profissionais de Auditor
Independente

Características e qualidades da
pessoa do auditor
COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL
• O contador, na função de auditor independente, deve
manter seu nível de competência profissional pelo
conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade,
das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria,
da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas
administrativas e da legislação específica aplicável à
entidade auditada.
• O auditor, para assumir a responsabilidade por uma
auditoria das demonstrações contábeis, deve ter
conhecimento da atividade da entidade auditada, de
forma suficiente para que lhe seja possível identificar e
compreender as transações realizadas pela mesma e as
práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos
relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da
entidade, e o parecer a ser por ele emitido sobre as
demonstrações contábeis
COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL
• Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter
conhecimento preliminar da atividade da entidade a ser
auditada, mediante avaliação, junto à administração, da
estrutura organizacional, da complexidade das
operações e do grau de exigência requerido, para a
realização do trabalho de auditoria, de modo a poder
avaliar se está capacitado a assumir a
responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta
avaliação deve ficar evidenciada de modo a poder
ser comprovado o grau de prudência e zelo na
contratação dos serviços
• O auditor deve recusar os serviços sempre que
reconhecer não estar adequadamente capacitado
para desenvolvê-los, contemplada a utilização de
especialistas em outras áreas, em face da
especialização requerida e dos objetivos do contratante
INDEPENDÊNCIA
• A condição de independência é fundamental e óbvia para o exercício
da atividade de auditoria independente. Entende-se como
independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da
entidade de auditoria são, suficientemente, isentos dos interesses
das entidades auditadas para permitir que os serviços sejam
prestados com objetividade. Em suma, é a capacidade que a
entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e
objetividade, permitindo a emissão de relatórios ou pareceres
imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos
sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes
que possam estar relacionadas com o seu trabalho.
• a) independência de pensamento – postura que permite expressar
uma opinião sem ser afetado por influências que comprometem o
julgamento profissional, permitindo à pessoa agir com integridade,
objetividade e ceticismo profissional;
• b) aparência de independência – evitar fatos e circunstâncias
significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo
conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional de uma
entidade de auditoria ou de um membro da equipe de auditoria
ficaram comprometidos.
INDEPENDÊNCIA
• PERDA DE INDEPENDÊNCIA
• INTERESSE FINANCEIRO
• Interesses financeiros são a propriedade de títulos e
valores mobiliários e quaisquer outros tipos de
investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de
auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria
ou membros imediatos da família destas pessoas,
relativamente à entidade auditada, suas controladas ou
integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo-se
em diretos e indiretos
• Se a entidade de auditoria, um membro da equipe de
auditoria ou o responsável técnico do trabalho de
auditoria ou outros membros dentro da entidade de
auditoria, em nível gerencial, que possam influenciar o
resultado dos trabalhos, ou um membro imediato da
família destas pessoas tiver um interesse financeiro direto
ou um interesse financeiro indireto relevante na entidade
auditada, está caracterizada a perda de independência
INDEPENDÊNCIA
• PERDA DE INDEPENDÊNCIA
• RELACIONAMENTOS COMERCIAIS COM A
ENTIDADE AUDITADA
• As transações comerciais da entidade de auditoria, de
sócios e membros da equipe de auditoria com uma
entidade auditada devem ser feitas dentro do curso
normal de negócios e na mesma condição com
terceiros. No entanto, essas operações não podem ser
de tal dimensão que criem uma ameaça de interesse
próprio.
• Relacionamentos comerciais em condições
diferenciadas, privilegiadas e relevantes com entidades
auditadas afetam a independência do auditor e, nesses
casos, deve ser adotada uma das seguintes ações: a)
terminar o relacionamento comercial; b) substituir o
membro da equipe que tenha relacionamento
comercial; c) recusar a realização do trabalho de
auditoria.
INDEPENDÊNCIA
• PERDA DE INDEPENDÊNCIA
• RELACIONAMENTOS FAMILIARES E PESSOAIS
• As funções ocupadas por pessoas próximas ou
familiares, que prejudicam a independência da
entidade de auditoria, são aquelas que: a)exercem
influência significativa sobre as políticas operacionais,
financeiras ou contábeis. Em geral, diz respeito a uma
pessoa que tem funções como presidente, diretor,
administrador, gerente geral de uma entidade auditada;
• b) exercem influência nas Demonstrações Contábeis
da entidade auditada. Em geral, diz respeito a funções
consideradas críticas no ambiente contábil como
controller, gerente de contabilidade, contador; e
• c) são consideradas sensíveis sob o ponto de vista da
auditoria. Em geral, inclui cargos com atribuições de
monitoramento dos controles internos da entidade
auditada, como, por exemplo, tesoureiro, auditor
interno, gerente de compras/vendas, entre outras.
INDEPENDÊNCIA
• PERDA DE INDEPENDÊNCIA
• ATUANDO COMO ADMINISTRADOR OU DIRETOR DE
ENTIDADES AUDITADAS
• Se um sócio ou um membro da entidade de
auditoria atuar também como diretor, membro do
conselho de administração, conselho fiscal ou
executivo da entidade auditada, a ameaça criada à
perda de independência é de tal magnitude que
não existe salvaguarda ou ação a ser aplicada que
possa impedir o conflito de interesse. E, neste
caso, a realização do trabalho deve ser recusada.
INDEPENDÊNCIA
• ROTAÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE AUDITORIA
• Visando possibilitar contínua renovação da objetividade e do
ceticismo do auditor, necessários na auditoria, é requerida a
rotação dos responsáveis técnicos pelos trabalhos na
entidade auditada.
• Alguns fatores que podem influenciar a objetividade e o
ceticismo do auditor são: a) tempo que o profissional faz parte
da equipe de auditoria. O risco de perda da objetividade e do
ceticismo pode ocorrer com o passar dos anos; b) função
do profissional na equipe de auditoria. O risco de perda da
objetividade e do ceticismo é maior no pessoal de liderança da
equipe, ou seja, os responsáveis técnicos. Neste aspecto,
entende-se que as demais funções da equipe de auditoria, ou
seja, as funções de gerente, sênior ou encarregado e
assistentes dedicam-se a realizar os trabalhos de auditoria e
não a tomar decisões-chave. Adicionalmente, os trabalhos
executados por estes últimos são revisados pelos membros
mais experientes da equipe de auditoria e as conclusões
obtidas são por estes corroboradas.
INDEPENDÊNCIA
• ROTAÇÃO DOS LÍDERES DE EQUIPE DE AUDITORIA
• Visando impedir o risco de perda da objetividade e do
ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das
seguintes ações: a) rotação do pessoal de liderança
da equipe de auditoria a intervalos menores ou iguais a
cinco anos consecutivos; b) intervalo mínimo de três
anos para o retorno do pessoal de liderança à equipe.
• Como é impraticável a rotação nas entidades de auditoria
de porte pequeno, com apenas um sócio ou diretor e
auditores pessoas físicas, para atender ao estabelecido
nas alíneas “a” e “b” acima nos anos em que se
completarem os cinco anos e durante os próximos três
anos dos prazos estabelecidos nesse item, seus
trabalhos devem ser submetidos à revisão por outra
entidade de auditoria, que emitirá relatório
circunstanciado sobre a correta aplicação das normas
profissionais e das técnicas nestes trabalhos,
encaminhando-o ao Conselho Federal de Contabilidade
até 31 de julho de cada ano.
INDEPENDÊNCIA
• PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS
• As entidades de auditoria prestam, usualmente, outros
serviços para as entidades auditadas, compatíveis com seu
nível de conhecimento e capacitação. As entidades auditadas
valorizam os serviços proporcionados por essas entidades de
auditoria quando estas possuem um bom entendimento do
negócio e contribuem com conhecimento e capacitação em
outras áreas. Além disso, muitas vezes, a prestação desses
outros serviços, não de auditoria, proporcionam às equipes de
auditoria desenvolvimento de conhecimentos relativos aos
negócios e operações da entidade auditada, que são
proveitosos para o próprio trabalho de auditoria.
• A prestação desses outros serviços, entretanto, não pode criar
ameaças à independência da entidade de auditoria ou de
membros da equipe de auditoria.
• Os princípios básicos que devem fundamentar qualquer regra
de independência do auditor são: a) o auditor não deve
auditar o seu próprio trabalho;b) o auditor não deve exercer
funções gerenciais na entidade auditada; c) o auditor não deve
promover interesses da entidade auditada.
INDEPENDÊNCIA
• PRESTAÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS
• Entre outros, os serviços abaixo, também chamados de
consultoria, podem caracterizar a perda de
independência: a) serviços de avaliação de empresas e
reavaliação de ativos; b) serviços de assistência
tributária, fiscal e parafiscal; c) serviços de auditoria
interna à entidade auditada; d) serviços de consultoria de
sistema de informação computadorizado; e) serviços de
apoio em litígios, perícia judicial ou extrajudicial; f)
serviços de finanças corporativas e assemelhados; g)
serviços de seleção de executivos; h) registro
(escrituração) contábil; i) serviços de avaliação de
empresas e reavaliação de ativos; j) serviços de
assistência tributária, fiscal e parafiscal; k) serviços de
auditoria interna à entidade auditada; l) serviços de
consultoria de sistemas de informação computadorizados;
m) serviços de apoio em litígios, perícia judicial ou
extrajudicial; n) serviços de finanças corporativas e
assemelhados; o) serviços de seleção de executivos
INDEPENDÊNCIA
• PRESENTES E BRINDES

