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Faculdade Estácio de Sá - FAL

Disciplina: Direito Processual Civil II


Docente: Ana Ketsia B. M. Pinheiro

Aula 1
Petição Inicial/Resposta do Réu
PETIÇÃO INICIAL
Petição inicial é o ato por meio do qual se solicita a tutela
jurisdicional. Por meio de petição inicial está sendo
exercido o direito de ação.

Característica
É o ato que “quebra” a inércia da jurisdição.
É o ato que delimita a extensão da tutela
jurisdicional (arts. 141 e 492, do Novo CPC).
Efeitos
 As regras de competência são aquelas que
prevalecem no momento da distribuição da
petição inicial.
 A ação considera-se proposta no momento que a
petição inicial é apresentada.
 Em relação ao réu, a ação só produzirá efeitos no
momento da citação; no entanto, a lei prestigia a
data do ajuizamento da ação para efeitos de
contagem. Portanto, a partir da citação do réu, a
interrupção da prescrição retroage à data da
distribuição da petição inicial.
Requisitos da Petição Inicial (NCPC, art. 319)
 Indicação da autoridade judicial (endereçamento)
 Nome e qualificação das partes: a qualificação
correta evita que um terceiro seja prejudicado
com os efeitos do ajuizamento da ação.
Entretanto, a qualificação do réu não é
obrigatória, pois, em certas ocasiões, o autor
poderá não saber a identificação correta do réu.
Podem ocorrer situações em que os réus não
sejam identificados por não se conhecê-los (ex.:
ações possessórias). O Novo CPC manda
informar o endereço eletrônico do réu (NCPC,
art. 319, II)
 Fatos e fundamentos jurídicos do pedido (causa
de pedir): o que interessa para o sistema jurídico
brasileiro são os fatos em concreto narrados, é o
conjunto de fatos narrados pelo autor. O Juiz
sentenciará exclusivamente sobre os fatos
narrados na petição inicial. O CPC proíbe que a
causa de pedir e o pedido sejam alterados após o
saneamento.
 Pedido: objeto imediato (provimento
jurisdicional) e objeto mediato (bem da vida).
 Valor da causa: toda causa deve ter valor certo,
ainda que não tenha conteúdo econômico
imediato (art. 291 do NCPC).
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de
união estável, a profissão, o número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a
verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no
inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao
juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da
falta de informações a que se refere o inciso II, for
possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a
obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os
documentos indispensáveis à propositura da ação.

Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não


preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar
o julgamento de mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete,
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o
juiz indeferirá a petição inicial.
Atenção! Havendo um conteúdo econômico, o valor
da causa deve-se espelhar nele.

Duas correntes versam sobre a impugnação ao


valor da causa:

• simplista, onde somente o réu poderá impugnar


o valor da causa; e
• híbrida, onde, além do réu, o Juiz poderá, de
ofício, ordenar que o autor modifique o valor da
causa nos casos em que a lei expressa qual ele
será (ex.: art. 259 da Lei das Locações).
O valor da causa tem três aspectos:

• fiscal (o valor da causa determina o recolhimento


das custas);
• interfere na fixação de competência
(dependendo do valor da causa, o processo
poderá correr na Justiça Comum ou nos Juizados
Especiais);

Lembre! O pedido afeta o valor da causa, visto que


este é diretamente influenciado pelo objeto da lide.
 Protesto por provas (NCPC, art. 319, VI).

O autor deve indicar, na petição inicial, quais as provas


que ele pretende utilizar para demonstrar a verdade dos
fatos alegados;
O PEDIDO

O pedido deve ser certo (NCPC, art. 322) e


determinado (NCPC, art. 324), ou seja, o autor
deve expor qual a solução que ele acha acertada e o
Juiz a acolherá ou não.

