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Principais doenças parasitárias

em caprinos e ovinos
Curso de bacharelado em Zootecnia
Disciplina: Parasitologia
Docente: Fred Julião
Discente: Denner Matos, Jossano Costa
• Parasitas internos (endoparasitas) são os que se desenvolvem
nos órgãos internos dos ovinos e caprinos (estômago,
intestinos, pulmão, fígado e outros).

• Parasitas externos (ectoparasitas) se distribuem sobre a pele.


Os mais comuns sãos os piolhos, bernes e sarna.
Principais parasitas externos de caprinos

Os principais ectoparasitas de caprinos e ovinos são:

 Os piolhos, causadores das pediculoses;


 Os ácaros, agentes que causam as sarnas;
As larvas de moscas responsáveis pelas miíases ou bicheiras.

Esses agentes acarretam elevadas perdas econômicas devidas,


principalmente, à irritação causada aos animais, o que leva a redução do consumo
de alimentos e, conseqüentemente, à perda de peso e queda da produtividade,
além de predispor os animais a infecções secundárias.
 Os piolhos, causadores das pediculoses

• Bovicola caprae e Linognathus stenopsis

Os piolhos podem ser classificados em:


Piolhos (Bovicola caprae)
em caprinos.
Sugadores ou lambedores. São capazes de retirar sangue dos animais e, na
dependência da quantidade de parasitas, podem levar a anemia.

Os piolhos desenvolvem todo o seu ciclo evolutivo na pele e pêlos dos animais, ao
contrário dos carrapatos e vermes que podem ser encontrados no ambiente.

A transmissão ocorre pelo contato direto entre os animais infestados ou por meio
de instrumentos utilizados na manipulação dos animais.
 Os ácaros, agentes que causam as sarnas

As sarnas são causadas por ácaros microscópicos que se localizam na


superfície da pele.

• sarna auricular (caspa do ouvido) e sarna demodécica (bexiga).

Os animais infectados apresentam coceira e falhas no pêlo. As sarnas são altamente


contagiosas e podem acometer rapidamente todos os animais do rebanho.

O tratamento das infestações por sarnas é feito com produtos aplicados sobre a
pele (pouron ou pulverização) ou então ivermectinas injetáveis em todos os animais
do rebanho, mesmo que não apresentem lesões, como também banho de imersão
ou aspersão.

A prevenção é feita por meio do exame dos animais antes da compra, no retorno
de exposições, no momento das vermifugações e na época da tosquia.
 Miíases ou bicheira

Miíases é uma doença produzida pela infestação de larvas de moscas em


pele ou outros tecidos animais. Caracteriza-se pelo desenvolvimento e crescimento
de larvas de moscas sobre tais tecidos.
Além disso, nas bicheiras não-tratadas instalam-se infecções secundárias por
bactérias, o que é outro agravante.

O tratamento das bicheiras baseia-se no uso de medicações de aplicação local para


matar as larvas, repelir novas moscas, controlar infecções por bactérias e cicatrizar
a lesão.

A prevenção é feita com o tratamento adequado de qualquer ferida para que não
sejam atraídas moscas.

Nas cirurgias ou casos de feridas abertas, as ivermectinas injetáveis são indicadas


para prevenir a infecção.
Ciclo biológico
Principal protozoários que acometem os caprinos

 Coccidiose ou eimeriose

É uma enfermidade parasitária, geralmente aguda, causada pela presença e


ação dos protozoários do gênero Eimeria nas células intestinais. A forma aguda da
enfermidade acomete os animais jovens, pois os adultos possuem imunidade, e
portanto apresentam a doença na forma crônica (CRAIG, 1986).

• (E. arloingi, E. caprina, E. christenseni) apresentam patogenicidade variando de


moderada a severa.

A E. ninakohlyakimovae é a que apresenta a patogenicidade mais severa para os


caprinos (SMITH e SHERMAN, 1994).
SINAIS CLÍNICOS

Os animais infectados geralmente apresentam


diarréia fétida, desidratação, pêlos arrepiados,
baixa conversão alimentar, perda de peso e, as
vezes, mortes. A morte de pende da espécie de
Eimeria, da dose infectante, da idade e do
estado imunológico do animal (ROSA, 1996).