• LITÍGIOS EM CURSO OU IMINENTES


• Quando há, ou é provável haver, um litígio entre a entidade
de auditoria ou um membro da sua equipe e a entidade
auditada, pode ser criado o conflito de interesse. O
relacionamento entre a administração da entidade auditada
e os membros da equipe de auditoria precisa ser
caracterizado por total franqueza e divulgação completa de
todos os aspectos das operações de negócios da entidade
auditada. A entidade de auditoria e a administração da
entidade auditada podem ficar em lados opostos por causa
do litígio, o que pode afetar a disposição da administração
em fazer divulgações completas, e a entidade de auditoria
pode se ver ameaçada por conflito de interesse. A
importância da ameaça criada depende de fatores, tais
como: a) a relevância do litígio; b) a natureza do trabalho de
auditoria; c) se o litígio diz respeito a um trabalho de
auditoria já efetuado.
INDEPENDÊNCIA
• LITÍGIOS EM CURSO OU IMINENTES
• Uma vez avaliada a importância da ameaça, devem ser
aplicadas as seguintes ações, para reduzi-la a um nível
aceitável: a) informar aos níveis superiores da entidade
auditada, por exemplo: conselho de administração,
conselho fiscal e assembléia de acionista e acionistas
controladores, a extensão e a natureza do litígio; b)
informar, se aplicável, aos órgãos reguladores
competentes a extensão e a natureza do litígio; c) se o
litígio envolver um membro da equipe de auditoria,
afastar aquela pessoa do trabalho de auditoria; d)
envolver outro auditor da entidade de auditoria, não-
integrante da equipe, para revisar o trabalho feito ou
opinar conforme necessário.
• Se essas ações não reduzirem a ameaça ao conflito de
interesse a um nível adequado, a única alternativa é
recusar o trabalho de auditoria.
RESPONSABILIDADES DO AUDITOR NA EXECUÇÃO
DOS TRABALHOS
• O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na
realização dos trabalhos e na exposição de suas
conclusões. Ao opinar sobre as demonstrações contábeis,
o auditor deve ser imparcial.
• O exame das demonstrações contábeis não tem por
objetivo precípuo a descoberta de fraudes. Todavia, o
auditor independente deve considerar a possibilidade de
sua ocorrência
• Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem
as demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao
auditor independente, caso não tenha feito ressalva
específica em seu parecer, demonstrar, mediante inclusive a
exibição de seus papéis de trabalho às entidades referidas
no item 1.6.5, que seus exames foram conduzidos de forma
a atender às Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis e às presentes normas.
HONORÁRIOS
• O auditor deve estabelecer e documentar
seus honorários mediante avaliação dos
serviços, considerando os seguintes fatores:
a) a relevância, o vulto, a complexidade, e
o custo dos serviços a executar; b) o número
de horas estimadas para a realização dos
serviços; c) a peculiaridade de tratar-se de
cliente eventual, habitual ou permanente;
d) a qualificação técnica dos profissionais
que irão participar da execução dos serviços;
e) o lugar em que os serviços serão
prestados, fixando, se for o caso, como
serão cobrados os custos de viagens e
estadas.
HONORÁRIOS
• Os honorários deverão constar de carta-proposta
ou documento equivalente, elaborados antes do
início da execução do trabalho, que também
contenham:
a) a descrição dos serviços a serem realizados,
inclusive referências às leis e aos regulamentos
aplicáveis ao caso;
b) que o trabalho será efetuado segundo as Normas
de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis e as presentes normas;
c) o prazo estimado para a realização dos serviços;
d) os relatórios a serem emitidos; e
e) as condições de pagamento dos honorários
GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO
• O auditor, para fins de fiscalização do
exercício profissional, deve conservar a boa
guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a
partir da data de emissão do seu parecer,
de toda a documentação, papéis de trabalho,
relatórios e pareceres relacionados com os
serviços realizados
SIGILO
• Entende-se por sigilo, para os efeitos desta
norma, a obrigatoriedade do Auditor
Independente não revelar, em nenhuma
hipótese, salvo as contempladas neste
documento, as informações que obteve e tem
conhecimento em função de seu trabalho na
entidade auditada.
SIGILO
• DEVER DO SIGILO
• O sigilo profissional do Auditor Independente deve ser
observado nas seguintes circunstâncias: a) na relação
entre o Auditor Independente e a entidade auditada; b)na
relação entre os Auditores Independentes; c)na relação
entre o Auditor Independente e os organismos
reguladores e fiscalizadores; d)na relação entre o Auditor
Independente e demais terceiros.
• O Auditor Independente deve respeitar e assegurar o
sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu
trabalho na entidade auditada, não as divulgando, sob
nenhuma circunstância, salvo as contempladas na
legislação vigente, bem como nas Normas Brasileiras de
Contabilidade
SIGILO
• DEVER DO SIGILO
• O Auditor Independente, quando previamente autorizado
por escrito, pela entidade auditada, deve fornecer as
informações que por aquela foram julgadas necessárias
ao trabalho do Auditor Independente que o suceder, as
quais serviram de base para emissão do último Parecer
de Auditoria por ele emitido.
• O Auditor Independente, sob pena de infringir o sigilo
profissional, somente deve divulgar aos demais terceiros
informações sobre a entidade auditada ou sobre o
trabalho por ele realizado, caso seja autorizado, por
escrito, pela administração da entidade com poderes para
tanto, que contenha, de forma clara e objetiva, os limites
das informações a serem fornecidas.
SIGILO
• DEVER DO SIGILO
• 1.6.2.4 O Auditor Independente, quando solicitado, por escrito e
fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e
Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações
obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação
dos serviços, a documentação, papéis de trabalho, relatórios e
pareceres, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis, da presente norma e das demais normas
legais aplicáveis.
• 1.6.2.4.1 Os contadores designados pelo Conselho Federal de
Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade para
efetuarem a fiscalização do exercício profissional devem ter a mesma
formação técnico-profissional requerida ao Auditor Independente para
o trabalho por ele realizado e assumirão compromisso de sigilo
profissional semelhante.
• 1.6.2.4.2 Os organismos profissionais citados no caput assumirão a
responsabilidade civil por perdas e danos que vierem a ser causados
em decorrência da quebra de sigilo pelos profissionais por eles
designados para o exame dos trabalhos desenvolvidos pelos
Auditores Independentes.
SIGILO
• DEVER DO SIGILO
• O dever de manter o sigilo prevalece: a)para os Auditores
Independentes, mesmo após terminados os
compromissos contratuais; b) para os contadores
designados pelos organismos referidos no item 1.6.2.4,
mesmo após o término do vínculo empregatício ou
funcional; e c) para os conselheiros do Conselho
Federal de Contabilidade e dos Conselhos Regionais de
Contabilidade, mesmo após o término dos respectivos
mandatos.
• É obrigatório e relevante que todos os Auditores
Independentes tenham procedimentos de proteção de
informações sigilosas obtidas durante o relacionamento
com a entidade auditada, por quaisquer meios, devendo
dispensar especial atenção ao uso de redes de
computador internas ou externas (internet).
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO:
• AUDITOR INTERNO
• A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o
contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização
dos trabalhos
• ESPECIALISTAS Ao utilizar-se de trabalhos executados por
outros especialistas legalmente habilitados, o auditor
independente deve obter evidência suficiente de que tais
trabalhos são adequados para fins de sua auditoria. A expressão
“especialista” significa um indivíduo ou empresa que detenha
habilidades, conhecimento e experiência em áreas específicas
não relacionadas à contabilidade ou auditoria. A formação e
experiência do auditor independente lhe permite possuir
conhecimentos sobre os negócios em geral, mas não se espera
que ele tenha capacidade para agir em áreas alheias à sua
competência profissional.
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO:
• ESPECIALISTAS
• Um especialista pode ser: a) contratado pela entidade
auditada; b) contratado pelo auditor independente; c)
empregado pela entidade auditada; ou d) empregado
pelo auditor independente.
• Quando o auditor independente faz uso de especialistas
que sejam seus empregados, estes devem ser
considerados como tal e não como auxiliares do processo
de auditoria, com a conseqüente necessidade de
supervisão. Assim, nessas circunstâncias, o auditor
independente necessita aplicar os procedimentos
previstos nesta norma, mas não necessita avaliar sua
competência profissional a cada trabalho onde estes se
envolvam.
RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO:
• ESPECIALISTAS (NECESSIDADE DE USO DE TRABALHO DE
ESPECIALISTA)
• Durante a auditoria, o auditor independente pode necessitar obter, em
conjunto com a entidade auditada ou de forma independente, evidências
para dar suporte às suas conclusões. Exemplos dessas evidências, na
forma de relatórios, opiniões ou declarações de especialistas são: a)
Avaliações de certos tipos de ativos, como por exemplo terrenos e
edificações, máquinas e equipamentos, obras de arte e pedras preciosas;
b)determinação de quantidades ou condições físicas de ativos, como por
exemplo minerais estocados, jazidas e reservas de petróleo, vida útil
remanescente de máquinas e equipamentos; c)determinação de montantes
que requeiram técnicas ou métodos especializados, como por exemplo
avaliações atuariais; d)medição do estágio de trabalhos completados ou a
completar em contratos em andamento; e)interpretações de leis, de
contratos, de estatutos ou de outros regulamentos
• Ao determinar a necessidade de utilizar-se do trabalho de especialistas, o
auditor independente deve considerar: a)a relevância do item da
demonstração contábil que está sendo analisada; b)o risco de distorção ou
erro levando em conta a natureza e a complexidade do assunto sendo
analisado; c) conhecimento da equipe de trabalho e a experiência prévia
dos aspectos que estão sendo considerados; e d)a quantidade e qualidade
de outras evidências de auditoria disponíveis para sua análise.
INFORMAÇÕES ANUAIS AOS CONSELHOS REGIONAIS
DE CONTABILIDADE
• O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada ano, ao Conselho Regional
de Contabilidade, na forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de
Contabilidade: a) as informações sobre os seus clientes, cuja sede seja a da
jurisdição do respectivo Conselho, e que o objeto do trabalho seja a
auditoria independente, realizada em demonstrações contábeis relativas ao
exercício encerrado até o dia 31 de dezembro do ano anterior; b) a relação
dos nomes do seu pessoal técnico existente em 31 de dezembro do ano
anterior; c) a relação de seus clientes cujos honorários representem mais de
10% do seu faturamento anual, bem como os casos onde o faturamento de
outros serviços prestados aos mesmos clientes de auditoria ultrapassarem,
na média dos últimos 3 anos, os honorários dos serviços de auditoria.
• Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar e fornecer, no prazo de
trinta dias, a relação de seus clientes e outras informações necessárias à
fiscalização da atividade de auditoria independente.
• A relação de clientes, referida no item 1.9.2, deverá identificar as
companhias abertas, instituições financeiras e demais entidades autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil, fundos de investimento, entidades
autorizadas a funcionar pela Susep – Superintendência de Seguros
Privados, administradoras de consórcio, entidades fechadas de previdência
privada, empresas estatais (federais, estaduais e municipais), empresas
públicas, sociedade por ações de capital fechado com mais de 100
acionistas e as sociedades limitadas que tenham o controle societário, direto
ou indireto, das entidades referidas neste item.
• As informações prestadas aos Conselhos Regionais de Contabilidade serão
resguardadas pelo sigilo, nos termos previstos nestas normas.
EDUCAÇÃO CONTINUADA
• O auditor independente, no exercício de sua
atividade, deverá comprovar a participação em
programa de educação continuada, na forma a ser
regulamentada pelo Conselho Federal de
Contabilidade.

