Filosofia Moderna

Humanismo e Renascimento
 O que é modernidade?
• O conceito de modernidade está sempre
relacionado com a noção de novo, aquilo que
rompe com a tradição. Normalmente associado
ao sentido positivo da mudança, à
transformação e progresso.
 Idéias fundamentais à
modernidade:
A idéia de progresso
• O novo é considerado melhor ou mais
avançado que o antigo.
A valorização do indivíduo
• A subjetividade entendida como o lugar
da certeza e da verdade.
 Um tempo de mudanças

• A modernidade é um dos períodos da

humanidade que mais experimentou
mudanças de paradigmas.
 Elementos gerais da mudança
• Quebra de paradigmas (filosófico, científico,
político, religioso);
• Grandes navegações e comércio marítimo;
• O avanço científico;
• Humanismo renascentista;
• Transição entre o feudalismo e o capitalismo;
• A filosofia política (o contratualismo).
 3 elementos fundamentais

• Humanismo renascentista (séc. XV);

• A reforma protestante (séc. XVI);
• A ciência moderna (séc. XVII).
Origem política do Renascimento
 O Renascimento nasce em Florença, umas
das principais cidades italianas da época.
 Os governantes da época eram defensores
de uma reconstrução da cidade, em busca
de uma nova identidade. Um deles,
Leonardo Bruni, defendia os estudos das
“humanidades” no lugar das questões
teológicas.
 A primeira marca do renascimento florentino foi a
arquitetura (usada no projeto de renovação física da
cidade).
 Aos poucos este espírito de renovação rompeu as
fronteiras de Florença e os pensadores passaram
a respirar uma nova atmosfera no campo das
idéias.
 Entre outros elementos que representavam o novo ideal
inaugurado pelo humanismo renascentista podemos
destacar:
- Retorno aos clássicos;
- Superação do mediavelismo;
- Exaltação do homem.
 A arte da época é
voltada para o
homem, as cenas do
cotidiano ganham
destaque, e a obra
mais famosa da
época é o retrato da
esposa de uma
comerciante.
A arte da época
A arte da época
 Renascença
 Termo originalmente religioso – é o
“nascer de novo” da Bíblia –, mas neste
contexto seu sentido é de outro âmbito. É
um renovar-se do homem, que ao mesmo
tempo aponta para as suas origens (o
período clássico), e para um espírito de
superação dos conceitos medievais.
 O primeiro a usar o termo “renascimento”
na modernidade foi Giorgio Vasari.
 Para caracterizar um novo estilo de pintura que
contrastava com o estilo gótico (próprio do final da
Idade Média).
 Mas o primeiro a usar o termo para
designar o período de transição entre a
idade média e o período moderno
(ocorrido nos séc. XV-XVI) foi o historiador
da arte Jacob Burkhardt.
 Distinção necessária
Humanismo não é o mesmo que
Renascimento; é um dos seus principais
aspectos. É através dele que o
Renascimento é reconhecido como o
período onde o homem é valorizado em
sua totalidade, nas suas bases naturais e
históricas.
Características fundamentais do
Renascimento

Humanismo Renovação religiosa

RENASCIMENT
O

Renovação das concepções Naturalismo

políticas
Uma diferença mais perceptível é o fato de
que no século XV a predominância era o
pensamento sobre o homem e no séc. XVI o
foco se expande, incluindo o elemento da
natureza.
 Então poderíamos dizer que o século XV seria o
período do Humanismo e o século XVI seria o
século do Renascimento propriamente dito.
Humanismo – como reconhecimento do valor do
homem e crença de que a humanidade se realizou em
sua forma mais perfeita na Antigüidade clássica.
Renovação religiosa – através da tentativa de reatar
os laços com uma revelação originária, na qual se
teriam inspirado os próprios filósofos clássicos, como
é o caso do platonismo (Nicolau de Cusa), ou através
da tentativa de restabelecer o contato com as fontes
originárias do cristianismo, ignorando a tradição
medieval (o caso da Reforma protestante).
Renovação das concepções políticas – com o
reconhecimento da origem humana ou natural das
sociedades e dos Estados (Maquiavel) ou com a
tentativa de voltar às formas históricas originárias ou à
natureza das instituições sociais (jusnaturalismo).
Naturalismo – como novo interesse pela investigação
direta da natureza, tanto na forma do aristotelismo,
das manifestações de magia ou da metafísica da
natureza (Campanella).
Características
do Humanismo
1. A exaltação do homem
 A frase de Protágoras, “O homem é a
medida de todas as coisas” era muito
valorizada pelos humanistas. Esta visão
marca profundamente o Renascimento.
 A referida frase de Protágoras
tornou-se um lema da época e
demarcava o desejo de
distanciamento com o mundo
medieval.
 Aristóteles, bastante valorizado na
última fase da Idade média, é
preterido em relação a Platão.
 Mas não é um Platão místico e metafísico
que aqui é exaltado, mas o poeta, literário.
2. Admiração dos clássicos
Outra grande característica do
humanismo é a admiração das obras
clássicas, mas os humanistas queriam
interpretá-las segundo o próprio olhar,
que é bem distinto do olhar medieval.
Olhar para os clássicos era buscar a
fonte mais pura para renovar o próprio
conceito de homem.
 Neste contexto, a palavra
Renascimento passa a ser
empregada para designar a
renovação moral, intelectual e
política decorrente do retorno aos
valores da civilização em que,
supostamente, o homem teria obtido
suas melhores realizações: a greco-
romana.
Afresco “Escola de
Atenas”
 3. dignidade da pessoa.
 Um dos enfoques do humanismo
renascentista é a dignidade da pessoa.
Elemento que os humanistas já
percebem na exaltação grega da razão.
Mas se nos gregos um tipo de dignidade
da pessoa humana se dá pela exaltação
da contemplação, no humanismo a
dignidade da pessoa está radicada
exatamente no aspecto ativo, no agir
transformador do homem.
 A exaltação da dignidade do homem é
colocada em contraposição com o
teocentrismo e com a idéia de miseria
hominis (ser da queda, do pecado).
 Os autores da época exaltam a liberdade
do homem, reafirmam que o homem é o
centro da criação, falam de sua
dignidade natural e o definem como um
“microcosmo”, que espelha a harmonia
do cosmo.
 Uma das idéias principais da concepção
do homem moderno é a capacidade
humana de intervenção na natureza, e é
certo que o Renascimento reconhece o
lugar “central” do homem na natureza e
que ele é destinado a viver no mundo e a
dominá-lo, mas é só com o surgimento
da ciência moderna – a partir da
Revolução Científica – que este ideal se
torna determinante.