O objeto da providência deverá ser definido, por


exemplo, se está se requerendo uma declaração, deve-
se definir qual é a declaração; se está se requerendo
uma soma em dinheiro, deve-se definir o quanto se
requer.
:
Existem, no entanto, algumas exceções em que a lei
admite pedido genérico (NCPC, art. 324, § 1º):
a) quando se fala em universalidade de bens sem
que seja possível se definir quais bens constituem
esta universalidade (ex.: herança, massa falida);
b) nos casos de atos ilícitos, quando não for
possível estabelecer a consequência definitiva
destes atos (ex.: acidente de carro em que a vítima
não tenha se curado completamente);
c) quando o valor final da condenação dependa de um
ato final do réu (ex.: na ação de prestação de
contas).
Novo CPC, art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de
pedir, independentemente de consentimento do réu;

II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o


pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu,
assegurado o contraditório mediante a possibilidade de
manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias,
facultado o requerimento de prova suplementar.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à


reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Deferimento ou Indeferimento da Petição Inicial
 Para que o Juiz dê o provimento jurisdicional, há
necessidade do preenchimento das “condição da
ação” e “pressupostos processuais”.
 Se o Juiz verificar a inexistência destes requisitos
nos primeiros momentos do processo, ou
mandará que se corrija o erro ou extinguirá o
processo sem julgamento do mérito.
 Se o Juiz verificar que a petição inicial está em
ordem, as condições da ação estão presentes e
os pressupostos processuais estão preenchidos,
e não sendo caso de improcedência liminar
determinará a citação do réu (art. 334 do NCPC).
Atenção! Quando o juiz determina a citação do
Réu, ele está deferindo a petição inicial.
A petição inicial poderá apresentar dois tipos
distintos de vícios:
• insanáveis: vícios não passíveis de correção;
neste caso, a petição inicial será indeferida por
sentença, extinguindo o processo sem
julgamento do mérito.
• sanáveis: quando o vício for sanável, o Juiz é
obrigado a dar prazo de 15 dias para que o autor
regularize a petição inicial, corrigindo o erro (ex.:
falta do valor da causa, falta de documentos
etc.).
OBS.: Este prazo de 15 dias, disposto no art. 321 do
NCPC, é peremptório, não podendo o Juiz prorrogá-
lo se achar que seria apropriado.
 O autor, ao final do prazo, apresentará a emenda
da inicial ou não. Se o erro for corrigido, tem-se
uma petição inicial apta, seguindo-se o processo
regularmente. Se não for corrigido, a petição
inicial será indeferida, extinguindo-se o processo
sem julgamento do mérito.
Se o Juiz declarar a petição inicial inepta após a
apresentação da contestação do réu, não será
indeferimento da inicial, mas sim a extinção do
processo sem julgamento do mérito.
Novo CPC, art. 330. A petição inicial será indeferida
quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses
legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a
conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Importante!
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de
obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento
ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de
inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as
obrigações contratuais, aquelas que pretende
controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá
continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
Novo CPC, art. 332. Nas causas que dispensem a fase
instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,
julgará liminarmente improcedente o pedido que
contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou
do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em
julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre
direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente
improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do
trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5
(cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o
prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se
não houver retratação, determinará a citação do réu para
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 dias, devendo
ser citado o réu com pelo menos 20 dias de
antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará
necessariamente na audiência de conciliação ou de
mediação.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à
conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2
meses da data de realização da primeira sessão, desde
que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na
pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente,
desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu
desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo,
por petição, apresentada com 10 (dez) dias de
antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na
realização da audiência deve ser manifestado por
todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode
realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do
réu à audiência de conciliação é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com
multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus
advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio
de procuração específica, com poderes para negociar e
transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e
homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de
mediação será organizada de modo a respeitar o
intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início
de uma e o início da seguinte.
DA RESPOSTA DO RÉU
Regularmente citado, o réu deverá oferecer sua
resposta.
Nessa fase, o réu poderá tomar três atitudes:
1. Manter-se Inerte
O réu é citado, mas deixa transcorrer o prazo para a
resposta, sem se manifestar no processo (ocorre a
revelia).
2. Reconhecer Juridicamente o Pedido
Quando isso ocorre, há uma desconsideração dos
fatos e fundamentos, passando-se à análise tão-
somente do pedido, ou seja, o reconhecimento
jurídico do pedido é uma resposta do réu que aceita
a pretensão do autor.
Discute-se exclusivamente se o réu pode ou não se
submeter à prestação que está sendo deduzida pelo
autor.

