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Universidade Federal Fluminense

Departamento de Fisiologia e Farmacologia


Disciplina de Farmacologia

FARMACOLOGIA DA DOR E
INFLAMAÇÃO:
ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO
ESTEROIDAIS
(AINES)
Lucília Gontijo
DOR

“...uma experiência sensorial e


emocional
desagradável, relacionada com
lesão tecidual real ou
potencial, ou descrita em termos
deste tipo de dano (Associação
Internacional p/ o Estudo da Dor).”

*A percepção da dor é variável e influenciada


por vários fatores.
TIPOS DE DOR
o Dor fisiológica: evita possível lesão, atuando como alerta precoce ao sinal
protetor.

o Dor inflamatória: em circunstâncias nas quais há lesão tecidual e


inflamação, os estímulos nocivos provocam dor mais intensa do que o
normal, devido a um aumento na excitabilidade do sistema
somatossensorial, e estímulos que normalmente não causariam dor
tornam-se dolorosos.

o Dor neuropática: dor crônica provocada por danos nos neurônios


nociceptivos (derrame, esclerose múltipla).

o Dor disfuncional: dor considerável na ausência de estímulos nocivos ou de


inflamação ou lesão do sistema nervoso.
FISIOLOGIA DA DOR

TRPV1 = 42ºC
TRPV2 = 50ºC
TRPM8 = frio/mentol
TRPA1 = frio intenso

Golan, 2009.
CONDUÇÃO PERIFERIA/MEDULA ESPINAL
TRANSDUÇÃO SENSORIAL

Prótons, histamina,
NGF, prostaglandinas.

Golan, 2009.
Fosfolipídios

Fosfolipase A2 AINES
Ácido Araquidônico
Lipooxigenase Ciclooxigenases
(COX-1 e COX-2)

12-HETE, 15-HETE, LTA4 PGH2/PGG2

LTB4 LTC4, LTD4, LTE4 PGE2 PGI2 PGF2 TXA2

• Quimiotaxia • Vasodilatação • Vasodilatação • Contração • Vasoconstrição


• Broncoconstrição
• PMN • Hiperalgesia • Hiperalgesia musc lisa • Agreg plaq
• Febre • Inibe agr plaq uterina
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS COXs
COX 1 (Fisiológica ou constitutiva)
• Homeostasia vascular;
• manutenção do fluxo sanguineo renal e gastrointestinal;
• função renal;
• proliferação da mucosa intestinal;
• função plaquetária.

COX 2 (Inflamatória ou induzida)


• Inflamação;
• febre;
• dor;
• transdução de estímulos dolorosos na medula espinhal;
• ovulação;
•contrações uterinas no trabalho de parto.
MECANISMO DE AÇÃO DAS COXs
Analgésicos, Antipiréticos e
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)

 Existem mais de 50 AINES diferentes no mercado.

 Estão entre os agentes terapêuticos mais utilizados


no mundo inteiro.

Ações farmacológicas:
 Anti-inflamatórios
 Analgésicos
 Antipiréticos
EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO
Redução dos produtos da ação da ciclooxigenase que atuam sobre
componentes da resposta inflamatória e imune:
 vasodilatação, edema, dor

AINES
EFEITO ANALGÉSICO
Lesão
PGE2 e PGI2 Sensibilização
tecidual,
dos nociceptores
Inflamação

AINES

Em artrite, bursite, dor de dente, dismenorréia .

 Em combinação com opióides   dor pós-operatória.

 Alívio de cefaléia  ↓ efeito vasodilatador das PGs sobre vasos cerebrais.


EFEITO ANTIPIRÉTICO
Hipotálamo: Controle da temperatura corporal  equilíbrio entre
perda e produção de calor.

Reação Macrófagos IL-1


inflamatória

AINES PGE2
Hipotálamo

 set-point da toC
Classificação Química x Ações farmacológicas
Classes Analgésico Antipirético Anti-
inflamatório
Salicilatos
Ác. Acetil Salicílico ++ ++ ++
Diflunisal + _ +++

p–aminofenol
_
Paracetamol + +

Pirazolônicos
Dipirona ++ ++ +
Ácido Propiônico
Ibuprofeno ++ + ++
Naproxeno ++ + ++
Fenoprofeno ++ + ++
Oxaprozin ++ + ++
Classificação Química x Ações farmacológicas
Classes Analgésico Antipirético Anti-
inflamatório
Fenamatos
Diclofenaco ++ + ++

Ácidos Enólicos
Piroxicam ++ + ++
Meloxicam
Tenoxicam
Ácido Acético
Indometacina ++ + +++
Sulindaco + + +
Ácido Antranílico
Ácido Mefenâmico + _ +/-
SELETIVIDADE DOS AINES

+ 2
EFEITOS COLATERAIS
 Distúrbios gastrointestinais

 PGE2  estimula produção de muco e bicarbonato e modula secreção de HCl.

 Perda da ação protetora sobre a mucosa e deixa de inibir a secreção ácida.

 Dispepsia, diarréia (ou constipação), náuseas, vômito, sangramento gástrico e ulceração.


