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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR:

desafios e perspectivas atuais


 O capital transforma tudo em mercadoria. E procura explorar tudo na
pessoa, não apenas o trabalho (como era na fase do capitalismo
industrial). Até a crença e a religiosidade das pessoas são
transformadas em mercadoria, para obter lucro.
 A fé vira mercadoria, que se compra e se vende.
 A igreja se adapta ao capital.
 O capital diz como se deve ler a Bíblia; como se deve entender o
mundo e como deve ser a nossa fé em Deus e como deve ser Deus.
 O capital condiciona nossa compreensão de Deus e a nossa expressão
de fé.
 A Igreja é neutra na luta de classes que acontece na sociedade?
 De que lado Deus está na luta de classes no Êxodo? (Dt 6.21-23) Da
classe do Estado (do Faraó) ou da classe camponesa escrava?
 A manjedoura, onde o menino Jesus foi colocado, na estrebaria é
neutra e a cruz de Cristo fincado no Gólgota é neutra?
 Deus tem uma postura e opção de classe?
O que é uma base?

 Aquilo sobre o que se erige algo, uma fundação, um


solo. Não nos parece que um documento que define
resultados, metas e habilidades que os alunos terão ao
sair da escola, possa ser considerado uma base. Ele
define onde se quer chegar e não de onde se parte
(essa é a lógica, por exemplo, do trabalho de Bloom
citado na versão 3 da BNCC, que, abro um parêntese, foi
escrito em 1956). A racionalidade que guia essa forma
de fazer currículo é a de estabelecer o que se espera na
saída. Dessa forma, ele não é uma base, mas um teto,
um limite predeterminado.

 Parecer Técnico nº 15/1998 do CNE – A Base deve conter


preceitos genéricos.
O lugar que
falamos....CONCEPÇÕES

 CRISE DO CAPITAL

 Redefinição no papel do Estado (fronteiras público e


privado*)
 Estratégias de superação: Neoliberalismo e Terceira
via
 Gestão gerencial apoiada no modelo empresarial
 Alteração no modelo de gestão da educação e da
escola pública
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de
caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo
de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica,
de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano
Nacional de Educação (PNE). Este documento normativo aplica-se
exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo
1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº
9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e
estéticos que visam à formação humana integral e à construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado
nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
(MEC – Online)
 Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais
definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos
estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que
consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento.
 Na BNCC, competência é definida como a mobilização de
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
BNCC aprovada em
15/12/2017
 Ensino religioso ganha diretrizes sobre o que deve
ser ensinado do 1º ao 9º ano
 Alfabetização deve ser concluída até o segundo
ano;
 Orientações sobre identidade de gênero devem
ser discutidas por comissão do CNE;
 Redes municipais, estaduais e federal precisam
reelaborar seus currículos segundo a BNCC;
 Material didático terá que ser produzido segundo
as novas diretrizes;
 Implementação deve estar completa até início do
ano letivo de 2020.
Plano de aula
do professor

PPs — Projetos Pedagógicos

Currículo da rede

BNCC
 A BNCC tem foco no desenvolvimento de competências que
tem orientado a maioria dos Estados e Municípios brasileiros e
diferentes países na construção de seus currículos. É esse
também o enfoque adotado nas avaliações internacionais da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que coordena o Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), e da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), que instituiu o
Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da
Educação para a América Latina (LLECE, na sigla em
espanhol). (MEC, Online)
MARCOS LEGAIS QUE EMBASAM A BNCC
DOCUMENTO O QUE DIZ
1
ATIVIDADE

Serão fixados conteúdos mínimos para o Ensino


Constituição Federal Art. 210º Fundamental,
de maneira a assegurar formação básica comum (…)

Os currículos da Educação Infantil, do Ensino


Fundamental e Médio
Lei de Diretrizes
Art. 26º devem ter BASE NACIONAL COMUM, a ser
e Bases
complementada em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar

Define BASE NACIONAL COMUM como conhecimentos,


Diretrizes saberes e valores produzidos culturalmente, expressos
Curriculares Art. 14º nas políticas públicas e que são gerados nas instituições
Nacionais produtoras do conhecimento científico e tecnológico
(...)