EXAME DE COMPETÊNCIA
PROFISSIONAL
• O auditor independente, para poder exercer sua
atividade, deverá submeter-se a exame de
competência profissional, na forma a ser
regulamentada pelo Conselho Federal de
Contabilidade.
MANUTENÇÃO DOS LÍDERES DA
EQUIPE DE AUDITORIA

• A utilização dos mesmos profissionais de liderança


(sócio, diretor e gerente) na equipe de auditoria,
numa mesma entidade auditada, por longo período,
pode criar a perda da objetividade e do ceticismo,
necessários na auditoria. O risco dessa perda deve
ser eliminado adotando-se a rotação, a cada
intervalo menor ou igual a cinco anos consecutivos,
das lideranças da equipe de trabalho de auditoria,
que somente devem retornar à referida equipe no
intervalo mínimo de três anos
Normas profissionais
• A numeração das normas brasileiras de auditoria é a mesma
adotada pelas normas internacionais, ou seja, a NBC TA
200 está correlacionada com a ISA8 200 e assim por diante.
A adoção da mesma numeração além de facilitar a
comunicação se fez necessária, urna vez que as normas
fazem referência entre si e seria extremamente trabalhoso e
impraticável o uso de uma numeração diferente.
• A numeração final é composta pela sigla + número da
norma expresso em três dígitos (centena) com numeração
saltada para inclusão de novas normas quando forem
necessárias. Por sua vez, o primeiro dígito da centena
significa o grupo a que se refere. Por exemplo, na seção
(centena) que inicia com o dígito 7 estão classificadas as
normas relacionadas com as conclusões da auditoria de
demonstrações financeiras e dos relatórios de auditoria.
Vigência e aplicação das novas
normas de auditoria (NBC TAs)
• As novas normas técnicas de auditoria que entraram
em vigor para trabalhos de auditoria de
demonstrações financeiras, cujos exercícios são
iniciados em ou a partir de 1 º de janeiro de 2010 e
que se encerram em ou após 31 de dezembro de
2010, compreendem as normas aprovadas pelo
Projeto "Clarity" do IAASB/ IFAC para serem seguidas
nos trabalhos iniciados em ou após 15 de dezembro
de 2009.
Seção 200 - Princípios Gerais e
Responsabilidades
• NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a
Condução de uma Auditoria em conformidade com as Normas de
Auditoria
• NBC TA 210 - Concordância com os Termos de um Trabalho de
Auditoria NBC TA 220 - Controle de Qualidade da Auditoria de
Demonstrações Contábeis
• NBC TA 230 - Documentação de Auditoria
• NBC TA 240 - Responsabilidades do Auditor em relação a
Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis
• NBC TA 250 - Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria
de Demonstrações Contábeis
• NBC TA 260 - Comunicação com os Responsáveis pela
Governança
• NBC TA 265 - Comunicação de Deficiências do Controle Interno
(aos Administradores e aos Responsáveis pela Governança)
Seção 300 e Seção 400 - Avaliação dos
Riscos e Respostas aos Riscos Avaliados
• NBC TA 300 - Planejamento da Auditoria de
Demonstrações Contábeis
• NBC TA 315 - Identificação e Avaliação dos Riscos de
Distorção Relevante por meio do Entendimento da
Entidade e do seu Ambiente
• NBC TA 320 - Materialidade no Planejamento e na
Execução de uma Auditoria
• NBC TA 330 - Respostas do Auditor aos Riscos Avaliados
• NBC TA 402 - Considerações de Auditoria para a
Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços
• NBC TA 450 - Avaliação das Distorções Identificadas
durante a Auditoria
Seção 500 - Evidência de Auditoria

• NBC TA 500 - Evidência de Auditoria


• NBC TA 501 - Evidência de Auditoria - Considerações
Específicas para Itens Selecionados
• NBC TA 505 - Confirmações Externas
• NBC TA 510 - Trabalhos Iniciais - Saldos Iniciais
• NBC TA 520 - Procedimentos Analíticos
• NBC TA 530 - Amostragem em Auditoria
• NBC TA 540 - Auditoria de Estimativas Contábeis,
Inclusive do Valor Justo e Divulgações Relacionadas
• NBC TA 550 - Partes Relacionadas
• NBC TA 560 - Eventos Subsequentes
• NBC TA 570 - Continuidade Operacional
• NBC TA 580 - Representações Formais
Seção 600 - Utilização do Trabalho de Outros

• NBC TA 600 - Considerações Especiais - Auditoria


de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo
o Trabalho dos Auditores de Componentes
• NBC TA 610 - Utilização do Trabalho de Auditoria
Interna
• NBC TA 620 - Utilização do Trabalho de
Especialistas
Seção 700 - Conclusão da Auditoria e
Emissão de Relatórios
• NBC TA 700 - Formação da Opinião e Emissão do
Relatório do Auditor Independente sobre as
Demonstrações Contábeis
• NBC TA 705 - Modificações na Opinião do Auditor
Independente
• NBC TA 706 - Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de
Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente
• NBC TA 710 - Informações Comparativas - Valores
Correspondentes e Demonstrações Contábeis
Comparativas
• NBC TA 720 - Responsabilidade do Auditor em relação a
Outras Informações Incluídas em Documentos que
Contenham Demonstrações Contábeis Auditadas
Seção 800 - Áreas Específicas

• NBC TA 800 - Considerações Especiais - Auditoria de


Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com
Estruturas Conceituais de Contabilidade para
Propósitos Especiais
• NBC TA 805 - Considerações Especiais - Auditoria de
Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e de
Elementos, Contas ou Itens Específicos das
Demonstrações Contábeis
• NBC TA 810 - Trabalhos para Emissão de Relatórios
sobre Demonstrações Contábeis Condensadas
Aplicação das NBC TA em
pequenos negócios
• Questão 1 - O auditor, ao executar o seu trabalho de auditoria em
uma entidade de pequeno ou médio porte (EPM), deve considerar as
diferentes características dessa EPM em relação a uma entidade de
maior porte e mais complexa?
• Resposta - As normas de auditoria (NBC TAs no Brasil) enfocam
assuntos que o auditor precisa tratar e não detalham os
procedimentos específicos que o auditor deve executar em cada
situação específica. Por outro lado, elas deixam claro que os
procedimentos dependem da avaliação de risco, portanto, em uma
entidade maior e mais complexa, o auditor pode usar uma
abordagem combinada de procedimentos de controle e substantivos,
enquanto que em uma EPM pode focar mais em testes substantivos.
• Questão 2 - Como o esforço do trabalho se diferencia em uma EPM?
• Resposta - As transações são normalmente mais simples, assim
como o seu controle interno, portanto procedimentos mais diretos e o
ambiente de controle mais facilmente documentado.
Aplicação das NBC TA em
pequenos negócios
• Questão 3 - O auditor precisa cumprir com todas as NBC TAs?
• Resposta - Sim, desde que seja relevante para a auditoria e
seja aplicável na circunstância. Nesse sentido, nem todas as
NBC TAs são aplicáveis ou relevantes. Por exemplo, se uma
entidade não tem a função de auditoria interna ou o auditor não
utiliza especialistas, as NBC TAs 610 e 620 não seriam
aplicáveis.
• Questão 4 - O auditor precisa cumprir todos os requisitos de
todas as NBC TAs?
• Resposta - Mesmo quando uma NBC TA é aplicável, nem
todos os seus requisitos são necessariamente relevantes.
Nesse sentido, se um requisito é condicionado a uma
circunstância e ela não existe, o requisito não é relevante. Por
exemplo, procedimentos sobre Transações com Partes
Relacionadas não seriam necessários se não existem
transações com partes relacionadas.
Resumo executivo do fluxo da
auditoria
B - Contratação do auditor independente
(Concordância com os termos do trabalho)
• O marco inicial do trabalho de auditoria das demonstrações
financeiras é a contratação do auditor independente pela
entidade. Essa contratação deve estar evidenciada por meio
de um contrato ou de troca de correspondência que estabeleça
as "regras do jogo" a serem observadas pelas partes.
• A NBC TA 210 formaliza essas regras, melhor dizendo, essas
responsabilidades de cada parte, portanto, esta norma orienta
de forma objetiva o cumprimento; dos requisitos da referida
norma, que compreendem:
– condições prévias para uma auditoria;
– acordo sobre os termos do trabalho;
– auditoria recorrente;
– considerações para a aceitação de mudanças nos termos do
trabalho;
– considerações adicionais para aceitação do trabalho.
c - Planejamento e Identificação e avaliação dos riscos de distorção
relevante por meio do entendimento da entidade e e seu ambiente

• Não se inicia qualquer atividade na vida sem um planejamento de


aonde se quer chegar e dos passos a serem aplicados para
atingir o objetivo; portanto, tão logo seja contratado, o auditor
deve iniciar o seu planejamento.
• O verbo iniciar foi propositadamente utilizado para caracterizar
que em auditoria o planejamento não é algo estanque e deve ser
reavaliado de forma permanente para as apropriadas alterações
no curso do trabalho, tomando as ações necessárias. A NBC TA
300 apresenta os requisitos a serem observados na elaboração
do plano de auditoria, que compreendem o envolvimento do
pessoal-chave da equipe (sócio responsável e principais
executivos), as atividades preliminares do trabalho de auditoria e
as atividades de planejamento.
• A NBC TA 315, que tem importância fundamental no processo de
auditoria, pois é com base nela que o auditor determina o que
fazer, quando fazer e quanto fazer (respostas ou procedimentos
de auditoria).
D - Considerações adicionais na identificação e
avaliação de riscos de distorção relevantes
A NBC TA 315 é complementada por diversas outras normas
que apresentam diversos assuntos que devem ser
considerados na identificação e avaliação dos riscos de
distorção relevante nas demonstrações financeiras. Entre
algumas temos:
– NBC TA 240, que trata das considerações sobre eventuais
distorções causadas por fraudes
– NBC TA 250, que trata das considerações sobre o cumprimento de
leis e regulamentos
– NBC TA 402 pode ser aplicável ou pode não ser aplicável
dependendo do fato da entidade utilizar uma organização externa
para lhe prestar certos serviços de forma terceirizada
– NBC TA 540, que trata de estimativas, inclusive do valor justo
– NBC TA 550, que trata de transações com partes relacionadas
– NBC TA 620, que trata da utilização de especialistas pelo auditor ...
E - Determinação da materialidade
• A NBC TA 320 fornece ao auditor as orientações
necessárias para determinar o valor da
materialidade em relação às demonstrações
financeiras como um todo, no nível de transações,
saldos e divulgações. Com base nesse valor, deve
ser computada a materialidade para a execução da
auditoria, que é fundamental para determinar, de
forma técnica, a extensão necessária dos testes de
auditoria em resposta aos riscos avaliados.
• O tamanho das amostras dos testes substantivos é
determinado conforme a NBC TA 530.
F - Normas que são aplicáveis ao longo de todo o
processo de auditoria das demonstrações financeiras
• NBC TA 200, que trata dos princípios e das
responsabilidades gerais que regem um trabalho de
auditoria. Essa norma, além de estabelecer de forma clara
as responsabilidades de cada parte (administração da
entidade e de seus órgãos de governança e do auditor),
apresenta definições, conceitos e regras que pautam a
aplicação das demais normas, que devem, sempre, ser
lidas em conjunto com ela, que possui os seguintes
requisitos:
– requisitos éticos relativos à auditoria de demonstrações financeiras;
– ceticismo profissional;
– julgamento profissional;
– evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria; e
– requisitos relacionados com a condução da auditoria.
F - Normas que são aplicáveis ao longo de todo o
processo de auditoria das demonstrações financeiras
• Se olharmos o fluxograma didático de um trabalho
de auditoria, essa norma se aplica em todo o
processo, desde a contratação do trabalho, quando
se chega à concordância sobre termos do trabalho,
até a conclusão do trabalho, que se dá com a
entrega dos relatórios elaborados pelo auditor
independente. Isso ocorre também com as normas
220 (controle de qualidade no nível do trabalho de
auditoria). 230 (documentação da auditoria) e 520
(aplicação de procedimentos analíticos).
G - Respostas do auditor aos riscos
de distorção identificados
• A determinação pelo auditor do quê, como, quando e
quanto fazer depende dos riscos de distorção relevante que
foram identificados e avaliados, ou seja, não existe uma
fórmula mágica que determina de forma padronizada quais
os procedimentos que o auditor deve aplicar.
• Esses procedimentos representam as respostas que o
auditor aplica em cada situação específica. Como regra
geral, quanto maior for o risco de distorção relevante, maior
é a probabilidade de que os testes substantivos sejam
realizados para a data das demonstrações financeiras ou
para a data mais próxima possível dessas demonstrações.
De forma similar, a extensão dos testes aumenta à medida
que os riscos crescem.
H - Procedimentos (evidências) de auditoria

