Maria Rita Lima Cavalcanti Renata Faneca dos Santos Disciplina PPP-V / Letras 5º Semestre / PA-9 Conceito de norma padrão e língua culta É a maneira de falar e escrever que é considerada correta por uma comunidade, sendo mais prestigiada porque atua como modelo, como ideal linguístico de uma comunidade. É o modelo de linguagem utilizado pelas autoridades, órgãos oficiais, pessoas cultas, jornalistas, escritores e também o modelo ensinado nas escolas, seguindo as normas e regras da gramática normativa. Uma questão de adequação Variação Linguística Geográfica Refere-se a diferentes formas de pronúncia, às diferenças de vocabulário e de estrutura sintática entre regiões. Nesse tipo de variação, as diferenças mais comuns são as que encontramos no plano fonético (pronúncia, entonação) e no plano lexical (uso de palavras distintas para designar o mesmo referente, palavras com sentidos que variam de uma região para outra). Variedades diacrônicas ou históricas Acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser identificada ao serem comparados dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala. As mudanças podem ser de grafia ou de significado. Variedades sociais ou diastráticas Compreendem todas as modificações da linguagem produzidas pelo ambiente em que se desenvolve o falante, os quais se devem a fatores como classe social, educação, profissão, idade, procedência étnica, etc. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nível socioeconômico de uma pessoa, e há a possibilidade de que alguém, oriundo de um grupo menos favorecido, venha a atingir o padrão de maior prestígio. Como exemplo, cito as gírias e os jargões. Jargões Profissionais Variedades situacionais ou diafásicas Incluem as modificações na linguagem decorrentes do grau de formalidade da situação ou das circunstâncias em que se encontra o falante, o ambiente em que se encontra (familiar ou profissional, por exemplo) o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Esse grau de formalidade afeta o grau de observância das regras, normas e costumes na comunicação linguística. Variação etária Diferenças que correspondem ao uso da língua por pessoas de diferentes faixas etárias, fazendo com que, por exemplo, uma criança apresente uma linguagem diferente da de um jovem, ou de um adulto. Ao longo da vida, as pessoas vão alternando diferentes modos de falar conforme passam de uma faixa etária a outra. Variação de gênero
São as diferenças linguísticas entre os
gêneros masculinos e femininos. As mulheres usam mais o diminutivo e evitam palavras grosseiras, como por exemplo:
Fazer xixi = Mijar
Sala de aula livre de preconceitos? Alguns professores, partidários da Pedagogia Tradicional, têm resistência em reconhecer que as variações linguísticas, em especial as ocasionadas pelas diferenças sociais, não se constituem em erro puramente. Cada aluno chega à sala de aula carregando as peculiaridades culturais do meio em que vive e, portanto, classificar sua fala como errada, além de inibir o pleno exercício de sua liberdade de expressão, contribui para a não assimilação dos conteúdos e retração no convívio escolar. Variação Linguística x Norma Culta Como ensinar a norma culta, socialmente aceita, sem apontar os erros gramaticais dos alunos ? Inadequação é diferente de erro! É fácil dizer que algo está errado, mas mostrar que não há, de fato, erro mas sim diferentes situações de comunicação e que devemos estar atentos a elas, além de dominar a norma culta, imprescindível para o pleno exercício de nossa cidadania, é ir além de exigir que os alunos decorem regras, é educar ! Estimular e incrementar a autoestima dos alunos são importantes ferramentas para propiciar um estudo prazeroso e eficiente de nossa língua. Referências BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália: novela sociolinguística. 9ed. São Paulo: Contexto, 2001. p. 17-41. POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola? Campinas: Mercado das Letras, 1996. p.59 -72. POSSENTI, Blog Do Sirio. Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog> GUIMARÃES, Eduardo. Os estudos sobre linguagens: uma história das ideias. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling14.htm>. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 49ªed. São Paulo. Editora Edições Loyola, 1999. REVISTA NOVA ESCOLA, Planos de ensino, Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/planos-de-aula/> Acesso em 16 ago.2013. BRASIL ESCOLA, Variações Linguísticas, disponível em <http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm> acesso em 19 ago. 2013 CHARGES ON LINE. Disponível em: <http://www.chargeonline.com.br/>. Acesso em 19 ago.2013.