Aula Do Prof Vicenzi

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA E DESENVOLVIMENTO RURAL
Produção intensiva de leite

à base de pasto
Prof. Mário Luiz Vincenzi

Produção intensiva de leite à base de pasto
O quê é a produção intensiva de

leite à base de pasto?
UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O quê é a produção intensiva de leite à base de pasto?
É a produção de leite feita em pastagens perenes que

proporcione a todo o rebanho da propriedade, durante
todos os dias do ano, forragem com qualidade e em
quantidade suficientes para um rebanho saudável e
produtivo de tal forma que a atividade seja rentável e
competitiva.

O por quê da produção intensiva

de leite à base de pasto?

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?
1. ATIVIDADE LEITEIRA
No mundo Mundo 2004 – 2009 aumento de 10%

China 70,88 %
Brasil 30,00 % quinto produtor mundial
No Brasil
India 20,37 %
Em Santa Catarina
2000-2008 aumento de 86,00 %
2,2 bilhões de litros em 2008
Quinto produtor brasileiro
Produtividade média 2.000 L (2.500 L)
Presente em 71,00 % das propriedades
82,00% produzido em menos de 50 ha
Litoral sul, terceira bacia leiteira do estado
Fonte: ICEPA (2009).

1995/1996: 8,5%
2006: 3,8%
1995/1996: 55,8%
2006: 73,1% 1995/1996: 17,2%
2006: 9,9%
1995/1996: 5,9%
2006: 3,6%
Figura 1. Comparativo da distribuição da produção - Mesorregiões Geográficas

de Santa Catarina - 1995-96 e 2006. Fonte: ICEPA (2008).
2. PASTO ALIMENTO NATURAL DOS BOVINOS

3. ANIMAIS A PASTO PRODUZEM ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS AO HUMANO

4. PRODUÇÃO A BASE DE PASTO TEM MENOR CUSTO
Tabela 1 - Custo de produção de leite em 3 diferentes sistemas

no Alto Uruguai Gaúcho e Oeste de Santa Catarina
Sistema % de alimento no cocho R$/ L Custo Relativo
Pastoril Até 20 0,24 100
Semi 20 a 50 0,33 137,5
No cocho Mais de 50 0,45 187,5
Fonte: Adaptado DARTORA, V. (2002).

4. PRODUÇÃO A BASE DE PASTO TEM MENOR CUSTO
Tabela 2 - Custo relativo (R$/kg de matéria seca) dos principais

alimentos da vaca leiteira nas condições de Santa Catarina
Tipo do alimento Custo relativo
PASTAGEM NATIVA E NATURALIZADA 1
PASTAGEM CULTIVADA (PLANTADA) PERENE DE VERÃO 2
PASTAGEM NATIVA OU NATURALIZADA MELHORADA 2
PASTAGEM CULTIVADA (PLANTADA) PERENE DE INVERNO 6
PASTAGEM ANUAL DE INVERNO 16
PASTAGEM ANUAL DE VERÃO 16
SILAGEM DE MILHO 24
RAÇÃO BALANCEADA 54
Fonte: Elaborado VINCENZI, M.L. (2009).

Tabela 3 - Comparação entre a composição da silagem
de milho e do Azevém Anual
% da MS Silagem de milho Azevém
PB 8,8 20,2
DIVMO 54,4 70,1
NDT 51,4 59,8
Fonte: Ramos, M.G et al. Tabela composição de alimentos – EMPASC – Itajaí - (1988).
5. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
5.1 Evita erosão
As forrageiras proporcionam cobertura do solo, protegendo

contra o impacto da gota da água da chuva, evitando a
desestruturação superficial do solo, aumentando a infiltração,
diminuindo o escorrimento e atenuando o fenômeno da erosão
(Vincenzi, 1986).

5.2.1 Reestruturação física do solo e aumento de MO

5.2.2 Reestruturação física do solo e aumento de MO
10,5 % 14,7 %
Fonte:
UFSC Xavier, E. A. (2000) VINCENZI, M.L. CCA ZOT
Sistema radicular nodulado de amendoim forrageiro
Fonte: Laboratório de interações Microrganismo – Planta ICB/UFMG

Leguminosas noduladas
CORNICHÃO TREVO VERMELHO
Fonte: Minnesota Agricultural Experiment Station (sd).

5.3 Proteção das águas

5.4 Mantém e pode aumentar a biodiversidade

6. INTEGRAÇÃO COM OUTRAS ATIVIDADES

7. DIMINUI O TRABALHO E A PENOSIDADE DO TRABALHO

Tabela 4 - Investimento necessário para gerar um posto de

trabalho
Atividade Investimento em dólares
Industria automobilística 91.000,00
Industria química 220.000,00
Turismo 60.000,00
Leite a pasto 5.200,00
Fonte: RIBAS, C.E.D (2003).

Como fazer a produção intensiva de leite a base de pasto?
COMO FAZER A PRODUÇÃO

INTENSIVA DE LEITE A BASE
DE PASTO?

1° Administração
2° Pastagens perenes de verão são o alicerce
2.1. Tipos de pastagens perenes de verão:
- Campos nativos
- Campos naturalizados
- Pastagens cultivadas perenes de verão
3° Melhoramento com forrageiras hibernais
4° Manejo
5° A raça
6° A sombra
Fonte: Martins et al. (2009).
Fonte: Martins et al. (2009).
4
8
10
11
Campos 1 5
Fl.Ombrófila Mista
Fl.Ombrófila Densa 9 12
Fl. Nebular
13
Fl.Estacional Decidual
3
6 7
Figura 2. Mapa da cobertura vegetal “original”
de SC (adaptado de KLEIN, 1978).
Fonte: Probst (2009).
Pastagens cultivadas perenes de verão
Missioneiras
Estrelas
Hemarthrias
GRAMINEAS Quicuio
Brachiarias
Parentes do colonião
Capim elefante
Outras gramíneas tropicais
LEGUMINOSAS DE VERÃO

As missioneiras:
da folha larga;
jesuíta;
gigante;
outras do gênero Axonopus.