DIAGNÓSTICO

De maneira geral o diagnóstico é


bastante fácil e consiste em observar os
sinais clínicos, avaliar o histórico do
rebanho, fazer exame parasitológico das
fezes e avaliar os achados de necropsia
(ROSA, 1996).
TRATAMENTO

O tratamento da eimeriose pode ser curativo ou preventivo e deve ter início nas
primeiras fases da enfermidade. No curativo recomenda-se administração por via
oral de amprólim e sulfadimidina, durante pelos menos cinco dias consecutivos.
Para o tratamento preventivo recomenda-se a metade da dose utilizada para o
tratamento curativo durante 21 dias consecutivos (ROSA, 1996).

PROFILAXIA E CONTROLE

Na profilaxia da coccidiose a limpeza e a


desinfecção das instalações, comedouros e
bebedouros é de extrema importância,
solução de cresol a 5% e lança-chamas
(vassoura de fogo), podem ser utilizadas
(SMITH e SHERMAN, 1994).
• O grupo de endoparasitas que mais ocorre em ovinos e

caprinos são os estrongilídeos. Existem estrongilídeos que

podem causar diferentes lesões e quadros clínicos .


Endoparasitas - Classe Trematoda

• Género Fasciola
• Características biológicas

• Parasitas pertencentes à classe Trematoda, Subclasse:


Diginea, Ordem: Prosotomata, Família: Fasciolidae.
• É cosmopolita, ocorrendo principalmente em regiões
de clima tropical e subtropical. (DOHMS, 2008)
Fasciola hepatica
• Fasciola hepatica (em forma de folha) é distribuída por
todo o mundo e tem uma ampla gama de hospedeiros
(Eurixeno).

• São observadas infeções economicamente importantes,


sob três formas: crónica, subaguda ou aguda e em
conjunto com a “doença negra”, todas elas
frequentemente fatais em ovinos. (Merck & Co., 2011)
Microbiótipos

• A Fasciola Hepatica é encontrada no fígado e


canais biliares de animais de sangue quente.
(OLIVEIRA, Filha, data desconhecida)
Ciclo de vida

• É um parasita heteroxeno (precisa de um


hospedeiro intermediário).
• O hospedeiro intermediário é um caracol ou
caramujo de água doce, do género Lymnaea.
• Os ovos são eliminados pelo acetábulo, com a
bile caem no intestino, de onde são eliminados
com as fezes.
Ciclo de vida

• No meio externo, há maturação da larva miracídio


(forma ciliada e, portanto, móvel). Mas o miracídio
só sai do ovo quando este entra em contato com a
água e é estimulado pela luz solar. O miracídio nada
livremente e encontra o hospedeiro intermediário ao
acaso. Se não encontrar, morre em poucas horas (o
tempo médio de vida é de 6h).
• Se penetrar no molusco, cada miracídio forma
um esporocisto, pelas células germinativas. Os
esporocistos dão origem a várias rédias, que
podem originar rédias e segunda geração ou
cercarias.
• Logo que a cercaria sai do caramujo, perde a cauda,
encista-se pela secreção das glândulas cistogénicas,
encontrando substrato em plantas aquáticas, como o
agrião, e vai para o fundo da água na forma de
metacercária (cercaria encistada).
• O animal infeta-se ao comer essas verduras ou beber
água contaminada com metacercárias.
• As metecercárias desencistam-se no intestino
delgado, perfurando a mucosa intestinal,
caindo na cavidade peritoneal. Pelo perónio
vão para o fígado e mais raramente para os
pulmões. Mais tarde alcançam a vesícula
biliar, onde atingem a maturidade, eliminando
os ovos e fechando o ciclo. (DOHMS, 2008)
Reprodução