 Reações cutâneas

 Erupções leves, urticária, fotossensibilidade (ác. Mefenâmico, sulindaco).


 Efeitos renais adversos

 PGE2, PGI2  envolvidos na manutenção da hemodinâmica renal.

 Nefropatia por analgésicos: nefrite crônica e necrose papilar renal .


( doses por longo período Fenacetina) – retirada do mercado
 Distúrbios hepáticos e depressão da medula óssea
 Broncoespasmos em indivíduos asmáticos
 Efeitos cardiovasculares - mais com inibidores de COX2.
Ação fisiológica das prostaglandinas sobre a secreção
gástrica

COX1

 H .pylori TGI.

 Inibidores da bomba
da prótons.

 Misoprostol. AINES
AINES
Ação fisiológica das prostaglandinas sobre a agregação
plaquetária
Plaqueta
COX2 AA COX1 AA

PGI2 TXA2
ANTIAGREGANTE
e
COX2 AA VASODILATADOR

PGI2
AINES
COX2 VASOCONSTRIÇÃO
AGREGANTE
seletivo

endotélio VASO
ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO (ASPIRINA)
ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO (ASPIRINA)

• Locais: Irritação mucosas e pele (gastrite, úlceras).


⇨ Não deve ser utilizado sobre a mucosa oral.

• Sistêmicos: - Reações de hipersensibilidade.


- Distúrbios da Hemostasia.
- Intoxicação (salicilismo).
- Síndrome de Reye.
- Alterações equilíbrio ácido-básico e hidroeletrolítico.
AS TRÊS ASPIRINAS

Aspirina I Aspirina II Aspirina III

Antitrombótica Analgésica, antipirética Anti-inflamatória

Cardiologista Farmacêutico Reumatologista

80mg/dia 325-650mg cada 4h 1,3g cada 4-6h

Indetectável < 2.5mg/dl [ mM ] > 20mg/dl [mM ]

Cox-1 plaquetária Cox-1, Cox-2 Cox-1, 2; transcrição


de sinal

Weissman, G. 2001
SALICILATOS X GRAVIDEZ
 S/ efeitos teratogênicos em baixas doses.
 Uso prolongado: baixo peso ao nascimento.

• Outros efeitos:
- Aumento mortalidade perinatal,
- Anemia,
- Hemorragia anteparto e pós-parto,
- Gestação prolongada,
- Partos Complicados.

*Não deve ser utilizado em gestantes, ou quando


usado, suspenso antes da época prevista para o parto.
DIPIRONA (Novalgina©, Baralgin©)

• Analgésico/Antitérmico
• Sem efeito antiinflamatório nas doses usuais.
• Absorção/Metabolização/Excreção = anteriores
• USO ABOLIDO EM DIVERSOS PAÍSES DEVIDO A
SEUS EFEITOS COLATERAIS GRAVES.
• Apresentação em formas injetáveis.

• Efeitos colaterais:
Reações de hipersensibilidade
 Agranulocitose/aplasia medular (0,8 - 23,7%)
PARACETAMOL (acetominofeno)
 Um dos agentes analgésicos e antipiréticos não-
narcóticos mais utilizado.
Não tem ação anti-inflamatória.

Efeitos colaterais
 Dose terapêutica
 Raros efeitos colaterais (reações cutâneas alérgicas).
 Dose alta
 Ingestão regular por um longo período:  risco de lesão renal.
 Dose tóxica
 2 a 3 vezes a dose terapêutica máxima.
 Hepatotoxicidade grave e potencialmente fatal, pondendo ocorrer também toxicidade
renal.
Fármaco t 1 2 Comentários
Um dos fármacos mais comumente consumido no mundo inteiro,
Aspirina 3-5 h
sendo também utilizado em condições não-inflamatórias
Fármaco de 1a. escolha, menor incidência de efeitos adversos
Ibuprofeno 2h
Naproxeno é semelhante, mais potente, mais efeitos no TGI
Não é antiinflamatório; ingestão regular de altas doses pode
Paracetamol 2-4 h
causar lesão renal e hepatotoxicidade

Diclofenaco 1-2 h Potência moderada; risco moderado dos efeitos adversos do TGI

Potente inibidor da COX in vitro; efeitos colaterais não-TGI


Indometacina 2h
(cefaléia, tonteira); 1a. escolha espondilite anquilosante
Ef. sobre leucócitos, PMN e metaloproteinases de condrócitos;
Nimesulida 2-4 h
Ind. hipersensibilidade ao AAS ou outros AINES (+ COX2)
Meloxicam 20 h
Menos efeitos no TGI; mais seletivo COX 2
Piroxam e semelhante, de ação curta, menos seletivo

Toxicidade TGI acentuadamente menor, Inibidores da COX-2


Celecoxib 11 h
efeitos cardiovasculares
Etoricoxib 24h Toxicidade TGI acentuadamente menor, Inibidores da COX-2 mais
Lumiracoxib 12-24h seletivos e mais efeitos cardiovasculares

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