As estrelas:
roxa;
branca;
“coast cross”
tifton 85.

Hemarthrias:
folha fina;
folha larga.

Quicuio

Capim elefante:
Cameron
Roxo
Porte alto
Napier
var. Vale do Itajaí
Mott
Porte baixo Pioneiro
cv. 48

Brachiarias: decumbens;
humidicola;
brizantha cv. Marandu – brizantão;
ruziziensis;
brizantha cv. xaraés (MG-5);
brizantha cv. piatã;
var. mulato (hibrido ruziziensis x brizantão x decumbens)

Os parentes do colonião: tanzânia;

mombaça;
aruana;
massai.

Gramíneas nativas: Paspalum urvilei

Paspalum dilatatum
Paspalum notatum
Paspalum jesuiticum
Paspalum pumilum
Axonopus sp.

Outras gramíneas tropicais:

Capim nilo;
Braquiaria do brejo;
Capim angola;
Capim tangola;
Caranara;
Capim pojuca;
Capim Venezuela (gramão);
Capim Guatemala (capim milho);
Cana-de-açúcar.
Leguminosas de verão:
Amendoim forrageiro;
Soja perene;
Siratro;
Leucena;
Estilosantes mineirão
(S. guianensis var. vulgaris)
Estilosantes campo grande
(misturas de sementes – S. macrocephala x S. capitata)

3° MELHORAMENTO COM FORRAGEIRAS HIBERNAIS:
Sazonalidade e época de semeadura

Fertilidade do solo
Época de semeadura
Espécies
Preparo da semente
Taxa de semeadura

Tabela - Principais fontes de fósforo
Nome comercial Origem % P2O5 % CaO Micronutrientes
FOSFORITAS (FOSFATOS NATURAIS)
Arad Israel 33,5 53 Sim
Daqui Marrocos 32 52 Sim
Gafsa Norte da África 30 50 Sim
Olinda Olinda (PE) 30 48 Sim
APATITAS (FOSFATOS DE ROCHA)
Alvorada Registro (SP) 24 28 Não
Araxá MG 28 40 Não
Patos MG 21 - -
Anitápolis SC - - -
Fonte: Elaborado por Vincenzi (1998).
Fontes de Fósforo Solúvel
20% P2O5
Super Simples 53% Ca SO4
29% SO3
45% P2O5
Super Triplo 14% Ca CO3
2% S
20% P2O5
Escória de Thomas 35-60% Ca O
Micronutrientes
Espécies:
Importância das leguminosas

fixação semiótica do N do ar
micorrizas
dieta rica em N, P e Ca
maior consumo

3° Melhoramento com forrageiras hibernais:

Espécies:
trevo branco
Ladino regal
Jacui, Bagé, Guaíba
Yi
Bayucua
Leguminosas Zapican
trevo vermelho
cornichão
maku
ervilhaca

3° Melhoramento com forrageiras hibernais:

Espécies:
azevém
Gramíneas aveia preta
centeio
triticale
capim lanudo
festuca
Para regiões frias dactylis
falaris
bromus

4° MANEJO
Os princípios do Pastoreio Racional Voisin (PRV)
Divisão de área
A cerca elétrica

5° RAÇA
VACA BONECA campeã (2008) 53,00 L em três

ordenha. Proprietário Luiz Schmitz.

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Produção intensiva de leite

Prof. Mário Luiz Vincenzi

O quê é a produção intensiva de

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O quê é a produção intensiva de leite à base de pasto?

É a produção de leite feita em pastagens perenes que

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva

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No mundo Mundo 2004 – 2009 aumento de 10%

Fonte: ICEPA (2009).

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Figura 1. Comparativo da distribuição da produção - Mesorregiões Geográficas

2. PASTO ALIMENTO NATURAL DOS BOVINOS

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3. ANIMAIS A PASTO PRODUZEM ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS AO HUMANO

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

4. PRODUÇÃO A BASE DE PASTO TEM MENOR CUSTO

Tabela 1 - Custo de produção de leite em 3 diferentes sistemas

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

4. PRODUÇÃO A BASE DE PASTO TEM MENOR CUSTO

Tabela 2 - Custo relativo (R$/kg de matéria seca) dos principais

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

DIVMO 54,4 70,1

NDT 51,4 59,8

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

5.1 Evita erosão

As forrageiras proporcionam cobertura do solo, protegendo

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

5.2.2 Reestruturação física do solo e aumento de MO

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

Sistema radicular nodulado de amendoim forrageiro

Fonte: Laboratório de interações Microrganismo – Planta ICB/UFMG

UFSC VINCENZI, M.L. CCA ZOT

O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

Fonte: Minnesota Agricultural Experiment Station (sd).

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O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

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O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

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O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

6. INTEGRAÇÃO COM OUTRAS ATIVIDADES

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O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

7. DIMINUI O TRABALHO E A PENOSIDADE DO TRABALHO

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O por quê da produção intensiva de leite à base de pasto?

Tabela 4 - Investimento necessário para gerar um posto de

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Como fazer a produção intensiva de leite a base de pasto?

COMO FAZER A PRODUÇÃO

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Como fazer a produção intensiva de leite a base de pasto?

2° Pastagens perenes de verão são o alicerce

2.1. Tipos de pastagens perenes de verão:

- Pastagens cultivadas perenes de verão