• Durante o ciclo de vida, os ovos chegam ao ambiente juntamente


com as fezes e desenvolvem-se em lugares úmidos com
temperaturas acima de 10ºC.
• O tempo necessário para a eclosão depende das condições
ambientais.
• Na época do verão a eclosão ocorre em aproximadamente 21 dias.
• No inverno, esse período pode chegar a mais de 90 dias. Da eclosão
do ovo resulta o miracídio.
Ovos de F. hepática
Modos de infeção do hospedeiro definitivo

• A mortalidade provocada por este parasita é


alta em ovinos que manifestam a forma aguda
da doença, com índices que podem chegar a
20%.
Modos de infeção do hospedeiro
definitivo
• A forma infetante, após ser ingerida, atravessa a
mucosa intestinal, passa para a cavidade
peritoneal e alcança o fígado, onde migra pelo
parênquima hepático durante as primeiras oito
semanas até atingir os dutos biliares.
• Nesse estadio passa a afetar muito mais a
produtividade das animais.
Modos de infeção do hospedeiro
definitivo
• O parasita torna-se um hematógrafo voraz e
provoca o aparecimento de anemia severa. É
nesta fase, também, que surgem os problemas
de crescimento nos animais jovens e a queda
do ganho de peso pode ser acentuada.
Modos de infeção do hospedeiro
definitivo
• Outros sintomas que podem ser observados
são: perda de peso, letargia, palidez das
mucosas e edema submandibular (“papo”).
Classe Cestoda

• Género Taenia

• A Moniezia Expansa é conhecida como a ténia dos ovinos e caprinos.


• Características biológicas

• A Moniezia é um parasita achatado e em forma de fita segmentada.

• Representam cestodos longos, com 2 metros ou mais de comprimento,


caracterizados morfologicamente por apresentarem segmentos mais
largos que longos, isto é, uma média de 1,5 cm de largura.
Classe Cestoda

• É dotada de ventosas na sua extremidade


anterior, que lhe confere adesão ao organismo
do hospedeiro. (CRESPILHO, A., 2010)
Ciclo de vida

• Para o seu ciclo ser completo, há a necessidade da


colaboração de dois hospedeiros, neste caso, os ruminantes
como hospedeiros definitivos e certos ácaros como
hospedeiros intermediários.
Ciclo de vida
• Os ovos passam para fora do
intestino, do ruminante em questão,
das fezes para o solo. Que por
ventura são ingeridos pelos ácaros.
• Dentro destes, os ovos atingem o
intestino, eclodem e passam por
outras etapas que chegam a durar 4
meses.
Ciclo de vida

• Após a fixação do parasita na parede do intestino delgado do


hospedeiro, a Moniezia elimina continuamente os segmentos
finais de seu corpo juntamente com as fezes, sendo muito
comum a observação desses pequenos filamentos
amarelados ou esbranquiçados nas fezes de ovinos e caprinos.
Estes segmentos repletos de ovos do verme são ingeridos por
ácaros que naturalmente vivem nas pastagens e que atuam
como HI, permitindo o desenvolvimento do parasita até seu
estágio larvar infetante. (CRESPILHO, A., 2010).
Nutrição

• A espécie de Moniezia Expansa não possui um tubo digestivo,


sendo assim, a absorção dos nutrientes dá-se através de seu
próprio tegumento (revestimento externo do parasita), não
havendo o consumo de sangue do hospedeiro definitivo como
ocorre em outras parasitoses gastrointestinais que atacam
ovinos e caprinos. (CRESPILHO, A., 2010)
Modos de infeção do hospedeiro definitivo

• A infeção do hospedeiro definitivo ocorre pela ingestão dos


ácaros portadores das larvas de Moniezia durante o pasto.