• A NBC TA 500 discute as diversas formas como o auditor evidencia o


seu trabalho por meio da indagação, inspeção, recálculo, reexecução,
observação, aplicação de procedimentos analíticos e confirmação com
fonte externa. Seus requisitos estão relacionados com:
– obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente;
– informações a serem utilizadas como evidência de auditoria:
– seleção de itens para realização eficaz de testes de controles e testes de
detalhes; e
– como tratar as eventuais inconsistências entre as diversas fontes de evi-
dência, inclusive eventual falta de confiabilidade de uma determinada fonte.
• A NBC TA 505 trata de um dos procedimentos mais utilizados em
auditoria, que é a obtenção de confirmação de saldos ou informações
de terceiros de forma independente.
• A NBC TA 530, que trata do uso de amostragem em auditoria, explica
os conceitos relevantes para se determinar o tamanho da amostra, mas
não exemplifica, de forma prática, como se chega ao tamanho da
amostra
I - Avaliação das distorções identificadas pelo auditor

• Com base na materialidade determinada na Norma


320, o auditor estabelece um valor mínimo acima
do qual todas as distorções são listadas para
serem analisadas, individualmente e em conjunto
com outras distorções, inclusive quanto aos
aspectos qualitativos para poder concluir, por meio
dos requisitos estabelecidos pela NBC TA 450,
sobre se pode emitir seu relatório contendo opinião
sem modificação (limpa) sobre as demonstrações
financeiras examinadas ou se deve emitir um
relatório com modificações em relação ao relatório
limpo, conforme discutido no próximo tópico.
J - Conclusão e Formação da opinião
• Dois importantes julgamentos são exercidos pelo auditor
para poder emitir o seu relatório. O primeiro deles está
relacionado com o alcance da auditoria, ou seja, ele deve
concluir se foi obtida evidência de auditoria apropriada e
suficiente. O outro julgamento toma por base a análise e jul-
gamento a ser exercido sobre a relevância ou não das
distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto,
conforme mencionado no tópico anterior.
• Supondo que não existiu qualquer limitação no alcance de
seu trabalho e que não foram identificadas distorções
relevantes ou, se foram identificadas, elas foram
devidamente registradas pela entidade, o auditor segue as
orientações da NBC TA 700 para emitir seu relatório com
opinião limpa ou sem modificação.
J - Orientações adicionais para relatórios com modificações
em relação ao relatório com opinião limpa

