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ENSINO TÉCNICO EM

UNIDADES PRISIONAIS:
perspectivas para a educação
profissional paulista

I CONIPPE – Unesp Assis


Prof. Dr. Paulo Constantino
UNESP Marília
28/11/2018 Centro Paula Souza
Objetivo

Apresentar prospecção realizada entre 2017


e 2018, baseada em pesquisa documental, a
fim de debater as políticas públicas para
expansão da educação profissional técnica
em unidades prisionais do Estado de São
Paulo.
Justificativas

• Dever do Estado: fornecer educação pública


e gratuita. Direito inalienável de todos, que
se sobrepõe às questões posteriores;

• Menos de 8,5% da população em idade


escolar aderiu ao ensino técnico no país
(INEP, 2018);
• Reflexão sobre projeto iniciado em 2018:
convênio entre o Centro Paula Souza [CPS] e
a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro
Pimentel" [FUNAP] para a oferta de duas
classes descentralizadas de ensino técnico;

• Urgência do atendimento ao PEE - Plano


Estadual de Educação (ALESP, 2016) em
vigência.
Fundamentação legal

Plano Estadual de Educação de São Paulo:


metas 10 e 11

Estratégia 10.7: “orientar a expansão da oferta de educação


de jovens e adultos articulada à educação profissional, de
modo a atender às pessoas privadas de liberdade nos
estabelecimentos penais, assegurando formação específica
dos professores e implementação de diretrizes nacionais em
regime de colaboração, conforme previsto nas Diretrizes
Nacionais para Educação de Jovens e Adultos Privados de
Liberdade”. (ALESP, 2016, p.127)
Fundamentação legal

Educação: direito social (BRASIL, 1988)

• Constituição Brasileira de 1988 (BRASIL, 1988);


• Lei de Execuções Penais (BRASIL, 1984), Lei Nº
13.163/2015: “ensino médio, regular ou supletivo, com
formação geral ou educação profissional de nível médio,
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito
constitucional de sua universalização” (BRASIL, 2015, sn.);
• Decreto nº 7.626/2011 “instituía o Plano Estratégico de
Educação no âmbito do Sistema Prisional” (BRASIL, 2011);
• Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2014) 2014-2024,
metas 9, 10 e 11. Estratégias que tratavam da educação
profissional para indivíduos com baixa escolaridade ou
abrigados nos estabelecimentos prisionais.
Situação atual da EP prisional

“Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias”


 Pessoas encarceradas no Brasil: 726.712.
 524 faziam cursos técnicos - 0,072% da população carcerária
(INFOPEN, 2016).

Estado de São Paulo:


 sem ocorrência de ensino técnico nos últimos anos, exceto
programas de qualificação básica.
 QB: cursos de menor duração e sem exigência de conclusão do
ensino fundamental ou médio, o percentual não ultrapassou 0,3%
[masculina] e 1,5% [feminina] da população carcerária ao final de
2017 (SAP, 2017a; 2017b).
 2 classes descentralizadas de cursos técnicos nas
unidades prisionais de Assis [masculina] e Tupi Paulista
[feminina] em 2018, parceria entre o Centro Paula Souza
e a FUNAP: 45 alunos matriculados (CETEC, 2018),
0,02% da população carcerária paulista recenseada.
Proposta para a EP prisional

 Número de escolas técnicas estaduais [Etec] do

CPS no ano de 2018 [223];

 Número de unidades prisionais [123] que


poderiam receber ao menos 1 turma de ensino

técnico com 25 alunos;


 Número de Etecs que estão presentes nos

mesmos municípios [70] das unidades


prisionais;

 Número de Etecs que estão presentes em


municípios em uma distância máxima de 30

quilômetros da unidade prisional [53].


Quadro 1: Comparativo do número de Etecs e Unidades Prisionais (CETEC 2018, SAP, 2018ab)
Quadro 2: Prospecção do número de alunos que poderiam ser atendidos pelas Etecs nas Unidades Prisionais do Estado por semestre
(CETEC 2018, SAP, 2018a;b)
Considerações
• Possibilidade de expansão da educação
técnica com baixo investimento real e
possível, por meio do aproveitamento da
rede pública de ensino disponível;
Considerações
• Etecs poderiam ofertar cursos técnicos
em UP, dentro de suas características,
especificidades e arranjos produtivos
regionais, em diferentes regimes;

• Total de alunos no ensino técnico prisional


poderia saltar até 6733% em médio prazo,
atingindo 3075 pessoas ou 1,35% da
população carcerária estadual em
questão.
Outros encaminhamentos

• Organizar e vencer restrições específicas


quanto ao espaço físico e tempos
escolares para o funcionamento das classes
nas unidades prisionais;

• Ampliação dos projetos desenvolvidos


para o ensino técnico paulista, com o
fortalecimento das parcerias entre o Centro
Paula Souza, a FUNAP e a Secretaria da
Administração Penitenciária;
Outros encaminhamentos

• Regimes de atendimento aos alunos que


permitam o acesso aos recursos
didáticos e materiais de pesquisa
inerentes aos cursos, respeitados os limites
de segurança necessários ao funcionamento
destes espaços escolares prisionais;
Outros encaminhamentos

• Desenvolvimento de currículos e
itinerários mais ajustados às condições
das unidades prisionais, considerando os
arranjos produtivos locais e regionais, o
tempo de permanência dos detentos no
sistema prisional.
Algumas referências

CETEC. Banco de dados da Unidade de Ensino Médio e Técnico. São Paulo:


CPS, 2018.

INFOPEN. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Base 2016.


Disponível em: <http://dados.mj.gov.br/dataset/infopen-levantamento-nacional-de-
informacoes-penitenciarias>. Acesso em: 12 jun. 2018.

INEP. Censo escolar 2017: sinopse estatística da educação básica. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/informacoes_estatisticas/sinopses_estatisticas/sinopse
s_educacao_basica/sinopse_estatistica_educacao_basica_2017.zip>. Acesso em:
12 mar. 2018.

SAP. Dados estatísticos educação e trabalho – população carcerária masculina


2017. Disponível em:<http://www.sap.sp.gov.br/download_files/pdf_files/SAP_perfil-
pop-masculina_dez-2017.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018.

____. Dados estatísticos educação e trabalho – população carcerária feminina


2017. Disponível em: <http://www.sap.sp.gov.br/download_files/pdf_files/SAP_perfil-
pop-feminina_dez-2017.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018.
Paulo Constantino
E-mail: pconst2@gmail.com

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