• Geralmente, as infeções, são pouco patogénicas para os


ovinos e caprinos, causando apenas síndromes de má
absorção, diarreias, constipação, emagrecimento e obstrução
intestinal apenas nos quadros de infeções maciças pelo
parasita. (CRESPILHO, A., 2010)
FATORES QUE INTERFEREM NAS
PARASITOSES
• Clima
• O parasita passa uma parte da vida no ambiente
(principalmente pastagens, água ou solo).
• Durante esta fase da vida, os parasitas estão na forma de ovos
ou larvas, aguardando o momento de serem ingeridos por um
ovino ou caprino.
• Porém, quando o ambiente não apresenta boas condições,
estas larvas morrem e não infectam um novo animal.
FATORES QUE INTERFEREM NAS
PARASITOSES
• Suscetibilidade do hospedeiro
• Nem todos os animais do rebanho são muito
afetados por verminose.
• FÊMEAS EM LACTAÇÃO E FILHOTES APÓS O
DESMAME SÃO AS CATEGORIAS MAIS
SUSCEPTÍVEIS ÀS PARASITOSES.
FATORES QUE INTERFEREM NAS
PARASITOSES
• Outros fatores que fazem com que um ovino ou um caprino
seja mais sensível que outro na contaminação por parasitas
estão ligados à nutrição. Rebanhos bem alimentados possuem
naturalmente maior resistência à verminose.
FATORES QUE INTERFEREM NAS
PARASITOSES
• Sistemas de produção
• QUANTO MAIOR A LOTAÇÃO (NÚMERO DE
ANIMAIS/HECTARE) MAIOR A PARASITOSE.
FATORES QUE INTERFEREM NAS
PARASITOSES
• Sistemas de produção

• Os sistemas de produção que utilizam o fornecimento de


alimento exclusivamente no cocho, por exemplo, no
confinamento; o risco de infecção por parasitas diminui muito
já que todo o alimento fornecido está livre de larvas como: o
feno, as capineiras, o alimento concentrado ou mesmo a
silagem.
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• É preciso lembrar que os rebanhos de ovelhas e cabras irão
conviver sempre com os parasitas. Não é possível exterminar
totalmente os parasitas.
• Que haja o equilíbrio, não sofrendo grandes prejuízos.
• Varias alternativas para diferentes regiões.
• Não há uma fórmula única.
• É percebido que é necessário diminuir a utilização dos
vermífugos ao mínimo possível.
• Adoção de controle integrado de parasitas.
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• Pastagens

• Diminuir a lotação de animais nos pastos quando possível.


Nas áreas mais úmidas da fazenda ou em locais que
sabidamente estão mais contaminados, como por exemplo,
uma pastagem da qual o lote sempre sai com anemia ou
diarreia.
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• Controle nos animais
• Alimentação e condição sanitária.
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• Divisão em categorias
• Ao separar os animais pela idade e estado fisiológico, pode-se
atender melhor às exigências nutricionais de cada fase, cuidar
melhor das categorias mais sensíveis e planejar estratégias de
controle específicas para estes animais.
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• Seleção de animais resistentes aos parasitas
FORMAS DE CONTROLE DAS
PARASITOSES
EM OVINOS E CAPRINOS
• Seleção de animais resistentes aos parasitas
• Mas como é possível diferenciar o animal
resistente do resiliente? Para isto, basta fazer
o exame de fezes e contar o número de ovos
nas fezes (OPG) de cada animal
• Tratamento seletivo
• O tratamento seletivo consiste em desverminar somente
animais que apresentem algum sinal de anemia, diarreia,
queda na produção de carne ou leite, deixando os outros sem
tratar. O objetivo disto é preservar a população em refúgio, ou
seja, aumentar o número de parasitas sensíveis nas
pastagens.
• Tratamento seletivo

• Há várias formas de fazer o tratamento seletivo. O melhor


seria conseguir identificar, dentro de um rebanho ou de um
lote, quais são os animais que realmente precisam de
vermífugos.
• A possibilidade de tratar seletivamente os animais usando o
método FAMACHA© é a principal estratégia para preservar os
vermífugos que ainda estão funcionando. O FAMACHA©
preserva a população refúgio, por desverminar menos, o que
permite a utilização dos vermífugos de forma mais eficiente e
responsável.
• O método FAMACHA© possui uso seguro e
para que os intervalos de avaliações do
rebanho sejam estabelecidos, deve-se levar
em consideração as condições climáticas de
cada região.

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