• Em situação normal, o relatório do auditor cobre somente as


demonstrações financeiras do exercício corrente, ficando
subentendido que os valores correspondentes ao exercício anterior
foram também examinados pelo auditor e ele emitiu opinião sem
ressalva. Se esse não for o caso ou se o relatório de auditoria
utilizar a abordagem de demonstrações financeiras comparativas, o
auditor menciona as demonstrações financeiras do exercício
anterior conforme requerimentos estabelecidos na NBC TA 710.
• No caso em que a opinião contenha modificação em relação à
opinião limpa. em decorrência de distorção relevante (opinião
adversa ou com ressalva) ou em decorrência do auditor não ter sido
capaz de conseguir todas as evidências apropriadas e suficientes,
que requereriam abstenção de opinião ou opinião com ressalva por
limitação no alcance da auditoria, ele deve seguir as orientações
para o cumprimento dos requisitos estabelecidos na NBC TA 705.
Normas de execução dos
trabalhos de auditoria.
Normas do trabalho do auditor
• Aplicação dos procedimentos de auditoria.
• Planejamento da auditoria.
• Relevância.
• Risco de auditoria.
• Supervisão e controle de qualidade.
• Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles
internos.
• Documentação de auditoria.
• Continuidade normal dos negócios da entidade.
• Amostragem Estatística.
• Processamento eletrônico de dados.
• Estimativas contábeis.
• Transações com partes relacionadas.
• Transações e eventos subseqüentes.
• Carta de responsabilidade da administração.
• Contingências.
Procedimentos de auditoria
• Os procedimentos de auditoria são as
ferramentas técnicas, das quais o auditor
se utiliza para a realização de seu trabalho,
consistindo na reunião das informações
possíveis e necessárias e avaliação das
informações obtidas, para formação de sua
opinião imparcial
Procedimentos de auditoria
• Fatos, evidências e informações: a opinião formada pelo auditor
precisa ser apoiada em bases sólidas, alicerçadas em fatos
comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis. Cada
uma das provas obtidas precisa ser adequadamente pesada. Todo
ponto de vista deve ser analisado. O auditor precisa avaliar cada
elemento quanto a sua objetividade, importância, validade e
confiabilidade.
• Extensão e profundidade: A complexidade e o volume de operações
realizadas pela empresa fazem com que os procedimentos de
auditoria sejam aplicados por meio por meio de provas seletivas,
testes e amostragens. A quantidade e a profundidade requeridas
para suportar a opinião do auditor são questões que o auditor deve
determinar quando do exercício de seu juízo profissional. Não há
uma só receita para medir a extensão e profundidade que cada caso
requer.
• Oportunidade: A oportunidade com que se aplicam os procedimentos
de auditoria implica a fixação da época apropriada a sua realização.
Um procedimento de auditoria proporciona maior ou menor benefício
em decorrência de ser aplicado no momento oportuno.
Testes de observância
• Os testes de observância visam à obtenção de uma
razoável segurança de que os procedimentos de controle
interno estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento
pelos funcionários da entidade.
• Os teste de observância funcionam como uma
comprovação daquilo de que o auditor tomou
conhecimento na fase anterior. Muitas vezes, os
procedimentos descritos nos manuais de organização
foram substituídos por outras práticas informais e que
podem até ser mais eficientes do que aquilo inicialmente
planejado. Outras vezes, essas alterações não-oficiais
trazem considerável fraqueza para o Sistema de
Controles Internos. Assim, a principal finalidade dos testes
de observância é detectar claramente como as coisas de
fato acontecem.
Testes substantivos
• Os testes substantivos visam à obtenção de evidência
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados
produzidos pelo sistema contábil da entidade. Por
intermédio dos testes substantivos, o auditor apura se
os saldos das contas indicam adequadamente a
situação do patrimônio e suas variações, procurando
identificar se há contas com saldos subavaliados ou
superavaliados.
• A quantidade de transações e saldos que o auditor
examinará depende da avaliação que ele tenha feito
dos controles internos, durante os testes de
observância. Se os controles internos forem ruins, a
quantidade de testes substantivos será maior. Caso
os controles internos sejam bons, a quantidade de
testes substantivos será menor.
Testes substantivos
• Na aplicação dos testes substantivos o auditor
deve objetivar as seguintes conclusões:
Existência (se o componente patrimonial existe
em certa data), Direitos e obrigações (se
efetivamente existentes em certas datas),
Ocorrência (se a transação de fato ocorreu),
abrangência (se todas as transações estão
registradas) mensuração apresentação e
divulgação (se os bens estão avaliados,
divulgados, classificados e descritos de acordo
com os princípios fundamentais da
contabilidade e as normas brasileiras de
contabilidade)
Principais procedimentos
EXAME FÍSICO
• É o exame in loco do objeto auditado. Essa técnica
proporcionará ao auditor formação de opinião quanto à
existência física do objeto examinado. O exame físico deverá
proporcionar os seguintes resultados:
– Existência física (comprovação visual da existência do objeto
examinado);
– Identificação (exame das características físicas do objeto examinado);
– Autenticidade (comprovação da legitimidade do objeto examinado); e
– Qualidade (comprovação das condições de uso do objeto examinado).
• O exame físico é uma técnica complementar para que o auditor
certifique se há correspondência contábil do objeto examinado.
A técnica de auditoria de exame físico é aplicada em contagem
de caixa, estoque, investimentos, imobilizado, contas a receber
e contas a pagar. Essa técnica é também conhecida como
investigação.
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
• A confirmação é a declaração formal e
imparcial de pessoas independentes à
instituição para verificar determinado ato ou
fato administrativo ligado ao objeto em exame.
É realizada com o encaminhamento de
entrevistas (circulares) ou solicitação de
documentos que comprovem a legitimidade das
operações contabilizadas. O pedido de
confirmação utilizado nos trabalhos de auditoria
pode ser positivo ou negativo:
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
• a) positivo: é utilizado quando se faz necessário a
resposta da pessoa de que se quer uma
confirmação formal; este tipo é o que traz maiores
subsidios, uma vez que há a evidência através da
resposta formal por parte de quem se quer obter
retorno. O pedido de confirmação positivo por ser
utilizado de duas formas
– Branco: quando não se colocam valores nos pedidos de
confirmação
– Preto: quando utilizados saldos ou valores a serem
confirmados confirmados na data-base, nos pedidos de
confirmação
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
• B) Negativo: é utilizado somente quando a
resposta for necessária em caso de
discordância da pessoa de quem se quer
obter a confirmação, ou seja, na falta de
confirmação, o auditor entende que a pessoa
concorda com os valores colocados no
pedido de confirmação. Este é geralmente
utilizado como complementação do pedido de
confirmação positivo e deve ser expedido em
carta registrada para se assegurar de que a
pessoa de quem se quer obter a confirmação
efetivamente o receba.
Principais procedimentos
CONFIRMAÇÃO OU CIRCULARIZAÇÃO
• Exemplos
– Contas a receber
– Advogados
– Empréstimos
– Bancos
– Estoques em poder de terceiros
– Contas a pagar
Principais procedimentos
EXAME DOS DOCUMENTOS ORIGINAIS
• Com essa técnica, realiza-se a exame de documentos que
comprovam a veracidade das transações, seja por exigência
legal, seja comercial, seja de controle. No exame dos
documentos originais, o auditor deverá observar:
– Autenticidade: verificar se a documentação examinada é fidedigna;
– Normalidade: constatar se a transação realizada é adequada à
atividade da empresa;
– Aprovação: verificar a legitimidade tanto da transação como da
documentação; e
– Registro: comprovar se os registros feitos são adequados à
documentação examinada e se estão contabilizados
apropriadamente.
• O exame dos documentos originais é aplicados na
documentação de vendas realizadas, de serviços adquiridos
ou vendidos e de contratos de empréstimos obtidos.
Principais procedimentos
CONFERÊNCIA DE CÁLCULOS
• Essa técnica verifica a adequação das operações
aritméticas. A conferência de cálculos poderá revelar erros
cometidos durante a contabilização das transações que
ocasionariam, conseqüentemente, distorções nas
demonstrações contábeis da empresa.
• A técnica de conferência de cálculos é aplicada em listagem
de estoques, soma do razão auxiliar de clientes e
fornecedores, cálculo da equivalência patrimonial sobre os
investimentos e cálculo dos juros a receber e a pagar. A
utilização de sistemas eletrônicos de processamento de
dados, ao contrário ao que inicialmente se poderia pensar,
amplia a necessidade de aplicação dessa técnica, tendo em
vista existirem sistemas com sub-rotinas que viciam
relatórios e planilhas.
Principais procedimentos
EXAME DA ESCRITURAÇÃO
• Com essa técnica, é verificada a veracidade
das informações contábeis. Normalmente, é
utilizada em análises, composições de saldo e
conciliações. A técnica do exame da
escrituração é aplicada na análise das diversas
contas a receber, das despesas de viagem e
de conciliação bancária. Recomenda-se
comparar a escrituração formal com a
documentação auxiliar, e ainda a
documentação que fundamenta os
lançamentos, em particular os mais relevantes.
Principais procedimentos
INVESTIGAÇÃO MINUCIOSA
• Trata-se do exame em profundidade da matéria
auditada, podendo ser por meio de documento,
análise ou informação obtida. Objetiva certificar
se o objeto auditado é fidedigno, devendo o
auditor atentar para a existência de quaisquer
anomalias. A técnica de investigação minuciosa
é aplicada em exame de pagamentos
realizados, de relatórios de despesas de
viagens, de compras e vendas e de provisão
para devedores duvidosos.
Principais procedimentos
INQUÉRITO
• Consiste na formulação de perguntas e na obtenção
de respostas satisfatórias. Pode ser realizado por
meio de declarações formais ou contatos informais.
Recomenda-se que perguntas sobre um mesmo
assunto sejam feitas a diversas pessoas e que as
informações obtidas sejam comprovadas para validar
a opinião do auditor.
• A técnica de inquérito é aplicada para verificar o
aumento de vendas no período, a posição dos
investimentos, a existência de duplicatas a receber
em atraso e os controles internos. Alguns autores
também denominam essa técnica de entrevista ou
confirmação interna.
Principais procedimentos
EXAME DOS REGISTROS AUXILIARES
• Essa técnica verifica a autenticidade dos
registros examinados. Deverá ser conjugada
com as outras técnicas para comprovar a
fidedignidade do registro principal. A técnica do
exame de registros auxiliares é normalmente
aplicada em contas a receber e a pagar; nas
contas de imobilizado; estoques e vendas.
Principais procedimentos
OBSERVAÇÃO
• A observação é a técnica mais subjetiva, pois
depende da experiência e perspicácia do
auditor. Pode revelar erros, problemas ou
deficiências do item em exame. A técnica de
observação é voltada para a verificação de
movimentação morosa de itens dos estoques,
uniformidade e obediência aos Princípios
Fundamentais de Contabilidade e classificação
contábil. É também utilizada para verificar se as
tarefas são realizadas de acordo com a
legislação ou manuais internos de
procedimentos.
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
• A amostragem é o processo pelo qual se formula
julgamento sobre um todo (população) após o exame
apenas de parte do mesmo (amostra). Para ser
válida, a amostra terá de ser representativa da
população, devendo cada item da população ter a
mesma probabilidade de ser selecionado, ou seja,
incluído na amostra.
• A amostragem pode ser estatística (fundamenta-se na
distribuição amostral ou seleção aleatória) ou
subjetiva (não tem base estatística, e a amostra é
selecionada por critérios pessoais decorrentes da
experiência profissional e do conhecimento da área
auditada). Na amostragem subjetiva, as amostras são
extraídas independentemente de bases estatísticas
quanto ao tamanho e método de seleção.
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
• A amostragem estatística utiliza, por sua vez, os
métodos de números aleatórios, de números
sistemáticos ou intervalos, a estratificação e a
amostragem grupal ou por lotes:
• números aleatórios: os itens, quer da população total,
quer das estratifícações efetuadas, são selecionados
ao acaso. Essa técnica é mais fácil de ser aplicada
quando os itens da população são de alguma forma
ordenados, de preferência numericamente. Para a
escolha dos itens, podem ser compostas tabelas de
números dispostos de modo aleatório, que serão
consultadas pelo auditor durante o trabalho, conforme
exemplo:
Principais procedimentos
AMOSTRAGEM
• Números sistemáticos ou intervalos: os itens, quer da
população total, quer das estratificações efetuadas, são
selecionados de forma a permanecer entre eles um
intervalo uniforme, como, por exemplo, a cada 10 notas
fiscais;
• Estratificação: é a separação da população em classes.
Esse método permite utilizar diferentes sistemas para
analisar cada classe estratificada. É recomendado, por
exemplo, para populações que apresentem muitas
diferenças em valores individuais ou em datas; e
• Amostragem grupal ou por lotes: consiste na escolha de
certos grupos de transações a serem examinados ou
testados em sua totalidade como, por exemplo, as
transações de uma data ou as transações de certa
natureza.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
• Vide NBC TA 300 - Planejamento.
RELEVÂNCIA
• Os exames de auditoria devem ser planejados e
executados na expectativa de que os eventos
relevantes relacionados com as demonstrações
contábeis sejam identificados.
• A relevância depende da representatividade
quantitativa ou qualitativa do item ou da distorção
em relação às demonstrações contábeis como um
todo ou a informação sob análise. Uma
informação é relevante se sua omissão ou
distorção puder influenciar a decisão dos
usuários dessa informação no contexto das
demonstrações contábeis. Omissões e distorções
são causadas por erros ou fraudes
RELEVÂNCIA
• O objetivo de uma auditoria das demonstrações
contábeis é permitir ao auditor independente
expressar opinião se essas demonstrações estão,
ou não, preparadas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com práticas contábeis
aplicáveis às circunstâncias. A determinação do
que é relevante, nesse contexto, é uma questão de
julgamento profissional.
• Na fase de planejamento, ao definir seu plano de
auditoria, o auditor independente deve estabelecer
um nível de relevância aceitável para permitir a
detecção de distorções relevantes. Tanto o
montante (aspecto quantitativo) como a natureza
(aspecto qualitativo) de possíveis distorções
devem ser considerados e documentados nos
papéis de trabalho de auditoria, para referência
durante a execução e a conclusão dos trabalhos.
RELEVÂNCIA
• Exemplos de distorções de caráter
qualitativo são:
• a) inadequada descrição de uma prática
contábil quando for provável que um
usuário das demonstrações contábeis
possa interpretar, incorretamente, tal
prática;
• b) ausência de divulgação de um
descumprimento regulamentar ou
contratual quando tal descumprimento
possa vir a afetar, de forma relevante, a
capacidade operacional da entidade
auditada ou possa resultar em sanções.
RISCO DE AUDITORIA
• Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor
vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada
sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. A análise dos riscos
de auditoria deve ser feita na fase de
planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância em dois níveis:
• em nível geral, considerando as demonstrações
contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as
atividades, qualidade da administração, avaliação
do sistema contábil e de controles internos e
situação econômica e financeira da entidade; e
• em níveis específicos, relativos ao saldo das
contas ou natureza e volume das transações.
RISCO DE AUDITORIA
• Vide NBC TA 315 - Risco
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL
E DE CONTROLES INTERNOS
• O sistema contábil e de controles internos compreende o plano de
organização e o conjunto integrado de método e procedimentos
adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoção da
confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações
contábeis, e da sua eficácia operacional.
• O auditor deve efetuar o estudo e a avaliação do sistema contábil e de