O Juiz não poderá manifestar-se contrário ao desejo


do réu.

Essa hipótese de reconhecimento jurídico do pedido,


entretanto, só ocorrerá nos casos em que se permite
transação, ou seja, não se reconhece o pedido
quando se tratar de matéria indisponível ou nas
hipóteses em que a lei processual não autorizar.
3. Responder à Demanda
Os meios processuais de que o réu pode dispor para
responder a demanda são: contestação, exceção,
reconvenção.
Prazo para Resposta do Réu
Regra geral, dentro do procedimento comum: prazo para
responder será de 15 dias (NCPC, art. 297)
Em algumas hipóteses, entretanto, a lei permite o prazo
em dobro (ex.: Fazenda Pública, NCPC, art. 183,
litisconsórcio passivo em que os litisconsortes estiverem
representados por patronos diferentes, de
escritórios diferentes, segundo NCPC, art. 229). Esta
regra de prazo não se aplica ao processo eletrônico!
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em
dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a
partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183,
§ 1o.

Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os


Municípios e suas respectivas autarquias e fundações
de direito público gozarão de prazo em dobro para
todas as suas manifestações processuais, cuja
contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes
procuradores, de escritórios de advocacia distintos,
terão prazos contados em dobro para todas as suas
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,
independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se,
havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa
por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos
em autos eletrônicos.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso,
considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento,
quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido,
quando a citação ou a intimação for por oficial de
justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação,
quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de
secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo
juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da
intimação ou ao término do prazo para que a consulta se
dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art.
232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta
aos autos de origem devidamente cumprida, quando a
citação ou a intimação se realizar em cumprimento de
carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der
pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio
da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da
secretaria.
§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo
do prazo para contestar corresponderá à última das
datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada
um é contado individualmente.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente
pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do
processo, sem a intermediação de representante judicial,
o dia do começo do prazo para cumprimento da
determinação judicial corresponderá à data em que se
der a comunicação.
§ 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação
com hora certa.
Não esqueça! Conta-se o prazo, no caso de
litisconsórcio, da juntada do último mandado (NCPC,
art. 231, § 1º).

Classificação
Genericamente, a defesa pode se dar sob dois
enfoques: defesa de mérito (substancial) e
defesa processual (preliminar).
Defesas processuais (preliminares)
Tem conteúdo apenas formal. Costuma ser
chamada também de defesa de rito.

Calmon de Passos, citado por Humberto Theodoro


Jr. explica “É indireta, porque ela visa a obstar a
outorga da tutela jurisdicional pretendida pelo
autor mediante inutilização do processo, ou seja,
do meio, do instrumento de que ele se valeu, sem
que se ofereça oportunidade para composição da
lide, isto é, sem apreciação do mérito pelo juiz”.
Sempre que o réu apresentar uma defesa
processual, estará afirmando que o autor não
preenche os requisitos legais para que a demanda
seja julgada.
São exemplos de defesa indireta as que invocam a
inexistência de pressupostos processuais ou de
condições da ação.
As defesas processuais podem ser:
 Peremptórias: se o Juiz acolher a tese de defesa,
o processo deverá ser extinto, ou seja, não há
condições de desenvolvimento válido do
processo em razão do vício processual apontado
(ex.: alegação de ilegitimidade de parte);
 Dilatórias: a defesa, ainda que acolhida, não
produzirá a extinção do processo, mas apenas
causará dilatação do curso do procedimento.