Plano Nacional Estabelecida como estratégia para o cumprimento das


Metas 2, 3 e 7
de Educação metas 2, 3 e 7
Por que construir uma Base
Nacional Comum Curricular?
 Para além das determinações legais, a BNCC é um documento
estruturante, que entende ser instrumento de equidade,
assegurando que todo estudante brasileiro, em todas as regiões
do país, tenha garantido o acesso à aprendizagem de
conhecimentos fundamentais para seu desenvolvimento frente
ao projeto de vida que desejar.

 Também possibilita maior coerência em todo o sistema


educacional, garantindo a inserção de especificidades culturais
locais e regionais.

= Corrigir desigualdades respeitando


as diferenças.
Impactos da implementação da BNCC
EDUCAÇÃO
BÁSICA(COMPETÊNCIAS GERAIS)
Áreas do conhecimento
 Sabendo do papel da BNCC de orientar os sistemas na
elaboração de suas propostas curriculares, uma vez
sancionada a lei de criação da Base, é necessário
repensar/revisitar:

 Currículos de formação inicial nas licenciaturas

 Formação continuada dos professores

 Conteúdos dos materiais didáticos

 Avaliações do Inep: ANA, Prova Brasil, Enem...

 Avaliações internas

 Articulação política entre os sistemas de ensino.

 A supressão dos termos “identidade de gênero” e


“orientação sexual”.
Riscos a serem avaliados:
 Regulação excessiva: retirar do professor e da escola o
protagonismo da ação docente, pois a BNCC representa o
conhecimento oficial, um currículo a ser seguido.

 Possibilidade de que os 60% de conteúdo curricular


comum sejam na prática os 100% efetivamente
ministrados, seja pelas condições reais das escolas ou
porque serão a base do que será considerado nos
exames nacionais.
10ª Diretriz:

 “Agir pessoal e coletivamente com


autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando
decisões, com base nos conhecimentos
construídos na escola, segundo princípios
éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e
solidários.”

 Ora, a palavra “resiliência” entrega o princípio


geral latente nas entrelinhas do documento,
que é a de preparar força de trabalho
resignada e abrandar os conflitos no mundo do
trabalho.
 Adesão acrítica dos sistemas de ensino à utilização
de materiais didáticos uniformizados.
 A padronização curricular que tem como
fundamentos o lema “ avaliar e punir” estudantes,
escolas e professores;
 A adequação automática da formação docente
aos itens da BNCC;
 A adoção de material didático previamente
estabelecido em substituição à formação contínua
dos profissionais da educação;
 O fortalecimento das avaliações nacionais
censitárias em larga escala, cujos resultados
servirão como base para avaliação, remuneração
e controle do trabalho docente, contribuindo para
o enfraquecimento da autonomia dos professores;
 Aprofundamento das desigualdades quando as condições
estruturais básicas para sua implementação não forem providas;
 Perda da diversidade e riqueza cultural locais;
 A Educação Infantil ser assumida como uma etapa escolarizante e
preparatória para o ingresso no Ensino Fundamental;
 A proposta de avaliação nacional de docentes da educação
básica, a ser implementada pelo Exame Nacional de Avaliação
do Magistério da Educação Básica (ENAMEB), que institui
progressão em decorrência dos resultados dos exames e das notas
dos estudantes. De autoria do ex-senador Wilson Matos (PSDB-PR),
o projeto teve parecer favorável do deputado Valtenir Pereira
(PMDB-MT) no final de maio último. Na Câmara, a medida tramita
sob o nº 6114/2009);
 As propostas existentes hoje em vários estados, de entregar
escolas a Organizações Sociais (OS) e de criação de escolas
charter, de gestão privada.
CONCLUSÃO

 A atual base sai bem a gosto de liberais e conservadores. Por um lado,


teremos as habilidades sócioemocionais “ensinando” os estudantes, em
especial aos filhos dos trabalhadores, que a vida não se resolve no rigor da
luta pelos direitos sociais plenos, mas sim com “empreendedorismo, empatia
e cordialidade”, ou seja, formarão cordeiros bem adaptados ao sistema
social vigente. Para completar, o ensino religioso tornará tais cordeiros em
“cordeiros do rebanho de deus”. Tudo isso, regado a português e
matemática.
 Currículos centralizados em nível nacional NÃO são a melhor alternativa para
uma educação de qualidade, se por qualidade se entende a redução das
desigualdades.
 As políticas de educação em geral, e as de currículo em particular, precisam
assegurar, em sua plenitude, o direito à igualdade quando a diferença
inferioriza e o direito à diferença quando a igualdade descaracteriza.

OBRIGADA!!!!!

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