controles internos da entidade, como base para determinar a natureza,
oportunidade e extensão da aplicação dos procedimentos de
auditoria, considerando:
a) o tamanho e a complexidade das atividades da entidade;
b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto internos quanto
externos;
c) as áreas de risco da auditoria;
d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de informatização
adotados pela entidade;
e) o grau de descentralização de decisão, adotado pela administração da
entidade; e
f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL
E DE CONTROLES INTERNOS
• O sistema contábil e de controles internos é
de responsabilidade da administração da
entidade; porém, o auditor deve efetuar
sugestões objetivas para seu
aprimoramento, decorrentes de
constatações feitas no decorrer do seu
trabalho. A avaliação do sistema contábil e
de controles internos pelo auditor deve
considerar os seguintes aspectos: a) o
ambiente de controle existente na entidade;
e b) os procedimentos de controle adotados
pela administração da entidade.
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL
E DE CONTROLES INTERNOS
• A avaliação do ambiente de controle existente
deve considerar:
a) a definição de funções de toda a administração;
b) o processo decisório adotado na entidade;
c) a estrutura organizacional da entidade e os
métodos de delegação de autoridade e
responsabilidade;
d) as políticas de pessoal e a segregação de
funções; e
e) o sistema de controle da administração,
incluindo as atribuições da auditoria interna, se
existente.
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL
E DE CONTROLES INTERNOS
• A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar:
a) as normas para a elaboração de demonstrações contábeis e
quaisquer outros informes contábeis e administrativos, para fins
internos ou externos;
b) a elaboração, a revisão e a aprovação de conciliações de contas;
c) a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros;
d) a adoção de sistemas de informação computadorizados e os
controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a
arquivos e geração de relatórios;
e) os controles adotados sobre as contas que registram as principais
transações da entidade;
f) o sistema de aprovação e a guarda de documentos;
g) a comparação de dados internos com fontes externas de
informação;
h) os procedimentos de inspeções físicas periódicas em ativos da
entidade;
i) a limitação do acesso físico a ativos e registros; e
j) a comparação dos dados realizados com os dados projetados.
APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE
AUDITORIA
• A aplicação dos procedimentos de auditoria
deve ser realizada, em razão da complexidade
e volume das operações, por meio de provas
seletivas, testes e amostragens, cabendo ao
auditor, com base na análise de riscos de
auditoria e outros elementos de que dispuser,
determinar a amplitude dos exames
necessários à obtenção dos elementos de
convicção que sejam válidos para o todo. Na
aplicação dos testes de observância e
substantivos, o auditor deve considerar os
seguintes procedimentos técnicos básicos:
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
• procedimentos e critérios relativos à documentação
mínima obrigatória a ser gerada na realização dos
trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.
• O auditor deve documentar as questões que foram
consideradas importantes para proporcionar evidência,
visando a fundamentar seu parecer da auditoria e
comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as
Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis.
• Os papéis de trabalho constituem a documentação
preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da
auditoria. Eles integram um processo organizado de
registro de evidências da auditoria, por intermédio de
informações em papel, meios eletrônicos ou outros que
assegurem o objetivo a que se destinam. Devem ter
abrangência e grau e grau de detalhe
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
Os papéis de trabalho destinam-se a:
• a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias
anteriores ou pelos coligidos quando da contratação de uma
primeira auditoria, no planejamento e na execução da
auditoria;
• b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e
• c) registrar as evidências do trabalho executado, para
fundamentar o parecer do auditor independente.
Os papéis de trabalho, além de outros mais específicos,
incluem:
• a) informações sobre a estrutura organizacional e legal da
entidade;
• b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;
• c) informações sobre o setor de atividades, ambiente
econômico e legal em que a entidade opera;
• d) evidências do processo de planejamento, incluindo
programas de auditoria e quaisquer mudanças nesses
programas;
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
• e) evidências do entendimento, por parte do auditor,
do sistema contábil e do controle interno, e sua
concordância quanto à eficácia e adequação;
• f) evidências de avaliação dos riscos de auditoria;
• g) evidências de avaliação e conclusões do auditor e
revisão sobre o trabalho da auditoria interna;
• h) análises de transações, movimentação e saldos
de contas;
• i) análises de tendências, coeficientes, quocientes,
índices e outros indicadores significativos;
• j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria e seus resultados;
• k) evidências de que o trabalho executado pela
equipe técnica foi supervisionado e revisado;
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
• l) indicação de quem executou e revisou os procedimentos
de auditoria e de quando o fez;
• m)detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações
contábeis auditadas por outro auditor;
• n) cópias de comunicações com outros auditores, peritos,
especialistas e terceiros;
• o) cópias de comunicações à administração da entidade, e
suas respostas, em relação aos trabalhos, às condições de
contratação e às deficiências constatadas, inclusive no
controle interno;
• p) cartas de responsabilidade da administração;
• q) conclusões do auditor acerca de aspectos significativos,
incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas
questões não-usuais;
• r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela
administração da entidade e pelo contabilista responsável,
e do parecer e dos relatórios do auditor.
DOCUMENTAÇÃO DA AUDITORIA
• CONFIDENCIALIDADE, CUSTÓDIA E PROPRIEDADE DOS PAPÉIS
DE TRABALHO
• O auditor deve adotar procedimentos apropriados
para manter a custódia dos papéis de trabalho pelo
prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do
seu parecer. A confidencialidade dos papéis de
trabalho é dever permanente do auditor. Os papéis
de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor.
Partes ou excertos destes podem, a critério do
auditor, ser postos à disposição da entidade. Os
papéis de trabalho quando solicitados por terceiros
somente podem ser disponibilizados após
autorização formal da entidade auditada, de acordo
com a NBC P 1.6.
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA
ENTIDADE
• A continuidade normal das atividades da entidade deve
merecer especial atenção do auditor, quando do
planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de
auditoria, e deve ser complementada quando da execução de
seus exames. A evidência de normalidade pelo prazo de um
ano após a data das Demonstrações Contábeis é suficiente
para a caracterização dessa continuidade.
• Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem indícios
que ponham em dúvida essa continuidade, deve o auditor
aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessários
para a formação de juízo embasado e conclusivo sobre a
matéria.
• Quando constatar que há evidências de riscos na
continuidade normal das atividades da entidade, o auditor
deve, em seu parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase,
os efeitos que tal situação pode determinar na continuidade
operacional da entidade, de modo que os usuários tenham
adequada informação sobre a mesma.
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE
Embora não-exaustivos, pelos menos os seguintes pressupostos
devem ser adotados pelo auditor na análise da continuidade da
entidade auditada:
- indicações financeiras: a) passivo a descoberto (Patrimônio
Líquido negativo); b) posição negativa do Capital Circulante
(deficiência de Capital Circulante); c) empréstimos com prazo fixo e
vencimentos imediatos sem perspectiva realista de pagamento ou
renovação, ou uso excessivo de empréstimos em curto prazo para
financiar ativos em longo prazo; d) principais índices financeiros
adversos de forma continuada; e) prejuízos operacionais
substanciais de forma continuada; f) falta de capacidade financeira
dos devedores em saldar seus compromissos com a entidade; g)
atrasos nos pagamentos ou incapacidade financeira de propor e
pagar dividendos; h) incapacidade financeira de pagar credores
nos vencimentos; i) dificuldade de cumprir as condições dos
contratos de empréstimo (tais como cumprimento de índices
econômico-financeiros contratados, garantias ou fianças); j)
mudança de transações a crédito para pagamento à vista dos
fornecedores; k) incapacidade em obter financiamentos para
desenvolvimento de novos negócios de produtos, e inversões para
aumento da capacidade produtiva;
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE
• indicações operacionais: a) perda de pessoal-chave na
administração, sem que haja substituição; b) perda da licença,
franquia, mercado importante, fornecedor essencial ou
financiador estratégico; c) dificuldade de manter mão-de-obra
essencial para a manutenção da atividade ou falta de
suprimentos importantes.
• outras indicações: a) descumprimento de exigências de capital
mínimo ou de outras exigências legais ou regulamentares,
inclusive as estatutárias; b) contingências ou processos legais
e administrativos pendentes contra a entidade que resultem em
obrigações que não possam ser cumpridas; c) alterações na
legislação ou política governamental que afetem, de forma
adversa, a entidade; d) para as entidades sujeitas a controle de
órgãos reguladores governamentais, tais como Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Banco Central do Brasil (BCB),
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), Superintendência de Seguros
Privados (Susep), Secretaria de Previdência Complementar
(SPC) e outros, devem ser considerados os fatores de riscos
inerentes às respectivas atividades.
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE
• Se a divulgação nas Demonstrações Contábeis for adequada,
o auditor deve emitir um parecer sem ressalva, adicionando um
parágrafo de ênfase que destaque o problema da
continuidade operacional da entidade, fazendo referência
à nota explicativa nas Demonstrações Contábeis que divulgue
os aspectos relacionados ao assunto. Segue exemplo de
parágrafo desse tipo:
• “Conforme descrito na Nota Explicativa X às Demonstrações
Contábeis, a Entidade apresentou prejuízo líquido de XXX
durante o exercício findo em 31 de dezembro de XXX1 e,
naquela data, o passivo circulante da Entidade excedia seu
ativo circulante em XXX, e seu passivo total excedia seu ativo
total em XXX. Esses fatores, juntamente com outros assuntos
apresentados na Nota X, levantam dúvida substancial de que a
Entidade tenha condições de manter a continuidade normal de
suas atividades. As Demonstrações Contábeis não incluem
quaisquer ajustes relativos à realização e à classificação dos
valores de ativos ou quanto aos valores de liquidação e à
classificação de passivos que seriam requeridos na
impossibilidade de a Entidade continuar operando”.
CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE
Se não for feita divulgação adequada nas Demonstrações Contábeis,
o auditor deve emitir um parecer com ressalva ou com opinião
adversa, como for apropriado. Segue um exemplo de parágrafos que
descrevem a razão da ressalva e da opinião, quando tiver de ser
emitido um parecer com ressalva:
“A Entidade não divulgou que não conseguiu renegociar seus
empréstimos bancários. Sem esse suporte financeiro, existe dúvida
substancial de que a Entidade tenha condições de continuar em
regime normal de atividades. Conseqüentemente, podem ser
necessários ajustes relativos à realização e à classificação dos valores
de ativos ou quanto aos valores e à classificação dos passivos que
seriam requeridos na impossibilidade de a Entidade continuar
operando. As Demonstrações Contábeis não incluem esses eventuais
ajustes.
Em nossa opinião, exceto quanto à omissão das informações incluídas
no parágrafo precedente, as Demonstrações Contábeis apresentam,
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as posições
patrimonial e financeira da Entidade em 31 de dezembro de XXXX, os
resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido
e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil”.
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO
DE DADOS – PED
DISPOSIÇÕES GERAIS
Pressupõe-se que existe um ambiente de PED quando um
computador de qualquer tipo ou tamanho é utilizado pela entidade no
processamento de informações contábeis de relevância para a
auditoria, indiferentemente se o computador é operado pela própria
entidade ou por terceiros.
O objetivo e o escopo geral de uma auditoria não mudam em um
ambiente de PED. Entretanto, a utilização de um computador muda o
processamento, armazenamento e comunicação das informações
contábeis, e pode afetar os sistemas de controles internos e contábeis
utilizados pela entidade. Conseqüentemente, um ambiente de PED
pode afetar:
a) os procedimentos seguidos pelo auditor para obter um
entendimento suficiente dos sistemas de controles internos e
contábeis;
b) a avaliação do risco inerente e do risco de controle por meio dos
quais o auditor chega à avaliação de risco de auditoria; e
c) o planejamento e execução dos testes de controle e aplicação de
procedimentos substantivos adequados para alcançar o objetivo de
auditoria por parte do auditor.
ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um
item que considera as melhores evidências disponíveis,
incluindo fatores objetivos e subjetivos, quando não exista
forma precisa de apuração, e requer julgamento na
determinação do valor adequado a ser registrado nas
Demonstrações Contábeis. As estimativas contábeis são de
responsabilidade da administração da entidade. O auditor
deve ter conhecimentos suficientes sobre os controles, os
procedimentos e os métodos utilizados pela entidade no
São exemplos de estimativa contábil, entre outros, os
valores destinados a possibilitar os registros relativos a: a)
provisões para reduzir ativos ao seu valor provável de
realização; b) provisões para alocar o custo de itens do
ativo durante suas vidas úteis estimadas (depreciação,
exaustão ou amortização); c) receitas auferidas; d) custos e
despesas incorridos; e) impostos diferidos; f) provisões para
perdas em geral; g) prejuízos sobre contratos em
andamento; h) provisões de garantia; i ) provisões para
indenizações.
ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
Os procedimentos envolvidos na revisão e no teste
do processo utilizado pela administração da
entidade são:
A) avaliação dos dados e consideração dos
pressupostos em que a estimativa se baseia;
B) teste dos cálculos envolvidos na estimativa;
C) comparação, quando possível, de estimativas
feitas em períodos anteriores com os resultados
reais desses períodos; e
D) consideração dos procedimentos de aprovação
da administração da entidade.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
Na fase de planejamento, o auditor deve obter evidências
suficientes para identificar partes relacionadas, possibilitando
detectar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transações
relevantes que as envolvam. O auditor deve examinar as
transações relevantes com partes relacionadas, aplicando os
procedimentos necessários à obtenção de informação sobre a
finalidade, natureza e extensão das transações, com especial
atenção aquelas que parecerem anormais ou envolvam partes
relacionadas não identificadas quando do planejamento.
Considerando que a administração da entidade é responsável
por identificar e divulgar partes relacionadas e transações com
tais partes, essa responsabilidade exige que a administração
implante sistema contábil e de controle interno adequados,
para assegurar que as transações com partes relacionadas
sejam, apropriadamente, identificadas nos registros contábeis
e informações extracontábeis e divulgadas nas
Demonstrações Contábeis.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
No desenvolvimento da auditoria, o auditor deve atentar
para transações que pareçam não-usuais nas