Pode haver duas situações diferentes:


 em algumas circunstâncias, tem-se a certeza de
que a defesa dilatória, se for acolhida, sempre
será regularizada, visto que a regularização
depende do Estado-Juiz, ou seja, será feita pelo
próprio juízo (ex.: declarar o Juiz suspeito,
declarar conexão etc.);
 Em outras situações, se o Juiz acolher a defesa, a
regularização deverá ser feita pelo autor.
Atenção! Quando depender do autor, uma defesa
dilatória pode adquirir força de peremptória pois,
caso ele não regularize a situação, o processo será
extinto.
Mas ainda assim é considerada uma defesa
dilatória, visto que, a princípio, o processo não será
extinto (ex.: alegação de falta de documento
essencial ao processo).

Defesas de mérito (substanciais)


São as defesas em que o réu se opõe à própria
pretensão deduzida pelo autor.
Espécies de Respostas
O CPC prevê três espécies de respostas:
1. Contestação
A contestação é o meio de defesa considerado mais
importante, utilizado pelo réu para opor-se formal
ou materialmente ao direito do autor. Como regra
geral, o autor deduz uma pretensão em juízo e o
réu irá defender-se.
A contestação deve concentrar a defesa do réu e
conter, a um só tempo, matérias processuais
(preliminares – art. 337 do NCPC) e de mérito.
Defesa Formal = Defesa Processual
Defesa Material = Defesa de Mérito
Conteúdo da Contestação
a) Regra da eventualidade
O réu, na sua contestação, deve trazer todas as
matérias de defesa, sejam elas de matéria processual
(formal) ou material.
Caso o réu não alegue alguma matéria na contestação,
preclui seu direito.

Novo CPC, art. 336. Incumbe ao réu alegar, na


contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito com que impugna o pedido
do autor e especificando as provas que pretende
produzir.
Essa regra tem três exceções (NCPC, art. 342)
 Fato superveniente (se existe fato que ocorreu
posteriormente ou que o réu desconheça,
poderá alegá-lo a qualquer momento);
 Matéria que pode ser reconhecida de ofício
(matérias de ordem pública, como carência de
ação);

 Quando a lei expressamente autorizar que


sejam formuladas em qualquer tempo e grau de
jurisdição (é o caso da prescrição - se o réu não
alegar a prescrição na contestação, poderá alegá-
la a qualquer momento).
Regra da impugnação específica
O réu deve impugnar todos os fatos alegados pelo
autor, pois os fatos que não forem impugnados
serão considerados verdadeiros, ou seja, deve haver
uma impugnação individualizada.

Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se


precisamente sobre as alegações de fato constantes da
petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não
impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada
em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada
dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado
dativo e ao curador especial.

Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu


deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser
formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
2. Reconvenção
Visa garantir que o réu deduza uma pretensão de
mérito em face do autor. É verdadeira ação
do réu contra o autor.

Admitem-se como base da reconvenção fatos novos


alegados pelo réu;

Pela sistemática do CPC/73, a contestação e a


reconvenção deveriam ser propostas em peças
distintas. No novo CPC, deve a reconvenção ser
proposta dentro da contestação (CPC, art. 343), que
será juntada aos autos.
A reconvenção não substitui a contestação (NCPC,
art. 343, § 6º). Assim, se o réu deixa de oferecer
contestação e limita-se à propositura da
reconvenção, ocorre a revelia quanto à ação
principal, o que não impede a apreciação do pedido
formulado na reconvenção;
Sendo a reconvenção uma outra ação, a extinção
do processo sem julgamento do mérito, no que se
relaciona ao pedido do autor, em nada afeta a
relação processual decorrente do pedido
reconvencional (art. 343, § 2º). Em outras palavras,
a nulidade do pedido do autor, não afeta a relação
processual decorrente do pedido reconvencional.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa
com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na
pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no
prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame de seu mérito não
obsta ao prosseguimento do processo quanto à
reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em
litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte
deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído,
e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção
independentemente de oferecer contestação.

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