circunstâncias e possam indicar a existência de partes
relacionadas ainda não-identificadas. Exemplos:
A) transações com condições negociais anormais, tais
como: preços, taxas de juros, garantias e condições de
pagamento não-usuais ou fora das condições de mercado
ou que seriam realizadas com terceiros;
B) transações que, aparentemente, careçam de motivo
negocial lógico;
C) transações em que a essência difere da forma;
D) transações processadas de maneira não-usual;
E) transações significativas ou de grande volume com
certos clientes ou fornecedores, em comparação com
outros; e
F) transações não-registradas, tais como: recebimento ou
prestação de serviços administrativos sem custo.
TRANSAÇÕES E EVENTOS
SUBSEQÜENTES
CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS
O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de
transações e eventos subseqüentes relevantes ao exame das
Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em
parágrafo de ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas
adequadamente.
O auditor deve considerar três situações de eventos subseqüentes:
a) os ocorridos entre a data do término do exercício social e a data
da emissão do parecer; b) os ocorridos depois do término do
trabalho de campo e da emissão do parecer, e antes da
divulgação das Demonstrações Contábeis; e c) os conhecidos
após a divulgação das Demonstrações Contábeis.
Para ter condições de formar opinião sobre as Demonstrações
Contábeis, considerando os efeitos relevantes das transações e
eventos subseqüentes ao encerramento do exercício social, o
auditor deve considerar: a) os procedimentos da administração para
que os eventos sejam divulgados; b) os atos e fatos administrativos
registrados em atas de reuniões de acionistas, administradores e
outros órgãos estatutários; ...
TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES
c) os informes de qualquer espécie divulgados pela entidade;
d) a situação de contingências conhecidas e reveladas pela
administração e pelos advogados da entidade; e) a existência
de eventos não-revelados pela administração nas
Demonstrações Contábeis e que tenham efeitos relevantes
sobre as mesmas.
Exemplos de transações e eventos subseqüentes que
proporcionam evidência adicional de condições que existiam
no fim do período auditado e requerem julgamento profissional
e conhecimento dos fatos e circunstâncias: perda em contas
a receber decorrente da falência do devedor; e pagamento ou
sentença judicial.
Exemplos de transações e eventos subseqüentes havidos
entre a data de término do exercício social e a data da
divulgação das Demonstrações Contábeis são: aporte de
recursos, inclusive como aumento de capital; compra de nova
subsidiária ou de participação adicional relevante em
investimento anterior; destruição de estoques ou
estabelecimento em decorrência de sinistro; alteração do
controle societário.
TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES
TRANSAÇÕES E EVENTOS OCORRIDOS APÓS EMISSÃO DO PARECER,
E A DIVULGAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O auditor não é responsável pela execução de procedimentos ou indagações
sobre as Demonstrações Contábeis após a data do seu Parecer. Durante o
período entre as datas do Parecer do auditor e a de divulgação das
Demonstrações Contábeis, a administração é responsável por informar ao
auditor fatos que possam afetar as Demonstrações Contábeis.
Quando, após a data do Parecer do auditor, mas antes da divulgação das
Demonstrações Contábeis o auditor tomar conhecimento de fato que possa
afetar de maneira relevante as Demonstrações Contábeis, ele deve decidir se
elas devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as
medidas apropriadas às circunstâncias.
Quando a administração alterar as Demonstrações Contábeis divulgadas, o
auditor deve:
a) executar os procedimentos de auditoria necessários às circunstâncias; b)
revisar as medidas tomadas pela administração para assegurar que qualquer
pessoa que tenha recebido as Demonstrações Contábeis, anteriormente,
emitidas, juntamente com o respectivo Parecer do auditor, seja informada da
situação; e c) emitir um novo Parecer sobre as Demonstrações Contábeis
alteradas, indicando em parágrafo, após o de opinião, os motivos da
reemissão desse Parecer com referência à nota das Demonstrações
Contábeis que esclarece a alteração efetuada nas Demonstrações Contábeis.
Neste caso, são aplicáveis as considerações sobre a data do novo Parecer
mencionadas no item anterior.
CONTINGÊNGIAS
A administração da entidade é a responsável pela adoção de
políticas e procedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou
divulgar, adequadamente, os passivos não-registrados e as
contingências. Quando da execução de procedimentos de auditoria
para a identificação de passivos não-registrados e contingências, o
Auditor Independente deve obter evidências para os seguintes
assuntos, desde que relevantes:
a existência de uma condição ou uma situação circunstancial
ocorrida, indicando uma incerteza com possibilidade de perdas ou
ganhos para a entidade; a) o período em que foram gerados; b) o
grau de probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável; e
c) o valor ou a extensão de perda ou ganho potencial.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Os eventos ou as condições que devem ser considerados na
identificação da existência de passivos não-registrados e de
contingências para a avaliação de sua adequada apresentação nas
Demonstrações Contábeis são questões de direto conhecimento e,
freqüentemente, objeto de controle da administração da entidade e,
portanto, seus administradores constituem-se em fonte primária de
informação sobre esses eventos ou essas condições.
CONTINGÊNGIAS
Dessa forma, os seguintes procedimentos devem ser executados
pelo Auditor Independente com respeito aos passivos não-
registrados e às contingências:
a) indagar e discutir com a administração a respeito das políticas e
dos procedimentos adotados para identificar, avaliar e contabilizar
e/ou divulgar os passivos não-registrados e as contingências;
b) obter, formalmente, da administração uma descrição das
contingências na data de encerramento das Demonstrações
Contábeis e para o período que abrange essa data e a data de
emissão do parecer de auditoria sobre essas demonstrações,
incluindo a identificação dos assuntos sob os cuidados profissionais
de consultores jurídicos;
c) examinar os documentos em poder do cliente vinculados aos
passivos não-registrados e às contingências, incluindo
correspondências e faturas de consultores jurídicos;
d) obter representação formal da administração, contendo a lista de
consultores ou assessores jurídicos que cuidam do assunto e
representação de que todas as contingências potenciais ou ainda
não-formalizadas, relevantes, foram divulgadas nas Demonstrações
Contábeis.
CONTINGÊNGIAS
CIRCULARIZAÇÃO DOS CONSULTORES JURÍDICOS
A circularização dos consultores jurídicos é uma forma de o
auditor obter confirmação independente das informações
fornecidas pela administração referentes a situações
relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões
tributárias. As respostas recebidas do departamento jurídico
da entidade, ou de seus consultores internos, quando estes
não forem os patronos das causas, mas as acompanham,
servem de evidência para o auditor avaliar se a administração
adotou os procedimentos adequados para a contabilização
e/ou divulgação dos passivos não-registrados e/ou das
contingências (ativas ou passivas). No entanto, essas
respostas não devem ser consideradas como evidências
definitivas ou substitutas, no caso da recusa dos consultores
jurídicos externos em responder ao pedido, principalmente, se
formalizadas. Quando advogados internos (ou o departamento
competente) forem os patronos da causa, todavia, é
adequado que respondam às cartas referidas no parágrafo
seguinte.
Auditoria de Disponibilidades - Objetivo
• A auditoria do disponível tem a finalidade de:
a. determinar sua existência, que poderá estar na
companhia, em bancos ou com terceiros;
b. determinar se é pertencente à companhia;
c. determinar se foram utilizados os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, em bases
uniformes;
d. determinar a existência de restrições de uso ou de
vinculações em garantia; e
e. determinar se está corretamente classificado nas
demonstrações financeiras e se as divulgações
cabíveis foram expostas por notas explicativas.
Auditoria de Disponibilidades – Controle Interno
• segregação de funções entre a custódia de valores e a
contabilização;
• sistema de autorização e aprovação para pagamento;
• conciliações bancárias periódicas e revisadas por pessoa
independente da sua preparação;
• utilização de fichas de razão individuais para as diversas
contas do disponível; .utilização de duas pessoas
independentes para a assinatura de cheques; .abertura de
contas bancárias pela administração;
• sistema de fundo fixo para os valores mantidos em mãos;
• cancelamento de documentação comprobatória após o
pagamento;
• controle de pagamentos para evitar atrasos e,
conseqüentemente, multas ou juros de mora; e
• controle diário dos recebimentos e acompanhamento entre o
valor depositado e o efetivamente recebido.
Auditoria de Disponibilidades – Procedimentos
Auditoria de Disponibilidades – Procedimentos
Auditoria de Disponibilidades – Procedimentos
• Verificação das disponibilidades: existência de
vários caixas; fundo fixo de caixa, existência de
várias contas bancárias, contas bancárias
encerradas
• Contagem de caixa: contagem surpresa,
número de caixas existentes, presença de
responsável
• Contas bancárias: conciliação bancária, extrato
bancário
• Aplicações financeiras
Auditoria de Contas a Receber – Objetivo
• A auditoria das contas a receber tem a
finalidade de:
a. determinar sua existência e representatividade
contra os devedores envolvidos;
b. determinar se é de propriedade da companhia;
c. determinar se foram utilizados os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, em bases
uniformes;
d. determinar a existência de restrições de uso, de
vinculações em garantia ou de contingências; e
e. determinar que está corretamente classificada
nas demonstrações financeiras e que as
divulgações aplicáveis foram expostas por notas
explicativas.
Auditoria de Contas a Receber – Controle interno
• Segregação de funções entre custódia das
contas a receber e a de contabilização
• Autorização para descontos por pessoa
independente de sua guarda; .
• Análise permanente das contas a receber
atrasadas e esforço para seu recebimento;
• Utilização de recebimentos por via
bancária;
• Confirmação dos devedores, por pessoa
independente da custódia.
Auditoria de Contas a Receber – Procedimentos
Auditoria de Contas a Receber – Procedimentos
Auditoria de Contas a Receber – Realização
• Ao determinar que as contas a receber são de direito
efetivos contra os devedores e são reais, precisa certificar-
se de que, embora estas se constituam direitos efetivos
contras os devedores, serão realmente recebidas, e assim
verificar a razoabilidade da provisão para as perdas. Esta
analise pode ser feita pelos seguintes procedimentos
- Obtenção da listagem das contas a rec. Por idade,
determinando os clientes em atraso ou de difícil realização
- Discussão com a gerência encarregada das contas a
receber para explicações dos atrasos e identificação dos
clientes de difícil realização
- Obtenção de resposta de advogados externos ou interno
com a situação dos processos movidos contra os clientes e
suas possibilidades de recebimentos
Auditoria de Estoques – Objetivo
• Determinar sua existência, que poderá estar na empresa,
em custódia com terceiros ou em trânsito
• Determinar se é pertencente a empresa
• Determinar se foram aplicados os princípios de contabilidade
geralmente aceitos, em bases uniformes
• Determinar se estão corretamente classificados nas
demonstrações e se as divulgações cabíveis foram expostas
por nota explicativa
• Determinar a existência de estoques penhorados ou dados
em garantia
Auditoria de Estoques – Controle interno
• Segregação de função entre a guarda física dos estoques e
a de contabilização
• Autorização de compra por pessoa de nível
• utilização de coleta de preços para compras;
• utilização de requisição de materiais para produção;
• apontamentos das horas trabalhadas na produção;
• registro perpétuo do estoque;
• determinação de ponto mínimo de estoque;
• conciliação periódica entre o registro perpétuo e o razão
sintético de estoques;
• contagens rotativas de estoques;
• sistema de custo integrado à contabilidade;
• segregação de funções entre o setor de compras e o de
recebimento;
• contagem física quando da recepção e emissão de
documento comprobatório.
Auditoria de Estoques – Procedimentos
Auditoria de Estoques – Procedimentos
Auditoria de Estoques – Orientação
• Contagem Física de estoque – meio pela qual o
auditor se satisfaz quanto a existência efetiva
do estoque. Não importa quão eficiente é o
sistema de registro contábil dos estoques
empregado pela empresa, a contagem física
faz-se necessária para assegurar que o registro
contábil reflita com propriedade a existência
física. A responsabilidade pela contagem física
é da empresa, cabendo ao auditor a
responsabilidade pelo acompanhamento e pela
observação do levantamento físico dos
estoques
Auditoria de Estoques – Orientação
• Avaliação dos estoques – O principio de
contabilidade indica o custo como base de
valor para a efetiva avaliação do estoque, ou
seja, entre custo ou mercado, dos dois o
menor. Dessa forma o auditor deve apurar se a
base que a empresa se propôs utilizar esta
sendo realmente seguida e realizada.
• PEPS, UEPS MPM
Auditoria de Estoques – Orientação
• Realização do estoque – deve desenvolver
procedimentos para a determinação de
quaisquer problemas com a realização do
estoque, quer sejam com a perda de potencial
em relação ao mercado, quer com prazos alem
do normalmente realizável. Durante a
contagem física o auditor tem poder de
observação quanto a qualidade e quantidade
de estoques existentes. O auditor de estar
alerta quanto a possibilidade de existência de
materiais morosos, obsoletos, deteriorados.
Auditoria de Estoques – Orientação
• Cut-off (corte) – visa identificar a correta
contabilização das transações em seus períodos de
competência. constitui-se no confronto entre os
documentos representativos das aquisições e vendas
de mercadorias ou produtos (notas fiscais de entrada
e saída) com os respectivos registros contábeis (nos
livros razão analítico, diário, registro de entradas,
registro de saídas, registro de inventário ...) e com o
inventário físico. O "corte" nos estoques representa o
procedimento básico da inspeção. Podem ocorrer
casos em que mercadorias tenham sido incluídas no
estoque físico sem que tenha havido a conseqüente
contabilização, ou então de vendas realizadas em
períodos inadequados.
Auditoria de Despesas Antecipadas – Objetivo
• Determinar que representam gastos efetivos
que irão beneficiar o período subseqüente
• Determinar se foram utilizados em bases
uniformes os princípios de contabilidade
geralmente aceitos;
• Determinar se estão corretamente classificadas
nas demonstrações contábeis e se as
divulgações cabíveis foram expostas nas notas
explicativas
Auditoria de Despesas Antecipadas – Controle Int.
• Mapa de apropriação mensal das despesas
antecipadas
• Sistema de autorização e aprovação para
pagamentos
• Estabelecimento de política e critérios
contábeis definidos para as despesas
antecipadas
• Estabelecimento de política definida para a
contratação de seguros para seus ativos
Auditoria de Despesas Antecipadas – Procedimentos
Auditoria de Não circulante - Realizável a
Longo prazo
A revisão de controle interno e os procedimentos
de auditoria relacionados com o LP são os
mesmos dos descritos nas contas do circulante,
uma vez que as contas classificadas no
Realizável a LP são da mesma natureza
daquelas.
Créditos de acionistas, diretores e sociedades
coligadas e controladas – Não operacionais
devem ser classificadas no LP
Auditoria de Investimentos
Objetivos - A auditoria dos investimentos
classificáveis no ativo permanente tem a finalidade:
a. determinar sua existência em poder da
companhia ou em custódia com terceiros;
b. determinar se é de propriedade da companhia;
c. determinar se foram utilizados os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, em bases
uniformes;
d. determinar a existência de vinculações em
garantia;
e. determinar se a receita ou o prejuízo apropriável
ao período foram adequadamente contabilizados; e
f. determinar se estão corretamente classificados
nas demonstrações financeiras e se as divulgações
cabíveis foram expostas por notas explicativas.
Auditoria de Investimentos – Procedimentos
Auditoria de Investimentos – Procedimentos

• Orientações Gerais
• Classificações corretas
• Sociedades controladas e coligadas
• Critérios de avaliação (custo ou equivalência)
Auditoria de Investimentos – Orientação
• Classificações corretas
• Sociedades controladas e coligadas
• Critérios de avaliação (custo ou
equivalência)
Auditoria de Imobilizado - Objetivos
• A auditoria do imobilizado tem as seguintes finalidades:
• a) determinar sua existência física e a permanência em uso;
• b) determinar se pertence à companhia;
• c) determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade
geralmente aceitos, em bases uniformes;
• d) determinar se o imobilizado não contém despesas
capitalizadas e, por outro lado, as despesas não contêm itens
capitalizáveis;
• e) determinar se os bens do imobilizado foram adequadamente
depreciados e corrigidos monetariamente em bases aceitáveis;
• f) determinar a existência de imobilizado penhorado, dado em
garantia ou com restrição de uso; e
• G) determinar se o imobilizado está corretamente classificado
nas demonstra- ções financeiras e se as divulgações cabíveis
foram expostas por notas explicativas.
Auditoria de Imobilizado - Controle
• .contagens físicas periódicas;
• .balanceamento periódico entre as fichas
individuais do imobilizado com os registros
contábeis;
• .sistema de autorização para aquisições e vendas
de bens do imobilizado; .sistema de comunicação
para os casos de transferências, obsolescência ou
• baixas de bens do imobilizado;
• .limites definidos de capitalização quanto a
valores e tempo de vida útil;
• .segregação de funções entre o setor de compras
e a recepção dos bens do imobilizado.
Auditoria de Imobilizado - Procedimentos
Auditoria de Imobilizado - Procedimentos
Auditoria de Passivos - Objetivos
• A auditoria dos passivos tem a finalidade de:
• a. determinar se são pertencentes à
companhia;
• b. determinar se foram utilizados os princípios
de contabilidade geralmente aceitos, em bases
uniformes;
• c. determinar a existência de ativos dados em
garantia ou vinculações aos passivos; e
• d. determinar se estão corretamente
classificados nas demonstrações financeiras, e
se as divulgações cabíveis foram expostas por
notas explicativas.
Auditoria de Passivos - Controles
• segregação de funções entre o setor de contas a
pagar e tesouraria;
• segregação de funções entre o setor de contas a
pagar e o setor de compras;
• sistema de autorização e aprovação para compras e
pagamentos;
• .balanceamento periódico entre o setor de contas a
pagar e a contabilidade;
• utilização de duas pessoas independentes para a
assinatura de cheques;
• cancelamento da documentação comprobatória após
o pagamento;
• atualização constante dos passivos a pagar sujeitos a
variação do poder aquisitivo da moeda; e
• controle de pagamentos para evitar atrasos e
conseqüente multa ou juros de mora.
Auditoria de Passivos - Procedimentos
Auditoria de Passivos - Procedimentos
Auditoria de PL - Objetivos
A auditoria do patrimônio líquido tem as seguintes
finalidades:
• a. determinar se as ações ou o título de propriedade do
capital social foram adequadamente autorizados e
emitidos;
• b. determinar se todas as normas descritas nos estatutos
sociais, as obriga- ções sociais e legais foram cumpridas;
• c. determinar se foram utilizados os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes;
• d. determinar a existência de restrições de uso das contas
patrimoniais;
• e. determinar se o patrimônio líquido está corretamente
classificado nas demonstrações financeiras, se as
divulgações cabíveis foram expostas por notas
explicativas.
Auditoria de PL - Controles
• segregação de funções entre a guarda física das
cautelas e pessoas autorizadas a assinar;
• decisões importantes aprovadas por assembléias
ou atas de reuniões da diretoria;
• assinatura de cheques para pagamentos de
dividendos por duas pessoas independentes;
• sistema de autorização e aprovação para
desdobramento de cautelas; e .segregação de
funções entre o departamento de ações e a
contabilidade.
Auditoria de PL - Procedimentos
Auditoria de PL - Procedimentos
Auditoria de Resultados - Objetivos
• A auditoria do resultado tem como finalidades:
• a. determinar se todas as receitas, custos e despesas
atribuídos ao período estão devidamente comprovados e
contabilizados;
• b. determinar se todas as receitas, custos e despesas não
atribuídos ao perío- do ou que beneficiem exercícios futuros
estão corretamente diferidos;
• c. determinar se os custos e despesas estão corretamente
contrapostos às receitas devidas;
• d. determinar se as receitas, custos e despesas estão
contabilizados de acordo com os princípios de contabilidade
geralmente aceitos, em bases uniformes; e
• e. determinar se as receitas, custos e despesas estão
corretamente classifica- dos nas demonstrações financeiras, e
se as divulgações cabíveis foram expostas por notas
explicativas.

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